Um campo com 840 bilhões de metros cúbicos de gás natural foi descoberto na costa do Egito, anunciou ontem a companhia italiana ENI. É um pouco menos do que as reservas de gás natural do Irã e da Rússia, que são as maiores do mundo.
O campo de Zohr, de cerca de 100 quilômetros quadrados, vai revolucionar a produção de energia do Egito. A maioria deve ser usada no suprimento das necessidades domésticas do país, declarou o presidente da empresa, citado pelo jornal italiano La Repubblica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Estado Islâmico está mais perto do que nunca do centro de Damasco
A milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante chegou mais perto do que nunca do centro da capital da Síria, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental que monitora a guerra civil na Síria.
Os milicianos do Estado Islâmico enfrentam rebeldes no bairro de Assali, no distrito de Kadam, em Damasco. Pelo menos 15 milicianos foram mortos na batalha em que o EI tomou ao menos duas ruas.
A situação no distrito de Assali estava relativamente calma há um ano, quando outros rebeldes negociaram uma trégua com a ditadura de Bachar Assad.
Nos esforços diplomáticos para acabar com a guerra civil síria, em que mais de 230 mil pessoas foram mortas nos últimos quatro anos e meio, a Rússia conseguiu negociar as bases para uma transição política entre o regime sírio e a oposição, mas não com o EI.
Os milicianos do Estado Islâmico enfrentam rebeldes no bairro de Assali, no distrito de Kadam, em Damasco. Pelo menos 15 milicianos foram mortos na batalha em que o EI tomou ao menos duas ruas.
A situação no distrito de Assali estava relativamente calma há um ano, quando outros rebeldes negociaram uma trégua com a ditadura de Bachar Assad.
Nos esforços diplomáticos para acabar com a guerra civil síria, em que mais de 230 mil pessoas foram mortas nos últimos quatro anos e meio, a Rússia conseguiu negociar as bases para uma transição política entre o regime sírio e a oposição, mas não com o EI.
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Ministro da UE farão reunião de emergência sobre migrantes
Os ministros do Interior e da Justiça da União Europeia farão uma reunião de emergência sobre a chegada em massa de migrantes e refugiados, anunciou hoje o governo de Luxemburgo, que ocupa a presidência rotativa do bloco no segundo semestre de 2015, reportou o jornal EU Observer.
A reunião foi convocada a pedido da Alemanha, da França e do Reino Unido, as três maiores potênciais europeias. O encontro deve procurar soluções para "uma política de retorno", além de "cooperação internacional para prevenir e investigar o tráfico de migrantes".
Os três países querem que a UE faça uma lista de "países seguros". Os cidadãos destes países não poderiam pedir asilo como refugiados políticos. Serão considerados "imigrantes econômicos" e devolvidos a seus países de origem.
Ontem o governo da Alemanha defendeu uma distribuição mais justa dos refugiados pela UE. De acordo com a legislação atual, os refugiados devem receber asilo no primeiro país em que chegarem. Isto representaria um ônus maior para a Grécia, a Itália e a Hungria.
Com a crise econômica, há uma ascensão em quase toda a UE de partidos de extrema direita que põem a culpa de todos os males nos imigrantes ilegais. A proposta de dividir os refugiados de acordo com a população foi rejeitada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, que enfrenta forte pressão da extrema direita de seu próprio partido e do Partido da Independência do Reino Unido para deixar a UE.
A reunião foi convocada a pedido da Alemanha, da França e do Reino Unido, as três maiores potênciais europeias. O encontro deve procurar soluções para "uma política de retorno", além de "cooperação internacional para prevenir e investigar o tráfico de migrantes".
Os três países querem que a UE faça uma lista de "países seguros". Os cidadãos destes países não poderiam pedir asilo como refugiados políticos. Serão considerados "imigrantes econômicos" e devolvidos a seus países de origem.
Ontem o governo da Alemanha defendeu uma distribuição mais justa dos refugiados pela UE. De acordo com a legislação atual, os refugiados devem receber asilo no primeiro país em que chegarem. Isto representaria um ônus maior para a Grécia, a Itália e a Hungria.
Com a crise econômica, há uma ascensão em quase toda a UE de partidos de extrema direita que põem a culpa de todos os males nos imigrantes ilegais. A proposta de dividir os refugiados de acordo com a população foi rejeitada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, que enfrenta forte pressão da extrema direita de seu próprio partido e do Partido da Independência do Reino Unido para deixar a UE.
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domingo, 30 de agosto de 2015
China prende 197 acusados de espalhar rumores via Internet
O regime comunista da China deteve 197 pessoas sob a acusação de espalhar rumores e informações falsas na Internet sobre a crise recente do mercado financeiro e as explosões no porto de Tianjin, revelou a agência oficial de notícias Nova China.
Entre os presos, há um jornalista e funcionários das bolsas de valores.
As ações chinesas caíram 40% nos últimos meses e 8,5% num dia na semana passada, deflagrando uma queda generalizada nas bolsas de valores do mundo inteiro.
Em 12 de agosto, uma série de explosões em armazéns do cais do porto de Tianjin matou 150 pessoas, num dos piores acidentes industriais da história da China.
O governo chinês exerce um controle rigoroso das informações divulgadas na rede mundial de computadores e processa regulamente quem considera suspeito.
Entre os presos, há um jornalista e funcionários das bolsas de valores.
As ações chinesas caíram 40% nos últimos meses e 8,5% num dia na semana passada, deflagrando uma queda generalizada nas bolsas de valores do mundo inteiro.
Em 12 de agosto, uma série de explosões em armazéns do cais do porto de Tianjin matou 150 pessoas, num dos piores acidentes industriais da história da China.
O governo chinês exerce um controle rigoroso das informações divulgadas na rede mundial de computadores e processa regulamente quem considera suspeito.
Japoneses protestam contra a remilitarização do país
Dezenas de milhares de japoneses protestaram hoje diante da sede do Parlamento, em Tóquio, contra a nova legislação para permitir que as Forças Armadas do país atuem no exterior, reportou a agência Reuters.
A multidão tomou toda a rua depois que a quantidade de gente tornou impossível para a polícia manter todo o mundo nas calçadas. Um parque próximo também foi ocupado pelos manifestantes.
Os protestos são a reação da opinião pública à política do primeiro-ministro Shinzo Abe de diminuir as restrições constitucionais ao uso da força no exterior
Pelo artigo 9 da Constituição pacifista imposta pelos Estados Unidos em 1947, depois da Segunda Guerra Mundial, as Forças de Defesa do Japão só podem atuar no país e em suas águas territoriais. Em 1992, o Parlamento autorizou a participação dos militares japoneses em missões de paz das Nações Unidas.
Diante do poderio crescente e da atuação cada vez mais agressiva da China em disputas territoriais com os países vizinhos, inclusive o Japão, Abe argumenta que o Japão precisa voltar a ser "um país normal".
Outros países da Ásia temem que os EUA não queira comprar uma briga com a China para defendê-los. Um general e professor da Escola Superior de Guerra chinesa chegou a dizer que os EUA sofrem de "disfunção erétil".
A multidão tomou toda a rua depois que a quantidade de gente tornou impossível para a polícia manter todo o mundo nas calçadas. Um parque próximo também foi ocupado pelos manifestantes.
Os protestos são a reação da opinião pública à política do primeiro-ministro Shinzo Abe de diminuir as restrições constitucionais ao uso da força no exterior
Pelo artigo 9 da Constituição pacifista imposta pelos Estados Unidos em 1947, depois da Segunda Guerra Mundial, as Forças de Defesa do Japão só podem atuar no país e em suas águas territoriais. Em 1992, o Parlamento autorizou a participação dos militares japoneses em missões de paz das Nações Unidas.
Diante do poderio crescente e da atuação cada vez mais agressiva da China em disputas territoriais com os países vizinhos, inclusive o Japão, Abe argumenta que o Japão precisa voltar a ser "um país normal".
Outros países da Ásia temem que os EUA não queira comprar uma briga com a China para defendê-los. Um general e professor da Escola Superior de Guerra chinesa chegou a dizer que os EUA sofrem de "disfunção erétil".
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sábado, 29 de agosto de 2015
Governo deposto do Iêmen prepara ataque à capital
O governo do presidente deposto Abed Rabbo Mansur Hadi, exilado na Arábia Saudita, planeja iniciar uma batalha para retomar a capital do Iêmen, Saná, nos próximos dois meses, declarou o ministro do Exterior, Reyad Yassin Abdulla, noticiou a agência Reuters.
A capital iemenita está sob controle dos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, desde setembro de 2014. Em fevereiro de 2015, os hutis dissolveram o governo e o presidente fugiu do país.
Desde 25 de março, a Arábia Saudita e outros países sunitas intervêm militarmente no Iêmen. As forças leais ao governo deposto conseguiram tomar o porto de Áden, a segunda cidade mais importante do país. Dias atrás, um míssil foi disparado do Norte do Iêmen em direção ao território saudita.
A capital iemenita está sob controle dos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, desde setembro de 2014. Em fevereiro de 2015, os hutis dissolveram o governo e o presidente fugiu do país.
Desde 25 de março, a Arábia Saudita e outros países sunitas intervêm militarmente no Iêmen. As forças leais ao governo deposto conseguiram tomar o porto de Áden, a segunda cidade mais importante do país. Dias atrás, um míssil foi disparado do Norte do Iêmen em direção ao território saudita.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Grécia cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2015
O crescimento da Grécia de abril a junho deste ano foi revisado para cima, com alta de 0,9%, anunciou hoje Agência Nacional de Estatísticas (Elstat). Isso indica que dificilmente haverá a queda de 2,3% do produto interno bruto prevista pela Comissão Europeia.
A Grécia volta às urnas em 20 de setembro depois da divisão da Coligação de Esquerda Radical, partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras. A ala mais à esquerda rejeitou o acordo com os credores da Zona do Euro. Quer abandonar o euro e deixar a União Europeia.
Depois de uma depressão econômica que reduziu o produto interno bruto grego em 25% desde 2009 e elevou o desemprego para 28% da população ativa, a economia grega voltou a crescer no ano passado. Com a crise política causada pelas eleições antecipadas e a resistência do governo esquerdista de fechar o acordo, havia o temor da volta da recessão.
A Grécia volta às urnas em 20 de setembro depois da divisão da Coligação de Esquerda Radical, partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras. A ala mais à esquerda rejeitou o acordo com os credores da Zona do Euro. Quer abandonar o euro e deixar a União Europeia.
Depois de uma depressão econômica que reduziu o produto interno bruto grego em 25% desde 2009 e elevou o desemprego para 28% da população ativa, a economia grega voltou a crescer no ano passado. Com a crise política causada pelas eleições antecipadas e a resistência do governo esquerdista de fechar o acordo, havia o temor da volta da recessão.
Coreia do Sul quer negociar questão nucler com a Coreia do Norte
A Coreia do Sul pretende negociar a questão nuclear diretamente com o regime comunista da Coreia do Norte, declarou hoje o negociador sul-coreano Hwang Joon Kook, informou a agência de notícias local Yonhap.
Os Estados Unidos e a China também querem negociar separadamente, além das negociações hexapartites, que incluem ainda o Japão e a Rússia.
Apesar da redução das tensões entre as duas Coreias nos últimos dias, depois de um troca de tiros através da última fronteira da Guerra Fria, o ministro da Unificação sul-coreano considera cedo demais para a abertura de negociações diretas.
O ditador norte-coreano, Kim Jong Un, declarou ontem que a redução das tensões colocou os dois países numa trilha de reconciliação e restabelecimento da confiança mútua.
Depois de negociar um acordo mediado pelo então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, a Coreia do Norte realizou três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, tornando-se uma potência atômica. Na Coreia do Sul, as forças dos EUA, presentes no país desde a Guerra da Coreia (1950-53), podem ter armas nucleares, mas não revelam isso publicamente.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando a Coreia foi dividida depois do fim da ocupação japonesa, o regime stalinista norte-coreano acusa os governos da Coreia do Sul e do Japão de serem fantoches dos EUA e exige uma negociação direta com Washington.
Os Estados Unidos e a China também querem negociar separadamente, além das negociações hexapartites, que incluem ainda o Japão e a Rússia.
Apesar da redução das tensões entre as duas Coreias nos últimos dias, depois de um troca de tiros através da última fronteira da Guerra Fria, o ministro da Unificação sul-coreano considera cedo demais para a abertura de negociações diretas.
O ditador norte-coreano, Kim Jong Un, declarou ontem que a redução das tensões colocou os dois países numa trilha de reconciliação e restabelecimento da confiança mútua.
Depois de negociar um acordo mediado pelo então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, a Coreia do Norte realizou três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, tornando-se uma potência atômica. Na Coreia do Sul, as forças dos EUA, presentes no país desde a Guerra da Coreia (1950-53), podem ter armas nucleares, mas não revelam isso publicamente.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando a Coreia foi dividida depois do fim da ocupação japonesa, o regime stalinista norte-coreano acusa os governos da Coreia do Sul e do Japão de serem fantoches dos EUA e exige uma negociação direta com Washington.
Maduro apela para o estado de emergência
Com a inflação de 2015 projetada em 180%, queda do produto interno bruto de 10% e desabastecimento de 75% dos produtos básicos, as pesquisas sobre as eleições parlamentares de 6 de dezembro dão uma vantagem de 23 pontos percentuais à oposição na Venezuela. O presidente Nicolás Maduro fechou a fronteira com a Colômbia e declarou estado de exceção na região de Cúcuta. Pode fazer o mesmo em outras regiões do país, dando um autogolpe para adiar ou anular as eleições.
Em pesquisa da empresa Datanalisis, 87% dos venezuelanos consideraram a situação do país "má ou muito má" e 70% reprovaram o governo Maduro.
Sem a menor chance de vencer eleições livres e honestas, o regime chavista está disposto a tudo para não entregar o poder. Se a oposição conquistar maioria na Assembleia Nacional, o próximo passo será convocar um referendo revogatório para acabar com o governo Maduro e o pesadelo chavista.
Por isso, o governo vetou as candidaturas dos principais líderes da oposição sob o argumento de que estão sendo processados, embora não haja culpa formada na maioria dos casos. Também se nega a aceitar a presença de observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia.
O Centro Jimmy Carter, que fiscaliza eleições pelo mundo afora, saiu recentemente da Venezuela. Maduro só aceita a presença da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que em nenhum momento foi capaz de mediar a crise venezuelana. É submissa aos governos autoritários da Argentina, da Bolívia, do Equador e da Venezuela, todos aliados do chavismo, assim como o governo Dilma Rousseff.
Cabe ao Brasil, como eterno a candidato a líder de uma região sem rumo, devastada por crises políticas e econômicas, que está crescendo menos do que a África, assumir a responsabilidade e deixar o eleitorado venezuelano decidir os destinos do país.
Se não quiser uma guerra civil no vizinho do Norte, o governo brasileiro deveria agir logo. Mas sua calamitosa política externa e a conivência de setores de esquerda que ainda sonham com a revolução bolivarista, a começar pelo assessor para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, apontam para o imobilismo e a incompetência. O compromisso com a democracia não vale para os aliados.
Desde que sucedeu o falecido caudilho Hugo Chávez, por falta de liderança e carisma, Maduro mais do que triplicou a indicação de militares para cargos civis como forma de comprar a lealdade das Forças Armadas. Há hoje mais de 900 militares em cargos da administração pública. É difícil que o fracassado regime chavista ceda o poder sem resistência.
Seu discurso vai no sentido contrário, afugentando investidores e não conversando com opositores. Maduro nada faz para pôr fim à crise. Prefere botar a culpa dos seus próprios erros em conspirações nacionais e internacionais.
A Venezuela tem hoje uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo em países que não estão em guerra, atrás apenas de Honduras e El Salvador. A responsabilidade é do chavismo, que negligenciou a segurança pública. Mas o governo acusa a oposição de todo o crime violento.
"Crescem as suspeitas de que o governo quer criar um clima de caos como desculpa para anular as eleições", declarou a cientista política Maria Teresa Romero.
No início da semana, o governo apresentou um vídeo em que um suspeito de assassinar e esquartejar uma mulher, José Pérez Venta, acusa o senador americano Marco Rubio, o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe, a atriz María Conchita Alonso e líderes da oposição de lhe pagar para desestabilizar a Venezuela.
Maduro decretou estado de emergência em Cúcuta em 22 de agosto e fechou a fronteira com a Colômbia, depois de um incidente em 19 de agosto, quando atiradores não identificados feriram três soldados, sob o pretexto de combater o contrabando e a infiltração de paramilitares colombianos pode ser estendido a outras regiões do país. Mais de mil colombianos foram expulsos da Venezuela.
Sob o estado de emergência, os manifestantes precisam pedir autorização para protestar com 15 dias de antecedência, o governo pode invadir residências e os militares assumem o controle de todas as atividades civis.
Como o estado de emergência não é a forma adequada para combater a criminalidade e o contrabando, que não são novidades, a suspeita é de preparação de um golpe de Estado contra as eleições. O governo examina a possibilidade de estender o estado de exceção aos estados de Mérida e Zulia. Em discurso na televisão há três, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, o número dois do regime, declarou que o Poder Legislativo está pronto para aprovar novos estados de emergência.
Em pesquisa da empresa Datanalisis, 87% dos venezuelanos consideraram a situação do país "má ou muito má" e 70% reprovaram o governo Maduro.
Sem a menor chance de vencer eleições livres e honestas, o regime chavista está disposto a tudo para não entregar o poder. Se a oposição conquistar maioria na Assembleia Nacional, o próximo passo será convocar um referendo revogatório para acabar com o governo Maduro e o pesadelo chavista.
Por isso, o governo vetou as candidaturas dos principais líderes da oposição sob o argumento de que estão sendo processados, embora não haja culpa formada na maioria dos casos. Também se nega a aceitar a presença de observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia.
O Centro Jimmy Carter, que fiscaliza eleições pelo mundo afora, saiu recentemente da Venezuela. Maduro só aceita a presença da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que em nenhum momento foi capaz de mediar a crise venezuelana. É submissa aos governos autoritários da Argentina, da Bolívia, do Equador e da Venezuela, todos aliados do chavismo, assim como o governo Dilma Rousseff.
Cabe ao Brasil, como eterno a candidato a líder de uma região sem rumo, devastada por crises políticas e econômicas, que está crescendo menos do que a África, assumir a responsabilidade e deixar o eleitorado venezuelano decidir os destinos do país.
Se não quiser uma guerra civil no vizinho do Norte, o governo brasileiro deveria agir logo. Mas sua calamitosa política externa e a conivência de setores de esquerda que ainda sonham com a revolução bolivarista, a começar pelo assessor para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, apontam para o imobilismo e a incompetência. O compromisso com a democracia não vale para os aliados.
Desde que sucedeu o falecido caudilho Hugo Chávez, por falta de liderança e carisma, Maduro mais do que triplicou a indicação de militares para cargos civis como forma de comprar a lealdade das Forças Armadas. Há hoje mais de 900 militares em cargos da administração pública. É difícil que o fracassado regime chavista ceda o poder sem resistência.
Seu discurso vai no sentido contrário, afugentando investidores e não conversando com opositores. Maduro nada faz para pôr fim à crise. Prefere botar a culpa dos seus próprios erros em conspirações nacionais e internacionais.
A Venezuela tem hoje uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo em países que não estão em guerra, atrás apenas de Honduras e El Salvador. A responsabilidade é do chavismo, que negligenciou a segurança pública. Mas o governo acusa a oposição de todo o crime violento.
"Crescem as suspeitas de que o governo quer criar um clima de caos como desculpa para anular as eleições", declarou a cientista política Maria Teresa Romero.
No início da semana, o governo apresentou um vídeo em que um suspeito de assassinar e esquartejar uma mulher, José Pérez Venta, acusa o senador americano Marco Rubio, o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe, a atriz María Conchita Alonso e líderes da oposição de lhe pagar para desestabilizar a Venezuela.
Maduro decretou estado de emergência em Cúcuta em 22 de agosto e fechou a fronteira com a Colômbia, depois de um incidente em 19 de agosto, quando atiradores não identificados feriram três soldados, sob o pretexto de combater o contrabando e a infiltração de paramilitares colombianos pode ser estendido a outras regiões do país. Mais de mil colombianos foram expulsos da Venezuela.
Sob o estado de emergência, os manifestantes precisam pedir autorização para protestar com 15 dias de antecedência, o governo pode invadir residências e os militares assumem o controle de todas as atividades civis.
Como o estado de emergência não é a forma adequada para combater a criminalidade e o contrabando, que não são novidades, a suspeita é de preparação de um golpe de Estado contra as eleições. O governo examina a possibilidade de estender o estado de exceção aos estados de Mérida e Zulia. Em discurso na televisão há três, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, o número dois do regime, declarou que o Poder Legislativo está pronto para aprovar novos estados de emergência.
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Walmart vai parar de vender fuzis de guerra
NOVA YORK - Diante da onda de massacres e assassinatos cometidos com armas de guerra, a rede de supermercados americana Walmart vai parar de vender fuzis de assalto como o AR-15, capaz de furar a blindagem de um tanque a 600 metros de distância.
"Nosso foco em armas de fogo deve ser caçadores e pessoas que praticam tiro como esporte", declarou o diretor-geral da empresa, Douglas McMillon. "Assim, os tipos de fuzis e munições que vendemos devem ser orientadas para estas atividades. Queremos servir caçadores e pescadores. Temos um grande departamento de esportes."
O AR-15 foi usado em matanças na escola primária Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, onde 20 estudantes e seis professores e funcionários foram mortos, e na pré-éstreia de um filme do Batman em Aurora, no estado do Colorado, quando 12 pessoas morreram.
Mais uma vez, a sociedade americana, estarrecida pela violência gratuita, questiona a fraca regulamentação da venda de armas. Sob pressão da Associação Nacional do Rifle, o lobby dos fabricantes de armas, com o apoio dos deputados da oposição republicana, a lei não permite nem ao menos verificar os antecedentes criminais nem a estabilidade mental dos compradores de armas.
Em muitos estados, armas de guerra são compradas livremente em feiras e eventos promovidos pela indústria. Os traficantes de drogas do México se aproveitam desta facilidade para formar um arsenal poderoso, tornando-os capazes de enfrentar até mesmo o Exército.
Enquanto os assassinatos forem brancos americanos, não serão considerados terroristas. Quando um extremista muçulmano tirar proveito da situação para cometer um massacre como teria acontecido no trem expresso Amsterdã-Paris se dois militares americanos em férias não tivessem controle o terrorista, talvez este país acorde de uma longa letargia.
Depois dos últimos massacres, o presidente Barack Obama lembrou que depois de 11 de setembro de 2001, terroristas americanos mataram muito mais gente do que os jihadistas que pregam a destruição total dos EUA.
"Nosso foco em armas de fogo deve ser caçadores e pessoas que praticam tiro como esporte", declarou o diretor-geral da empresa, Douglas McMillon. "Assim, os tipos de fuzis e munições que vendemos devem ser orientadas para estas atividades. Queremos servir caçadores e pescadores. Temos um grande departamento de esportes."
O AR-15 foi usado em matanças na escola primária Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, onde 20 estudantes e seis professores e funcionários foram mortos, e na pré-éstreia de um filme do Batman em Aurora, no estado do Colorado, quando 12 pessoas morreram.
Mais uma vez, a sociedade americana, estarrecida pela violência gratuita, questiona a fraca regulamentação da venda de armas. Sob pressão da Associação Nacional do Rifle, o lobby dos fabricantes de armas, com o apoio dos deputados da oposição republicana, a lei não permite nem ao menos verificar os antecedentes criminais nem a estabilidade mental dos compradores de armas.
Em muitos estados, armas de guerra são compradas livremente em feiras e eventos promovidos pela indústria. Os traficantes de drogas do México se aproveitam desta facilidade para formar um arsenal poderoso, tornando-os capazes de enfrentar até mesmo o Exército.
Enquanto os assassinatos forem brancos americanos, não serão considerados terroristas. Quando um extremista muçulmano tirar proveito da situação para cometer um massacre como teria acontecido no trem expresso Amsterdã-Paris se dois militares americanos em férias não tivessem controle o terrorista, talvez este país acorde de uma longa letargia.
Depois dos últimos massacres, o presidente Barack Obama lembrou que depois de 11 de setembro de 2001, terroristas americanos mataram muito mais gente do que os jihadistas que pregam a destruição total dos EUA.
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quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Bolsa de Nova York recupera perdas da semana
NOVA YORK - Com a revisão do crescimento do produto interno bruto nos Estados Unidos no segundo trimestre para 3,7%, a possibilidade de que o banco central americano não aumente os juros em setembro e de que as autoridades da China controlem a crise no mercado financeiro chinês, a Bolsa de Valores de Nova York fechou em alta pelo segundo dia seguido, recuperando as perdas da semana.
O Índice Dow Jones subiu 369 pontos (2,3%) para 16.654,77, fechando a semana em alta de 1,2%, enquanto tanto o índice amplo S&P 500 e a bolsa de alta tecnologia Nasdaq avançam mais de 2%, terminando a semana com ganhos.
Depois de cair abaixo de US$ 38 com as oscilações selvagens da semana, os preços do petróleo subiram 10%, na maior alta em seis anos, liderando uma alta nos preços dos produtos primários que beneficiou diretamente a Bolsa de São Paulo. As ações da Petrobrás e da Vale tiveram valorizações de 8% a 11%.
Antes, as bolsas da Europa avançaram 3,5% e a Bolsa de Xangai, 5,34%, na primeira alta depois de cinco sessões consecutivas de perdas.
O Índice Dow Jones subiu 369 pontos (2,3%) para 16.654,77, fechando a semana em alta de 1,2%, enquanto tanto o índice amplo S&P 500 e a bolsa de alta tecnologia Nasdaq avançam mais de 2%, terminando a semana com ganhos.
Depois de cair abaixo de US$ 38 com as oscilações selvagens da semana, os preços do petróleo subiram 10%, na maior alta em seis anos, liderando uma alta nos preços dos produtos primários que beneficiou diretamente a Bolsa de São Paulo. As ações da Petrobrás e da Vale tiveram valorizações de 8% a 11%.
Antes, as bolsas da Europa avançaram 3,5% e a Bolsa de Xangai, 5,34%, na primeira alta depois de cinco sessões consecutivas de perdas.
EUA cresceram em ritmo de 3,7% ao ano no segundo trimestre
NOVA YORK - A economia dos Estados Unidos superou a expectativa dos analistas e cresceu num ritmo de 3,7% ao ano no segundo trimestre de 2015, indicou hoje a segunda estimativa do Departamento do Comércio. Na primeira, o índice foi de 2,3%. Os economistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal previam 3,3%.
O ritmo forte se deve ao aumento do investimento das empresas, do consumo pessoal e dos gastos públicos, e a uma redução nas exportações. Ao mesmo tempo, elas acumularam estoques maiores. Isso pode reduzir o crescimento na segunda metade do ano. No primeiro semestre, a expansão foi de 2,2% ao ano.
"A economia ganhou um forte impulso no segundo trimestre e todos os dados sobre a atividade e o emprego de julho sugerem que o ritmo está sendo mantido no terceiro trimestre", comentou Paul Ashworth, da empresa Capital Economics.
Aumenta a pressão sobre o Comitê do Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos EUA, para elevar as taxas básicas de juros da economia americana na reunião de 16 e 17 de setembro. Elas não sobem desde 2006 e estão em praticamente zero desde dezembro de 2008 para combater a crise financeiras internacional.
Antes das oscilações violentas no mercado financeiro da China, que causaram forte queda nas bolsas do mundo inteiro, a expectativa era de um pequeno aumento em setembro.
Nos últimos dias, o ex-secretário do Tesouro americano Larry Summers advertiu que "este não é o momento de aumentar juros" por causa dos temores em relação à economia chinesa, a segunda maior do mundo e principal motor do crescimento mundial na última década. Ontem, o delegado regional do Fed em Nova York declarou que o banco está "menos compelido" a elevar os juros.
Com a forte expansão nos EUA, as autoridades monetárias têm um motivo para elevar os juros. A terceira estimativa do produto interno bruto do segundo trimestre será anunciada em 25 de setembro.
No momento, a Bolsa de Nova York opera em alta de 1,9%. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 5,34%.
O ritmo forte se deve ao aumento do investimento das empresas, do consumo pessoal e dos gastos públicos, e a uma redução nas exportações. Ao mesmo tempo, elas acumularam estoques maiores. Isso pode reduzir o crescimento na segunda metade do ano. No primeiro semestre, a expansão foi de 2,2% ao ano.
"A economia ganhou um forte impulso no segundo trimestre e todos os dados sobre a atividade e o emprego de julho sugerem que o ritmo está sendo mantido no terceiro trimestre", comentou Paul Ashworth, da empresa Capital Economics.
Aumenta a pressão sobre o Comitê do Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos EUA, para elevar as taxas básicas de juros da economia americana na reunião de 16 e 17 de setembro. Elas não sobem desde 2006 e estão em praticamente zero desde dezembro de 2008 para combater a crise financeiras internacional.
Antes das oscilações violentas no mercado financeiro da China, que causaram forte queda nas bolsas do mundo inteiro, a expectativa era de um pequeno aumento em setembro.
Nos últimos dias, o ex-secretário do Tesouro americano Larry Summers advertiu que "este não é o momento de aumentar juros" por causa dos temores em relação à economia chinesa, a segunda maior do mundo e principal motor do crescimento mundial na última década. Ontem, o delegado regional do Fed em Nova York declarou que o banco está "menos compelido" a elevar os juros.
Com a forte expansão nos EUA, as autoridades monetárias têm um motivo para elevar os juros. A terceira estimativa do produto interno bruto do segundo trimestre será anunciada em 25 de setembro.
No momento, a Bolsa de Nova York opera em alta de 1,9%. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 5,34%.
Banco central chinês injeta mais US$ 23 bilhões nos bancos
O Banco Popular da China injetou mais 150 bilhões de iuanes (US$ 23,4 bilhões) no sistema financeiro e fixou hoje a taxa de câmbia da moeda nacional em 6,4085 por dólar, noticiou a agência oficial Nova China.
As bolsas chinesas operam hoje com fortes altas, no momento, de 5,34% em Xangai e 3,1% em Hong Kong.
Segunda maior economia do mundo, a China é hoje a grande dúvida dos investidores. O regime comunista chinês afirma que o crescimento está dentro da meta de 7% ao ano, mas as medidas adotadas recentemente indicam preocupação com a desaceleração da economia.
A economia chinesa está em curva descendente. A questão é se terá um pouso suave ou forçado, depois de crescer a taxas de 10% ao ano durante três décadas e meia.
O que aconteceu nos últimos dias foi uma amostra dos aspectos perversos da globalização da economia. Um problema grave ou a suspeita de que um governo não está revelando a verdade provoca uma onda de choque capaz de abalar o mundo inteiro.
As bolsas chinesas operam hoje com fortes altas, no momento, de 5,34% em Xangai e 3,1% em Hong Kong.
Segunda maior economia do mundo, a China é hoje a grande dúvida dos investidores. O regime comunista chinês afirma que o crescimento está dentro da meta de 7% ao ano, mas as medidas adotadas recentemente indicam preocupação com a desaceleração da economia.
A economia chinesa está em curva descendente. A questão é se terá um pouso suave ou forçado, depois de crescer a taxas de 10% ao ano durante três décadas e meia.
O que aconteceu nos últimos dias foi uma amostra dos aspectos perversos da globalização da economia. Um problema grave ou a suspeita de que um governo não está revelando a verdade provoca uma onda de choque capaz de abalar o mundo inteiro.
Bolsa de Nova York tem maior alta percentual em quatro anos
NOVA YORK - Depois da tempestade que tirou US$ 2 trilhões dos investidores em seis dias só nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de Nova York reagiu ontem. Fechou com alta de 617 pontos (4%), a maior em quatro anos, em 16.285,51.
No Brasil, a Bolsa de São Paulo avançou 3,35%. O real, o rand sul-africano e a rúpia indonésio tiveram pequenas altas.
A sessão abriu em alta, mas os analistas temiam uma repetição do dia anterior, quando o Índice Dow Jones subiu 442 pontos para fechar em queda de 205.
Além das dúvidas sobre a saúde da economia da China e da capacidade de recuperação de emergentes como o Brasil e a Rússia, os investidores tentam decifrar se a Reserva Federal, o banco central dos EUA, vai voltar a elevar as taxas básicas de juros em setembro. Ontem, o ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers advertiu que não é o momento de aumentar os juros.
No Brasil, a Bolsa de São Paulo avançou 3,35%. O real, o rand sul-africano e a rúpia indonésio tiveram pequenas altas.
A sessão abriu em alta, mas os analistas temiam uma repetição do dia anterior, quando o Índice Dow Jones subiu 442 pontos para fechar em queda de 205.
Além das dúvidas sobre a saúde da economia da China e da capacidade de recuperação de emergentes como o Brasil e a Rússia, os investidores tentam decifrar se a Reserva Federal, o banco central dos EUA, vai voltar a elevar as taxas básicas de juros em setembro. Ontem, o ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers advertiu que não é o momento de aumentar os juros.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Presidente do Sudão do Sul assina acordo de paz
O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, assinou hoje em Juba um acordo de paz com os rebeldes liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar, que já havia aprovado o acordo em Adis Abeba, na Etiópia, em 17 de agosto de 2015.
Pelo acordo, a capital do país será desmilitarizada e a segurança pública será mantida por uma força de paz internacional das Nações Unidas e da União Africana.
País mais jovem do mundo, o Sudão do Sul ficou independente em 2011 depois da mais longa guerra civil africana na era da independência. O conflito começou em 2013, quando Kiir tentou desarmar os militantes do Movimento Popular de Libertação do Sudão de outras etnias que não a sua.
Desde então, milhares de pessoas morreram em combate e de fome.
Pelo acordo, a capital do país será desmilitarizada e a segurança pública será mantida por uma força de paz internacional das Nações Unidas e da União Africana.
País mais jovem do mundo, o Sudão do Sul ficou independente em 2011 depois da mais longa guerra civil africana na era da independência. O conflito começou em 2013, quando Kiir tentou desarmar os militantes do Movimento Popular de Libertação do Sudão de outras etnias que não a sua.
Desde então, milhares de pessoas morreram em combate e de fome.
Dois jornalistas são mortos no ar numa TV dos EUA
NOVA YORK - Um homem armado invadiu hoje de manhã o local onde uma televisão da cidade de Roanoke, no estado da Virgínia, fazia uma entrevista ao vivo e matou dois jornalistas. É algo raro nos Estados Unidos, onde só cinco jornalistas foram mortos nos últimos 20 anos. A polícia procura um ex-repórter que teria se desentendido com colegas.
A repórter Alison Parker e o cinegrafista Adam Ward foram mortos dentro do estúdio. Uma empresária que dava entrevista à repórter saiu ferida e está em situação instável.
O principal suspeito é Vester Flanagan, que alegou ser alvo de tiradas racistas dentro da emissora. Sua conta no Twitter foi suspensa depois que ele anunciou ter gravado o assassinato em vídeo.
Quando o cerco policial começou a se fechar, Flanagan atirou em si mesmo e morreu horas depois. Ele discutiu asperamente com a repórter assassinada ao ser demitido.
A repórter Alison Parker e o cinegrafista Adam Ward foram mortos dentro do estúdio. Uma empresária que dava entrevista à repórter saiu ferida e está em situação instável.
O principal suspeito é Vester Flanagan, que alegou ser alvo de tiradas racistas dentro da emissora. Sua conta no Twitter foi suspensa depois que ele anunciou ter gravado o assassinato em vídeo.
Quando o cerco policial começou a se fechar, Flanagan atirou em si mesmo e morreu horas depois. Ele discutiu asperamente com a repórter assassinada ao ser demitido.
Coreias reduzem prontidão das Forças Armadas
A Coreia do Sul reduziu o nível de alerta de suas Forças Armadas depois que a Coreia do Norte fez o mesmo porque o Sul aceitou suspender a propaganda anticomunista difundida por alto-falantes na fronteira entre os dois países, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul constatou a retirada de submarinos da Coreia do Norte que circulavam perto de seu mar territorial no último fim de semana.
Em Panmunjon, a cidade que fica na zona desmilitarizada entre os dois países, os norte-coreanos voltaram a usar pistolas, depois de serem vistos com fuzis de guerra nos últmos dias.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul constatou a retirada de submarinos da Coreia do Norte que circulavam perto de seu mar territorial no último fim de semana.
Em Panmunjon, a cidade que fica na zona desmilitarizada entre os dois países, os norte-coreanos voltaram a usar pistolas, depois de serem vistos com fuzis de guerra nos últmos dias.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Bolsa de Nova York fecha em queda de 205 pontos
Depois de subir 442 pontos, o Índice Dow Jones voltou a sofrer forte hoje queda nas últimas horas de negociações. O principal índice da Bolsa de Valores de Nova York perdeu 205 pontos (1,3%), enquanto o índice amplo S&P 500 caiu 1,4% e a bolsa de alta tecnologia Nasdaq, 0,4%.
Com a nova queda forte superior a 6% na Bolsa de Xangai, o Banco Popular da China anunciou um corte nas taxas básicas de juros e a redução do percentual que os bancos são obrigados a depositar como reserva no banco central.
Isso deu fôlego para a alta de 442 pontos, que não se sustentou no final da sessão. O mercado se pergunta que impacto a crise da China terá sobre a economia dos Estados Unidos. Afinal, nos últimos dez anos, a China foi a grande responsável pelo crescimento da econoia mundial.
No mundo globalizado, a recuperação americana não pode ser um fenômeno isolado.
Com a nova queda forte superior a 6% na Bolsa de Xangai, o Banco Popular da China anunciou um corte nas taxas básicas de juros e a redução do percentual que os bancos são obrigados a depositar como reserva no banco central.
Isso deu fôlego para a alta de 442 pontos, que não se sustentou no final da sessão. O mercado se pergunta que impacto a crise da China terá sobre a economia dos Estados Unidos. Afinal, nos últimos dez anos, a China foi a grande responsável pelo crescimento da econoia mundial.
No mundo globalizado, a recuperação americana não pode ser um fenômeno isolado.
Bolsas reagem no mundo inteiro mas caem na China e no Japão
NOVA YORK - A Bolsa de Valores de Nova York abriu em alta hoje e no momento registra alta superior a 2%, depois que o banco central da China anunciou um corte de meio ponto percentual na taxa básica de juros e na exigência de reserva dos bancos.
O mercado reagiu no mundo inteiro depois das fortes quedas de ontem, mas a Bolsa de Xangai perdeu mais 7,6% hoje e a Bolsa de Tóquio, 4%. Ao meio-dia pelo horário de Brasília, a Bolsa de São Paulo subia 2,15%.
As bolsas da Europa também fecharam em alta, de 4,5% em Frankfurt, 5,3% em Paris e 3% em Londres. O dólar cai no mundo inteiro, especialmente nos mercados emergentes. No Brasil, a baixa é de 0,59%, com o real cotado a R$ 3,51.
Na opinião dos analistas, houve uma reação exagerada ontem, em parte porque não se sabe a situação real da economia. Para o regime comunista chinês, a instabilidade econômica traz o risco de uma crise política, com contestações ao poder absoluto do partido.
Oficialmente a taxa de crescimento da China está em 7% ao ano, a meta oficial, mas a série de medidas que o governo vem tomando indica temor de uma forte desaceleração do crescimento.
Hoje, o Banco Popular da China anunciou o quinto corte nas taxas básicas de juros desde novembro. A taxa para empréstimos de um ano aos bancos ficou 4,6% ao ano e a taxa que o banco central paga pelos depósitos bancários compulsórios em 1,75%.
Ao cortar os juros e reduzir o percentual que os bancos são obrigados a depositar no Banco Popular da China como reserva, as autoridades chineses mostraram a intenção de fazer tudo o que for possível para evitar a estagnação e uma possível recessão.
Por um momento, sua capacidade foi colocada em dúvida. O mercado financeiro ainda tem um peso relativamente pequeno na economia da China, a segunda maior do mundo, com produto interno bruto de US$ 10 trilhões. Mas, como o governo estimulou os poupadores a aplicar em bolsas de valores, há o risco de uma reação negativa.
Nas últimas semanas, a Bolsa de Xangai caiu cerca de 40%.
O mercado reagiu no mundo inteiro depois das fortes quedas de ontem, mas a Bolsa de Xangai perdeu mais 7,6% hoje e a Bolsa de Tóquio, 4%. Ao meio-dia pelo horário de Brasília, a Bolsa de São Paulo subia 2,15%.
As bolsas da Europa também fecharam em alta, de 4,5% em Frankfurt, 5,3% em Paris e 3% em Londres. O dólar cai no mundo inteiro, especialmente nos mercados emergentes. No Brasil, a baixa é de 0,59%, com o real cotado a R$ 3,51.
Na opinião dos analistas, houve uma reação exagerada ontem, em parte porque não se sabe a situação real da economia. Para o regime comunista chinês, a instabilidade econômica traz o risco de uma crise política, com contestações ao poder absoluto do partido.
Oficialmente a taxa de crescimento da China está em 7% ao ano, a meta oficial, mas a série de medidas que o governo vem tomando indica temor de uma forte desaceleração do crescimento.
Hoje, o Banco Popular da China anunciou o quinto corte nas taxas básicas de juros desde novembro. A taxa para empréstimos de um ano aos bancos ficou 4,6% ao ano e a taxa que o banco central paga pelos depósitos bancários compulsórios em 1,75%.
Ao cortar os juros e reduzir o percentual que os bancos são obrigados a depositar no Banco Popular da China como reserva, as autoridades chineses mostraram a intenção de fazer tudo o que for possível para evitar a estagnação e uma possível recessão.
Por um momento, sua capacidade foi colocada em dúvida. O mercado financeiro ainda tem um peso relativamente pequeno na economia da China, a segunda maior do mundo, com produto interno bruto de US$ 10 trilhões. Mas, como o governo estimulou os poupadores a aplicar em bolsas de valores, há o risco de uma reação negativa.
Nas últimas semanas, a Bolsa de Xangai caiu cerca de 40%.
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Idosos dormem melhor quando têm contato com a natureza
NOVA YORK - As pessoas com 65 anos ou mais têm um sono melhor quando têm contato com a natureza, seja uma área verde de um parque ou uma praia com vista para o mar, concluiu uma pesquisa da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, a ser publicada na edição de setembro da revista acadêmica Preventive Medicine.
"É difícil superestimar a importância de um sono de alta qualidade", declarou a professora Diana Grigsby-Toussaint, da Divisão de Ciências Nutricionais. "O sono inadequado é associado ao declínio da saúde física e mental, redução das funções cognitivas e aumento da obesidade. Este novo estudo mostra que a exposição ao ambiente natural ajuda a dormir bem."
Na pesquisa desenvolvida em conjunto com a Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, a equipe usou os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Comportamento de Risco do Centro de Controle de Doenças dos EUA, onde havia dados sobre 255.171 adultos.
A maioria das pessoas admitiu dormir mal menos de uma semana por mês. "É interessante notar", acrescentou a pesquisa, "que as pessoas que relataram de 2 a 29 dias de sono insuficiente tinha menos acesso a áreas verdes e à natureza do que os que relataram menos de uma semana de problemas."
Grigsby-Toussaint observou que "as pessoas que moram perto de ambientes naturais costumam fazer mais exercícios físicos. Isso contribui para um sono melhor. Melhora a qualidade do sono e da vida."
"É difícil superestimar a importância de um sono de alta qualidade", declarou a professora Diana Grigsby-Toussaint, da Divisão de Ciências Nutricionais. "O sono inadequado é associado ao declínio da saúde física e mental, redução das funções cognitivas e aumento da obesidade. Este novo estudo mostra que a exposição ao ambiente natural ajuda a dormir bem."
Na pesquisa desenvolvida em conjunto com a Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, a equipe usou os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Comportamento de Risco do Centro de Controle de Doenças dos EUA, onde havia dados sobre 255.171 adultos.
A maioria das pessoas admitiu dormir mal menos de uma semana por mês. "É interessante notar", acrescentou a pesquisa, "que as pessoas que relataram de 2 a 29 dias de sono insuficiente tinha menos acesso a áreas verdes e à natureza do que os que relataram menos de uma semana de problemas."
Grigsby-Toussaint observou que "as pessoas que moram perto de ambientes naturais costumam fazer mais exercícios físicos. Isso contribui para um sono melhor. Melhora a qualidade do sono e da vida."
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segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Bolsa de Nova York fecha no menor nível em um ano e meio
NOVA YORK - Depois de cair mil pontos na abertura das negociações, o Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, terminou hoje em baixa de 588 pontos (3,57%), acumulando queda de 1.447 pontos ou 9% em três dias para fechar no menor nível em um ano e meio em 15.871,35.
Desde o pico, em maio, o Índice Dow Jones recuou 10%. Mais de 13,9 milhões de ações foram vendidas nesta segunda-feira, o maior volume desde agosto de 2011. Todas as ações caíram. A bolsa Nasdaq, de ações de empresas de alta tecnologia, sofreu desvalorização de 10% nos últimos três dias.
A principal causa do pânico nos mercados do mundo inteiro foi a perda de 8,49% na Bolsa de Valores de Xangai, na China, que caiu 37% nas últimas semanas. Há o temor de problemas mais sérios na segunda maior economia do mundo do que o regime comunista chinês admitiu até agora.
Desde o pico, em maio, o Índice Dow Jones recuou 10%. Mais de 13,9 milhões de ações foram vendidas nesta segunda-feira, o maior volume desde agosto de 2011. Todas as ações caíram. A bolsa Nasdaq, de ações de empresas de alta tecnologia, sofreu desvalorização de 10% nos últimos três dias.
A principal causa do pânico nos mercados do mundo inteiro foi a perda de 8,49% na Bolsa de Valores de Xangai, na China, que caiu 37% nas últimas semanas. Há o temor de problemas mais sérios na segunda maior economia do mundo do que o regime comunista chinês admitiu até agora.
Bolsa de Nova York teme sofrer maior queda num dia
NOVA YORK - Sob o peso de uma queda de 8,49% em Xangai, na China, a Bolsa de Nova York perdeu mais de mil pontos na abertura dos negócios de hoje, com queda de cerca de 6%. A expectativa é que tenha a maior queda em pontos num dia.
Analistas de mercado ouvidos nas televisões Bloomberg e CNN consideram a perda exagerada. Afinal, a China não está em recessão. Na sexta-feira, anunciou uma queda na produção industrial.
Agora há pouco, a queda do Índice Dow Jones baixou para pouco mais de 800 pontos ou 5%, mas os economistas temem a maior queda em pontos num dia. O índice nunca caiu mais de 800 pontos. O recorde foi 777 em 29 de setembro de 2009.
Analistas de mercado ouvidos nas televisões Bloomberg e CNN consideram a perda exagerada. Afinal, a China não está em recessão. Na sexta-feira, anunciou uma queda na produção industrial.
Agora há pouco, a queda do Índice Dow Jones baixou para pouco mais de 800 pontos ou 5%, mas os economistas temem a maior queda em pontos num dia. O índice nunca caiu mais de 800 pontos. O recorde foi 777 em 29 de setembro de 2009.
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Bolsas da China desabam levando pânico aos mercados
NOVA YORK - Apesar da intervenção extraordinária do governo nas últimas semanas, as bolsas da China desabaram hoje, com Xangai fechando em queda de 8,49%, a maior num dia em oito anos, o que eliminou todos os ganhos obtidos até agora neste ano. Isso derrubou as bolsas da Ásia e da Europa. Tóquio caiu 4,61%.
Na Europa, as perdas no momento são de 5,4% em Londres e 6,9% em Paris. Por trás da venda em massa de ações está o temor do mercado de que a China, país que mais cresceu nas últimas três décadas e meia, tornando-se a segunda maior economia do mundo esteja em forte desaceleração.
Depois de alguns anos de euforia, os grandes países emergentes perderam o brilho, primeiro a Rússia, o Brasil e a Índia, e agora a China, observa o jornal The New York Times.
Com a expectativa de queda na demanda chinesa, os preços dos produtos primários também têm quedas expressivas. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o barril de petróleo tipo West Texas Intermediate, padrão no mercado americano, caiu abaixo de US$ 39.
Desde o início de 2015, o preço do petróleo baixou 35%.
Na Europa, as perdas no momento são de 5,4% em Londres e 6,9% em Paris. Por trás da venda em massa de ações está o temor do mercado de que a China, país que mais cresceu nas últimas três décadas e meia, tornando-se a segunda maior economia do mundo esteja em forte desaceleração.
Depois de alguns anos de euforia, os grandes países emergentes perderam o brilho, primeiro a Rússia, o Brasil e a Índia, e agora a China, observa o jornal The New York Times.
Com a expectativa de queda na demanda chinesa, os preços dos produtos primários também têm quedas expressivas. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o barril de petróleo tipo West Texas Intermediate, padrão no mercado americano, caiu abaixo de US$ 39.
Desde o início de 2015, o preço do petróleo baixou 35%.
domingo, 23 de agosto de 2015
Guarda Costeira da Itália salva 4,4 mil migrantes
Com a apoio de outros países europeus, a Guarda Costeira da Itália salvou hoje 4,4 mil migrantes que estavam à deriva em barcos precários no Mar Mediterrâneo, noticiou a agência Reuters.
Um navio da Noruega e outro da Irlanda participaram da Operação Triton da União Europeia. A Europa enfrenta uma crise migratória com a fuga em massa de países em guerra como Síria, Iraque, Somàlia, Nigéria e Afeganistão.
Um navio da Noruega e outro da Irlanda participaram da Operação Triton da União Europeia. A Europa enfrenta uma crise migratória com a fuga em massa de países em guerra como Síria, Iraque, Somàlia, Nigéria e Afeganistão.
Banco central da China vai aumentar liquidez do sistema financeiro
O Banco Popular da China (BPC) vai "inundar o sistema bancário do país com liquidez para incentivar a concessão de empréstimos", noticiou hoje o jornal americano The Wall Street Journal, observando que a desvalorização da moeda chinesa, o iuane, poderia levar a uma fuga de capital do país.
A decisão de reduzir o percentual do depósito compulsório que os bancos precisam manter no banco central como reserva indica que a desvalorização das últimas duas semanas não foi suficiente para acelerar a atividade econômica.
Ainda em agosto de 2015, ou talvez no início de setembro, o BPC deve reduzir a exigência de reservas em meio ponto percentual, liberando 678 bilhões de iuanes (US$ 106,2 bilhões ou R$ 371,7 bilhões) para empréstimos pelos bancos.
A decisão de reduzir o percentual do depósito compulsório que os bancos precisam manter no banco central como reserva indica que a desvalorização das últimas duas semanas não foi suficiente para acelerar a atividade econômica.
Ainda em agosto de 2015, ou talvez no início de setembro, o BPC deve reduzir a exigência de reservas em meio ponto percentual, liberando 678 bilhões de iuanes (US$ 106,2 bilhões ou R$ 371,7 bilhões) para empréstimos pelos bancos.
sábado, 22 de agosto de 2015
Ataque de míssil deixa 50 mortos na guerra civil da Síria
Um míssil terra-terra disparado pelas forças da ditadura de Bachar Assad seguido de um bombardeio aéreo matou pelo menos 50 pessoas hoje na cidade de Duma, controlada pelos rebeldes na guerra civil da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental que monitora o conflito.
Os trabalhadores das agências de ajuda humanitária ainda procuram corpos entre os destroços. Há seis dias, um bombardeio da Força Aérea matou 100 pessoas num mercado próximo, na mesma cidade.
Os trabalhadores das agências de ajuda humanitária ainda procuram corpos entre os destroços. Há seis dias, um bombardeio da Força Aérea matou 100 pessoas num mercado próximo, na mesma cidade.
Atentado terrorista suicida mata 10 pessoas no Afeganistão
Um homem-bomba matou dez pessoas e feriu outras 60 hoje em Cabul, a capital do Afeganistão, informou a agência de notícias Afghan Islamic Press. Entre os feridos, há cinco mulheres e cinco crianças.
Os ataques seguidos a Cabul deterioraram as relações entre o governo Achraf Ghani e o Paquistão, acusado pelas autoridades afegãs de proteger a milícia extremista muçulmana dos Talebã (Estudantes).
Na província de Fariabe, quatro milicianos foram mortos e 11 presos durante uma operação realizada neste sábado. Três rebeldes mortos eram estrangeiros, dois usbeques e um paquistanês.
Historicamente o Afeganistão é um país fragmentado por seus vários povos que serviu como campo de batalha para diferentes civilizações e impérios, de Alexandre, o Grande, da Macedônia, na Antiguidade; e Gêngis Khan, na Idade Média; aos impérios russo e britânico, no século 19; à União Soviética, no século 20; e aos EUA e seus aliados na guerra contra o terrorismo, no século 21. Não há uma unidade nacional, um senso de nação. Prevalecem as lealdades étnicas e tribais.
Os ataques seguidos a Cabul deterioraram as relações entre o governo Achraf Ghani e o Paquistão, acusado pelas autoridades afegãs de proteger a milícia extremista muçulmana dos Talebã (Estudantes).
Na província de Fariabe, quatro milicianos foram mortos e 11 presos durante uma operação realizada neste sábado. Três rebeldes mortos eram estrangeiros, dois usbeques e um paquistanês.
Historicamente o Afeganistão é um país fragmentado por seus vários povos que serviu como campo de batalha para diferentes civilizações e impérios, de Alexandre, o Grande, da Macedônia, na Antiguidade; e Gêngis Khan, na Idade Média; aos impérios russo e britânico, no século 19; à União Soviética, no século 20; e aos EUA e seus aliados na guerra contra o terrorismo, no século 21. Não há uma unidade nacional, um senso de nação. Prevalecem as lealdades étnicas e tribais.
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Bombardeio dos EUA mata subcomandante do Estado Islâmico
O subcomandante da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Fadhil Ahmad al-Hayali, mais conhecido pelo nome de guerra, Haji Matazz, foi morto na última terça-feira por um bombardeio aéreo dos Estados Unidos perto de Mossul, no Norte do Iraque, anunciou ontem a Casa Branca.
Como segundo homem na hierarquia do Estado Islâmico, abaixo apenas do califa Abu Baker al-Baghdadi, Al-Hayali era responsável por coordenar grandes movimentos de tropas, armas, explosivos e veículos entre o Iraque e a Síria, onde o grupo controla vastos territórios, metade da Síria e um terço do Iraque.
Há um ano, os EUA e aliados bombardeiam o Estado Islâmico. A milícia perdeu homens, armas, munições, veículos e parte da infraestrutura econômica, mas está longe de ser "degradada e destruída", como prometeu o presidente Barack Obama em agosto de 2014.
Falta uma força terrestre capaz de reconquistar os territórios ocupados pela milícia jihadista.
Como segundo homem na hierarquia do Estado Islâmico, abaixo apenas do califa Abu Baker al-Baghdadi, Al-Hayali era responsável por coordenar grandes movimentos de tropas, armas, explosivos e veículos entre o Iraque e a Síria, onde o grupo controla vastos territórios, metade da Síria e um terço do Iraque.
Há um ano, os EUA e aliados bombardeiam o Estado Islâmico. A milícia perdeu homens, armas, munições, veículos e parte da infraestrutura econômica, mas está longe de ser "degradada e destruída", como prometeu o presidente Barack Obama em agosto de 2014.
Falta uma força terrestre capaz de reconquistar os territórios ocupados pela milícia jihadista.
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sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Terrorista fere três pessoas ao disparar no trem Amsterdã-Paris
Um atirador armado com um fuzil de guerra Kalachnikov atacou hoje um trem expresso Amsterdã-Paris, ferindo três pessoas, noticiou o jornal holandês The Telegraph.
Três americanos, dois militares e um civil, conseguiram evitar uma tragédia ao dominar o terrorista, um marroquino de 26 anos, quando recarregava sua arma. Ele já era conhecido pelo serviço secreto francês. Também tinha um revólver, cartuchos e uma faca, informou o jornal francês Le Monde.
Em seguida, o trem parou em Arras, na França, onde o terrorista foi preso. Os três passageiros feridos são dos Estados Unidos, França e Reino Unido.
Com a maior população muçulmana da Europa, a França está em estado de alerta máxima contra o terrorismo desde o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015.
Três americanos, dois militares e um civil, conseguiram evitar uma tragédia ao dominar o terrorista, um marroquino de 26 anos, quando recarregava sua arma. Ele já era conhecido pelo serviço secreto francês. Também tinha um revólver, cartuchos e uma faca, informou o jornal francês Le Monde.
Em seguida, o trem parou em Arras, na França, onde o terrorista foi preso. Os três passageiros feridos são dos Estados Unidos, França e Reino Unido.
Com a maior população muçulmana da Europa, a França está em estado de alerta máxima contra o terrorismo desde o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015.
Preço do petróleo cai abaixo de US$ 40
Pela primeira vez desde 2009, no auge da Grande Recessão, o preço do barril de petróleo caiu abaixo de US$ 40 na Bolsa Mercantil de Nova York. Às 13 horas pelo horário local (14h em Brasília), foi vendido a US$ 39,86. Meia hora depois, estava em US$ 40,18.
Os preços do petróleo devem completar hoje oito semanas consecutivas de queda, a sequência mais longa em 29 anos. Desde março de 2009, o petróleo não era vendido tão barato. Seu preço hoje é 63% menor do que o maior registrado no ano passado.
As principais causas são os problemas econômicos da China, onde a produção industrial está no menor nível em seis anos e cinco meses, e a volta do Irã ao mercado internacional depois do acordo nuclear firmado no mês passado com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas para desarmar o programa nuclear iraniano.
"Parece que há um começo de pânico no mercado", declarou o analista Rob Christian, da corretora Franklin Templeton Investimentos, citado pelo jornal The Wall Street Journal. "A China não ajuda."
O mercado está saturado de petróleo por causa da fraca recuperação mundial depois da crise de 2008, da volta do Irã e do Iraque ao mercado, da extração de óleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos e da resposta da Arábia Saudita de baixar os preços para combater os novos concorrentes, entre eles o petróleo brasileiro da camada pré-sal.
Grandes países exportadores dependentes do petróleo, como Venezuela, Rússia, Argélia e Nigéria já enfrentam sérias dificuldades econômicas.
Os preços do petróleo devem completar hoje oito semanas consecutivas de queda, a sequência mais longa em 29 anos. Desde março de 2009, o petróleo não era vendido tão barato. Seu preço hoje é 63% menor do que o maior registrado no ano passado.
As principais causas são os problemas econômicos da China, onde a produção industrial está no menor nível em seis anos e cinco meses, e a volta do Irã ao mercado internacional depois do acordo nuclear firmado no mês passado com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas para desarmar o programa nuclear iraniano.
"Parece que há um começo de pânico no mercado", declarou o analista Rob Christian, da corretora Franklin Templeton Investimentos, citado pelo jornal The Wall Street Journal. "A China não ajuda."
O mercado está saturado de petróleo por causa da fraca recuperação mundial depois da crise de 2008, da volta do Irã e do Iraque ao mercado, da extração de óleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos e da resposta da Arábia Saudita de baixar os preços para combater os novos concorrentes, entre eles o petróleo brasileiro da camada pré-sal.
Grandes países exportadores dependentes do petróleo, como Venezuela, Rússia, Argélia e Nigéria já enfrentam sérias dificuldades econômicas.
Ditador da Coreia do Norte põe militares em estado de alerta
Depois de uma troca de tiros ontem na fronteira entre as duas Coreias, o ditador norte-coreano, Kim Jong Un, deu ordem hoje às Forças Armadas para estarem prontas para "lançar operações de surpresa", noticiou a agência sul-coreana Yonhap.
O regime comunista de Pionguiangue deu ontem um ultimato de 48 horas à Coreia do Sul para acabar com a propaganda divulgada por alto-falantes instalados ao longo da fronteira ou enfrentar uma ação militar. Depois de uma semana de protestos, a Coreia do Norte disparou tiros de canhão ontem contra o território sul-coreano, provocando uma resposta.
Diante da troca de tiros, a Coreia do Sul colocou suas forças em estado de alerta máxima, indicado para perigo de ataque iminente. O Departamento da Defesa dos Estados Unidos chegou a suspender exercícios militares conjuntos para avaliar a situação. A manobra foi retomada.
A guerra não interessa a ninguém, mas essas demonstrações de força na última fronteira da Guerra Fria trazem o risco de uma escalada capaz de deflagrar um conflito.
O regime comunista de Pionguiangue deu ontem um ultimato de 48 horas à Coreia do Sul para acabar com a propaganda divulgada por alto-falantes instalados ao longo da fronteira ou enfrentar uma ação militar. Depois de uma semana de protestos, a Coreia do Norte disparou tiros de canhão ontem contra o território sul-coreano, provocando uma resposta.
Diante da troca de tiros, a Coreia do Sul colocou suas forças em estado de alerta máxima, indicado para perigo de ataque iminente. O Departamento da Defesa dos Estados Unidos chegou a suspender exercícios militares conjuntos para avaliar a situação. A manobra foi retomada.
A guerra não interessa a ninguém, mas essas demonstrações de força na última fronteira da Guerra Fria trazem o risco de uma escalada capaz de deflagrar um conflito.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Estado Islâmico reivindica atentado terrorista no Cairo
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou no Twitter a responsabilidade pela explosão de um carro-bomba diante de um prédio das forças de segurança no Cairo, a capital do Egito, noticiou a agência Reuters.
Antes, um grupo de militantes anti-islamitas que se apresenta como Black Blocs também assumiu a autoria do atentado. Ninguém morreu. Pelo menos 29 pessoas saíram feridas.
Desde o golpe militar de 3 de julho de 2013, que depôs o único líder eleito democraticamente da História do Egito, Mohamed Mursi, e acabou com a breve experiência democrática da Primavera, vários grupos armados desafiam o poder no Egito.
Antes, um grupo de militantes anti-islamitas que se apresenta como Black Blocs também assumiu a autoria do atentado. Ninguém morreu. Pelo menos 29 pessoas saíram feridas.
Desde o golpe militar de 3 de julho de 2013, que depôs o único líder eleito democraticamente da História do Egito, Mohamed Mursi, e acabou com a breve experiência democrática da Primavera, vários grupos armados desafiam o poder no Egito.
Maduro manda fechar fronteira com a Colômbia
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mandou fechar a fronteira com a Colômbia por 72 horas a partir de hoje, sob a alegação de que grupos paramilitares colombianos emboscaram três soldados venezuelanos em Santo Antônio, no estado de Táchira, na Venezuela, reportou o jornal colombiano El Espectador.
O governador de Táchira, José Gregorio Vielma Mora, declarou que os soldados foram feridos numa operação contra o contrabando. A Venezuela já fechou sua fronteira em outras ocasiões, geralmente por apenas algumas horas.
A escassez de alimentos é um problema na Venezuela há anos. Com a queda nos preços do petróleo desde 2014, a crise se agravou. A inflação ronda os 100% e pode chegar a 200% ao ano. O desabastecimento atinge uma grande quantidade de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos.
Há três meses e meio das eleições parlamentares, o regime chavista luta desesperadamente para aumentar sua popularidade nas pesquisas, que indicam a vitória da oposição em 6 de dezembro. Os inimigos externos são fantasmas de que o arqui-incompetente usa para acusar a oposição de traição à pátria.
O governador de Táchira, José Gregorio Vielma Mora, declarou que os soldados foram feridos numa operação contra o contrabando. A Venezuela já fechou sua fronteira em outras ocasiões, geralmente por apenas algumas horas.
A escassez de alimentos é um problema na Venezuela há anos. Com a queda nos preços do petróleo desde 2014, a crise se agravou. A inflação ronda os 100% e pode chegar a 200% ao ano. O desabastecimento atinge uma grande quantidade de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos.
Há três meses e meio das eleições parlamentares, o regime chavista luta desesperadamente para aumentar sua popularidade nas pesquisas, que indicam a vitória da oposição em 6 de dezembro. Os inimigos externos são fantasmas de que o arqui-incompetente usa para acusar a oposição de traição à pátria.
Reino Unido reabre embaixada no Irã
O Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte vai reabrir sua embaixada no Irã neste fim de semana, quatro anos depois que ela foi invadida por manifestantes, revelou hoje a agência Reuters, citando fontes diplomáticas não identificadas.
A República Islâmica do Irã fez no mês passado um acordo com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar seu programa nuclear, reaproximando-se da sociedade internacional.
A República Islâmica do Irã fez no mês passado um acordo com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar seu programa nuclear, reaproximando-se da sociedade internacional.
Israel bombardeia Síria em retaliação a ataque de foguetes
A Força Aérea de Israel atacou hoje quatro alvos na Síria depois que quatro foguetes de território sírio atingiram hoje o Norte de Israel nas regiões da Galileia e das Colinas do Golã, noticiou o jornal israelense Haaretz.
Os estrategistas israelenses acreditam que a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) se considera fortalecida pelo acordo nuclear das grandes potências mundiais com seu patrocinador, a República Islâmica do Irã.
Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, Israel bombardeou a Síria várias vezes, principalmente para destruir carregamentos de armas destinadas ao Hesbolá, que luta ao lado da ditadura de Bachar Assad.
Os estrategistas israelenses acreditam que a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) se considera fortalecida pelo acordo nuclear das grandes potências mundiais com seu patrocinador, a República Islâmica do Irã.
Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, Israel bombardeou a Síria várias vezes, principalmente para destruir carregamentos de armas destinadas ao Hesbolá, que luta ao lado da ditadura de Bachar Assad.
Primeiro-ministro da Grécia pede demissão e convoca eleições
Em pronunciamento na televisão, o primeiro-ministro Alexis Tsipras anunciou sua demissão agora há pouco para provocar a realização de eleições parlamentares antecipadas na Grécia. É uma manobra para reforçar seu poder para implementar o programa de recuperação da economia.
Tsipras disse à nação e ao presidente Prokopis Pavlopoulos que não tem mais condições de ficar na chefia do governo por falta de uma maioria parlamentar estável e propôs a convocação de eleições para 20 de setembro, daqui a exatamente um mês.
A Coligação de Esquerda Radical (Syriza), partido de Tsipras, chegou ao poder nas eleições de 25 de janeiro de 2015, depois de seis anos de uma crise econômica que reduziu a produção de riqueza em 25% e deixou um quarto da população em idade de trabalhar sem emprego.
Depois de romper as negociações com os sócios da Zona do Euro e convocar um plebiscito contra o acordo, Tsipras recuou, mas 40 deputados de seu próprio partido rejeitaram o resultado das negociações com os credores. O terceiro empréstimo de emergência só foi aprovado com votos da oposição.
Pela lei grega, como Tsipras foi eleito neste ano, a oposição teria o direito de tentar formar um governo. Como a Syriza e um pequeno partido aliado tem maioria absoluta, apesar da divisão no partido do govervo, a formação de um novo governo é improvável antes das eleições e uma incógnita depois.
A Grécia devia 320 bilhões de euros. Com o novo empréstimo de 86 bilhões, a dívida pública sobe para 200% do produto interno bruto. A antecipação das eleições em momento tão difícil pode criar mais instabilidade política e prejudicar o programa de recuperação.
Tsipras disse à nação e ao presidente Prokopis Pavlopoulos que não tem mais condições de ficar na chefia do governo por falta de uma maioria parlamentar estável e propôs a convocação de eleições para 20 de setembro, daqui a exatamente um mês.
A Coligação de Esquerda Radical (Syriza), partido de Tsipras, chegou ao poder nas eleições de 25 de janeiro de 2015, depois de seis anos de uma crise econômica que reduziu a produção de riqueza em 25% e deixou um quarto da população em idade de trabalhar sem emprego.
Depois de romper as negociações com os sócios da Zona do Euro e convocar um plebiscito contra o acordo, Tsipras recuou, mas 40 deputados de seu próprio partido rejeitaram o resultado das negociações com os credores. O terceiro empréstimo de emergência só foi aprovado com votos da oposição.
Pela lei grega, como Tsipras foi eleito neste ano, a oposição teria o direito de tentar formar um governo. Como a Syriza e um pequeno partido aliado tem maioria absoluta, apesar da divisão no partido do govervo, a formação de um novo governo é improvável antes das eleições e uma incógnita depois.
A Grécia devia 320 bilhões de euros. Com o novo empréstimo de 86 bilhões, a dívida pública sobe para 200% do produto interno bruto. A antecipação das eleições em momento tão difícil pode criar mais instabilidade política e prejudicar o programa de recuperação.
Câmara Federal da Alemanha aprova ajuda à Grécia
Por 545-113, com 18 abstenções, a Câmara Federal da Alemanha aprovou ontem o terceiro empréstimo à Grécia. A oposição se manteve no mesmo nível desde o início dos programas de ajuda ao governo grego.
Os parlamentos da Áustria, Espanha e Estônia aprovaram a ajuda anteontem. A Grécia precisa de 3,2 bilhões de euros para pagar hoje o Banco Central Europeu. Se calotear, perde o direito à linha de crédito usada pelos bancos gregos como boia de salvação.
Mesmo com a ajuda plenamente ratificada pelos outros 18 países da Zona do Euro, a crise da Grécia continua.
Os parlamentos da Áustria, Espanha e Estônia aprovaram a ajuda anteontem. A Grécia precisa de 3,2 bilhões de euros para pagar hoje o Banco Central Europeu. Se calotear, perde o direito à linha de crédito usada pelos bancos gregos como boia de salvação.
Mesmo com a ajuda plenamente ratificada pelos outros 18 países da Zona do Euro, a crise da Grécia continua.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Presidente palestino não é bem-vindo no Irã
A República Islâmica do Irã rejeitou um pedido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para visitar o país, declarou o deputado Hossein Cheikholeslam, reportou a agência de notícias Fars.
Ao mesmo tempo, Cheikholeslam negou um suposto conflito entre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e o o regime fundamentalista iraniano por causa da guerra civil na Síria, onde o Irã apoia a ditadura de Bachar Assad e o Hamas os rebeldes sunitas.
A Arábia Saudita se aproximou recentemente do Hamas em sua estratégia para isolar o Irã.
Entre as críticas ao acordo fechado pelas grandes potências do Conselho de Segurança das Nações para desarmar o programa nuclear, está a alegação de que a reaproximação com o Ocidente não basta para mudar a natureza da república dos aiatolás. Sua política externa não seria alterada.
Ao mesmo tempo, Cheikholeslam negou um suposto conflito entre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e o o regime fundamentalista iraniano por causa da guerra civil na Síria, onde o Irã apoia a ditadura de Bachar Assad e o Hamas os rebeldes sunitas.
A Arábia Saudita se aproximou recentemente do Hamas em sua estratégia para isolar o Irã.
Entre as críticas ao acordo fechado pelas grandes potências do Conselho de Segurança das Nações para desarmar o programa nuclear, está a alegação de que a reaproximação com o Ocidente não basta para mudar a natureza da república dos aiatolás. Sua política externa não seria alterada.
Banco central da China injeta US$ 100 bilhões em dois bancos
O Banco Popular da China injetou ontem US$ 100 bilhões de suas reservas internacionais, estimadas em US$ 3,6 trilhões, em dois bancos-chaves para a política econômica do país, informou a agência oficial de notícias Nova China.
A Plataforma de Investimentos Wutongshu, uma agência de investimento das reservas em moedas fortes, aplicou US$ 48 bilhões no Banco de Desenvolvimento da China e US$ 45 bilhões no Banco de Exportação e Importação da China. Ambos emprestam dinheiro sob a orientação do governo.
Com a medida, as autoridades monetárias chinesas fortalecem o capital dos dois bancos para conter a desaceleração do crescimento e manter a oferta de empregos considerada essencial para a paz social e a estabilidade política do regime comunista.
No momento, a China tenta reorientar sua economia do investimento como maior componente do produto interno bruto para o consumo interno. Ao mesmo tempo, trabalha para exportar produtos industriais com maior conteúdo tecnológico e maior valor agregado. Mas até para atenuar a transição, mantém os componentes do extraordinário desenvolvimento econômico das últimas três décadas e meia.
A Plataforma de Investimentos Wutongshu, uma agência de investimento das reservas em moedas fortes, aplicou US$ 48 bilhões no Banco de Desenvolvimento da China e US$ 45 bilhões no Banco de Exportação e Importação da China. Ambos emprestam dinheiro sob a orientação do governo.
Com a medida, as autoridades monetárias chinesas fortalecem o capital dos dois bancos para conter a desaceleração do crescimento e manter a oferta de empregos considerada essencial para a paz social e a estabilidade política do regime comunista.
No momento, a China tenta reorientar sua economia do investimento como maior componente do produto interno bruto para o consumo interno. Ao mesmo tempo, trabalha para exportar produtos industriais com maior conteúdo tecnológico e maior valor agregado. Mas até para atenuar a transição, mantém os componentes do extraordinário desenvolvimento econômico das últimas três décadas e meia.
Mais de 100 mil migrantes chegaram à Europa em julho
Cerca de 107,5 mil migrantes e refugiados chegaram a portos da União Europeia em julho de 2015, anunciou ontem a agência Frontex, encarregada da coordenação entre os países-membros em questões de fronteiras. É três vezes mais do que em julho do ano passado.
Os números da crise migratória na Europa são eloquentes. De 8 a 14 de agosto, quase 21 mil imigrantes ilegais chegaram a ilhas da Grécia no Mar Mediterrâneo, tanto quanto durante seis meses em 2014, observou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Com cerca de 2 mil novos migrantes por dia, a ilha de Lesbos, normalmente um destino turístico, está à beira do colapso, adverte a organização não governamental Comitê Internacional de Resgate.
"É uma situação de emergência para a Europa", declarou o diretor da Frontex, Fabrice Leggeri.
A Grécia, a Itália e a Hungria estão na linha de frente deste fluxo migratório e de refugiados das guerras civis e da miséria na Síria, no Iraque, no Afeganistão, na Nigéria e na Eritreia. Em agosto, a UE aprovou uma ajuda de 2,4 bilhões de euros em seis anos para ajudar os países europeus a absorver a onda migratória.
Neste ano, a expectativa é de um total de até 750 mil pedidos de asilo, um recorde.
Os números da crise migratória na Europa são eloquentes. De 8 a 14 de agosto, quase 21 mil imigrantes ilegais chegaram a ilhas da Grécia no Mar Mediterrâneo, tanto quanto durante seis meses em 2014, observou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Com cerca de 2 mil novos migrantes por dia, a ilha de Lesbos, normalmente um destino turístico, está à beira do colapso, adverte a organização não governamental Comitê Internacional de Resgate.
"É uma situação de emergência para a Europa", declarou o diretor da Frontex, Fabrice Leggeri.
A Grécia, a Itália e a Hungria estão na linha de frente deste fluxo migratório e de refugiados das guerras civis e da miséria na Síria, no Iraque, no Afeganistão, na Nigéria e na Eritreia. Em agosto, a UE aprovou uma ajuda de 2,4 bilhões de euros em seis anos para ajudar os países europeus a absorver a onda migratória.
Neste ano, a expectativa é de um total de até 750 mil pedidos de asilo, um recorde.
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terça-feira, 18 de agosto de 2015
Coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeia porto no Iêmen
A aliança militar de países sunitas liderada pela Arábia Saudita bombardeou hoje o porto de Hudaidá, que fica perto da capital, Saná, e é um dos principais centros de fornecimento de ajuda humanitária na guerra civil do Iêmen, reportou a agência Reuters.
As agêncas internacionais de ajuda humanitária denunciaram várias vezes a Arábia Saudita por bloquear o acesso da ajuda humanitária aos iemenitas. Os sauditas acusaram os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, de apreender os navios com ajuda para uso militar.
As agêncas internacionais de ajuda humanitária denunciaram várias vezes a Arábia Saudita por bloquear o acesso da ajuda humanitária aos iemenitas. Os sauditas acusaram os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, de apreender os navios com ajuda para uso militar.
ONU cria zona de segurança ao redor de cidade do Norte do Mali
A missão de paz das Nações Unidas no Mali vai criar uma zona de segurança de 20 quilômetros de raio ao redor da cidade de Kidal, no Norte do país, noticiou o sítio de notícias sul-africano News 24.
O objetivo é proteger a zona para impedir combates entre os rebeldes separatistas tuaregues, que lutam pela independência de um país que chamam de Azawade, na região do Sahel, ao sul do Deserto do Saara.
De acordo com um porta-voz do governo, os combates na área cessaram, mas pelo menos dez pessoas foram mortas na última onda de violência.
Os rebeldes do Movimento Nacional de Libertação de Azawade e a milícia pró-governamental Plataforma assinaram um acordo de paz em junho. Assim, o governo tenta pacificar o Norte do Mali para o Exército se concentrar na luta contra extremistas muçulmanos no Oeste do país.
O objetivo é proteger a zona para impedir combates entre os rebeldes separatistas tuaregues, que lutam pela independência de um país que chamam de Azawade, na região do Sahel, ao sul do Deserto do Saara.
De acordo com um porta-voz do governo, os combates na área cessaram, mas pelo menos dez pessoas foram mortas na última onda de violência.
Os rebeldes do Movimento Nacional de Libertação de Azawade e a milícia pró-governamental Plataforma assinaram um acordo de paz em junho. Assim, o governo tenta pacificar o Norte do Mali para o Exército se concentrar na luta contra extremistas muçulmanos no Oeste do país.
Comércio do Brasil com países lusófonos cai 42%
Nos primeiros sete meses do ano, o comércio entre o Brasil e os outros membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Lusofonia) diminuiu 42% em relação ao mesmo período no ano passado para US$ 1,5 bilhão. Portugal responde por dois terços deste total.
De janeiro a julho de 2014, o comércio entre os países lusófonos chegou a US$ 2,6 bilhões. Julho foi o melhor mês de 2015, com negócios de US$ 320,4 milhões. O pior foi fevereiro, com transações de US$ 126 milhões.
Em 2015, até julho, o Brasil vendeu US$ 968 milhões para os sócios da CPLP e comprou deles US$ 548,5 milhões, com saldo comercial positivo. Os produtos brasileiros mais vendidos foram soja e petróleo, seguidos de açúcar, carne e tratores.
O Brasil importou principalmente gás natural liquefeito e azeite, ambos taxados com imposto de importação superior a 17%. Peças para aviões, pêras, produtos químicos e minério de cobre também tiveram destaque.
De janeiro a julho de 2014, o comércio entre os países lusófonos chegou a US$ 2,6 bilhões. Julho foi o melhor mês de 2015, com negócios de US$ 320,4 milhões. O pior foi fevereiro, com transações de US$ 126 milhões.
Em 2015, até julho, o Brasil vendeu US$ 968 milhões para os sócios da CPLP e comprou deles US$ 548,5 milhões, com saldo comercial positivo. Os produtos brasileiros mais vendidos foram soja e petróleo, seguidos de açúcar, carne e tratores.
O Brasil importou principalmente gás natural liquefeito e azeite, ambos taxados com imposto de importação superior a 17%. Peças para aviões, pêras, produtos químicos e minério de cobre também tiveram destaque.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Presidente do Sudão do Sul adia assinatura de acordo de paz
Apesar das pressões internacionais, o presidente do país mais novo do mundo, o Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, pediu tempo para assinar um acordo de paz com os rebeldes liderados por seu ex-vice-presidente Riek Machar, informou a agência de notícias Reuters.
O governo pediu mais 15 dias para examinar os termos do acordo. As divisões internas nos dois lados prolongaram a guerra civil do Sudão do Sul, que surgiu da divisão do Sudão, em 2011, depois da mais longa guerra civil da história da África independente.
A guerra civil começou em 15 de dezembro de 2013, quando o vice-presidente Machar, Pagan Amum e Rebecca Nyandeng boicotaram uma reunião do Conselho de Libertação Nacional e passaram para a oposição.
Salva Kiir mandou desarmar os soldados de todas as etnias do Movimento Popular de Libertação do Sudão e em seguida rearmou os do povo dinka, enquanto os nuêres se rearmaram por conta própria. Quando os soldados dinkas atacaram civis do povo nuer, a guerra civil estava deflagrada.
Desde então, milhares de pessoas morreram em combate, de fome e de doenças provocadas pela guerra civil. Kiir está sob a ameaça de sanções internacionais se não assinar logo o acordo de paz.
O governo pediu mais 15 dias para examinar os termos do acordo. As divisões internas nos dois lados prolongaram a guerra civil do Sudão do Sul, que surgiu da divisão do Sudão, em 2011, depois da mais longa guerra civil da história da África independente.
A guerra civil começou em 15 de dezembro de 2013, quando o vice-presidente Machar, Pagan Amum e Rebecca Nyandeng boicotaram uma reunião do Conselho de Libertação Nacional e passaram para a oposição.
Salva Kiir mandou desarmar os soldados de todas as etnias do Movimento Popular de Libertação do Sudão e em seguida rearmou os do povo dinka, enquanto os nuêres se rearmaram por conta própria. Quando os soldados dinkas atacaram civis do povo nuer, a guerra civil estava deflagrada.
Desde então, milhares de pessoas morreram em combate, de fome e de doenças provocadas pela guerra civil. Kiir está sob a ameaça de sanções internacionais se não assinar logo o acordo de paz.
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Irã ameaça tirar apoio à guerra contra o Estado Islâmico
A República Islâmica do Irã ameaça retirar seu apoio à guerra contra a organização terrorista sunita Estado Islâmico do Iraque e do Levante se o ex-primeiro Nuri al-Maliki for processado pela queda de Mossul, tomada pelos jihadistas em junho de 2014.
Maliki chegou ontem a Teerã para encontros com líderes iranianos. No momento, o ex-chefe de governo iraquiano é alvo de várias no relatório final de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a queda de Mossul, segunda maior cidade do Iraque.
Hoje a Assembleia Nacional decidiu encaminhar as conclusões da CPI ao Ministério Público. O escritório do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, o homem-forte da ditadura teocrática iraniana, fez contato direto com o atual primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, para blindar Maliki, garantindo sua impunidade.
O Irã apoia o governo da maioria xiita no Iraque e tem interesse na preservação da unidade do país vizinho. Milícias xiitas iraquianas treinadas, financiadas e às vezes comandadas pelo Irã lutam ao lado do Exército do Iraque na guerra contra o Estado Islâmico, com a cobertura da Força Aérea dos Estados Unidos e seus aliados.
Maliki chegou ontem a Teerã para encontros com líderes iranianos. No momento, o ex-chefe de governo iraquiano é alvo de várias no relatório final de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a queda de Mossul, segunda maior cidade do Iraque.
Hoje a Assembleia Nacional decidiu encaminhar as conclusões da CPI ao Ministério Público. O escritório do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, o homem-forte da ditadura teocrática iraniana, fez contato direto com o atual primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, para blindar Maliki, garantindo sua impunidade.
O Irã apoia o governo da maioria xiita no Iraque e tem interesse na preservação da unidade do país vizinho. Milícias xiitas iraquianas treinadas, financiadas e às vezes comandadas pelo Irã lutam ao lado do Exército do Iraque na guerra contra o Estado Islâmico, com a cobertura da Força Aérea dos Estados Unidos e seus aliados.
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Boko Haram afirma que comandante supremo está vivo
O comandante supremo da milícia extremista muçulmana Boko Haram, que agora se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, está vivo, afirmou uma mensagem de som do grupo divulgada ontem na Internet, reportou a agência Reuters.
Nos últimos anos, o governo da Nigéria anunciou várias vezes a morte de Abubakar Shekau. As forças de segurança nigerianas alegaram que as mensagens de áudio e vídeo que desmentiram sua morte podem ter sido forjadas.
Na semana passada, o presidente do Chade, Idriss Déby, anunciou a substituição de Shekau por Mohamoud Daoud, que estaria aberto a negociar a paz com os governos de países a África Ocidental que o grupo atacou: Nigéria, Camarões, Chade e Níger.
Nos últimos anos, o governo da Nigéria anunciou várias vezes a morte de Abubakar Shekau. As forças de segurança nigerianas alegaram que as mensagens de áudio e vídeo que desmentiram sua morte podem ter sido forjadas.
Na semana passada, o presidente do Chade, Idriss Déby, anunciou a substituição de Shekau por Mohamoud Daoud, que estaria aberto a negociar a paz com os governos de países a África Ocidental que o grupo atacou: Nigéria, Camarões, Chade e Níger.
Explosão mata 22 pessoas no centro de Bangkok
Uma bomba explodiu no início da noite de hoje (pela hora local) numa área comercial do centro de Bangkok, informou a polícia da Tailândia. Pelo menos 22 pessoas morreram e 117 saíram feridas.
O bomba com sete quilos de explosivos teve como alvo o Santuário de Erawan, em homenagem ao deus hindu Rama, também frequentado por budistas. Há turistas chineses e tailandeses entre os mortos. Ninguém reivindicou a autoria do atentado. Algumas testemunhas disseram ter visto uma mulher deixar um pacote no santuário.
A Tailândia vive sob instabilidade política desde a queda do primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, acusado de corrupção e derrubado por um golpe militar em 2006. Muito popular no interior do país, seu grupo enfrenta a rejeição dos militares e da elite de Bangkok.
Nos últimos anos, o centro da capital tailandesa foi ocupado várias vezes pelo movimento de camisas amarelas, que se opõe aos camisas vermelhas, partidários de Shinawatra. Ambos sempre respeitaram o santuário.
Diante da onda de protestos, houve novas eleições, vencidas por Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, alvo de novo golpe mililtar em 2014. Desde 1º de abril de 2015, o país vive sob lei marcial, uma das possíveis causas da ação terrorista.
Na lista de suspeitos, também estão rebeldes muçulmanos do Sul da Tailândia. O alvo foi o setor de turismo, importante para a economia do país.
Há duas regras básicas na política tailandesa: não atacar a monarquia nem os templos e santuários do país. As duas correntes políticas que disputam o poder na Tailândia dificilmente atacaria um símbolo religioso e cultural.
O bomba com sete quilos de explosivos teve como alvo o Santuário de Erawan, em homenagem ao deus hindu Rama, também frequentado por budistas. Há turistas chineses e tailandeses entre os mortos. Ninguém reivindicou a autoria do atentado. Algumas testemunhas disseram ter visto uma mulher deixar um pacote no santuário.
A Tailândia vive sob instabilidade política desde a queda do primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, acusado de corrupção e derrubado por um golpe militar em 2006. Muito popular no interior do país, seu grupo enfrenta a rejeição dos militares e da elite de Bangkok.
Nos últimos anos, o centro da capital tailandesa foi ocupado várias vezes pelo movimento de camisas amarelas, que se opõe aos camisas vermelhas, partidários de Shinawatra. Ambos sempre respeitaram o santuário.
Diante da onda de protestos, houve novas eleições, vencidas por Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, alvo de novo golpe mililtar em 2014. Desde 1º de abril de 2015, o país vive sob lei marcial, uma das possíveis causas da ação terrorista.
Na lista de suspeitos, também estão rebeldes muçulmanos do Sul da Tailândia. O alvo foi o setor de turismo, importante para a economia do país.
Há duas regras básicas na política tailandesa: não atacar a monarquia nem os templos e santuários do país. As duas correntes políticas que disputam o poder na Tailândia dificilmente atacaria um símbolo religioso e cultural.
Paquistão bombardeia Waziristão do Norte após ação terrorista
Horas depois da morte do secretário do Interior do estado do Punjab, Shuja Khanzada, as Forças Armadas do Paquistão reagiram atacando redutos de jihadistas na região de Shawal, matando 40 militantes, informou o setor de relações públicas do Exército.
Os ataques aéreos começaram pouco depois que o comandante do Exército, general Rahil Sharif, condenou os atos terroristas e orientou no exterior.
O poderoso Exército do Paquistão tem uma relação ambígua com os jihadistas, usados para garantir a defesa em frentes internas.
Os ataques aéreos começaram pouco depois que o comandante do Exército, general Rahil Sharif, condenou os atos terroristas e orientou no exterior.
O poderoso Exército do Paquistão tem uma relação ambígua com os jihadistas, usados para garantir a defesa em frentes internas.
Presidente do Sudão do Sul negocia paz na Etiópia
O presidente do país mais novo do mundo, o Sudão do Sul, Salva Kiir, viajou para a Etiópia para negociar a paz com os rebeldes liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar, sob a mediação de presidentes africanos.
Na opinião do chefe da Casa Civil do Sudão do Sul, um acordo de paz só será possível se todas as facções rebeldes aderiram ao processo de paz.
O governo sul-sudanês está sob pressão internacional para assinar um acordo de paz ainda hoje. Caso contrário, poderá ser submetido a sanções econômicas.
Milhares de pessoas morreram na guerra civil do mais novo país do mundo - e um dos mais pobres -, nascido em 2011 depois de mais de meio século de guerra civil no Sudão, que antes de se dividir era o maior país da África.
Na opinião do chefe da Casa Civil do Sudão do Sul, um acordo de paz só será possível se todas as facções rebeldes aderiram ao processo de paz.
O governo sul-sudanês está sob pressão internacional para assinar um acordo de paz ainda hoje. Caso contrário, poderá ser submetido a sanções econômicas.
Milhares de pessoas morreram na guerra civil do mais novo país do mundo - e um dos mais pobres -, nascido em 2011 depois de mais de meio século de guerra civil no Sudão, que antes de se dividir era o maior país da África.
Equador decreta emergência por erupção vulcânica
O presidente Rafael Correa decretou estado de emergência no Equador por causa da erupção do vulcão Cotapaxi, noticiou a televisão pública britânica BBC. Uma nuvem de cinzas vulcânicas atingiu a capital, Quito, situada a 50 quilômetros do norte do vulcão.
Centenas de pessoas de vilas próximas foram obrigadas a fugir de casa. O acesso ao parque que cerca o vulcão está proibido. A última grande erupção do Cotopaxi foi em 1877.
No momento, Correa enfrenta protestos da oposição e de confederação indígenas. Revoltas dos índios derrubaram os três antecessores do atual presidente.
Centenas de pessoas de vilas próximas foram obrigadas a fugir de casa. O acesso ao parque que cerca o vulcão está proibido. A última grande erupção do Cotopaxi foi em 1877.
No momento, Correa enfrenta protestos da oposição e de confederação indígenas. Revoltas dos índios derrubaram os três antecessores do atual presidente.
domingo, 16 de agosto de 2015
Estado Islâmico derrota revolta em Sirte matando 70 pessoas
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante esmagou uma rebelião contra seu domínio da cidade de Sirte, na Líbia, terra natal do ditador Muamar Kadafi, deposto e morto na chamada Primavera Árabe. Pelo menos 70 pessoas foram mortas, noticiou a agência Reuters citando como fontes moradores da cidade.
O Estado Islâmico sufocou uma revolta de um grupo salafista, a mesma corrente linha-dura do Islã, apoiada por habitantes de Sirte que não aguentam a ditadura jihadista.
Desde a queda e morte de Kadafi, em 2011, a Líbia vive em estado de anarquia, com diferentes milícias que ajudaram a derrubar o tirano e novos grupos como o Estado Islâmico disputando o poder.
Em declaração divulgada ontem, o governo reconhecido internacionalmente da Líbia pediu aos países árabes que façam ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico no país. A milícia tem uma cabeça de ponte na Líbia na cidade de Kadafi.
O Estado Islâmico sufocou uma revolta de um grupo salafista, a mesma corrente linha-dura do Islã, apoiada por habitantes de Sirte que não aguentam a ditadura jihadista.
Desde a queda e morte de Kadafi, em 2011, a Líbia vive em estado de anarquia, com diferentes milícias que ajudaram a derrubar o tirano e novos grupos como o Estado Islâmico disputando o poder.
Em declaração divulgada ontem, o governo reconhecido internacionalmente da Líbia pediu aos países árabes que façam ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico no país. A milícia tem uma cabeça de ponte na Líbia na cidade de Kadafi.
sábado, 15 de agosto de 2015
Itália salva 300 migrantes e outros 40 morrem no Mediterrâneeo
O navio italiano Cigala Fulgosi resgatou 300 migrantes que estavam num barco que estava naufragando no Mar Mediterrâneo, mas pelo menos 40 pessoas morreram afogados, informou hoje o comandante Massimo Tozzi, citado pela agência Reuters.
Pela sua posição geográfica no centro do Mediterrâneo, a Itália é um dos países que mais recebem imigrantes ilegais e refugiados arregimentados por traficantes de pessoas no Oriente Médio e no Norte da África na tentativa de entrar na Europa.
Pela sua posição geográfica no centro do Mediterrâneo, a Itália é um dos países que mais recebem imigrantes ilegais e refugiados arregimentados por traficantes de pessoas no Oriente Médio e no Norte da África na tentativa de entrar na Europa.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Kerry festeja em Havana o reatamento com Cuba
Os mesmos fuzileiros navais em que 1961 retiraram a bandeira dos Estados Unidos da embaixada em Cuba quando os dois países romperam relações diplomáticas hastearam a bandeira hoje em Havana diante do secretário de Estado americano, John Kerry, para festejar o reatamento.
"Estamos aqui porque os presidentes Barack Obama e Raúl Castro resolveram deixar de ser reféns da história", declarou Kerry, o primeiro secretário de Estado a visitar Cuba desde antes da revolução liderada por Fidel Castro.
A luta agora é pelo fim do embargo econômico imposto na mesma época para sufocar o regime comunista cubano e pela abertura política em Cuba, onde há centenas de presos políticos. Raúl Castro ensaiou uma abertura econômica autorizando a abertura de microempresas individuais ou familiares, mas não liberalizou o regime político.
"Estamos aqui porque os presidentes Barack Obama e Raúl Castro resolveram deixar de ser reféns da história", declarou Kerry, o primeiro secretário de Estado a visitar Cuba desde antes da revolução liderada por Fidel Castro.
A luta agora é pelo fim do embargo econômico imposto na mesma época para sufocar o regime comunista cubano e pela abertura política em Cuba, onde há centenas de presos políticos. Raúl Castro ensaiou uma abertura econômica autorizando a abertura de microempresas individuais ou familiares, mas não liberalizou o regime político.
Ministros das Finanças da Eurozona aprovam ajuda à Grécia
Os ministros das Finanças dos países da União Europeia que adotam o euro como moeda comum aprovaram hoje em Bruxelas o terceiro programa de ajuda à Grécia, no valor de 86 bilhões de euros (US$ 95,8 bilhões ou R$ 333 bilhões), com um desembolso inicial de 26 bilhões de euros (R$ 100,6 bilhões).
Com o acordo, a Grécia fica na Zona do Euro, mas ainda enfrenta enormes obstáculos para voltar a crescer e reduzir o desemprego que atinge um quarto da população em idade de trabalhar.
Em troca, terá de fazer uma profunda reforma do Estado, com mais cortes de gastos e aumentos impostos. O acordo divide o governo da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), um partido de esquerda eleito em 25 de janeiro de 2015, no auge da crise.
Na madrugada de hoje, quando o Parlamento aprovou o acordo, 40 deputados da Syriza votaram contra, inclusive o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis. O primeiro-ministro Alexis Tsipras precisou de votos da oposição. É grande a chance de realização de novas eleições ainda neste ano.
A Grécia cresceu 0,8% no segundo trimestre, escapando de uma recessão, depois de perder cerca de 25% do produto interno bruto desde o início da crise da dívida pública, em 2009. Apesar da redução de parte da dívida, o total está hoje em 320 bilhões de euros e deve chegar a 200% do PIB.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está exigindo nova redução do montante total da dívida grega para participar deste terceiro programa. Os governos da Eurozona, que detêm hoje mais de 80% da dívida grega, relutam em aceitar um novo corte da dívida, especialmente Alemanha, Finlândia, Holanda e países da Europa Oriental.
Com o acordo, a Grécia fica na Zona do Euro, mas ainda enfrenta enormes obstáculos para voltar a crescer e reduzir o desemprego que atinge um quarto da população em idade de trabalhar.
Em troca, terá de fazer uma profunda reforma do Estado, com mais cortes de gastos e aumentos impostos. O acordo divide o governo da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), um partido de esquerda eleito em 25 de janeiro de 2015, no auge da crise.
Na madrugada de hoje, quando o Parlamento aprovou o acordo, 40 deputados da Syriza votaram contra, inclusive o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis. O primeiro-ministro Alexis Tsipras precisou de votos da oposição. É grande a chance de realização de novas eleições ainda neste ano.
A Grécia cresceu 0,8% no segundo trimestre, escapando de uma recessão, depois de perder cerca de 25% do produto interno bruto desde o início da crise da dívida pública, em 2009. Apesar da redução de parte da dívida, o total está hoje em 320 bilhões de euros e deve chegar a 200% do PIB.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está exigindo nova redução do montante total da dívida grega para participar deste terceiro programa. Os governos da Eurozona, que detêm hoje mais de 80% da dívida grega, relutam em aceitar um novo corte da dívida, especialmente Alemanha, Finlândia, Holanda e países da Europa Oriental.
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Parlamento da Grécia aprova acordo com os credores
Com 222 votos a favor, 64 contra e 11 abstenções, o Parlamento da Grécia aprovou na madrugada de hoje o terceiro acordo com os credores para o país receber empréstimos de emergência, desta vez no valor de 86 bilhões de euros.
Mais de 40 deputados da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), inclusive o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis, votaram contra. Os ministros das Finanças da Zona do Euro discutem hoje os detalhes do programa de resgate para ajudar a Grécia a pagar uma dívida pública de 320 bilhões de euros que deve chegar a 200% do produto interno bruto, a soma de toda a riqueza que o país produz num ano.
Mais de 40 deputados da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), inclusive o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis, votaram contra. Os ministros das Finanças da Zona do Euro discutem hoje os detalhes do programa de resgate para ajudar a Grécia a pagar uma dívida pública de 320 bilhões de euros que deve chegar a 200% do produto interno bruto, a soma de toda a riqueza que o país produz num ano.
Economia da França ficou estagnada no segundo trimestre de 2015
Segunda maior economia da Zona do Euro, a França não cresceu no no segundo trimestre de 2015, indicou hoje a primeira estimativa do Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos). O resultado do primeiro trimestre foi revisado para cima de 0,6% para 0,7%.
O governo socialista declarou que a meta de alta de 1% no produto interno bruto francês neste ano será atingida, uma vez que o crescimento acumulado do primeiro semestre foi de 0,8%.
A estagnação foi causada pelo baixo consumo doméstico, que subiu 0,1% e a queda de 0,4% nos estoques das empresas, enquanto o consumo interno subiu 0,1% e a demanda externa 0,3%. Os investimentos para formação de capital bruto caíram 1,6%.
O crescimento das importações se desacelerou de 2,2% para 0,6%, enquanto as exportações avançaram 1,2% para 1,7%.
O governo socialista declarou que a meta de alta de 1% no produto interno bruto francês neste ano será atingida, uma vez que o crescimento acumulado do primeiro semestre foi de 0,8%.
A estagnação foi causada pelo baixo consumo doméstico, que subiu 0,1% e a queda de 0,4% nos estoques das empresas, enquanto o consumo interno subiu 0,1% e a demanda externa 0,3%. Os investimentos para formação de capital bruto caíram 1,6%.
O crescimento das importações se desacelerou de 2,2% para 0,6%, enquanto as exportações avançaram 1,2% para 1,7%.
Estado Islâmico mata 76 em ataque a mercado de bairro xiita de Bagdá
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria de um atentado com caminhão-bomba que matou pelo menos 76 pessoas e feriu mais de 200 ontem num mercado público da Cidade de Sader, um bairro xiita de Bagdá, a capital do Iraque, informou a televisão saudita Al Arabiya.
Em declaração publicada na Internet, o Estado Islâmico disse que os alvos eram o Exército e milícias xiitas que participam da guerra contra ele. O ataque a Bagdá é mais um desafio direto ao governo central do Iraque e às forças de segurança iraquianas, até agora incapazes de defender o país.
Em declaração publicada na Internet, o Estado Islâmico disse que os alvos eram o Exército e milícias xiitas que participam da guerra contra ele. O ataque a Bagdá é mais um desafio direto ao governo central do Iraque e às forças de segurança iraquianas, até agora incapazes de defender o país.
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Boko Haram trocou de líder, diz presidente do Chade
A milícia extremista muçulmana Boko Haram, que agora se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, elegeu um novo líder, anunciou o presidente do Chade, Idriss Deby, alimentando os rumores de que o antigo líder, Abubakar Shekau, possa ter sido morto.
O novo líder é Mahamat Daoud, disse o presidente chadiano. Shekau não aparece em vídeos publicados na Internet há meses.
Em entrevista à televisão francesa, Déby afirmou que os esforços conjuntos da Nigéria, do Chade, de Camarões e do Níger "decapitaram" a milícia jihadista: "Pequenos grupos de membros do Boko Haram continuam esparsos no Nordeste da Nigéria, perto da fronteira com Camarões."
Como regra geral, milícias jihadistas sobrevivem à morte de seus líderes.
O novo líder é Mahamat Daoud, disse o presidente chadiano. Shekau não aparece em vídeos publicados na Internet há meses.
Em entrevista à televisão francesa, Déby afirmou que os esforços conjuntos da Nigéria, do Chade, de Camarões e do Níger "decapitaram" a milícia jihadista: "Pequenos grupos de membros do Boko Haram continuam esparsos no Nordeste da Nigéria, perto da fronteira com Camarões."
Como regra geral, milícias jihadistas sobrevivem à morte de seus líderes.
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Líder máximo d'al Caeda apoia novo líder dos Talebã
O líder supremo da rede terrorista Al Caeda, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, prometeu apoio ao novo líder da milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) do Afeganistão, mulá Akhter Mohammad Mansur, em mensagem de áudio e texto publicada na Internet em 1º de agosto de 2015.
A morte do fundador da Milícia dos Talebã, mulá Mohamed Omar, tinha sido confirmada três dias antes e havia rumores de que Zawahiri também estaria morto.
O anúncio da morte de Omar e os comentários de que a mudança de líder poderia facilitar as negociações dos rebeldes com o governo afegão acirraram as divisões entre as diferentes facções dos Talebã.
A morte do fundador da Milícia dos Talebã, mulá Mohamed Omar, tinha sido confirmada três dias antes e havia rumores de que Zawahiri também estaria morto.
O anúncio da morte de Omar e os comentários de que a mudança de líder poderia facilitar as negociações dos rebeldes com o governo afegão acirraram as divisões entre as diferentes facções dos Talebã.
Tentativa de formar governo na Turquia fracassa
As negociações entre o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), islamita moderado, e o Partido Popular Republicano (CHP), a maior da oposição, para formar um novo governo na Turquia fracassaram, admitiu hoje o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu, noticiou o jornal turco Hürriyet.
O partido governista AKP quer formar uma aliança de curto prazo e convocar eleições antecipadas ainda em 2015, mas o CHP só aceita um acordo pelos quatro anos da atual legislatura. Também não houve acerto em questões de política externa e da educação, acrescentou Davutoglu.
Maior líder político do país, o presidente e ex-primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan precisava de maioria de dois terços para mudar a Constituição e criar uma presidência executiva para ter mais poderes. Mas o AKP não conseguiu nem maioria absoluta porque o Partido Democrático Popular (HDP), principal representante da minoria curda, obteve 13% dos votos, superou a barreira de 10% e entrou na Assembleia Nacional.
No mês passado, Erdogan entrou na guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, mas também atacou guerrilheiros curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão. É uma jogada para minar a legitimidade do HDP, que não está envolvido na luta armada, para reduzir sua votação em eleições provavelmente antecipadas por causa da incapacidade de formar um governo com o atual parlamento, onde nenhum partido tem maioria absoluta.
O partido governista AKP quer formar uma aliança de curto prazo e convocar eleições antecipadas ainda em 2015, mas o CHP só aceita um acordo pelos quatro anos da atual legislatura. Também não houve acerto em questões de política externa e da educação, acrescentou Davutoglu.
Maior líder político do país, o presidente e ex-primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan precisava de maioria de dois terços para mudar a Constituição e criar uma presidência executiva para ter mais poderes. Mas o AKP não conseguiu nem maioria absoluta porque o Partido Democrático Popular (HDP), principal representante da minoria curda, obteve 13% dos votos, superou a barreira de 10% e entrou na Assembleia Nacional.
No mês passado, Erdogan entrou na guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, mas também atacou guerrilheiros curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão. É uma jogada para minar a legitimidade do HDP, que não está envolvido na luta armada, para reduzir sua votação em eleições provavelmente antecipadas por causa da incapacidade de formar um governo com o atual parlamento, onde nenhum partido tem maioria absoluta.
China deixa iuane cair mais 1% e e suscita suspeitas de fraqueza
Depois de cair 3,5% em dois dias, a moeda da China perdeu mais 1% nesta quinta-feira aumentando a suspeita de que as autoridades possam estar escondendo problemas muito maiores. Desde ontem, o jornal The New York Times avalia o impacto do câmbio sobre a sociedade chinesa como um todo.
É o maior tombo da moeda chinesa em pouco mais de 20. Em 1993 e 1994, o iuane foi desvalorizado para aumentar a competitividade internacional dos produtos chineses.
O maior risco é que a baixa no valor da moeda da segunda maior economia deflagre uma guerra cambial com novas rodadas de desvalorização ecoando pelo globo.
É o maior tombo da moeda chinesa em pouco mais de 20. Em 1993 e 1994, o iuane foi desvalorizado para aumentar a competitividade internacional dos produtos chineses.
O maior risco é que a baixa no valor da moeda da segunda maior economia deflagre uma guerra cambial com novas rodadas de desvalorização ecoando pelo globo.
Parlamento da Grécia discute proposta de acordo com credores
O projeto de lei sobre o terceiro programa de ajuda internacional, apresentado ontem, começa a ser discutido hoje no Parlamento da Grécia e deve ser votado até amanhã. Hoje sai o resultado do produto interno bruto do segundo trimestre. A expectativa é de forte contração.
Amanhã, os ministros das Finanças do Grupo do Euro voltam a debater o acordo anunciado em 11 de agosto para a Grécia receber 86 bilhões de euros ao longo de três anos. Em troca, o governo grego se comprometeu a realizar reformas que incluem 35 medidas acertadas com os parceiros da Zona do Euro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), a mal afamada troika.
A Grécia teme que a Alemanha decida dar um empréstimo-ponte em vez de liberar logo os fundos do novo programa de ajuda, com o objetivo de impor novas exigências. E o governo da Coligação de Esquerda Radical (Syriza) enfrenta problemas internos.
Uma parte do partido não concorda com o acordo. Gostaria de romper com a Eurozona e até com a União Europeia, ao contrário do que quer a maioria dos gregos. O primeiro-ministro Alexis Tsipras depende de votos dos partidos tradicionais, Nova Democracia, de direita, e o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), para aprovar os acordos internacionais.
A votação do acordo será um bom teste para a coesão do governo em Atenas.
Amanhã, os ministros das Finanças do Grupo do Euro voltam a debater o acordo anunciado em 11 de agosto para a Grécia receber 86 bilhões de euros ao longo de três anos. Em troca, o governo grego se comprometeu a realizar reformas que incluem 35 medidas acertadas com os parceiros da Zona do Euro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), a mal afamada troika.
A Grécia teme que a Alemanha decida dar um empréstimo-ponte em vez de liberar logo os fundos do novo programa de ajuda, com o objetivo de impor novas exigências. E o governo da Coligação de Esquerda Radical (Syriza) enfrenta problemas internos.
Uma parte do partido não concorda com o acordo. Gostaria de romper com a Eurozona e até com a União Europeia, ao contrário do que quer a maioria dos gregos. O primeiro-ministro Alexis Tsipras depende de votos dos partidos tradicionais, Nova Democracia, de direita, e o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), para aprovar os acordos internacionais.
A votação do acordo será um bom teste para a coesão do governo em Atenas.
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Explosão mata mais de 50 pessoas em porto da China
Uma série de explosões violentas e ruidosas sentidas a quilômetros de distância provocou ontem um grande incêndio que destruiu vários depósitos onde havia produtos perigosos e muitos outros produtos a espera de serem embarcados no porto de Tianjin, situado na China a 140 quilômetros a sudeste da capital, Beijim. Mais de 50 pessoas morreram e 700 saíram feridas.
Na manhã desta quinta-feira, o número de desaparecidos ainda era incerto e 32 feridos estavam em estado grave, inclusive seis bombeiros, declarou a política de Tianjin, uma grande cidade industrial de 15 milhões de habitantes. A expectiva é de aumento do número de mortos, previu o jornal The New York Times.
A primeira explosão aconteceu às 23h30 de quarta-feira pela hora de Beijim, 11 horas à frente do horário de Brasília. Meia hora depois, houve a explosão mais forte, equivalente a 21 toneladas de trinitrotolueno (TNT), informou a agência oficial Nova China. Todas as vidraças de um prédio residencial próximos foram quebradas.
O primeiro armazém que explodiu era da empresa privada Rui Hai Logística Internacional, que tem autorização para transportar cargas perigosas.
Na manhã desta quinta-feira, o número de desaparecidos ainda era incerto e 32 feridos estavam em estado grave, inclusive seis bombeiros, declarou a política de Tianjin, uma grande cidade industrial de 15 milhões de habitantes. A expectiva é de aumento do número de mortos, previu o jornal The New York Times.
A primeira explosão aconteceu às 23h30 de quarta-feira pela hora de Beijim, 11 horas à frente do horário de Brasília. Meia hora depois, houve a explosão mais forte, equivalente a 21 toneladas de trinitrotolueno (TNT), informou a agência oficial Nova China. Todas as vidraças de um prédio residencial próximos foram quebradas.
O primeiro armazém que explodiu era da empresa privada Rui Hai Logística Internacional, que tem autorização para transportar cargas perigosas.
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
EUA e aliados bombardeiam na Síria arsenal do Exército da Conquista
A coalizão aérea chefiada pelos Estados Unidos bombardeou hoje depósitos de armas do grupo Jaish al-Sunna, matando pelo menos dez milicianos e oito civis em Atme, na província de Idlibe, informou o jornal libanês The Daily Star, citando como fonte o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora a guerra civil no país.
Jaish al-Sunna faz parte de uma aliança de milícias extremistas muçulmanas sunitas que inclui a Frente al-Nusra, braço da rede terrorista Al Caeda na guerra civil da Síria, mas não o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Quando os EUA entraram na guerra civil da Síria, em 10 de agosto de 2014, iriam atacar só o Estado Islâmico, mas os grupos jihadistas começaram a atacar os rebeldes moderados treinados pelos americanos na Turquia.
Jaish al-Sunna faz parte de uma aliança de milícias extremistas muçulmanas sunitas que inclui a Frente al-Nusra, braço da rede terrorista Al Caeda na guerra civil da Síria, mas não o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Quando os EUA entraram na guerra civil da Síria, em 10 de agosto de 2014, iriam atacar só o Estado Islâmico, mas os grupos jihadistas começaram a atacar os rebeldes moderados treinados pelos americanos na Turquia.
Banco central chinês intervém para conter queda do iuane em 2%
O Banco Popular da China entrou hoje no mercado de câmbio para manter a desvalorização da moeda dentro do limite de 2% adotado pelas autoridades monetárias do país.
No fechamento, o iuane foi cotado a 6,45 por dólar, o menor valor em quatro anos, com queda de 1,6%. Em dois dias, caiu 3,5% diante do dólar, mas hoje subiu em relação ao euro.
Ao anunciar a desvalorização, na terça-feira, o banco central chinês prometeu passar a orientar a flutuação da moeda de acordo com a tendência do mercado. A medida levou o mercado a vendar mais iuanes.
Sob orientação do BPC, conhecido popularmente como Mãezona, os bancos estatais passaram a vender dólares para conter a queda dentro da banda de flutuação adotada oficialmente. Se a moeda chinesa cair muito, pode haver uma fuga de capitais dificultando o pagamento de dívidas em dólar por empresas.
A desvalorização do iuane também deve aumentar a pressão dos Estados Unidos, onde a China é acusada de manter a moeda articialmente subvalorizada para aumentar a competitividade das exportações.
Toda a engenharia financeira do milagre econômico chinês foi baseada em moeda fraca, juros baixos e mão de obra barata para atrair capital estrangeiro.
A desvalorização competitiva, em meio a uma desaceleração do crescimento e à tentativa de passar de uma economia baseada em investimento para uma baseada em consumo, significa que o Partido Comunista ainda confia nas exportações para manter a estabilidade econômica, política e social.
No fechamento, o iuane foi cotado a 6,45 por dólar, o menor valor em quatro anos, com queda de 1,6%. Em dois dias, caiu 3,5% diante do dólar, mas hoje subiu em relação ao euro.
Ao anunciar a desvalorização, na terça-feira, o banco central chinês prometeu passar a orientar a flutuação da moeda de acordo com a tendência do mercado. A medida levou o mercado a vendar mais iuanes.
Sob orientação do BPC, conhecido popularmente como Mãezona, os bancos estatais passaram a vender dólares para conter a queda dentro da banda de flutuação adotada oficialmente. Se a moeda chinesa cair muito, pode haver uma fuga de capitais dificultando o pagamento de dívidas em dólar por empresas.
A desvalorização do iuane também deve aumentar a pressão dos Estados Unidos, onde a China é acusada de manter a moeda articialmente subvalorizada para aumentar a competitividade das exportações.
Toda a engenharia financeira do milagre econômico chinês foi baseada em moeda fraca, juros baixos e mão de obra barata para atrair capital estrangeiro.
A desvalorização competitiva, em meio a uma desaceleração do crescimento e à tentativa de passar de uma economia baseada em investimento para uma baseada em consumo, significa que o Partido Comunista ainda confia nas exportações para manter a estabilidade econômica, política e social.
Moeda da China cai pelo segundo dia seguido
O Banco Popular da China manteve a promessa de deixar a moeda flutuar de acordo com a orientação do mercado, dentro da margem estreita de 2% para não perder o controle, fechando em queda pelo segundo dia seguido.
Depois de chegar 6,3231 iuanes por dólar na terça-feira, com queda de 1,97%, a maior em mais de duas décadas para a moeda chinesa, o banco central fixou a cotação de hoje em 6,3306, 1,6% abaixo do valor de ontem.
Para os economistas, é um sinal de que o regime comunista chinês está promovendo uma desvalorização competitiva para revigorar o setor exportador, responsável por centenas de milhões de empregos. Tudo o que o Partido Comunista não quer é um aumento do desemprego capaz de abalar sua legitimidade, assentada hoje sobre o milagre econômico chinês.
Enquanto oficialmente o governo insiste na proposta de reorientar a economia para o mercado interno, a depreciação da moeda, a maior desde 1994, indica a decisão de manter o modelo exportador tão bem-sucedido nas últimas décadas como garantia do emprego e da renda de sua formidável força de trabalho.
As bolsas do mundo inteiro caíram ontem com a baixa na moeda chinesa, interpretada como um sintoma de fraqueza da segunda maior economia do mundo, de US$ 10 trilhões por ano. Hoje, uma nova onda de choque atinge os mercados.
Se a queda do iuane por dois dias seguidos for um sinal de uma lenta desvalorização a longo prazo, deverá deflagrar uma nova rodada de desvalorizações competitivas ou guerras cambiais de países preocupados em preservar seu espaço no mercado internacional.
Nos Estados Unidos, a medida desencoraja o Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) a aumentar as taxas básicas de juros da economia americana em setembro. Isto valorizaria ainda mais o dólar, ameaçando a recuperação dos EUA.
Sem aumento real nos salários e pressões inflacionárias, o banco central dos EUA pode deixar o reinício da normalização da política monetária, com uma alta de juros, para 2016.
Para o Brasil, o possível adiamento da alta de juros nos EUA parece positivo, assim como a determinação das autoridades chinesas de manter um crescimento forte, dentro da meta de 7% ao ano. A China é hoje a maior parceira comercial do país, grande importadora de produtos primários como soja, carvão e minério de ferro.
Ao mesmo tempo, um guerra cambial pode abalar a recuperação da economia mundial depois da crise financeira de 2008-9. A Crise da Ásia de 1997-8 foi causada por um desajuste de moedas atreladas ao dólar depois de uma desvalorização competitiva de 1993 comparada com a baixa desses dois dias.
Depois de chegar 6,3231 iuanes por dólar na terça-feira, com queda de 1,97%, a maior em mais de duas décadas para a moeda chinesa, o banco central fixou a cotação de hoje em 6,3306, 1,6% abaixo do valor de ontem.
Para os economistas, é um sinal de que o regime comunista chinês está promovendo uma desvalorização competitiva para revigorar o setor exportador, responsável por centenas de milhões de empregos. Tudo o que o Partido Comunista não quer é um aumento do desemprego capaz de abalar sua legitimidade, assentada hoje sobre o milagre econômico chinês.
Enquanto oficialmente o governo insiste na proposta de reorientar a economia para o mercado interno, a depreciação da moeda, a maior desde 1994, indica a decisão de manter o modelo exportador tão bem-sucedido nas últimas décadas como garantia do emprego e da renda de sua formidável força de trabalho.
As bolsas do mundo inteiro caíram ontem com a baixa na moeda chinesa, interpretada como um sintoma de fraqueza da segunda maior economia do mundo, de US$ 10 trilhões por ano. Hoje, uma nova onda de choque atinge os mercados.
Se a queda do iuane por dois dias seguidos for um sinal de uma lenta desvalorização a longo prazo, deverá deflagrar uma nova rodada de desvalorizações competitivas ou guerras cambiais de países preocupados em preservar seu espaço no mercado internacional.
Nos Estados Unidos, a medida desencoraja o Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) a aumentar as taxas básicas de juros da economia americana em setembro. Isto valorizaria ainda mais o dólar, ameaçando a recuperação dos EUA.
Sem aumento real nos salários e pressões inflacionárias, o banco central dos EUA pode deixar o reinício da normalização da política monetária, com uma alta de juros, para 2016.
Para o Brasil, o possível adiamento da alta de juros nos EUA parece positivo, assim como a determinação das autoridades chinesas de manter um crescimento forte, dentro da meta de 7% ao ano. A China é hoje a maior parceira comercial do país, grande importadora de produtos primários como soja, carvão e minério de ferro.
Ao mesmo tempo, um guerra cambial pode abalar a recuperação da economia mundial depois da crise financeira de 2008-9. A Crise da Ásia de 1997-8 foi causada por um desajuste de moedas atreladas ao dólar depois de uma desvalorização competitiva de 1993 comparada com a baixa desses dois dias.
Partido radical curdo reivindica ataque a delegacia em Istambul
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou ontem na Internet a autoria de um ataque a bomba contra uma delegacia de polícia de Istambul, a maior cidade da Turquia, mas não se responsabilizou pelo atentado contra o Consulado Americano na cidade, noticiou a agência Reuters.
No primeiro momento, as suspeitas sobre os dois ataques recaíram sobre a Frente-Partido de Libertação Popular Revolucionário (DHKP-C), um dos principais grupos de esquerda radical da Turquia.
O presidente Recep Tayyip Erdogan aproveitou a entrada da Turquia na guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante para atacar outros grupos que acusa de terrorismo, como o PKK e o DHKP-C.
Analistas já se perguntam se a guerra contra o Estado Islâmico é uma cortina de fumaça. Erdogan tenta minar a credibilidade do Partido Democrático Popular (HDP), da minoria curda, que obteve 13% nas últimas eleições.
Ao superar a cláusula de barreira, o HDP entrou na Assembleia Nacional. Isso tirou a maioria do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de Erdogan, que pretende convocar eleições antecipadas para se reerguer.
Com atentados terroristas, o PKK cai na armadilha de Erdogan.
No primeiro momento, as suspeitas sobre os dois ataques recaíram sobre a Frente-Partido de Libertação Popular Revolucionário (DHKP-C), um dos principais grupos de esquerda radical da Turquia.
O presidente Recep Tayyip Erdogan aproveitou a entrada da Turquia na guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante para atacar outros grupos que acusa de terrorismo, como o PKK e o DHKP-C.
Analistas já se perguntam se a guerra contra o Estado Islâmico é uma cortina de fumaça. Erdogan tenta minar a credibilidade do Partido Democrático Popular (HDP), da minoria curda, que obteve 13% nas últimas eleições.
Ao superar a cláusula de barreira, o HDP entrou na Assembleia Nacional. Isso tirou a maioria do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de Erdogan, que pretende convocar eleições antecipadas para se reerguer.
Com atentados terroristas, o PKK cai na armadilha de Erdogan.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Partes de míssil russo estavam no local de queda de avião na Ucrânia
Alguns fragmentos recolhidos no local da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines em julho de 2014 no Leste da Ucrânia podem ser de um míssil fabricado na Rússia, revelaram hoje os procuradores holandeses que presidem a investigação internacional sobre a tragédia em que todas as 298 pessoas a bordo morreram.
O avião foi abatido em território sob o controle dos rebeldes treinados, armados e financiados pelo Kremlin. A maioria dos mortos era da Holanda.
"A equipe de investigação conjunta examinou diversas partes, possivelmente originárias de um sistema de mísseis terra-ar Buk", os procuradores declararam em nota citada pela televisão americana CNBC.
Os Estados Unidos, a Europa e vários especialistas internacionais acusam os rebeldes de abater o avião malasiano por engano pensando se tratar de um avião de combate da Ucrânia. Há gravações obtidas por serviços secretos ocidentais do momento em que os rebeldes constatam que era um avião de passageiros e se irritam por estar passando por uma zona de guerra.
Na versão russa, um avião de caça ucraniana derrubou o voo MH17, que ia de Amsterdã, a capital da Holanda, a Kuala Lumpur, na Malásia.
O avião foi abatido em território sob o controle dos rebeldes treinados, armados e financiados pelo Kremlin. A maioria dos mortos era da Holanda.
"A equipe de investigação conjunta examinou diversas partes, possivelmente originárias de um sistema de mísseis terra-ar Buk", os procuradores declararam em nota citada pela televisão americana CNBC.
Os Estados Unidos, a Europa e vários especialistas internacionais acusam os rebeldes de abater o avião malasiano por engano pensando se tratar de um avião de combate da Ucrânia. Há gravações obtidas por serviços secretos ocidentais do momento em que os rebeldes constatam que era um avião de passageiros e se irritam por estar passando por uma zona de guerra.
Na versão russa, um avião de caça ucraniana derrubou o voo MH17, que ia de Amsterdã, a capital da Holanda, a Kuala Lumpur, na Malásia.
Arábia Saudita: não há lugar para Assad no futuro da Síria
Durante encontro hoje com o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, a Arábia Saudita reafirmou hoje sua determinação de que o ditador Bachar Assad terá de sair para a guerra civil na Síria acabar, declarou o chanceler saudita, Adel al Jubeir, citado pela agência Reuters.
De sua parte, Lavrov disse que o encontro não resolveu as diferenças de posição dos dois países. A Rússia é aliada da ditadura de Assad e tem na Síria sua única base naval no Mar Mediterrâneo.
Com a ameaça do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Moscou quer aproveitar a oportunidade para iniciar negociações de paz entre o regime sírio e seus inimigos sunitas em busca de um acordo para dividir o poder.
Desde o início da guerra civil síria, em 15 de março de 2011, a Arábia Saudita apoia os rebeldes sunitas. Os sunitas são a maioria da população da Síria, mas o governo é dominado pela minoria alauíta, uma das seitas do xiismo.
As oposições, dos Estados Unidos, da União Europeia e dos regimes árabes sunitas admitem dividir o poder com o atual governo, desde que o ditador caia fora.
De sua parte, Lavrov disse que o encontro não resolveu as diferenças de posição dos dois países. A Rússia é aliada da ditadura de Assad e tem na Síria sua única base naval no Mar Mediterrâneo.
Com a ameaça do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Moscou quer aproveitar a oportunidade para iniciar negociações de paz entre o regime sírio e seus inimigos sunitas em busca de um acordo para dividir o poder.
Desde o início da guerra civil síria, em 15 de março de 2011, a Arábia Saudita apoia os rebeldes sunitas. Os sunitas são a maioria da população da Síria, mas o governo é dominado pela minoria alauíta, uma das seitas do xiismo.
As oposições, dos Estados Unidos, da União Europeia e dos regimes árabes sunitas admitem dividir o poder com o atual governo, desde que o ditador caia fora.
Colômbia prende quatro dirigentes das FARC
A polícia colombiana prendeu hoje quatro dirigentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), noticiou o jornal Diario del Huila. Os quatro militantes presos eram chefes de finanças e logística da 17ª Frente das FARC, que opera no departamento de Huila, no Sudoeste do país.
Num duro golpe contra a organização da guerrilha, os chefes da também chamada Frente Angelino Godoy, parte do Bloco Oriental das FARC, foram capturados depois de meses de investigações. Eles foram identificados como Erick Andrés Amaya Macías, José Quilindo Quilindo, Teódulo Cardozo Aragonés e Manuel Felipe Molano.
Amaya Macías, de 24 anos também conhecido como O Bode, foi detido na vereda Rio Branco, no município de Baraya. Filho de Erick o Bode, chefe de finanças do Comando Conjunto Central das FARC, hoje na prisão, militava nas FARC desde os 12 anos de idade.
Como habitante da região, foi designado chefe de inteligência das milícias bolivaristas. Sua missão era coletar informações para preparar atentados contra as forças de segurança pública, instalação de minas e outras ações guerrilheiras. Também é acusado de incendiar veículos para pressionar pelo pagamento de chantagem.
José Quilindo Quilindo, de 40 anos, militante das FARC há 15 anos, foi preso na cidade de Neiva. Era chefe do Movimento Bolivarista nas veredas Versalhes, Profunda, Rio Negro e Cadillo, nos municípios de Tello e Baraya.
Sua principal função era mobilizar camponeses para participar de marchas e protestos em Neiva. Quem desobedecia, tinha de pagar 50 mil pesos por dia de ausência. Também é acusado de coletar os informes de inteligência das células clandestinas para enviá-los ao comando central e de recrutar menores para serviços de apoio à guerrilha.
Teódulo Cardozo Aragonés, também conhecido como Macaco, foi detido na vereda Nova Reforma, em Baraya. Sua zona de atuação incluía os distritos de Rio Branco, Versalhes e a área urbana de Neiva. Sua função era extorquir comerciantes e agricultores da região.
Na vereda Profunda, em Baraya, as autoridades prenderam Manuel Felipe Molano, membro do Partido Comunista Clandestino Colombiano, que coletava informações sobre a Força Pública e potenciais vítimas de sequestro e extorsão.
Com a estagnação do processo de paz realizado em Havana, depois da morte de 11 soldados numa ação rebelde em 15 de abril de 2015, o presidente Juan Manuel Santos ordenou o reinício dos bombardeios contra o grupo guerrilheiro de esquerda.
As negociações estancaram na questão de como punir os crimes cometidos na longa guerra civil colombiana. Muitos guerrilheiros não aceitam negociar a paz para ir para a cadeia. Entendem que isso é uma rendição. Mas nem o governo nem a sociedade colombiana aceitam a impunidade total.
Para a guerrilha, não há alternativa a não ser integrar ao processo político e à democracia liberal. Os bombardeios do governo e agora essas prisões reforçam a mensagem de que a luta armada não é mais uma opção. O problema é o preço a pagar pelos crimes de guerra.
Num duro golpe contra a organização da guerrilha, os chefes da também chamada Frente Angelino Godoy, parte do Bloco Oriental das FARC, foram capturados depois de meses de investigações. Eles foram identificados como Erick Andrés Amaya Macías, José Quilindo Quilindo, Teódulo Cardozo Aragonés e Manuel Felipe Molano.
Amaya Macías, de 24 anos também conhecido como O Bode, foi detido na vereda Rio Branco, no município de Baraya. Filho de Erick o Bode, chefe de finanças do Comando Conjunto Central das FARC, hoje na prisão, militava nas FARC desde os 12 anos de idade.
Como habitante da região, foi designado chefe de inteligência das milícias bolivaristas. Sua missão era coletar informações para preparar atentados contra as forças de segurança pública, instalação de minas e outras ações guerrilheiras. Também é acusado de incendiar veículos para pressionar pelo pagamento de chantagem.
José Quilindo Quilindo, de 40 anos, militante das FARC há 15 anos, foi preso na cidade de Neiva. Era chefe do Movimento Bolivarista nas veredas Versalhes, Profunda, Rio Negro e Cadillo, nos municípios de Tello e Baraya.
Sua principal função era mobilizar camponeses para participar de marchas e protestos em Neiva. Quem desobedecia, tinha de pagar 50 mil pesos por dia de ausência. Também é acusado de coletar os informes de inteligência das células clandestinas para enviá-los ao comando central e de recrutar menores para serviços de apoio à guerrilha.
Teódulo Cardozo Aragonés, também conhecido como Macaco, foi detido na vereda Nova Reforma, em Baraya. Sua zona de atuação incluía os distritos de Rio Branco, Versalhes e a área urbana de Neiva. Sua função era extorquir comerciantes e agricultores da região.
Na vereda Profunda, em Baraya, as autoridades prenderam Manuel Felipe Molano, membro do Partido Comunista Clandestino Colombiano, que coletava informações sobre a Força Pública e potenciais vítimas de sequestro e extorsão.
Com a estagnação do processo de paz realizado em Havana, depois da morte de 11 soldados numa ação rebelde em 15 de abril de 2015, o presidente Juan Manuel Santos ordenou o reinício dos bombardeios contra o grupo guerrilheiro de esquerda.
As negociações estancaram na questão de como punir os crimes cometidos na longa guerra civil colombiana. Muitos guerrilheiros não aceitam negociar a paz para ir para a cadeia. Entendem que isso é uma rendição. Mas nem o governo nem a sociedade colombiana aceitam a impunidade total.
Para a guerrilha, não há alternativa a não ser integrar ao processo político e à democracia liberal. Os bombardeios do governo e agora essas prisões reforçam a mensagem de que a luta armada não é mais uma opção. O problema é o preço a pagar pelos crimes de guerra.
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Japão religa primeiro reator nuclear após acidente em Fukushima
Com novas regras de segurança adotadas depois do acidente nuclear de Fukushima, em 11 de março de 2011, a empresa Kyushu Energia Elétrica reativou hoje um dos reatores da usina nuclear de Sendai, quase um ano depois da autorização do governo municipal.
Sob impacto do acidente nuclear provocado por um terremoto seguido de maremoto que abalou os reatores e destruiu o sistema de resfriamento, todas as 54 usinas nucleares do Japão foram paradas. Eles produziam 30% da energia elétrica do país.
Mais de US$ 100 milhões foram gastos na usina de Sendai para acalmar a população. Mesmo assim, houve protestos populares diante da central nuclear, que só começa a gerar energia na sexta-feira.
Entre os manifestantes, estava o ex-primeiro-ministro Naoto Kan. Chefe de governo na época do desastre, ele afirmou que "não precisamos de usinas nucleares", citado pela televisão pública britânica BBC.
Cerca de 19 mil pessoas morreram no terremoto e nas tsunames criadas por ele, uma das piores tragédias do Japão no pós-guerra. Outras 160 mil fugiram das áreas próximas por medo da radiação.
Sob impacto do acidente nuclear provocado por um terremoto seguido de maremoto que abalou os reatores e destruiu o sistema de resfriamento, todas as 54 usinas nucleares do Japão foram paradas. Eles produziam 30% da energia elétrica do país.
Mais de US$ 100 milhões foram gastos na usina de Sendai para acalmar a população. Mesmo assim, houve protestos populares diante da central nuclear, que só começa a gerar energia na sexta-feira.
Entre os manifestantes, estava o ex-primeiro-ministro Naoto Kan. Chefe de governo na época do desastre, ele afirmou que "não precisamos de usinas nucleares", citado pela televisão pública britânica BBC.
Cerca de 19 mil pessoas morreram no terremoto e nas tsunames criadas por ele, uma das piores tragédias do Japão no pós-guerra. Outras 160 mil fugiram das áreas próximas por medo da radiação.
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Economia da Rússia cai 4,6% num ano
Na maior queda em seis anos, a economia da Rússia encolheu 4,6% no segundo semestre de 2015 em relação ao mesmo período no ano passado. Com a baixa nos preços do petróleo e a desvalorização do rublo, a recuperação não será imediata.
É a primeira recessão na Rússia desde a crise financeira internacional. Em 2009, o produto interno bruto russo baixou 7,8%. Agora, a renda das famílias, as vendas no varejo e a produção industrial caíram.
No primeiro trimestre, a contração tinha sido mais suave, de 2,2% na comparação anual. Em junho, as vendas no varejo foram 9,4% menores do que um ano antes. A produção industrial diminuiu 5%.
Com a desvalorização do rublo sob pressão das sanções internacionais contra a intervenção da Rússia na Ucrânia, em dezembro de 2014, os russos tiveram a maior queda na renda nos 15 anos da era Putin.
Alguns analistas já consideram esta a crise mais grave da economia, pior do que a moratória declarada em agosto de 1998, seguida de uma maxidesvalorização do rublo, e da Grande Recessão de 2008-9, que atingiu com força um país dependente das exportações de produtos primários, sobretudo de energia. Com o barril de petróleo abaixo de US$ 50, a recuperação será lenta e difícil.
Nos últimos meses, em reação ao boicote da Europa e dos Estados Unidos, o governo tem adotado uma política de substituição de importações na tentativa de convencer os russos a comprar os produtos da indústria nacional. Houve destruições públicas de alimentos importados organizadas pelo governo.
É a primeira recessão na Rússia desde a crise financeira internacional. Em 2009, o produto interno bruto russo baixou 7,8%. Agora, a renda das famílias, as vendas no varejo e a produção industrial caíram.
No primeiro trimestre, a contração tinha sido mais suave, de 2,2% na comparação anual. Em junho, as vendas no varejo foram 9,4% menores do que um ano antes. A produção industrial diminuiu 5%.
Com a desvalorização do rublo sob pressão das sanções internacionais contra a intervenção da Rússia na Ucrânia, em dezembro de 2014, os russos tiveram a maior queda na renda nos 15 anos da era Putin.
Alguns analistas já consideram esta a crise mais grave da economia, pior do que a moratória declarada em agosto de 1998, seguida de uma maxidesvalorização do rublo, e da Grande Recessão de 2008-9, que atingiu com força um país dependente das exportações de produtos primários, sobretudo de energia. Com o barril de petróleo abaixo de US$ 50, a recuperação será lenta e difícil.
Nos últimos meses, em reação ao boicote da Europa e dos Estados Unidos, o governo tem adotado uma política de substituição de importações na tentativa de convencer os russos a comprar os produtos da indústria nacional. Houve destruições públicas de alimentos importados organizadas pelo governo.
Grécia anuncia novo acordo com credores
A Grécia e seus sócios da Zona do Euro chegaram a um acordo preliminar para que o país receba novos empréstimos no valor 86 bilhões de euros nos próximos três anos, anunciou o ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos.
"Chegamos a um acordo", declarou Tsakalatos. "Alguns pormenores ainda estão em discussão."
Os bancos gregos devem receber imediatamente 10 bilhões de euros para se recapitalizar, mas analistas de mercado estimam que o rombo possa ser de até 120 bilhões de euros.
Depois do rompimento das negociações e de um referendo que rejeitou a proposta da Europa, a Grécia esteve perto de deixar a união monetária. Sua economia ainda está muito fragilizada, com os bancos à beira do colapso.
Será o terceiro plano de ajuda desde que a Grécia quebrou em 2009 e não conseguiu mais refinanciar sua dívida pública no mercado financeiro. Os acordos anteriores somaram 240 bilhões, mas, nos últimos anos, a economia grega entrou em depressão, caindo 25%, e a dívida está em 320 bilhões de euros, quase 200% do produto interno bruto.
"Chegamos a um acordo", declarou Tsakalatos. "Alguns pormenores ainda estão em discussão."
Os bancos gregos devem receber imediatamente 10 bilhões de euros para se recapitalizar, mas analistas de mercado estimam que o rombo possa ser de até 120 bilhões de euros.
Depois do rompimento das negociações e de um referendo que rejeitou a proposta da Europa, a Grécia esteve perto de deixar a união monetária. Sua economia ainda está muito fragilizada, com os bancos à beira do colapso.
Será o terceiro plano de ajuda desde que a Grécia quebrou em 2009 e não conseguiu mais refinanciar sua dívida pública no mercado financeiro. Os acordos anteriores somaram 240 bilhões, mas, nos últimos anos, a economia grega entrou em depressão, caindo 25%, e a dívida está em 320 bilhões de euros, quase 200% do produto interno bruto.
Banco Popular da China desvaloriza o iuane
Em mais uma medida para combater a desaceleração da segunda maior economia do mundo, o banco central da China desvalorizou a moeda do país hoje, causando uma queda de 1,9%, a maior perda num dia em mais de duas décadas.
O iuane chegou a cair 1,99% em Xangai e 2,3% em Hong Kong. No fechamento, foi cotado a 6,2298 por dólar. Na segunda-feira, um dólar comprava 6,1162 iuanes.
Para evitar reações negativas de manipulação do câmbio para aumentar as exportações, as autoridades chineses anunciaram que o valor da moeda passará a ser baseado na cotação de fechamento do dia anterior e não apenas pela decisão do Banco Popular da China.
No seu relatório semestral sobre o câmbio no mundo publicado em abril de 2015, o Tesouro dos Estados Unidos considerou o iuane "significativamente subvalorizado", observando que "os fatores fundamentais para a apreciação do iuane permanecem intactos".
Depois de negociações de alto nível com a China em junho, o secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, declarou que a China concordara em intervir nos mercados de câmbio "só quando for necessário pela desordem nas condições de mercado e vai considerar medidas adicionais de transição para um regime de câmbio orientado pelo mercado."
A China está pressionando o Fundo Monetário Internacional para que o iuane seja considerado uma moeda de reserva. A desvalorização controlada pelo banco central não ajuda.
O iuane chegou a cair 1,99% em Xangai e 2,3% em Hong Kong. No fechamento, foi cotado a 6,2298 por dólar. Na segunda-feira, um dólar comprava 6,1162 iuanes.
Para evitar reações negativas de manipulação do câmbio para aumentar as exportações, as autoridades chineses anunciaram que o valor da moeda passará a ser baseado na cotação de fechamento do dia anterior e não apenas pela decisão do Banco Popular da China.
No seu relatório semestral sobre o câmbio no mundo publicado em abril de 2015, o Tesouro dos Estados Unidos considerou o iuane "significativamente subvalorizado", observando que "os fatores fundamentais para a apreciação do iuane permanecem intactos".
Depois de negociações de alto nível com a China em junho, o secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, declarou que a China concordara em intervir nos mercados de câmbio "só quando for necessário pela desordem nas condições de mercado e vai considerar medidas adicionais de transição para um regime de câmbio orientado pelo mercado."
A China está pressionando o Fundo Monetário Internacional para que o iuane seja considerado uma moeda de reserva. A desvalorização controlada pelo banco central não ajuda.
Primárias deixam em aberto eleição presidencial na Argentina
O candidato oficial Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires, venceu a eleição primária para a Presidência da Argentina realizada no último domingo, mas tudo indica que deve haver segundo turno. A eleição para valer será em 25 de outubro de 2015.
Com 98% dos votos apurados, Scioli, da Frente para a Vitória, está na frente com 38,41% contra 30,07% da coalizão Mudemos, liderada pelo prefeito da capital, Mauricio Macri, e 20,63% do deputado Sergio Massa, que se qualifica como terceira via, observou o boletim de notícias Infolatam.
Todos cantaram vitória. "Tomamos este triunfo com humildade e gratidão aos 8 milhões de argentinos que nos deram seu respaldo", declarou o governador. "Vamos trabalhar arduamente para convocar, convencer e persuadir a maior quantidade de argentinos possíveis", acrescentou, destacando a vantagem de 14 pontos na disputa pessoal com Macri.
A coalizão Mudemos englobava as candidaturas de Mauricio Macri (24,24%), representante do liberalismo do governo Carlos Menem (1989-99), da direita peronista; de Ernesto Sanz (3,45%), da União Cívica Radical (UCR), segundo maior partido tradicional argentino; e da esquerdista Elisa Carrió (2,34%), da Afirmação por uma República Igualitária.
Scioli foi vice-presidente de Néstor Kirchner. Representa o peronismo de esquerda e o continuísmo, mas não vai manter as políticas antiliberais e antimercado de Cristina Kirchner, que arruinaram a economia argentina.
Quando chega à Casa Rosada, o presidente da Argentina costuma atropelar ou descartar até mesmo antigos aliados que possam se atravessar no seu caminho. Foi assim com Néstor Kirchner. Ele foi indicado como candidato da esquerda peronista contra Menem pelo presidente interino Eduardo Duhalde (2002-3), que assumiu em meio ao colapso da economia do país e o levou até a eleição presidencial de 2003.
Em 2005, Néstor Kirchner promoveu a candidatura da mulher, Cristina Kirchner, a senadora pela província de Buenos Aires, disputando contra Hilda Chiche Duhalde, mulher do aliado convertido em inimigo político.
Do Senado, Cristina Kirchner chegou à Casa Rosada em 2007. Deveria devolver a faixa presidencial ao marido, que morreu do coração em 27 de outubro de 2010. Com a tragédia pessoal e uma economia em crescimento, Cristina conseguiu em 2011 54% dos votos no primeiro turno, a maior vitória já obtida numa eleição presidencial argentina pós-ditadura.
O desafio de Scioli agora é se distanciar da pesada herança econômica do kirchnerismo para captar o voto apartidário que vai definir a eleição.
Ao comentar o resultado, o prefeito de Buenos Aires afirmou: "Não é o cenário que queriam. Ficou claramente estabelecido que vai haver segundo turno."
O maior problema de Macri é se livrar da imagem de candidato conservador, herdeiro político de Menem, ligado à "pátria financeira" pelo discurso político kirchnerista.
Pelas regras peculiares das eleições presidenciais em dois turnos na Argentina calibradas por Menem, para ganhar no primeiro turno não é necessária a maioria absoluta. Bastam 45% dos votos válidos ou 40% dos votos válidos e uma vantagem de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.
Diante dos resultados de domingo, parece improvável que Scioli consiga a vitória no primeiro turno. Isso aumenta o cacife eleitoral do deputado Sergio Massa, ex-prefeito de Tigre e ex-ministro-chefe da Casa Civil de Cristina Kirchner em 2008-9.
Como o apoio de Massa pode ser decisivo, ele está sendo cortejado pelos dois lados. Sonha em ser a terceira via entre o kirchnerismo e um suposto retorno ao menemismo.
Com 98% dos votos apurados, Scioli, da Frente para a Vitória, está na frente com 38,41% contra 30,07% da coalizão Mudemos, liderada pelo prefeito da capital, Mauricio Macri, e 20,63% do deputado Sergio Massa, que se qualifica como terceira via, observou o boletim de notícias Infolatam.
Todos cantaram vitória. "Tomamos este triunfo com humildade e gratidão aos 8 milhões de argentinos que nos deram seu respaldo", declarou o governador. "Vamos trabalhar arduamente para convocar, convencer e persuadir a maior quantidade de argentinos possíveis", acrescentou, destacando a vantagem de 14 pontos na disputa pessoal com Macri.
A coalizão Mudemos englobava as candidaturas de Mauricio Macri (24,24%), representante do liberalismo do governo Carlos Menem (1989-99), da direita peronista; de Ernesto Sanz (3,45%), da União Cívica Radical (UCR), segundo maior partido tradicional argentino; e da esquerdista Elisa Carrió (2,34%), da Afirmação por uma República Igualitária.
Scioli foi vice-presidente de Néstor Kirchner. Representa o peronismo de esquerda e o continuísmo, mas não vai manter as políticas antiliberais e antimercado de Cristina Kirchner, que arruinaram a economia argentina.
Quando chega à Casa Rosada, o presidente da Argentina costuma atropelar ou descartar até mesmo antigos aliados que possam se atravessar no seu caminho. Foi assim com Néstor Kirchner. Ele foi indicado como candidato da esquerda peronista contra Menem pelo presidente interino Eduardo Duhalde (2002-3), que assumiu em meio ao colapso da economia do país e o levou até a eleição presidencial de 2003.
Em 2005, Néstor Kirchner promoveu a candidatura da mulher, Cristina Kirchner, a senadora pela província de Buenos Aires, disputando contra Hilda Chiche Duhalde, mulher do aliado convertido em inimigo político.
Do Senado, Cristina Kirchner chegou à Casa Rosada em 2007. Deveria devolver a faixa presidencial ao marido, que morreu do coração em 27 de outubro de 2010. Com a tragédia pessoal e uma economia em crescimento, Cristina conseguiu em 2011 54% dos votos no primeiro turno, a maior vitória já obtida numa eleição presidencial argentina pós-ditadura.
O desafio de Scioli agora é se distanciar da pesada herança econômica do kirchnerismo para captar o voto apartidário que vai definir a eleição.
Ao comentar o resultado, o prefeito de Buenos Aires afirmou: "Não é o cenário que queriam. Ficou claramente estabelecido que vai haver segundo turno."
O maior problema de Macri é se livrar da imagem de candidato conservador, herdeiro político de Menem, ligado à "pátria financeira" pelo discurso político kirchnerista.
Pelas regras peculiares das eleições presidenciais em dois turnos na Argentina calibradas por Menem, para ganhar no primeiro turno não é necessária a maioria absoluta. Bastam 45% dos votos válidos ou 40% dos votos válidos e uma vantagem de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.
Diante dos resultados de domingo, parece improvável que Scioli consiga a vitória no primeiro turno. Isso aumenta o cacife eleitoral do deputado Sergio Massa, ex-prefeito de Tigre e ex-ministro-chefe da Casa Civil de Cristina Kirchner em 2008-9.
Como o apoio de Massa pode ser decisivo, ele está sendo cortejado pelos dois lados. Sonha em ser a terceira via entre o kirchnerismo e um suposto retorno ao menemismo.
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Hillary Clinton propõe plano de US$ 350 bilhões para ensino superior
A ex-secretária de Estado e ex-primeira dama dos Estados Unidos Hillary Clinton, principal aspirante à candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 2016, apresentou ontem um plano de dez anos e US$ 350 bilhões para ajudar os estudantes a pagar a universidade e reduzir os juros do crédito educativo.
"Nenhuma família e nenhum estudante deve ter de tomar empréstimo para pagar a universidade", declarou Hillary ao anunciar o plano durante um evento da campanha eleitoral em Novo Hampshire, citado pelo sítio de notícias Politico.
O plano aproveita ideias de esquerda e de direita, a partir de um programa iniciado no governo de seu marido, Bill Clinton (1993-2001) e de propostas do governo Barack Obama em discussão no Congresso.
Como o dinheiro, equivalente a R$ 1,2 trilhão pelo câmbio de ontem, viria da redução de isenções de impostos para os ricos, é improvável que a proposta tenha qualquer apoio do Partido Republicano.
"Nenhuma família e nenhum estudante deve ter de tomar empréstimo para pagar a universidade", declarou Hillary ao anunciar o plano durante um evento da campanha eleitoral em Novo Hampshire, citado pelo sítio de notícias Politico.
O plano aproveita ideias de esquerda e de direita, a partir de um programa iniciado no governo de seu marido, Bill Clinton (1993-2001) e de propostas do governo Barack Obama em discussão no Congresso.
Como o dinheiro, equivalente a R$ 1,2 trilhão pelo câmbio de ontem, viria da redução de isenções de impostos para os ricos, é improvável que a proposta tenha qualquer apoio do Partido Republicano.
Tirada machista não reduz liderança de Donald Trump
Apesar dos comentários machistas sobre a apresentadora do debate na televisão Fox News Megyn Kelly, o magnata imobiliário Donald Trump mantém a liderança nas pesquisas sobre quem será o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos em 2016.
Depois de uma entrevista à CNN em que acusou Kelly de vazar sangue por todos os lados, no que foi considerado uma tirada sexista relativa à menstrução, Trump foi desconvidado para uma conferência conservadora realizada em Atlanta, no estado da Geórgia.
"Você podia ver o sangue saindo de seus olhos, sangue saindo de sua qualquer coisa", disparou Trump na CNN. Mais tarde, disse que só um "depravado" interpretaria sua frase como sexista.
Mesmo assim, em pesquisa feita no fim de semana para a TV NBC, Trump foi o preferido com 23%, seguido do senador texano Ted Cruz, um dos mais conservadores e reacionários entre os 17 aspirantes, que fez propaganda fritando bacon no cano de uma metralhadora.
A favorita do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton, aproveitou a oportunidade para descrever como "ultrajantes" as declarações e as mensagens de Trump no Twitter falando mal de Megyn Kelly, e apresentá-las como um sintoma da "guerra do Partido Republicano contra as mulheres".
Trump também não foi poupado pela única mulher entre os aspirantes à candidatura republicana. A executiva Carly Fiorina, ex-diretora-presidente da empresa de alta tecnologia HP ficou "horrorizada".
O magnata respondeu no Twitter: "Acabo de perceber que, se você ouve Carly Fiorina por mais de dez minutos, fica com uma tremenda dor de cabeça. Sua chance é zero!"
Depois de uma entrevista à CNN em que acusou Kelly de vazar sangue por todos os lados, no que foi considerado uma tirada sexista relativa à menstrução, Trump foi desconvidado para uma conferência conservadora realizada em Atlanta, no estado da Geórgia.
"Você podia ver o sangue saindo de seus olhos, sangue saindo de sua qualquer coisa", disparou Trump na CNN. Mais tarde, disse que só um "depravado" interpretaria sua frase como sexista.
Mesmo assim, em pesquisa feita no fim de semana para a TV NBC, Trump foi o preferido com 23%, seguido do senador texano Ted Cruz, um dos mais conservadores e reacionários entre os 17 aspirantes, que fez propaganda fritando bacon no cano de uma metralhadora.
A favorita do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton, aproveitou a oportunidade para descrever como "ultrajantes" as declarações e as mensagens de Trump no Twitter falando mal de Megyn Kelly, e apresentá-las como um sintoma da "guerra do Partido Republicano contra as mulheres".
Trump também não foi poupado pela única mulher entre os aspirantes à candidatura republicana. A executiva Carly Fiorina, ex-diretora-presidente da empresa de alta tecnologia HP ficou "horrorizada".
O magnata respondeu no Twitter: "Acabo de perceber que, se você ouve Carly Fiorina por mais de dez minutos, fica com uma tremenda dor de cabeça. Sua chance é zero!"
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Zimbábue suspende imposto sobre exportações de platina
O governo do Zimbábue suspendeu por dois anos hoje a cobrança de um imposto de 15% sobre as exportações de platina em estado bruto, dando mais tempo aos produtores para instalar fábricas e fazer algum beneficiamento, informou o boletim All Africa.
A decisão é uma vitória para as mineradoras, que vinham pressionando o governo com o argumento de que uma forte queda nos preços da platina está inviabilizando as operações.
O Zimbábue foi o terceiro maior produtor mundial deste metal precioso em 2014, com 11 toneladas, atrás da África do Sul (110 ton) e da Rússia (25 ton).
A decisão é uma vitória para as mineradoras, que vinham pressionando o governo com o argumento de que uma forte queda nos preços da platina está inviabilizando as operações.
O Zimbábue foi o terceiro maior produtor mundial deste metal precioso em 2014, com 11 toneladas, atrás da África do Sul (110 ton) e da Rússia (25 ton).
Dois atentados terroristas deixam cinco mortos em Istambul
A explosão de um carro-bomba em frente a uma delegacia de polícia seguida de uma tentativa de atacá-la terminou com a morte de um policial e dois terroristas no distrito de Sultanbeili, em Istambul. Em seguida, os rebeldes atacaram a cena do crime, matando o chefe da equipe de desarme de bombas.
Pouco depois do segundo ataque contra a polícia, outro grupo de terroristas atacou o Consulado dos Estados Unidos em Istambul. Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado. Pelos métodos de ação e os alvos escolhidos, as autoridades suspeitam do Frente-Partido de Libertação Popular Revolucionário (DHKP-C), uma organização extremista de esquerda da Turquia.
Ao entrar na guerra contra a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, aproveitou a oportunidade para atacar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Na luta contra os curdos Erdogan tem dois objetivos:
• impedir a união da região autônoma curda no Iraque com as áreas dominadas pelos curdos na Síria, junto à fronteira da Turquia;
• e minar o apoio interno ao Partido Democrático Popular (HDP), curdo, que obteve 13% dos votos nas últimas eleições tirando.
Entre as centenas de presos, além de ativistas curdos e do Estado Islâmico, há membros do DHKP-C. O grupo radical de esquerda ressurgiu durante as manifestações de massa contra Erdogan em 2013 em Istambul, quando o então primeiro-ministro quis construir numa as principais áreas verdes da maior cidade do país.
Em fevereiro de 2013, o DHKP-C fez um atentado suicida contra a Embaixada dos EUA em Ancara. Em março de 2015, dois militantes invadiram o Tribunal de Justiça de Istambul e tomaram o procurador Mehmet Selim Kiraz como refém. Depois de seis horas de cerco, a polícia invadiu o prédio, matou os terroristas e o procurador.
A Turquia enfrenta múltiplas ameaças terroristas. Ontem, militantes do PKK mataram quatro policiais quando seu veículo blindado passou sobre uma mina na província de Sirnak, no Sudeste do país.
Pouco depois do segundo ataque contra a polícia, outro grupo de terroristas atacou o Consulado dos Estados Unidos em Istambul. Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado. Pelos métodos de ação e os alvos escolhidos, as autoridades suspeitam do Frente-Partido de Libertação Popular Revolucionário (DHKP-C), uma organização extremista de esquerda da Turquia.
Ao entrar na guerra contra a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, aproveitou a oportunidade para atacar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Na luta contra os curdos Erdogan tem dois objetivos:
• impedir a união da região autônoma curda no Iraque com as áreas dominadas pelos curdos na Síria, junto à fronteira da Turquia;
• e minar o apoio interno ao Partido Democrático Popular (HDP), curdo, que obteve 13% dos votos nas últimas eleições tirando.
Entre as centenas de presos, além de ativistas curdos e do Estado Islâmico, há membros do DHKP-C. O grupo radical de esquerda ressurgiu durante as manifestações de massa contra Erdogan em 2013 em Istambul, quando o então primeiro-ministro quis construir numa as principais áreas verdes da maior cidade do país.
Em fevereiro de 2013, o DHKP-C fez um atentado suicida contra a Embaixada dos EUA em Ancara. Em março de 2015, dois militantes invadiram o Tribunal de Justiça de Istambul e tomaram o procurador Mehmet Selim Kiraz como refém. Depois de seis horas de cerco, a polícia invadiu o prédio, matou os terroristas e o procurador.
A Turquia enfrenta múltiplas ameaças terroristas. Ontem, militantes do PKK mataram quatro policiais quando seu veículo blindado passou sobre uma mina na província de Sirnak, no Sudeste do país.
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Rebeldes matam dez em ataque a vila no Norte do Mali
Homens armados atacaram no sábado a vila de Gaberi, no Norte do Mali, na região do Sahel, na África, revelou ontem um porta-voz do Exército do país citado pela agência Reuters. As suspeitas recaem sobre terroristas islâmicos.
Um dia antes, extremistas muçulmanos tinham tomado reféns num hotel usado por soldados da força de paz das Nações Unidas e jornalistas estrangeiros na região central do Mali. O sequestro terminou com 12 mortes.
Antes de tomar o hotel, os jihadistas atacaram o quartel de Gurma Rarus, perto da cidade de Timbuktu.
A ONU negociou uma paz instável entre o governo central, com sede em Bamako, no Sul, e os rebeldes separatistas do Movimento Nacional de Libertação de Azawade, da etnia tuaregue, no Norte do Mali. O Exército não reafirmou sua autoridade sobre a região desde que ela foi ocupada pelos rebeldes em abril de 2012.
Vários grupos jihadistas, inclusive a rede terrorista Al Caeda no Magrebe Islâmico, aproveitam a situação para se infiltrar na região.
Um dia antes, extremistas muçulmanos tinham tomado reféns num hotel usado por soldados da força de paz das Nações Unidas e jornalistas estrangeiros na região central do Mali. O sequestro terminou com 12 mortes.
Antes de tomar o hotel, os jihadistas atacaram o quartel de Gurma Rarus, perto da cidade de Timbuktu.
A ONU negociou uma paz instável entre o governo central, com sede em Bamako, no Sul, e os rebeldes separatistas do Movimento Nacional de Libertação de Azawade, da etnia tuaregue, no Norte do Mali. O Exército não reafirmou sua autoridade sobre a região desde que ela foi ocupada pelos rebeldes em abril de 2012.
Vários grupos jihadistas, inclusive a rede terrorista Al Caeda no Magrebe Islâmico, aproveitam a situação para se infiltrar na região.
Um em sete jihadistas franceses morre na Síria
Dos 910 extremistas muçulmanos franceses que foram lutar na guerra civil da Síria ao lado da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, 127 foram mortos, ou seja, um em cada sete, revelou o jornal francês Le Monde citando fontes do Ministério do Interior da França.
Hoje faz um ano do início da guerra aérea declarada pelo presidente Barack Obama contra o Estado Islâmico e o balanço não é positivo.
A estratégia deve ser repensada. As forças de segurança iraquianas e milícias aliadas obtiveram algumas vitórias, mas a milícia jihadista controla grandes áreas do Iraque e da Síria, recebe cada vez mais voluntários e ainda não surgiu uma força terrestre capaz de reconquistar os territórios tomados pelo grupo.
Hoje faz um ano do início da guerra aérea declarada pelo presidente Barack Obama contra o Estado Islâmico e o balanço não é positivo.
A estratégia deve ser repensada. As forças de segurança iraquianas e milícias aliadas obtiveram algumas vitórias, mas a milícia jihadista controla grandes áreas do Iraque e da Síria, recebe cada vez mais voluntários e ainda não surgiu uma força terrestre capaz de reconquistar os territórios tomados pelo grupo.
domingo, 9 de agosto de 2015
Jihadistas retomam controle de várias vilas do Noroeste da Síria
Extremistas muçulmanos de vários grupos tomaram de forças governamentais várias vilas do Nordeste da Síria e avançaram além, noticiou hoje a agência Reuters citando como fonte o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental que monitora a guerra civil no país.
Diante da contraofensiva rebelde, o Exército da Síria se retirou das vilas de Mansura, Zeiara e Tal Wassit, recuando para quartéis da cidade de Hama, um reduto da ditadura de Bachar Assad no Mar Mediterrâneo.
Na província de Alepo, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante conquistou a vila de Umm Housh e matou pelo menos 37 rebeldes de outros grupos islamitas.
A ofensiva governamental dos últimos dias parecia parte de uma estratégia do regime para melhorar suas posições no campo de batalha em meio a grande atividade diplomática para negociar o fim da guerra civil na Síria, que matou mais de 230 mil pessoas nos últimos quatro anos e cinco meses.
Diante da contraofensiva rebelde, o Exército da Síria se retirou das vilas de Mansura, Zeiara e Tal Wassit, recuando para quartéis da cidade de Hama, um reduto da ditadura de Bachar Assad no Mar Mediterrâneo.
Na província de Alepo, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante conquistou a vila de Umm Housh e matou pelo menos 37 rebeldes de outros grupos islamitas.
A ofensiva governamental dos últimos dias parecia parte de uma estratégia do regime para melhorar suas posições no campo de batalha em meio a grande atividade diplomática para negociar o fim da guerra civil na Síria, que matou mais de 230 mil pessoas nos últimos quatro anos e cinco meses.
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Estado Islâmico executa 300 funcionários públicos no Iraque
Um pelotão de fuzilamento da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante executou ontem num acampamento militar da cidade de Mossul cerca de 300 funcionários públicos da Comissão Eleitoral do Iraque. Pelo menos 50 eram mulheres.
A comissão fez um apelo à sociedade internacional, às Nações Unidas e a organizações de defesa dos direitos humanos para que "intervenham imediatamente e parem os massacres e crimes contra o povo iraquiano", noticiou o jornal Latin American Herald Tribune.
O comandante terrorista Mahmoud Salam, que fez a lista dos mortos, declarou que as vítimas "foram mortas porque eram apóstatas e infiéis" sentenciados para "uma punição justa com base na lei islâmica".
Salam prometeu divulgar nos próximos dias uma lista de 500 pessoas executadas recentemente pelo Estado Islâmico em Mossul. As famílias foram informadas sobre as mortes, mas não receberam os corpos.
Há dois dias, o governador da província iraquiana de Nínive, Athil al-Nujaifi, denunciou a execução de 2.070 pessoas pelo Estado Islâmico em duas semanas. Esse número foi confirmado pelo presidente da Assembleia Nacional do Iraque, Salim Jaburi.
Um funcionário da União Patriótica do Curdistão, Giyas Surja, declarou à agência de notícias espanhola Efe que nos últimos 20 dias o Estado Islâmico fez uma campanha terrorista em Mossul. Só na sexta-feira, 50 policiais teriam sido presos.
O EI tomou Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, em 10 de junho de 2014. Em 29 de junho do mesmo ano, seu líder, Abu Bakar al-Baghdadi, proclamou a fundação de um Califado com a ambição de transformá-lo num império universal.
A comissão fez um apelo à sociedade internacional, às Nações Unidas e a organizações de defesa dos direitos humanos para que "intervenham imediatamente e parem os massacres e crimes contra o povo iraquiano", noticiou o jornal Latin American Herald Tribune.
O comandante terrorista Mahmoud Salam, que fez a lista dos mortos, declarou que as vítimas "foram mortas porque eram apóstatas e infiéis" sentenciados para "uma punição justa com base na lei islâmica".
Salam prometeu divulgar nos próximos dias uma lista de 500 pessoas executadas recentemente pelo Estado Islâmico em Mossul. As famílias foram informadas sobre as mortes, mas não receberam os corpos.
Há dois dias, o governador da província iraquiana de Nínive, Athil al-Nujaifi, denunciou a execução de 2.070 pessoas pelo Estado Islâmico em duas semanas. Esse número foi confirmado pelo presidente da Assembleia Nacional do Iraque, Salim Jaburi.
Um funcionário da União Patriótica do Curdistão, Giyas Surja, declarou à agência de notícias espanhola Efe que nos últimos 20 dias o Estado Islâmico fez uma campanha terrorista em Mossul. Só na sexta-feira, 50 policiais teriam sido presos.
O EI tomou Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, em 10 de junho de 2014. Em 29 de junho do mesmo ano, seu líder, Abu Bakar al-Baghdadi, proclamou a fundação de um Califado com a ambição de transformá-lo num império universal.
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