segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Donald Trump: presidente da era da sociedade do espetáculo

Magnata nova-iorquino governa EUA com mentiras e como reality show

Quando foi eleito presidente, em 1980, Ronald Reagan descrevia os Estados Unidos como uma cidadezinha brilhando ao sol no alto de uma colina. Um paraíso com possibilidades ilimitadas. 

Durante a campanha de 2016, Donald Trump pintou um quadro caótico de um país sombrio com as cidades assoladas pela criminalidade e pela violência. Um inferno. Agora, dobrou a aposta. Joga com o medo para assustar a classe média branca para se apresentar como o candidato da segurança pública.

Ao lançar sua primeira candidatura à Casa Branca, em 16 de junho de 2015, Trump chamou os imigrantes mexicanos de traficantes, assassinos e estupradores, e os EUA de vítimas da exploração econômica. 

No discurso para aceitar a candidatura à reeleição, em 27 de agosto deste ano, qualificou os manifestantes que protestam contra o racismo desde o assassinato de George Floyd, em 25 de maio, de “incendiários, agitadores, arruaceiros, saqueadores, anarquistas” e aliados da oposição.

“Ninguém estará seguro nos EUA de Joe Biden”, advertiu o presidente em discurso nos jardins da Casa Branca violando a lei que proíbe manifestações políticas em prédios públicos, com o escudo da Presidência à frente e um mar de bandeiras atrás. Quatro anos atrás, fez a mesma promessa de restaurar a lei a ordem.

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Mortes de crianças e adolescentes por covid-19 crescem nos EUA

Os casos, as hospitalizações e as mortes de crianças e adolescentes pelo coronavírus aumentaram mais rapidamente do que na população em geral, indicam dados da Associação Americana de Pediatria

De 21 de maio a 20 de agosto, o número de casos confirmados nos Estados Unidos subiu 270% para o público em geral e 720% entre crianças e adolescentes. As hospitalizações aumentaram 122% para a população em geral e 356% entre menores de idade. O número de mortes avançou 115% para o público em geral e 229% entre crianças e adolescentes.

No fim de semana, o total de infectados desde o início da pandemia superou 25 milhões. Nesta segunda-feira, o total de mortes passou de 848 mil, com 17 milhões e 900 mil pacientes curados.

Os Estados Unidos registram mais de 6 milhões de casos confirmados e quase 183,5 mil.

No Brasil, houve mais 619 mortes e quase 48,8 mil casos novos, somando 121.515 óbitos e mais de 3,9 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 866. É alta, mas é a menor desde 20 de maio. Agosto teve menos mortes do que junho e julho.

A Índia bate novo recorde mundial de casos novos por dia, quase 79,5 mil e ulptrapassa o México em número de mortes, com 65288 óbitos contra 64.414 dos mexicanos. É o terceiro país com mais casos e mortes, e teve uma queda de 23,9 por cento no produto interno bruto do segundo trimestre. Meu comentário:

domingo, 30 de agosto de 2020

Mais de 60 universidades registram contágios nos EUA

Com o reinício das aulas presenciais, mais de 60 universidades de 36 estados americanos registraram casos da doença do coronavírus de 2019. Em escolas primárias e secundárias, houve pelo menos 7,9 mil casos novos em alunos e funcionários. Em todo o país, sindicatos de professres vão à Justiça contra o reinício das aulas.

O total de casos confirmados da covid-19 ultrapassou hoje os 25 milhões, com 845 mil mortes e 17,7 milhões de pacientes curados. Os Estados Unidos estão perto de 6 milhões de casos e passaram de 183 mil mortes.

No Brasil, houve 15.151 casos novos e mais 398 mortes notificadas nas últimas 24 horas, de acordo com dados das secretarias estaduais da Saúde compilados por um consórcio de empresas jornalísticas. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 875. É a menor desde 21 de maio.

Os prefeitos das duas maiores cidades da Turquia, Istambul e Ancara, acusaram o governo central do ditador Recep Tayyip Erdogan de esconder a verdadeira escala da pandemia no país. Oficialmente, o país tem 267 mil casos confirmados e 6,3 mil mortes.

A China fez acordos com 20 países de baixa renda interessados em renegociar suas dívidas, entre eles Angola e Moçambique, duas ex-colônias de Portugal.

Joe Biden: um homem decente para acabar com "período de trevas"

Ex-vice-presidente é a esperança democrata para derrotar Donald Trump

Depois de 32 anos, na terceira tentativa, o ex-senador e ex-vice-presidente Joe Biden será o candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos na eleição de 3 de novembro. Ele promete acabar com o “período de trevas”. 

É alguém com quem um americano comum de qualquer origem tomaria cerveja e jogaria conversa fora no boteco da esquina. Contrasta com a arrogância elitista e a falsidade do presidente Donald Trump, que desde que chegou a Casa Branca até 13 de julho mentiu 20 mil vezes, de acordo com o jornal The Washington Post.

No melhor discurso da convenção partidária que homologou sua candidatura, na semana passada, a ex-primeira-dama Michelle Obama o apresentou como um “homem profundamente decente guiado pela fé. Ele foi um tremendo vice-presidente. Sabe o que é preciso para resgatar nossa economia, bater a pandemia e liderar o país. Ele ouve, vai dizer a verdade e confiar na ciência. Vai fazer planos inteligentes e dirigir uma boa equipe.”

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sábado, 29 de agosto de 2020

Total de mortes pela covid-19 no Brasil passa de 120 mil

Com mais 904 mortes e 38.302 casos novos da doença do coronavírus de 2019 registrados neste sábado, o Brasil chegou a um total de 120.498 mortes e 3.848.965 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 889.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados se aproxima de 25 milhões, com quase 841 mil mortes e 17,5 milhões.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados (5,95 milhões) e de mortes (182,5 mil). A Índia é o terceiro país em número de casos confirmados (3,463 milhões), depois do Brasil, e o quarto em número de mortes (63.647), logo após o México (63.819).

Em número de mortes por habitante, o Brasil está em décimo lugar, à frente dos EUA, com 56,7 mortos para cada 100 mil pessoas. A maior taxa de mortalidade por habitante é da República de São Marinho, seguida do Peru, Bélgica, Andorra, Espanha, Reino Unido, Itália, Chile e Suécia

Angela Merkel adverte para meses mais duros à frente

Com uma segunda onda de contágio pela doença do novo coronavírus na Europa durante o verão, a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, advertiu ontem que a situação "será mais dura ainda nos próximos meses do que no verão."

A pandemia "é tão séria quanto sempre foi", acrescentou Merkel, considerada uma líder exemplar no combate à covid-19. "Teremos de continuar convivendo com este vírus."

Desde 22 de agosto, quando o registro de novos contágios passou de 2 mil, o maior número desde abril, a Alemanha tem mais de 1,5 mil casos por dia. No fim de março e início de abril, eram cerca de 6 mil contaminações notificadas a cada dia.

O Instituto Robert Koch, o centro de controle de doenças da Alemanha, não atribui a onda de infecções à volta às aulas. As reuniões familiares, os eventos religiosos, as festas e as férias no exterior foram responsáveis por 39% do total.

Na quinta-feira, Merkel e os governadores dos 16 estados alemães decidiram na quinta-feira impor uma quarentena de 14 dias para quem chegar de países de alto risco, entre eles a Espanha, onde houve quase 10 mil casos novos registrados na sexta-feira.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Média de mortes de covid-19 no Brasil é a menor em três meses

O Brasil registrou nesta sexta-feira mais 868 mortes e 44.170 casos novos da doença coronavírus de 2019. O país se aproxima das 120 mil mortes e tem mais de 3,808 milhões de casos confirmados, com quase 3 milhões de doentes recuperados. A média diária de mortes nos últimos sete dias caiu para 877. É a menor em três meses.

No mundo, o total de casos confirmado se aproxima de 25 milhões, com cerca de 840 mil mortes e mais de 17 milhões de pacientes curados. 

Os Estados Unidos têm o maior número de casos, quase 6 milhões, e perto de 182 mil mortes.

A Índia bate novo recorde mundial do número de casos novos, 76.665 em 24 horas, e 1.019 mortes, chegando a um total de 3,461 milhões de casos confirmados e mais de 62,7 mil mortes, atrás apenas dos EUA e do Brasil. Meu comentário:

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Média diária de mortes pela covid-19 no Brasil cai ao nível de maio

O Brasil registra mais 970 mortes e 42.489 casos novos da doença do coronavírus de 2019, somando um total de 118.726 óbitos e 3,761 milhões de casos confirmados. A média diária dos últimos sete dias caiu para 900.

No mundo, o total de casos confirmados subiu para 24 milhões 454 mil, com 831 mil 615 mortes e 17 milhões de pacientes curados. 

A Índia registrou um recorde de 75.760 novas infecções e 1.023 mortes num dia, elevando o total para quase 3,4 milhões de casos confirmados e mais de 61.500 mortes.

Os Estados Unidos lideram, com 5,869 milhões casos confirmados e perto de 181 mil mortes. Meu comentário:

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

França tem recorde de casos novos depois do fim do confinamento

O aumento no número de casos novos na França é o maior desde o início do desconfinamento. Foram 5.429 em 24 horas, anunciou nesta quarta-feira a Agência de Saúde Pública, um aumento de 60% em relação ao dia anterior. A Espanha teve ainda mais casos, mostrando o risco de uma segunda onde de contágio.

Desde o início da pandemia, a França teve 291 mil casos confirmados e pouco mais de 30,5 mil mortes.

A Espanha vive uma situação ainda mais difícil desde o fim da quarentena, com 7.296 casos novos em 24 horas. O país soma pouco menos de 420 mil casos confirmados e quase 29 mil mortes. É o terceiro país em número de mortes por habitantes, depois da Bélgica e do Peru, excluindo a República de São Marinho, um micropaís encravado na Itália.

Aqui no Brasil, o novo coronavírus já atinge 5.520 municípios, 99% das cidades brasileiras. Com 1.090 mortes e 47.828 casos novos, o Brasil chegou a 117.756 mortes e mais de 3,7 milhões de casos confirmados. Meu comentário:

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Europa registra mais dois casos de reinfecção pelo novo coronavírus

Mais dois casos de reinfecção pelo novo coronavírus foram registrados, desta vez na Bélgica e na Holanda. O primeiro foi confirmado em Hong Kong, na China.

As reinfecções suscitam dúvidas sobre a eficácia de vacinas, tendo em vista a capacidade de mutação do vírus.

No mundo inteiro, já são 23 milhões e 800 mil casos confirmados e mais de 817 mil mortes, com 16 milhões e 600 mil pacientes curados.

O Brasil registrou mais 1,215 mortes e quase 47 mil casos novos da doença do coronavírus de 2019 chegaram a 116 mil 666 mortes e 3 milhões 674 mil de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias está em 950. Meu comentário:

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Total de mortes pela covid-19 no Brasil passa de 115 mil

A cada minuto, um profissional de saúde é contaminado no Brasil pela doença do coronavírus de 2019. Já são mais de 258 mil infectados, informa o Ministério da Saúde. Com mais 679 mortes e quase 21 mil e 500 casos novos registrados na segunda-feira, o Brasil chega a 3 milhões 627 mil casos confirmados e 115 mil 451 mortes pela covid-19. A média de mortes dos últimos sete dias está em 971.

No mundo inteiro, são cerca de 23,6 milhões de casos confirmados, pelo menos 813 mil mortos e 16,3 milhões de pacientes curados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 5%.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos, mais de 5,7 milhões e mais de 177 mil mortes. Meu comentário:

domingo, 23 de agosto de 2020

Média diária de mortes pela covid-19 da última semana está em 985

Com 495 mortes, o menor número desde 31 de maio, e 23.028 casos novos da doença do coronavírus de 2019 registrados hoje, o Brasil soma até agora 114.772 mortes, 3.605.783 casos confirmados e 2.739.035 pacientes curados. A média diária das mortes dos últimos sete dias ficou em 985. Há mais de uma semana, está abaixo de mil.

No mundo inteiro, já são 23,5 milhões de casos confirmados, cerca de 810 mil mortes e 16 milhões de pacientes curados. Os Estados Unidos têm mais casos confirmados (5,7 milhões) e mais mortes (180 mil).

Sob pressão do presidente Donald Trump, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), órgão regulador dos setores nos EUA, autorizou o tratamento contra a covid-19 usando o plasma sanguíneo de doentes recuperados.

No sábado, Trump afirmou que a FDA era parte de uma conspiração do "Estado profundo" contra sua reeleição, por isso, estaria atrasando a aprovação de vacinas contra o novo coronavírus.

Nesta segunda-feira, começa a Convenção Nacional do Partido Republicano que homologar a candidatura de Trump à reeleição em 3 de novembro.

sábado, 22 de agosto de 2020

Ex-marqueteiro de Trump foi preso por desviar dinheiro do muro

Líder de movimento internacional de extrema direita, tem relações com os Bolsonaro

De marqueteiro, chefe da campanha de Donald Trump em 2016, estrategista da Casa Branca, guru do neopopulismo de extrema direita e líder de uma internacional do neofascismo a acusado de roubar US$ 1 milhão, cerca de R$ 5,61 milhões, de uma vaquinha de eleitores de Trump para construir um muro na fronteira com o México. Este é Steve Bannon, amigo do deputado Eduardo Bolsonaro, a quem nomeou representante do movimento no Brasil.

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Total de mortos pela pandemia passa de 800 mil

O total de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019 ultrapassou hoje 23 milhões, com 801.447 mortes. Quase metade das mortes aconteceu nos Estados Unidos (176.050), no Brasil (103.358), no México (59.610) e na Índia (55.794).

Na África, onde a África do Sul tem mais da metade (607 mil) dos quase 1,2 milhões, o número de casos novos caiu 30% nas últimas duas semanas. A África do Sul teve mais de 46% desses casos, mas lá a tendência é de baixa, assim como na Nigéria, em Gana, na Argélia e no Quênia.

O aumento do número de casos novos na França sem o crescimento correspondente de internações em unidades de terapia intensiva e entubações relançou a hipótese de que o novo coronavírus tenha sofrido uma mutação e se tornado menos agressivo, noticiou o jornal francês Le Monde.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Pandemia desacelera nos EUA e Brasil mas contágio volta a crescer na Europa

Por cinco dias seguidos, os Estados Unidos registraram menos de 45 mil casos novos da doença do coronavírus de 2019; hoje voltou a 45 mil, mas está abaixo dos 50 a 60 mil do início do mês.

No Brasil, a média diária de mortes nos últimos sete dias está em menos de mil há vários dias e a média dos casos novos também baixou. São Paulo tirou a bandeira vermelha de todas as regiões do estado.

Para o diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde, Michael Ryan, a situação no Brasil está se estabilizando com tendência de queda. “Há uma tendência clara de queda em várias regiões do país”, comentou Ryan, ressalvando que há muito trabalho a fazer. Quando era ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta previu que as curvas de mortes e de contaminação começassem a cair em agosto ou setembro.

Mas não é o momento de baixar a guarda. O total de casos confirmados no mundo está em 23 milhões, com quase 800 mil mortes e mais de 15,6 milhões de pacientes recuperados. O número de mortes e o contágio na América ainda são muito altos. Até 12 de setembro, o total de óbitos nos EUA deve chegar a 195 mil.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos (5,6 milhões) e de mortes (175 mil), seguido pelo Brasil, com mais de 3,5 milhões de casos confirmados e cerca de 113,5 mil óbitos. No Rio de Janeiro, a média diária de casos novos subiu 50% em duas semanas e a ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva passou de 58% para 68%. Meu comentário:

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Brasil chega a 3,5 milhões de infectados pelo novo coronavírus

Com mais 1.234 mortes e 44.684 casos novos registrados nesta quinta-feira, o Brasil chegou a 3,5 milhões de casos confirmados e 112.423 mortes pela pandemia do coronavírus de 2019. 

No mundo inteiro, já são 22,6 milhões de casos confirmados, 797 mil mortes e 15,5 milhões de pacientes curados. 

Os Estados Unidos têm quase 5,750 milhões de casos confirmados e 174 mil mortes. O número de casos novos caiu 18% nas últimas duas semanas e o de mortes, 3%. A Flórida se tornou o quinto estado americano a registrar mais de 10 mil mortes, depois de Nova York, Nova Jérsei, da Califórnia e do Texas.

A Índia registrou mais 69 mil casos novos na quarta-feira, um novo recorde para o país, que tem um total de 2,9 milhões de casos confirmados e 55 mil mortes.

A Argentina tem novo recorde de contaminação: 8.225 casos novos em 24 horas, sendo 5.245 na província de Buenos Aires e 1.280 na capital.

No quarto e último dia da convenção nacional do Partido Democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden aceitou oficialmente a candidatura à Casa Branca na eleição presidencial de 3 de novembro. Meu comentário:

Líder da oposição da Rússia está em coma sob suspeita de envenenamento

O principal líder da oposição na Rússia, o advogado e blogueiro anticorrupção Alexei Navalny, de 44 anos, foi hospitalizado hoje inconsciente, em estado grave, sob suspeita de ter sido envenenado pela ditadura de Vladimir Putin.

Navalny passou mal durante uma viagem aérea de Tomsk, na Sibéria, com destino a Moscou. O avião precisou fazer um pouso de emergência na cidade de Omsk, também na Sibéria. Seus assessores disseram que ele só havia tomado um chá e acreditam que a bebida estava com veneno.

"Alexei foi envenenado, intoxicado e está em tratamento intensivo", declarou sua porta-voz, Kira Iarmich. "Supomos que tenha sido envenenado com alguma coisa misturada no seu chá. Foi a única coisa que bebeu de manhã. Os médicos disseram que a toxina foi absorvida mais rapidamente por causa da bebida quente."

Um dos médicos pediu para o líder oposicionista ser levado para outra cidade com mais recursos. A Alemanha ficou de enviar um avião-ambulância e a França ofereceu asilo político.

Desde o assassinato do ex-primeiro-ministro Boris Nemtsov, em 27 de fevereiro de 2015, a 50 metros das muralhas do Kremlin, Navalny é o principal líder da oposição e maior crítico da ditadura de Putin.

Durante a campanha para o plebiscito que aprovou uma reforma constitucional, em junho, Navalny atacou duramente o regime russo e denunciou a votação como um "golpe" e "violação da Constituição".

A reforma constitucional dá a Putin o direito de se candidatar a presidente mais duas vezes e deixar o poder em 2036. O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, lamentou a situação e desejou "pronto restabelecimento" para Navalny. A oposição duvida de sua sinceridade.

O serviço secreto da Rússia é acusado de várias tentativas de envenenamento, especialmente de ex-agentes, como Alexander Litvinenko, assassinado em Londres em 2006 com polônio radioativo, e Serguei Skripal, atacado em 2018 no interior da Inglaterra, que conseguiu se salvar.

No próximo ano, haverá eleições parlamentares. Navalny seria a principal voz da oposição. Neste momento, os protestos contra a reeleição fraudulenta do ditador Alexander Lukachenko na vizinha Bielorrússia pode animar a oposição russa a sair às ruas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Brasil, Índia e África do Sul terão maior dificuldade de recuperação, prevê consultoria

O Brasil, a Índia e a Africa do Sul devem ser os países do Grupo dos Vinte com maior dificuldade de recuperação da pandemia do coronavírus de 2019. O G-20 reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia. 

Para a empresa britânica de consultoria estratégica e risco global Verisk Maplecroft, Brasil, Índia e África do Sul terão problemas por ineficiência da máquina do Estado e corrupção sistêmica, com ameaça de agitação social e protestos. 

Brasil, índia e África do Sul têm 10 por cento do produto mundial bruto, estimado em 87 trilhões de dólares ou 481 trilhões de reais no ano passado pelo Fundo Monetário Internacional.

Nesta quarta-feira, o Brasil registrou 1.170 mortes e mais de 48,5 mil casos novos, totalizando 111.189 mortes e 2,615 milhões de casos confirmados. No mundo, já são 22,5 milhões de casos confirmados, 790 mil mortes e mais de 15 milhões de pacientes recuperados. 

Os Estados Unidos têm mais de 5,5 milhões de casos confirmados e 173 mil mortes.

A Índia está em terceiro lugar em número de casos (2,8 milhões) e em quarto no número de mortes (54 mil), logo atrás do México, onde a covid-19 matou quase 58,5 mil pessoas. Meu comentário:

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Brasil chega a 110 mil mortes pela pandemia do novo coronavírus

O Brasil voltou a registrar mais mil mortes por dia nesta terça-feira. Foram 1.365 óbitos e 48.637 casos novos da pandemia do coronavírus de 2019. O total chegou a 110.019 vidas perdidas e 2,554 milhões de casos confirmados.

Nesta terça-feira, a Organização Mundial da Saúde advertiu mais uma vez que a covid-19 está sendo disseminada por jovens de 20, 30 e 40 anos que podem nem saber que estão contaminados, mas podem infectar outras pessoas, inclusive os mais velhos e de grupos de risco.

Vários países da Europa e da Ásia que acreditavam ter controlado a epidemia enfrentam novas ondas de contágio. O total de casos no mundo passou de 22 milhões, com quase 780 mil mortes e mais de 15 milhões de pacientes recuperados. Meu comentário:

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Brasil está perto das 110 mil mortes previstas como mínimo pelo Imperial College

O Brasil registrou mais 775 mortes e 23.236 casos novos da doença do coronavírus de 2019. O total subiu para 108.654 mortes e 3,363 milhões de casos. Está chegando aos 110 mil óbitos previstos pelo Imperial College, de Londres na sua estimativa mais baixa sobre a perda de vidas no Brasil da pandemia. A média diária dos últimos sete dias está em 971.

No mundo, já são mais de 21,8 milhões de casos confirmados, quase 772,5 mil mortes e quase 14,8 milhões de pacientes curados. Os Estados Unidos têm o maior de casos confirmados, mais de 5,4 milhões, e o maior número de mortes, 170 mil.

Com mais 941 mortes e quase 58 mil casos novos nesta segunda-feira, a Índia ultrapassou a marca de 50 mil mortes e 2,7 milhões de casos confirmados. É o quarto país em número de mortes.

Um surto que atingiu mais de 300 fiéis de uma igreja protestante de Seul é o maior em quase seis na Coreia do Sul, um país que conseguiu controlar a epidemia. Foi um dos primeiros onde a covid-19 chegou depois da China. Meu comentário:

domingo, 16 de agosto de 2020

América Latina tem mais de 6 milhões de casos da covid-1

A América Latina e o Caribe ultrapassaram no fim de semana a marca de 6 milhões de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. Com mais de 241 mil óbitos, tem o maior número absoluto de mortos entre os continentes.

O Brasil tem o maior número de casos confirmados (3.340.197) e de mortes (107.879) no subcontinente. Neste domingo, registrou mais 582 mortes e 22.167 casos novos.

O Peru é o segundo país latino-americano em número de casos confirmados (535.946). Tem menos mortos pela covid-19 (28.281) do que o México (56.757). Mas tem uma população muito menor. É o segundo país em número de mortes por habitante, atrás apenas da Bélgica, excluindo São Marinho, um micropaís montanhoso encravado na Itália.

O México é o terceiro país em número de mortes e sétimo em número de casos confirmados (522.162). Sua economia deve recuar 10% neste ano, minando os planos de combate à pobreza do presidente Andrés Manuel López Obrador, um populista de esquerda.

A Colômbia é o quarto país latino-americano em número de casos confirmados (468.332) e de mortes (15.097), seguido pelo Chile, que soma 385.946 casos confirmados e 10.452 mortes. A Argentina está em sexto em casos confirmados (294.569) e a sétima em mortes (5.703), logo atrás do Equador, onde houve 6.070 mortes atribuídas ao novo coronavírus.

A Bolívia superou os 100 mil casos, com 4.058 mortes e uma crise política. Por causa da pandemia, a eleição presidencial foi adiada pela segunda vez. Em protesto, os partidários do Movimento ao Socialismo (MAS), liderado pelo ex-presidente Evo Morales, bloquearam estradas. Eles acusam a presidente interina, Jeanine Áñez, de aproveitar a covid-19 para prorrogar seu governo.

Áñez era segunda-vice-presidente do Senado quando, sob pressão das ruas e das Forças Armadas, Morales, o vice-presidente Álvaro García Linera e os presidentes da Câmara e do Senado renunciaram. Foi uma manobra para gerar uma crise institucional, deixar um vácuo de poder e forçar a volta de Evo. Não deu certo.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados chegou a 21,7 milhões, com mais de 775 mil óbitos e 14,5 milhões de pacientes curados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 5% há duas semanas.

Os Estados Unidos lideram em número de casos confirmados (5,4 milhões) e de mortes (170 mil). Em mais uma discordância com os cientistas que o assessoram, o presidente Donald Trump rejeitou a previsão do diretor do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC).

Robert Redfield previu que será o "pior outono" para a saúde pública do país, com o agravamento da emergência de saúde pública. O inverno pode ser ainda pior pelo impacto negativo sobre doenças respiratórias.

Na França, pelo segundo dia consecutivo, mais de 3 mil casos novos foram descobertos. As autoridades responsabilizam a movimentação das férias de verão pelo aumento da circulação do vírus. O país soma 218.536 casos confirmados e 30.410 mortes.

Com um recorde de 25 mortes num dia, todas no estado de Vitória, a Austrália viveu seu pior dia desde o início da pandemia. O país tem mais de 23 mil casos e 396 mortes.

Por causa de um novo surto, com suspeita de origem em comida congelada importada, a Nova Zelândia adiou de setembro para outubro as eleições legislativas. As escolas da Ilha do Norte se preparam para reabrir.

Na Coreia do Sul, depois de um surto na capital, Seul, e numa província próxima, as autoridades estão testando milhares de fiéis de uma igreja presbiteriana, a Igreja Sarang Jeil, crítica feroz do governo do presidente Moon Jae In.

Foram 103 casos novos na sexta-feira, 166 no sábado e 279 neste domingo. Os cultos religiosos são considerados os principais focos de contaminação no país, que já fechou boates gays na noite de Seul.

Na primeira onda de contaminação, houve muitos casos na cidade de Daegu no interior do país, de onde membros de uma igreja protestante haviam viajado a Wuhan, a cidade da China que está na origem da pandemia.

Agora, há 193 casos ligados à Igreja Sarang Jeil. Seu chefe, o reverendo Jun Kwang Hoon, é uma das principais vozes da oposição conservadora. Acusa Moon de querer "comunizar" a Coreia do Sul e prega uma revolta popular para derrubar o presidente.

A Coreia do Sul tem 15.515 casos e 305 mortes.

sábado, 15 de agosto de 2020

Brasil chega a 107 mil mortes pela pandemia do novo coronavírus

Com mais 726 mortes e 38,937 casos novos notificados neste sábado, a doença do coronavírus de 2019 contaminou quase 3,318 milhões de pessoas e matou 107.297 no Brasil, de acordo com dados das secretarias estaduais da Saúde compilados por um consórcio de empresas jornalísticas. A média diária de mortes nos últimos sete dias ficou em 965.

Seis estados apresentam crescimento de média diária de mortes. O Brasil tem uma média de 50,5 mortes para cada 100 mil habitantes, menos do que o Reino Unido (69,8) e os Estados Unidos (51,4).

No mundo inteiro, o total de casos confirmados se aproxima de 21,4 milhões, com quase 770 mil mortes e mais de 14,3 milhões de casos de cura. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 5%. Os EUA lideram em número de casos confirmados (5,36 milhões) e de óbitos (169.463).

Depressão da Pandemia é ameaça secular à economia mundial

Desde a Grande Depressão (1929-39), não havia tantas nações em recessão ao mesmo tempo. O comércio internacional, o desemprego e a desigualdade social dentro dos países e entre os países são indicadores da crise. 

A pandemia do novo coronavírus é uma ameaça secular, comparada à Gripe Espanhola de 1918 e à Grande Depressão de 1929-39, principal causa econômica da Segunda Guerra Mundial. 

Os esforços de mitigação incluíram confinamento e proibições de viagem. Para sustentar a economia, os governos mobilizaram mais de US$ 11 trilhões, cerca de R$ 59 trilhões.

Leia mais em Quarentena News.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

EUA tiveram 200 mil mortes acima do normal durante a pandemia do coronavírus

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estima que os Estados Unidos tiveram um excesso de 200.700 mortes desde o início da pandemia, muito mais do que as cerca de 170 mil mortes causadas oficialmente pela doença do coronavírus de 2019. O país tem mais de 5,3 milhões de casos confirmados.

No mundo inteiro, são mais de 21 milhões de casos confirmados, pelo menos 763 mil mortes e mais de 14 milhões de pacientes recuperados. 

O Brasil registrou nesta sexta-feira mais 1.007 mortes e mais de 49 mil casos novos. O total de óbitos chegou a 106.571 e o de casos confirmados a quase 3,28 milhões. Em seis estados, as mortes estão em alta. Em 11, estão estáveis. No Distrito Federal e em nove estados, a tendência é de queda.

A Espanha teve mais 2 mil 987 casos e 12 mortes em 24 horas, totalizando agora quase 359 mil casos e 28 mil e 700 mortes. A taxa de infecção é 11 vezes maior do que a da Itália.

A Associação Médica Alemã declarou que o país já enfrenta uma segunda onda de contaminação.

As vendas no varejo caíram na China pelo sétimo mês consecutivo e tiveram uma pequena alta nos EUA.

Com queda maior nas importações do que nas exportações, a Zona do Euro melhorou o saldo comercial, mas a redução no comércio exterior é um sinal de fraqueza da economia mundial, que corre sério risco de depressão ou de uma saída lenta da crise, com estagnação. Meu comentário:

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

OMS não vê risco de contaminação em alimentos

A China afirma ter encontrado o coronavírus de 2019 na cidade de Xenzen em frango importado do Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que não há provas de transmissão da covid-19 através de alimentos. 

O lote de asas de frango saiu do Frigorífico Aurora, em Santa Catarina. A empresa disse que o produto leva 45 dias para chegar à China. 

Como o vírus não se instala na carne, a contaminação teria de ter sido na embalagem. Para se reproduzir, o vírus precisa parasitar uma célula viva, o que não acontece em alimentos. Nas carnes, o cozimento destrói o vírus. 

A contaminação através de alimentos não foi totalmente descartada, mas é altamente improvável. O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, observou que nenhum indício deve ser descartado sem uma investigação, mas não vê risco nos alimentos.

Uma pesquisa da Coppe, a Coordenação de Pós-Graduação e Pesquisas em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Instituto Vital Brasil e da Fundação Oswaldo Cruz descobriu que a resposta imunológica de cavalos produz uma quantidade muito maior de anticorpos contra o novo coronavírus. 

Isto abre a possibilidade de um tratamento sorológico com plasma do sangue de cavalos, mas os epidemiologistas avisam que serão necessários pelo menos dois meses para desenvolver este tratamento.

O Brasil registrou mais 1.301 mortes e 59.147 casos novos, passou de 105, 5 mil óbitos, 3,230 milhões de casos registrados e 2 milhões 357 mil pacientes curados. São Paulo teve o pior dia, com 455 mortes.

Um estudo publicado no Jornal da Associação Médica Americana considera a covid-19 tão letal ou mais do que a Gripe Espanhola. “Queremos que as pessoas saibam que este vírus tem o potencial de 1918”, declarou o chefe da pesquisa, doutor Jeremy Faust, professor da Universidade de Harvard..

Na sua primeira aparição conjunta desde que o ex-vice-presidente Joe Biden indicou a senadora Kamala Harris como candidata a vice, a chapa presidencial do Partido Democrata à Presidência dos EUA atacou o fracasso do presidente Donald Trump no combate à pandemia.

Cerca de 41% das pequenas empresas de negros fecharam até maio nos EUA.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou empréstimo de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5,367 bilhões, ao Brasil para financiar o programa Bolsa-Família e a ajuda de emergência. Meu comentário:

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

América Latina terá pior recessão do pós-guerra, prevê banco Goldman Sachs

Por causa da pandemia, a América Latina terá sua pior recessão desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A previsão é do banco de desenvolvimento Goldman Sachs. Pelos cálculos do Fundo Monetário Internacional, a economia da região deve encolher 9,4% em 2020. 

Os países mais atingidos pela doença do coronavírus de 2019, Brasil, México, Peru, Colômbia e Chile, sofrerão as maiores perdas na economia. A Argentina, o México e o Peru terão quedas de mais de dez por cento no produto interno bruto. 

Faz sete anos que a economia latino-americana não cresce mais de 2 por cento ao ano. Para 2021, a expectativa do FMI é de um crescimento de 3,7 por cento. A América Latina e o Caribe somam quase 4,86 milhões de casos confirmados e 228 mil mortes.

No Brasil, houve mais 1.164 mortes e 58 mil casos novos nesta quarta-feira. O total subiu para 104.203 óbitos e 3,17 milhões de casos confirmados. No mundo inteiro, são quase 20,5 milhões de casos confirmados, quase 750 mil mortes e mais de 13,5 milhões de pacientes curados. 

O governador de São Paulo, João Dória, testou positivo e está em isolamento em casa. É o décimo-primeiro governador a pegar o vírus

O México está perto de 500 mil casos e 55 mil mortes. No Peru, são quase 500 mil casos confirmados e mais de 21,7 mil mortes. Na Colômbia, houve 422,5 mil casos confirmados e pouco mais de 13,8 mil mortes. O Chile tem 378 mil casos confirmados e pouco mais de 10 mil mortes.

A Maratona de Paris, adiada de 5 de abril para 15 de novembro, foi definitivamente cancelada. O mesmo aconteceu com as maratonas de Berlim, Boston, Chicago e Nova York. A Maratona de Londres será realizada em 4 de outubro. Só vão participar atletas de elite.

O déficit público dos Estados Unidos subiu para US$ 2,81 trilhões, mais de R$ 15,3 trilhões, nos 10 primeiros meses do ano fiscal que termina em 30 de setembro. 

Por fim, a pandemia provocou um aumento da violência doméstica no mundo inteiro. As Nações Unidas estimam que 243 milhões de mulheres de 15 a 49 anos foram vítimas da violência física ou sexual de seus parceiros nos últimos 12 meses. Pelo menos 87 mil foram assassinadas. Meu comentário:

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Rússia aprova primeira vacina contra o coronavírus sob suspeita

Sob suspeita, o ditador da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje a aprovação da primeira vacina contra o coronavírus de 2019. Chamou de Sputnik V, numa referência ao primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik, lançado pela União Soviética em 4 de outubro de 1957, na largada da corrida espacial. 

O problema é que a vacina russa, desenvolvida numa universidade de Moscou, não passou da primeira fase de testes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Nenhum estudo a respeito foi divulgado em publicações científicas importantes. É mais uma jogada política de Putin, que perdeu prestígio com a covid-19 e tenta se apresentar como salvador da pátria. 

Há 165 vacinas em desenvolvimento mundo contra o novo coronavírus. Oito estão na terceira fase de testes, quando é aplicada em seres humanos em larga escala. As duas primeiras fases testam a dosagem e a segurança. O teste em grande escala serve para ver como é a reação num grande número de pessoas. A Rússia testou em pouca gente, principalmente militares.

Na verdade, o teste em grande escala será feito com a população. Putin anunciou que a vacinação começa em outubro. O ditador falou que a vacina foi testada na sua própria filha, que teria tido inicialmente uma febre de 38 graus e no dia seguinte não apresentou nenhum efeito colateral e conseguiu imunidade. É uma aposta arriscada.

O método científico exige transparência e a revisão do resultado das experiências por outros cientistas. Se fizerem a mesma coisa, precisam chegar ao mesmo resultado. Se a vacina russa der algum resultado positivo, alcançar alguma imunidade, ainda que parcial, Putin vai alegar que salvou milhares de vidas.

O total de casos confirmados no mundo se aproxima de 20,3 milhões, com 164.537 mortes e mais de 13 milhões da pacientes recuperados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 5% desde a semana passada.

No Brasil, houve mais 1.242 mortes e mais de 56 mil casos novos em 24 horas, elevando o total para 103.099 mortes e 3,112 milhões de casos confirmados. São Paulo teve hoje o segundo pior dia em número de mortes, 420. A média diária dos últimos sete dias ficou em mil.

Os Estados Unidos têm 5,121 milhões de casos e 164,5 mil mortes. Meu comentário:

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Total de casos confirmados da pandemia no mundo passa de 20 milhões

O total de casos confirmados da pandemia do coronavírus de 2019 atingiu hoje a marca de 20 milhões, com mais de 736 mil mortes e mais de 13 milhões de pacientes curados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados permanece em 5%. 

No fim de semana, o Brasil passou das marcas de 100 mil mortes e 3 milhões de casos confirmados, cerca de 2,75% da população mundial, 15% do total casos e 13,8% do total de mortes. A covid-19 já é a principal causa de morte no Brasil em 2020.

Os Estados Unidos registraram mais de 9,2 mil mortes nos últimos dez dias, mais do que o Canadá desde o início da pandemia. Têm mais de 5 milhões de casos confirmados e mais de 163 mil mortes. 

No Texas, o segundo maior estado americano em população, 20 por cento dos testes estão dando positivo. O estado testa 45 mil pessoas por dia. O número de casos em crianças aumentou 90% nas últimas quatro semanas, antes da reabertura das escolas. 

Diante das pressões do presidente Donald Trump pela reabertura das escolas, o principal epidemiologista do país, Dr. Anthony Fauci, defendeu o uso universal de máscaras. Meu comentário:

domingo, 9 de agosto de 2020

Brasil chega a 101 mil mortes pela covid-19

Com mais 593 mortes e 22.213 casos novos registrados desde as 20h de sábado, o Brasil totaliza 101.136 óbitos e 3.035.582 casos confirmados da pandemia do coronavírus de 2019, de acordo com dados das secretarias estaduais da Saúde compilados por um consórcio de empresas jornalísticas.

Em mais um domingo de sol e calor, os cariocas desrespeitaram as regras de distanciamento social e se aglomeraram nas praias do Rio de Janeiro. As maiores concentrações foram nas praias do Leme e do Arpoador.

Houve prática de esportes coletivos como vôlei e futevôlei, venda de bebidas alcóolicas, camarão, milho e queijo de coalho. Só podem ser vendidos produtos industrializados. O banho de mar e os esportes individuais na areia são permitidos, mas não o banho de sol. Os quiosques também não respeitaram o distanciamento físico, colocando mesas muito perto umas das outras.

À noite, também há aglomerações em bairros como Copacabana, Ipanema, Leblon, Botafogo, Tijuca e Barra d Tijuca, com churrasquinho, bebida no isopor, samba ou funk. Como não há shows, boates e outros eventos culturais, a festa é na rua mesmo. Nem parece que a covid-19 matou mais de 8,5 mil pessoas na cidade.

sábado, 8 de agosto de 2020

Brasil ultrapassa 100 mil mortes e 3 milhões de casos de Covid-19

Com mais 841 mortes e 46.305 casos notificados hoje, o Brasil chegou a 100.543 óbitos e 3.013.100 casos confirmados da pandemia do coronavírus de 2020. Os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal declararam luto nacional. Indiferente à tragédia anunciada o presidente Jair Bolsonaro divulgou uma foto sorrindo para festejar a conquista pelo Palmeiras do Campeonato Paulista.

O governo federal se defendeu alegando que 2 milhões de pacientes se recuperaram, mas a perda de 100 mil vidas é inaceitável e o número só não é maior por causa das medidas de confinamento adotadas por governo estaduais e municipais e por dois ministros da Saúde demitidos por Bolsonaro.

Nos Estados Unidos do fracasso das negociações dos partidos Republicano e Democrata sobre um novo plano de sustentação da economia, o presidente Donald Trump baixou vários decretos cortando impostos sobre a folha de pagamento e prorrogando a ajuda aos desempregados.

O Partido Democrata alega que as medidas são inconstitucionais porque só o Congresso pode autorizar aumentos nos gastos públicos. É mais uma manobra eleitoreira de Trump.

Atrás mas pesquisas, o presidente luta desesperadamente para se recuperar e busca desculpas para justificar a derrota. Acusa a China, a oposição democrata e o voto pelo correio. Um acordo seria importante para os republicanos tentarem manter a maioria no Senado.

A oposição democrata aprovou na Câmara um programa de estímulo de US$ 3 trilhões prorrogando uma ajuda de US$ 600 por semana aos desempregados. O secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, alegou que a quantia seria maior do que o salário que os beneficiados ganhariam trabalhando e, assim, um desestímulo à produção.

O Partido Republicano queria limitar o plano a US$ 1 trilhão. Chegou a ser apresentada uma proposta intermediária, de US$ 2 trilhões, mas não houve acordo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Brasil deve chegar a 100 mil mortes pela covid-19 neste sábado.

Com mais e 1.058 mortes e 48.895 casos novos, o Brasil soma 99.702 mortes e 2,967 milhões de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. Neste sábado, deve ultrapassar 100 mil mortes e 3 milhões de casos confirmados, uma tragédia anunciada. A média de mortes nos últimos sete dias ficou em 1019.

Há mais de dois meses, o país mantém esta média de mais de mil mortes por dia. Neste ritmo, logo vai chegar às 110 mil mortes, o mínimo previsto num modelo do Imperial College de Londres. O máximo seria 550 mil.

A América Latina foi responsável por 44% das mortes por covid-19 registradas entre 30 de julho e 5 de agosto. O total de mortes na região está em pouco menos de 213 mil.

No mundo inteiro, há mais de 19 milhões de casos, mais de 720 mil mortes e 12,5 milhões de pacientes recuperados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados caiu para 5% porque os tratamentos estão melhorando e aumenta o percentual de infecção de adultos jovens, que têm melhores chances de sobreviver.

Os Estados Unidos têm 5 milhões de casos e mais de 160 mil casos. O individualismo e o fracasso e o negacionismo do governo Donald Trump ao subestimar o risco da doença levaram os Estados Unidos a não conseguir controlar o coronavírus depois de 4 meses, indica uma reportagem do jornal The New York Times.

A África passa de 1 milhão de casos. O total de mortes está em pouco mais de 22.500. Meu comentário:

Pandemia revela fracasso de liderança em escala global

Incompetência política agrava crise que já matou mais de 715 mil pessoas

Diante da morte de 100 mil pessoas, número a se chegar neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro manifestou mais uma vez indiferença com a tragédia e descaso com as vítimas. 

Em transmissão ao vivo no Facebook, pediu a confirmação do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, e afirmou ter feito “o possível e o impossível” para salvar vidas. Uma confissão do fracasso. 

Leia mais em Quarentena News.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

EUA devem ter a 300 mil mortes pela pandemia em dezembro

Pelas projeções da Universidade de Washington em Seattle, os Estados Unidos terão até dezembro um total de 300 mil mortes pela pandemia do coronavírus de 2019. No Brasil, diante da expectativa de chegar a 100 mil mortes no fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter feito "o possível e o impossível", uma confissão de fracasso total.

O presidente Donald Trump anunciou que deve haver uma vacina para a época das eleições, mas mais de 60% dos americanos não acreditam no que o presidente diz sobre a pandemia. 

Pela primeira vez, o Facebook apagou declarações de Trump, no caso alegando que as escolas precisam reabrir porque as crianças correriam menor risco de contágio, o que contradiz as informações da doença.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados passou de 19 milhões, com quase 714 mil mortes e mais de 12 milhões de pacientes recuperados. 

Os Estados Unidos registram cerca de 5 milhões de casos confirmados e mais de 160 mil mortes. 

No Brasil, houve mais 1.226 mortes e 53.511 casos novos em 24 horas, somando um total de 98 mil 644 mortes e mais de 2,916 milhões de casos confirmados. 

A Índia, terceiro país em número de casos, superou a marca de 2 milhões. Meu comentário:

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

OMS estima que 10% da população mundial tiveram contato com o coronavírus

O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mark Ryan, estima que 10 por cento da população mundial tenham sido contaminados pelo coronavírus de 2019. Seriam 776 milhões de pessoas, 40 vezes mais do que o total de casos confirmados, que se aproxima de 19 milhões. 

Este cálculo pressupõe que 40 por cento dos moradores de Mumbai e Nova Déli, as maiores cidades da Índia, tenham tido contato com o vírus. Assim, 90% da população mundial ainda podem ser contaminados. 

A pandemia está longe do controle. No mundo inteiro, o total de mortes está em cerca de 710 mil, com 12 mil pacientes recuperados. A cada 15 segundos, morre uma pessoa de Covid-19.

No Brasil, houve mais 1.322 mortes e 54.685 casos novos registrados nesta quarta-feira, elevando o total para 97.418 óbitos e mais de 2,862 milhões de casos confirmados. Mais de 2 milhões de pessoas se recuperaram.

Com mais 55 mil casos novos e 1.358 mortes em 24 horas, os Estados Unidos se aproximam de 5 milhões de casos confirmados e de 160 mil mortes. O total de mortes aumentou 33% nas últimas duas semanas. A Flórida ultrapassa 500 mil casos e se torna o segundo estado americano, depois da Califórnia, a atingir esta marca.

Sob o impacto econômico da pandemia, na América Latina, 40 milhões de pessoas podem perder o emprego e 52 milhões cair na miséria. 

No Brasil, 9,5 milhões de trabalhadores tiveram o contrato de trabalho suspendo ou a jornada de trabalho e o salário reduzidos para não serem demitidos. A maior parte dos casos foi no setor de serviços. A faixa de 30 a 39 anos foi a mais atingida.

Apesar de não ter adotado medidas de confinamento, a Suécia viu o produto interno bruto encolher 8,6% no segundo trimestre, menos do que em outros países europeus. Meu comentário:

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Brasil ultrapassa 96 mil mortes pela pandemia do coronavírus

Com 1.394 mortes e 56.411 casos novos, o Brasil chegou hoje a 96.096 mortes e mais de 2,808 milhões de casos da pandemia do coronavírus de 2019. Até sábado ou domingo, o país deve atingir a triste marca de 100 mil mortes.

No mundo inteiro, o total de casos chegou a 18,7 milhões, com mais de 700 mil mortes e quase 12 milhões de pacientes recuperados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 6 por cento.

Os Estados Unidos registraram mais de mil mortes e cerca de 60 mil casos novos pelo nono dia seguido, elevando o total para mais de 4,9 milhões casos e 160 mil mortes. 

Em mais uma entrevista patética, o presidente Donald Trump alegou que a situação está sob controle: “Eles estão morrendo, é verdade. É o que é, mas isso não significa que não estamos fazendo tudo o que podemos. Está sob controle na medida do possível. É uma praga horrível que se abateu sobre nós.” A realidade é que dois terços dos americanos acreditam que o governo poderia fazer muito mais.

A América Latina ultrapassou a marca de 5,116 milhões de casos confirmados, com 200 mil mortes (corrigindo o erro da gravação, onde falei em 350 mil). O México é o terceiro país em número de mortos, depois dos Estados Unidos e do Brasil, quase 49 mil em pouco menos de 450 mil casos.

A Argentina teve novos recordes de mortes num dia, 168, e de casos novos, 6.792, chegando a 213.535 casos confirmados e quase 4 mil mortes. A maioria dos casos acontecem na capital federal e na província de Buenos Aires, mas cresce o número de casos novos no interior.

Na Índia, terceiro país em número de casos, também depois dos Estados Unidos e do Brasil, pelo terceiro dia seguido houve mais de 50 mil casos novos em 24 horas, elevando o total para mais de 1,900 milhão, com quase 40 mil mortes.

Na Europa, a presidente da Associação Médica da Alemanha, Susanne Johna, adverte que o desrespeito ao distanciamento físico ameaça anular o sucesso inicial do país no combate à covid-19. 

A Grécia e a Holanda registraram aumento de casos novos e a Polônia, novo recorde de contágio. A Irlanda passou a exigir máscaras em lugar fechado depois que o número de novos casos dobrou numa semana.


Na Austrália, apesar do confinamento rigoroso e do toque de recolher noturno impostos a Melbourne, a segunda maior cidade do país, teve recordes de 725 casos novos e 15 mortes nesta quarta-feira. O total de casos passou de 19 mil, com 247 mortes.

A África se aproxima de 1 milhão de infectados e passa da marca de 20 mil 612 mortes.

O Fundo Monetário Internacional, o FMI, adverte que o aumento do contágio pode provocar uma fuga de capitais dos países em desenvolvimento levando a novas crises de dívida.

A produção industrial brasileira sofreu uma queda de 20 por cento no segundo trimestre em relação do ano passado. O governo estuda prorrogar a ajuda de emergência até dezembro, reduzindo o valor de 600 para 200 reais por mês. A medida aumentou a popularidade do governo. Meu comentário:

Duas explosões matam 178 pessoas e ferem 6 mil em Beirute

Uma pequena explosão seguida de outra muito maior na área portuária abalou hoje a capital do Líbano com a força de um terremoto. Pelo menos 178 pessoas morreram e mais de 6 mil saíram feridas, anunciou o Ministério da Saúde. Cerca de 300 mil pessoas ficaram desabrigadas. É a maior tragédia desde a Guerra Civil (1975-90) num país marcado pela tragédia.

No local da explosão, havia um depósito de 2.750 toneladas do explosivo nitrato de amônia confiscado pelo Exército estocado há mais de seis anos numa área central da cidade. É um fertilizante que explode com o calor. Um incêndio numa área próxima do porto teria causado a detonação. O choque foi sentido a 240 quilômetros de distância na ilha de Chipre.

O primeiro-ministro Hassan Diab, um muçulmano sunita, prometeu punir os responsáveis "sejam quem forem". Israel, que considera a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) um de seus maiores inimigos, negou qualquer participação nas explosões e ofereceu ajuda humanitária. Não há indícios de ação terrorista.

O presidente cristão Michel Aoun decretou estado de emergência por duas semanas. A Arábia Saudita observa os acontecimentos com "grande preocupação". A França, antiga potência colonial, enviou ajuda de emergência, anunciou o presidente Emmanuel Macron.

A nova tragédia acontece num momento em que o país está falido, com dívida pública de 150% do produto interno bruto, que elevou o desemprego para 25% e jogou um terço da população na miséria, deflagrando uma onda de manifestações desde outubro do ano passado contra a corrupção generalizada e a incompetência política.

Esta crise econômica tem origem na Guerra Civil. Nos anos 1960, o Líbano era chamado de Suíça do Oriente Médio e suas praias no Leste do Mediterrâneo uma atração turística anunciada nas agências de viagem do Brasil.

Depois da Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel ocupou a Cisjordânia, inclusive o setor árabe de Jerusalém, e a Faixa de Gaza, houve uma grande fuga de refugiados palestinos para os países vizinhos, entre eles a Jordânia e o Líbano.

Com a grande repressão do Setembro Negro na Jordânia, uma tentativa da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) de tomar o poder no país em 1970, quando morreram 3,4 mil palestinos e 537 soldados do Exército jordaniano, mais palestinos fugiram para o Líbano.

A diáspora palestina rompeu o frágil equilíbrio entre cristãos e muçulmanos no Líbano, provocando a Guerra Civil, na qual a Síria interveio em 1976. A Guerra Fria também pesou, com os cristãos se aliando ao Ocidente e os muçulmanos a países árabes aliados da União Soviética. Cerca de 120 mil pessoas foram mortas no conflito.

Vários líderes foram assassinados durante o conflito, como o presidente cristão Bachir Gemayel, em 1982, e o primeiro-ministro muçulmano sunita Rachid Karame, em 1987. Por um acordo quando o país se tornou independente da França, em 1943, o poder é dividido entre os grupos religiosos. O presidente é cristão maronita, o primeiro-ministro é muçulmano sunita e o presidente do Parlamento, muçulmano xiita.

Tal divisão do poder é outro motivo para a crise política permanente que assola o país. Em 1982, Israel invadiu o Líbano sob o pretexto de acabar com os ataques terroristas lançados pela OLP a partir do território libanês. Em 18 de setembro de 1982, falangistas cristãos apoiados por Israel invadiram os acampamentos de refugiados de Sabra e Chatila, em Beirute, matando pelo menos 1,2 mil palestinos.

Os Estados Unidos e a França intervieram no Líbano para tentar acabar com a Guerra Civil. Em 18 de abril de 1983, um atentado à embaixada americana em Beirute causou mais de 60 mortes. Em 23 de outubro do mesmo ano, duas explosões de caminhões-bomba destruíram os quartéis-generais das potências ocidentais, matando 307 soldados, inclusive 241 fuzileiros navais americanos.

Esses atentados foram atribuídos ao Hesbolá, criado em 1982 no Vale do Becá, um reduto xiita, sob a orientação do Irã e da Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, em 1979, principalmente para combater a invasão israelense. As forças dos dois países ocidentais deixaram o Líbano.

Israel se retirou em 1985 para uma "faixa de segurança" no Sul do Líbano, de onde saiu em 24 de maio de 2000.

Depois da Guerra Civil, o governo tentou reconstruir o país com dinheiro dos libaneses residentes no exterior, na base de juros altos e câmbio fixo, com a lira libanesa atrelada ao dólar. Quando a dolarização entrou em colapso, a exemplo do aconteceu com a Argentina em 2001, a economia libanesa afundou numa crise não superada até hoje.

A destruição do porto de Beirute, por onde entravam 80% das importações do Líbano, agrava ainda mais a situação. O país importa 40% dos alimentos que consome e a desvalorização da lira libanesa tornou a comida cara demais para muita gente.

O Exército da Síria deixou o país em 2005, depois do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, o homem mais rico do Líbano, num atentado a bomba com uma tonelada de explosivos em que 22 pessoas morreram ao todo.

A milícia do Hesbolá foi acusada pela morte de Hariri. O Tribunal Especial para o Líbano anunciaria a sentença do julgamento na próxima sexta-feira. Adiou para 18 de agosto. O nitrato de amônia é um explosivo usado nos atentados do grupo terrorista. Foi confiscado de navios e estava armazenado no porto de Beirute.

Em 12 de junho de 2006, depois de sequestro de soldados israelenses ao longo da fronteira e de um ataque de foguetes do Hesbolá a posições militares israelenses, Israel iniciou uma guerra que durou até 14 de agosto daquele ano e destruiu mais uma vez a infraestrutura do Líbano. Cerca de 1,2 mil civis libaneses, dois quais pelo menos 250 eram milicianos do Hesbolá, 121 militares israelenses e 43 soldados do Exército do Líbano foram mortos.

Durante a Guerra Civil Síria, deflagrada pela ditadura de Bachar Assad em resposta às manifestações de protesto da chamada Primavera Árabe, em março de 2011, o Hesbolá, financiado, treinado e armado pelo Irã, foi a principal força terrestre aliada do Exército sírio. Pelo menos 400 mil pessoas morreram no conflito, que ainda não acabou. O Líbano, um país de 6,85 milhões de habitantes, recebeu 1,1 milhão de refugiados sírios, mais do que a Alemanha.

Um aspecto importante da tragédia libanesa é o envolvimento do país nas disputas de poder entre grandes potências e as potências regionais. Em dezembro de 2017, durante visita à Arábia Saudita, o então primeiro-ministro Saad Hariri, filho de Rafik Hariri, foi obrigado pelo príncipe Mohamed ben Salman, o homem-forte da monarquia absolutista saudita, a fazer uma declaração de renúncia na televisão responsabilizando o Irã.

Desde o início da guerra síria, Israel bombardeou a Síria mais de 100 vezes para atacar posições do Hesbolá e do Irã, carregamentos de armas e arsenais da milícia libanesa. Em 27 de julho deste ano, na semana passada, o governo israelense anunciou ter impedido uma tentativa de infiltração de militantes do Hesbolá em seu território.