sábado, 30 de setembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 30 de Setembro

FLAUTA MÁGICA

    Em 1791, a ópera A Flauta Mágica, de Wolfgang Amadeus Mozart, estreia em Viena.

Um dos maiores músicos e compositores de todos os tempos, Mozart nasce em Salzburgo, na Áustria, em 27 de janeiro de 1756, ano em que o pai, Leopold, publica um manual sobre como tocar violino. 

O talento do menino é formidável. Aos três anos, tira os primeiros acordes no cravo. Aos quatro, toca pequenas peças. Aos cinco, compõe. O pai leva o menino-prodígio a viajar pela Europa. 

Em Paris, Mozart publica sua primeira composição: uma sonata para teclado e violino dedicada a uma princesa real. Em Londres, conhece Johann Christian Bach, filha mais moço de Johann Sebastian Bach, outro dos maiores compositores da história. Sob sua influência, Mozart compõe sua primeira sinfonia.

Aos 13 anos, Mozart domina a linguagem musical. Como nenhum outro compositor, escreve músicas de todos os gêneros de sua época e é excelente em todos.

PRIMEIRO DEPUTADO HISPÂNICO

    Em 1822, Joseph Marion Hernández é o primeiro hispânico eleito para o Congresso dos Estados Unidos.


Hernández nasce na Espanha e morre em Cuba. Durante a vida, é o primeiro hispano-americano a servir no alto nível de um dos três poderes dos EUA.

WILSON DEFENDE VOTO FEMININO

    Em 1918, o presidente Woodrow Wilson defende o voto feminino em discurso no Congresso dos Estados Unidos.

A Câmara dos Representantes aprova a 19ª Emenda à Constituição dos EUA, que institui o voto feminino, mas ainda falta a aprovação do Senado.

Em 1917, Wilson enfrenta piquetes de sufragettes que o acusam de não se importar com sua causa. Várias ativistas são presas e fazem greve de fome na cadeia. Quando sabe que elas estão sendo alimentadas à força, Wilson decide fazer o pronunciamento.

Mesmo assim, a emenda só é aprovada em 4 de junho de 1919. Ela diz que “o direito de voto dos cidadãos dos EUA não pode ser negado ou restringido com base no sexo.”

ACORDO DE MUNIQUE

    Em 1938, os primeiros-ministros do Reino Unido, Neville Chamberlain, e da França, Edouard Baladier, cedem a região dos Sudetos, na Tcheco-Eslováquia, à Alemanha de Adolf Hitler para evitar a guerra, mas só conseguem adiar por um ano.

Depois de anexar a Áustria, na primavera de 1938, Hitler começou a apoiar a reivindicação dos tcheco-eslovacos de origem alemã da região dos Sudetos por relações mais próximas com a Alemanha, dentro de seus planos para criar a Grande Alemanha.

Hitler exige, em 22 de setembro, a cessão imediata dos Sudetes e a remoção da população de origem eslava. No dia seguinte, a Tcheco-Eslováquia mobiliza o Exército, mas a França e o Reino Unido decidem evitar a guerra.

Chamberlain e Baladier vão a Munique em 24 de setembro e acabam entregando os Sudetos a Hitler. De volta a Londres, Chamberlain apresenta o Acordo de Munique como uma garantia de “paz no nosso temopo”.

Em março de 1939, a Alemanha toma o resto da Tcheco-Eslováquia. A invasão da Polônia pelos nazistas, em 1º de setembro de 1939, marca o início da Segunda Guerra Mundial. Mais uma vez, Hitler alega que as populações de origem alemã estão sendo perseguidas. Desta vez, a França e o Reino Unido declaram guerra à Alemanha.

PONTE AÉREA DE BERLIM

    Em 1949, depois de mais de 278 mil voos que transportam 2.323.738 toneladas de carga em um ano e três meses, termina a Ponte Aérea dos aliados ocidentais para romper o Bloqueio de Berlim Ocidental, imposto pelo ditador soviético Josef Stalin em 24 de junho de 1948.

Quando termina a Segunda Guerra Mundial (1939-45), os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a União Soviética ocupam a Alemanha. Os setores dominados pelas potências ocidentais adotam o sistema capitalista e a parte soviética o regime comunista.

Berlim, a capital da Alemanha, também é dividida e fica dentro do lado oriental. Berlim Ocidental se torna então um enclave capitalista no setor soviético. Ao bloquear o acesso terrestre à cidade, Stalin pressiona os aliados ocidentais a ceder o controle da cidade, mas perde a parada.

Em resposta ao Bloqueio de Berlim, nasce em 4 de abril de 1949 a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA, para conter o expansionismo soviético.

NAUTILUS ENTRA EM AÇÃO

    Em 1954, o Nautilus, primeiro submarino nuclear, entra em atividade.

O Congresso dos Estados Unidos autoriza a fabricação do submarino nuclear em julho de 1951. A construção começa em 14 de junho de 1952 no estaleiro da General Eletric em Connecticut. 

Em 21 de janeiro de 1954, a primeira-dama Mamie Eisenhower quebra uma garrafa de champanha no casco e o Nautilus é lançado ao mar.

Muito maior do que os antigos submarinos movidos a óleo diesel, o Nautilus tem 97 metros de comprimento e atinge uma velocidade de 37 quilômetros por hora. Em 1958, faz a primeira viagem sob o Polo Norte.

ANO EM QUE VIVEMOS PERIGOSAMENTE

    Em 1965, militares rebeldes do Movimento 30 de Setembro sequestram sete generais dos quais seis seriam mortos na madrugada do dia seguinte numa tentativa de golpe frustrada na Indonésia. O movimento alega que dá o golpe para evitar um golpe contra o presidente Ahmed Sukarno, um nacionalista de esquerda, que é derrubado num golpe liderado pelo general Mohamed Suharto com o apoio dos Estados Unidos durante a Guerra Fria.


No fim de 1º de outubro, Suharto toma a iniciativa. Os líderes militares que tomam o poder acusam o Partido Comunista da Indonésia (PKI) de estar por trás da primeira tentativa de golpe. Os comunistas negam qualquer responsabilidade e atribuem a conspiração ao Exército como parte do plano para derrubar Sukarno, que perde os poderes gradualmente até ser substituído por Suharto em março de 1967.

A ditadura militar persegue e massacra os comunistas, a começar por Java e Báli. O total de mortes é estimado em um milhão. É O Ano em que Vivemos Perigosamente, título de um filme sobre a tragédia indonésia. O governo dos EUA sabia de tudo, como revelam documentos secretos desclassificados em 2017 que estão no Arquivo da Segurança Nacional.

Suharto governa como um ditador até 1998, quando cai em meio à Crise Asiática de 1997.

CARICATURAS DE MAOMÉ

    Em 2005, o jornal diário dinamarquês Jyllands Posten publica caricaturas satíricas do profeta Maomé e deflagra uma onda de protestos de muçulmanos no mundo inteiro que vai até fevereiro de 2006, com mais de 250 mortes.

O islamismo só venera Alá (Deus, em árabe). Tem uma grande preocupação de prevenir a idolatria. Não há santos nem nada mais a ser cultuado. As correntes mais radicais proíbem até mesmo a representação da figura humana, o que leva a um conflito com a morte de um príncipe quando a televisão é instalada na Arábia Saudita.

Assim, a visão sarcástica e humorística do jornal dinamarquês é considerada uma blasfêmia em alto grau. O jornal se defende alegando que quer apenas provocar o debate sobre a crítica ao islamismo e a autocensura. Organizações muçulmanas dinamarquesas entram na Justiça, que rejeita o caso em nome da liberdade de imprensa.

Para o primeiro-ministro Anders Fogh Rasmussen, é o pior problema de política externa da Dinamarca depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45). Aumenta a tensão entre o Ocidente e os países muçulmanos, que já era grande com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e a Guerra contra o Terror do governo George W. Bush (2001-9), com as invasões do Afeganistão em 2001 e do Iraque em 2003.

O caso provoca um debate sobre liberdade de expressão e tolerância religiosa.

Dez anos depois, em 7 de janeiro de 2015, o jornal semanal francês Charlie Hebdo publica caricaturas de Maomé e é alvo de um atentado terrorista em Paris em que e 12 pessoas, 11 funcionários do jornal e um policial, são metralhados.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 29 de Setembro

CONQUISTA DO EGITO

    Em 642, o general Amir ibn al-As invade Alexandria e consolida a conquista do Egito pelos árabes, iniciada três anos antes.

General de sucesso, Amir é também um administrador capaz e um político astuto. No Egito, organiza um sistema de arrecadação de impostos, a administração da cidade e cria uma guarnição militar.

Vinte anos depois da morte do profeta Maomé e 30 depois da fundação do Islamismo, os muçulmanos iniciam a conquista do Norte da África e à invasão da Península Ibérica em 711.

MANDATO BRITÂNICO PARA A PALESTINA

    Em 1923, entra em vigor o mandato aprovado pelo Conselho da Liga das Nações para que o Império Britânico estabeleça uma pátria para o povo judeu no território histórico da Palestina.

Depois de séculos de perseguição na Europa, os judeus são vítimas no fim do século 19 de pogroms (massacres) na Europa Oriental e a discriminação fica evidente no Caso Dreyfus, quando um capitão judeu do Exército da França é condenado por traição para a Alemanha e enviado para cumprir pena na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. A Justiça leva anos para reconhecer o erro.

Em 1895, o austríaco Theodor Herzl publica o livro O Estado Judaico, marco do movimento sionista, para criar uma pátria para o povo judeu. Vários lugares são cogitados, o Sul da Argentina, Uganda, no coração da África, ou a Palestina.

No fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), quando é evidente a derrota do Império Otomano, em 2 de novembro de 1917, o ministro do Exterior britânico, Lorde Arthur James Balfour, envia uma carta ao Barão de Rothschild, líder da comunidade judaica no Reino Unido, 

A Declaração de Balfour promete fundar um lar nacional para o povo judeu na Palestina se o Império Otomano for derrotado. Mas determina que "nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não judaicas existentes na Palestina".

O Estado de Israel é criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947 e fundado em 1948, depois da tentativa de exterminio do povo judeu pela Alemanha Nazista no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Os vizinhos árabes não aceitam e invadem Israel. A Guerra da Independência de Israel vai até o início de 1949, mas o estado de guerra persiste até hoje com vários países árabes.

Até hoje não se chegou a uma harmonia entre os dois povos habitantes da Palestina.

DIVISÃO DA POLÔNIA

    Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha e a União Soviética dividem a Polônia ao longo o Rio Bug, dando prosseguimento ao Pacto Germano-Soviético, firmado em 23 de agosto.

A Polônia é dividida no século 18 entre o Reino da Prússia, o Império Russo e o Império Austro-Húngaro. Só recupera a independência em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Depois da divisão entre Adolf Hitler e Joseph Stalin, volta a ser um país independente em 1945. Antes, em abril e maio de 1940, a polícia política soviética NKVD executa 22 mil militares, policiais, altos funcionários e líderes civis poloneses no Massacre da Floresta de Katyn.

Quando as covas rasas são descobertas, em 1943, a URSS acusa os nazistas. Só em 1990, na Era Mikhail Gorbachev (1985-91), a URSS reconhece a responsabilidade pelo massacre.

MASSACRE DE BABI YAR

    Em 1941, começa nos arredores de Kiev, a capital da Ucrânia, o Massacre de Babi Yar, em que os nazistas matam 33.771 homens, mulheres e crianças judias durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

O Exército da Alemanha ocupa Kiev em 19 de setembro. Logo, a SS (Schuzstaffel), tropa de choque do regime nazista, começa a cumprir a ordem de exterminar todos os judeus e os oficiais do regime comunista soviético.

Nesta data, 30 mil pessoas são levadas para a ravina de Babi Yar, obrigadas a tirar a roupa e metralhadas. O massacre é concluído no dia seguinte.

Cerca de 6 milhões de judeus e 1,5 milhão de ciganos, além de comunistas, socialistas, oposicionistas, negros, gays e deficientes morrem no Holocausto, num total estimado em 11 milhões de mortes..

SOLTA REPÓRTER DO PLAMEGATE

    Em 2005, a repórter Judih Miller, do jornal The New York Times, sai da prisão federal de Alexandria, na Virgínia, depois de 2 meses e 23 dias, por concordar em testemunhar no inquérito sobre a revelação de identidade da agente da CIA (Agência Central de Inteligência) Valerie Plame.

Miller decide falar depois que a fonte que estava protegendo, Lewis Scooter Libby, chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney, a autoriza.

O Caso Plame começa em 6 de julho de 2003, quando o marido dela, o diplomata Joseph Wilson, publica artigo no New York Times contestando o principal argumento do governo George W. Bush (2001-9) para justificar a invasão do Iraque em março de 2003, que o ditador Saddam Hussein tem armadas de destruição em massa.

Oito dias depois, em 14 de julho, a identidade de Plame é revelada, o que é crime nos Estados Unidos por se tratar de uma agente secreta. Wilson vê no ato um retaliação da Casa Branca. Miller fala com Libby dias antes, mas se nega a revelar a fonte aos investigadores com base numa regra de ouro do jornalismo: não revelar a fonte que não quer publicidade..

Libby é condenado em 6 de março de 2007 e sentenciado em junho do mesmo ano a dois anos e meio de prisão e US$ 250 mil de multa. Mas o presidente Bush comuta a pena e ele não chega a ser preso. Miller deixa o NY Times depois de 28 anos.

QUEDA RECORDE EM WALL STREET

    Em 2008, durante a Grande Recessão (2007-9), o Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, sofre a maior queda em pontos da história (777,68) quando o Congresso não aprova o Programa de Alívio de Ativos Tóxicos (TARP), o plano de resgate do sistema financeiro, abalado desde 15 de setembro pela falência do banco de investimentos Lehman Brothers, no valor de US$ 750 bilhões.

O resgate do sistema financeiro é aprovado e a maior parte é devolvida ao governo pelas empresas financeiras com a recuperação do setor.

Depois da posse de Barack Obama, o Congresso aprova um plano de recuperação da economia de US$ 787 bilhões. A maior economia do mundo volta a crescer no segundo semestre de 2009 e segue em alta até ser abalada pela pandemia do coronavírus. O índice de desemprego chega a um pico de 10,6% em janeiro de 2010 e cai até a pandemia. 

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Armênios anunciam o fim da República de Artsaque

A Terceira Guerra de Nagorno-Karabakh, um enclave armênio dentro do território do Azerbaijão, durou apenas 24 horas. Terminou com a rendição total dos armênios, que viviam a região há milênios. Mais de 70 mil dos 120 mil habitantes da República de Artsaque, o nome armênio da região, fugiram para a Armênia. Mas uma nova guerra ameaça a região do Cáucaso.

O conflito secular vem pelo menos desde o colapso dos império Russo e Otomano no fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18). A Armênia e o Azerbaijão declaram independência e reivindicam a soberania sobre Nagorno-Karabakh, mas são dominados pelos bolcheviques na guerra civil deflagrada pela Revolução Comunista na Rússia. Viram repúblicas soviéticas.

Dentro da política de dividir para reinar, o futuro ditador Josef Stalin, na época comissário das nacionalidades da União Soviética, cria a região autônoma de Nagorno-Karabakh, um enclave sob controle armênio em território azerbaijano sem ligação por terra com a Armênia.

Durante décadas, o stalinismo sufocou os nacionalismos dentro da pátria do comunismo. Eles ressurgem com as reformas e a abertura política promovida pelo líder soviético Mikhail Gorbachev a partir de 1985. Em 20 de fevereiro de 1988, os armênios de Nagorno-Karabakh proclamam a independência da República de Artsaque, nome adotado depois. E aí começam as guerras com o Azerbaijão. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 28 de Setembro

BATALHA DE MURSA MAIOR

    Em 351, o imperador Constâncio II, do Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla, vence o usurpador Flávio Magnêncio na Batalha de Mursa, considerada a mais sangrenta do século 4.

O general Magnêncio depõe e mata em 18 de janeiro de 350 o augusto (sucessor) do Ocidente, Constante I, se autoproclama imperador e recebe o apoio da Britânia, da Gália e da Hispânia.

Magnêncio propõe uma aliança a Constâncio II, com o duplo casamento do usurpador com Constantina, irmã de Constante I e Constâncio II, e de Constâncio II com a filha de Magnêncio. Constâncio, Constantina e Constante são filho do imperador Constantino I (306-337).

Constâncio II rejeita a proposta de conciliação e prende todos os embaixadores de Magnêncio, menos um, que leva a resposta. O resultado é mais uma guerra civil dentro do Império Romano.

Depois de sofrer derrota em Siscia, hoje Sisek, na Croácia, e em Sírmio, hoje Sremska Mitrovica, na Sérvia, Magnência cerca as forças de Constâncio II em Mursa, hoje Osijek, na Croácia.

Mesmo tendo menos soldados, Constâncio II resiste ao cerco e, com a força de sua cavalaria, vence o inimigo. É a primeira derrota de legionários romanos para uma cavalaria pesada, mas os vencedores sofrem mais perdas (30 mil homens) do que os vencidos (24 mil).

INVASÃO NORMANDA

    Em 1066, Guilherme, o Conquistador, Duque da Normandia, invade a Inglaterra, iniciando uma nova era na história do país depois de vencer o rei Haroldo II na Batalha de Hastings, em 14 de outubro, com a ajuda de arqueiros e cavalaria, armas de guerra decisivas na Idade Média.

Guilherme é filho bastardo de Roberto I, Duque da Normandia. Como não tem outros filhos, o duque o nomeia sucessor. Com a morte do pai, em 1035, aos sete anos, Guilherme vira Duque da Normandia.

Em 1051, ele teria visitado o rei Eduardo, o Confessor, seu primo, que não tinha filhos e teria lhe prometido o trono da Inglaterra. Mas, no seu leito de morte, Eduardo muda de ideia e oferece o trono a Haroldo Godwinson, filho da família mais nobre da Inglaterra, mais poderoso do que o próprio rei.

Quando Eduardo morre e Haroldo é proclamado sucessor, Guilherme não aceita e prepara a invasão. Haroldo II também enfrenta o rei Haroldo III, da Noruega, e o próprio irmão, Tostigo, que unem forças e invadem a Inglaterra vindo da Escócia.

Haroldo II vence e mata os dois na Batalha de Stamford Bridge, em 25 de setembro. Ao fazer isso, deixa desguarnecido o Canal da Mancha. Três dias depois, Guilherme desembarca em Pevensey com 7 a 12 mil homens, a metade arqueiros e cavaleiros.

Então, Haroldo marcha para o Sul com um exército de 5 a 13 mil homens, quase todos soldados de infantaria. A Batalha de Hastings começa às nove da manhã e vai até o anoitecer. A morte de Haroldo II sela a derrota dos anglo-saxões. Estima-se que tenham morrido 2 mil homens de cada lado. Nunca mais um anglo-saxão ocupou o trono da Inglaterra.

Guilherme I é coroado no Natal de 1066 na Abadia de Westminster, dando início à Dinastia Normanda. A Conquista Normanda é consolidada com a expropriação das terras dos ingleses, entregue a seus aliados do continente, e o expurgo dos ingleses da Igreja e de altos cargos governamentais. Muitos anglo-saxões fogem para a Escócia, a Irlanda e a Escandinávia.

A língua inglesa, uma mistura do francês antigo, do latim e de línguas germânicas dos anglo-saxões, é um fruto da Conquista Normanda.

Outra consequência foi a formação de um reino que ia da Inglaterra à Normandia, no Norte da França, e que mais tarde incluiria a Aquitânia, levando o rei da Inglaterra a reivindicar várias vezes a coroa francesa, como na Guerra dos Cem Anos (1337-1453).

Só em 1801, no início da era de Napoleão Bonaparte, o então Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda abre mão da reivindicação de soberania sobre a França, inclusive porque o imperador da França poderia reivindicar a coroa britânica. Napoleão só não invade a Inglaterra porque a Marinha Real britânica sob o comando do almirante Horácio Nelson vence os franceses nas batalhas de Abukir (1799) e Trafalgar (1805).

BATALHA DE YORKTOWN

    Em 1781, o Exército Continental, sob o comando de George Washington, com o apoio de um exército francês liderado pelo Marquês de Lafayette e do Conde de Rochambeau, começa o cerco de Yorktown. A batalha termina com a rendição das forças do Império Britânico sob o comando do Lorde Charles Cornwallis e ao fim da Guerra da Independência dos Estados Unidos, que acaba oficialmente com o Tratado de Paris assinado em 3 de setembro de 1783.

O Reino Unido envia uma frota com 7 mil homens, mas é tarde demais. Com 14 mil soldados, as forças franco-norte-americanas tomam as posições fortificadas do Exército Real  em Yorktown. Cercado, com menos armas e escassez de comida, os britânicos se rendem em 19 de outubro de 1781. É o fim da guerra. A partir daí, os britânicos começam a negociar o fim do conflito.

LEI DO VENTRE LIVRE

    Em 1871, o Senado aprova e entra em vigor no Brasil a Lei do Ventre Livre, que dá liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir desta data, dentro do movimento pela abolição da escravatura.

Mais de 5 milhões de africanos são trazidos para o Brasil como escravos desde o século 16. Com a Revolução Industrial, em 1807, o Reino Unido abole a escravidão (em 1833 nas colônias) porque a indústria precisa de consumidores e começa a pressionar outros países a fazer o mesmo.

O Brasil proíbe o tráfico de escravos em 1850 com a Lei Eusébio de Queirós. No mesmo ano, o deputado cearense Silva Guimarães apresenta um projeto para libertar as crianças filhas de escravos, mas a proposta é rejeitada.

Em 1866, o Visconde de São Vicente propõe cinco projetos. O Conselho de Estado unifica as propostas no que seria a base da Lei do Ventre Livre, mas a Guerra do Paraguai (1864-70) atrasa a tramitação. 

O projeto volta à pauta do Congresso em 1871. Também é chamado de Lei Rio Branco, por ter sido aprovada sob o primeiro-ministro José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco, pai do Barão do Rio Branco, o mais importante ministro das Relações Exteriores do Brasil.

FIDEL DEIXA CUBANOS SAÍREM

    Em 1965, o ditador Fidel Castro anuncia que todos os cubanos quiserem sair do país são livres para fazer isso. deflagrando uma onda migratória em que centenas de milhares vão de Cuba para a Flórida.

A revolução toma o poder em Havana em 1º de janeiro de 1959, depois de anos de luta contra a ditadura de Fulgencio Batista, apoiada pelos Estados Unidos, que apoiam a fracassada tentativa de invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961, e impõem um embargo econômico a Cuba.

Na Crise dos Mísseis em Cuba, em outubro de 1962, os EUA reagem à tentativa da União Soviética de instalar mísseis nucleares na ilha. O mundo nunca esteve tão perto de uma guerra nuclear. Em troca da retirada dos mísseis, os EUA fazem um acordo tácito para não invadir Cuba.

DEGELO DO ÁRTICO

    Em 2018, o navio de carga Venta Maersk chega a São Petersburgo, na Rússia Europeia, mais de um mês depois de sair de Vladivostok, no extremo leste do país, viajando por uma rota aberta no Polo Norte pelo degelo do Oceano Ártico.

Antes da redução da calota polar ártica pelo aquecimento global, a viagem era feita contornando o Sudeste Asiático, e atravessando o Oceano Índico para cruzar o Canal de Suez e o Mar Mediterrâneo até chegar ao Oceano Atlântico. 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Biden é o primeiro presidente dos EUA a ir a um piquete de greve

 A próxima eleição presidencial nos Estados Unidos será disputada em 5 de novembro de 2024, mas os principais candidatos, os mesmos da eleição de 2020, estão em plena campanha. Enquanto Joe Biden se tornou o primeiro presidente norte-americano a ir a um piquete de greve, Donald Trump é processado por "fraudes repetidas e persistentes" ao inflar o valor de suas propriedades em negócios com bancos e seguradores.

Ao apoiar os grevistas da indústria automobilística, Biden, que na semana passada firmou uma parceria com o presidente Lula para defender os direitos dos trabalhadores em escala global, tenta recuperar os votos dos trabalhadores conquistados por Trump com a promessa de reindustrializar o país.

O programa de reindustrialização de Biden, Investindo na América, é de US$ 516 bilhões, quase R$ 2,6 trilhões. Só para o carro elétrico e desenvolvimento de baterias, destina US$ 139 bilhões, pouco menos de R$ 700 bilhões.

Trump e seus dois filhos adultos são acusados de aumentar o valor de suas propriedades em pelo menos US$ 2,2 bilhões, talvez US$ 3,6 bilhões, quase R$ 18 bilhões, dependendo do cálculo contábil. O ex-presidente foi criticado por um desembargador por aumentar o tamanho de seu apartamento na Trump Tover, na 5ª Avenida, em Nova York, em 200%. O julgamento está marcado para segunda-feira. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 27 de Setembro

INVASÃO NORMANDA

    Em 1066, depois de um atraso por causa do mau tempo, Gulherme, Duque da Normandia, embarca seu exército de 7 mil homens e zarpa em direção ao Sudeste da Inglaterra. É o início da Conquista Normanda, um marco na história do país.

O rei Eduardo, o Confessor (1042-66), herdeiro da dinastia anglo-saxã de Alfredo, o Grande (886-899), não tem filhos. Guilherme da Normandia reivindica o trono sob a alegação de que lhe fora oferecido por Eduardo durante uma visita à Inglaterra. Mas os nobres ingleses coroam Haroldo Godwinson, da família mais rica do país, como Haroldo II em 6 de janeiro de 1066.

É um reinado curto. Haroldo II morre na Batalha de Hastings, em 14 de outubro de 1066, e Guilherme, o Conquistador, se torna rei da Inglaterra como Guilherme I mantendo suas possessões na Normandia. Isto levou a conflitos e reivindicações de soberania entre a França e a Inglaterra até a formação de uma aliança, a Entente Cordiale, em 8 de abril de 1904.

COMPANHIA DE JESUS

    Em 1540, o papa Paulo III dá a Inácio de Loyola a carta reconhecendo a criação da Companhia de Jesus ou Ordem dos Jesuítas, que teria um papel fundamental na Contrarreforma, a reação da Igreja Católica à Reforma Protestante, e na colonização da América Latina.

Inácio de Loyola, um ex-soldado do Exército da Espanha, funda o movimento em agosto de 1534 com seis estudantes. Eles fazem votos de castidade e pobreza, e fazem planos para converter os muçulmanos.

Como a Terra Santa está sob o Império Otomano, sem poder chegar em Jerusalém, Inácio de Loyola vai a Roma e pede autorização ao papa para criar a ordem.

Logo, os jesuítas vão para a América Latina, onde fundam São Paulo e criam a chamada República Comunista Cristã dos Guaranis, para o Congo, a Etiópia e a Índia. Santo Inácio de Loyola é canonizado.

Os jesuítas são fundamentais na colonização e na educação da América Latina, já que os impérios Português e Espanhol entregam as escolas à Igreja Católica. Em 28 de junho de 1759, pouco depois da destruição da República Guarani, o todo-poderoso primeiro-ministro português, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marques do Pombal, expulsou os jesuítas do Império Português.

PAZ AMERICANA

    Em 1779, durante a Guerra da Independência (1775-83), o Congresso Continental nomeia John Adams, que seria o segundo presidente dos Estados Unidos (1797-1801), como ministro plenipotenciário para ir à França negociar tratados de paz e de comércio com o Império Britânico.

A guerra começa em abril de 1775 sem o objetivo de proclamar a independência, o que acontece em 4 de julho de 1776. Até então, era uma guerra civil dentro do Império Britânico, com os colonos americanos reivindicando mais direitos. Tudo muda com o lançamento em 10 de janeiro de 1776 do panfleto Sementes do Homem, do revolucionário britânico Tom Paine.

O navio de Adams não chega a Brest, na França. Aporta em El Ferrol, no Noroeste da Espanha. Os americanos atravessam os Montes Pirineus no lombo de mulas e chegam a Paris em fevereiro de 1780. O Tratado de Paris, reconhecendo a independência dos EUA, é assinado em 3 de setembro de 1783.

RENDIÇÃO DA POLÔNIA

    Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Polônia se rende à Alemanha Nazista, que prende 140 mil militares poloneses e começa uma campanha de terror contra a elite do país, executando empresários, fazendeiros, médicos e intelectuais na chamada Ação Extraordinária de Pacificação.

A guerra começa com o bombardeio de Gdansk e a invasão por terra da Polônia, sob a acusação de que alemães estavam sendo discriminados, maltratados e agredidos no país. (Qualquer semelhança com a desculpa do ditador russo Vladimir Putin para invadir a Ucrânia não é mera coincidência.)

Numa única diocese, 214 padres são mortos porque os nazistas temem que a Igreja Católica seja um foco de resistência. A perseguição aos judeus leva à instalação do campo de concentração de Auschwitz num antigo quartel do Exército da Polônia. É o maior centro de extermínio do Holocausto, onde morrem 1,5 milhão de pessoas, sendo 1,1 milhão de judeus..

EIXO DO MAL

    Em 1940, a Alemanha Nazista e a Itália Fascista assinam o pacto tripartite com o Império do Japão, formando o Eixo, que se opõe aos aliados (Reino Unido e depois Estados Unidos e União Soviética) na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Os objetivos do Eixo são a expansão territorial, com a formação de impérios com base na conquista militar, acabar com a ordem mundial pós-Primeira Guerra Mundial e com o comunismo soviético.

Em 1º de novembro de 1936, uma semana depois de firmar um tratado de amizade, a Alemanha e a Itália anunciam a criação do Eixo Roma-Berlim. 

Em 25 de novembro de 1936, a Alemanha nazista e o Japão imperial assinam o Pacto Anti-Internacional Comunista (Comintern) em oposição à URSS. A Itália adere em 6 de novembro de 1937. 

Em 22 de maio de 1939, a Alemanha e a Itália firmam um tratado conhecido como Pacto de Aço, formalizando a aliança do Eixo através de provisões militares. 

Depois do início da guerra, em 27 de setembro de 1940, a Alemanha, a Itália e o Japão assinam o Pacto Tripartite, mais conhecido como o Eixo.

PRIMAVERA EM SILÊNCIO

    Em 1962, a bióloga Rachel Carson lança o livro Primavera Silenciosa, um marco do início do movimento ecológico nos Estados Unidos, publicado inicialmente na revista The New Yorker, para alertar sobre o impacto dos agrotóxicos sobre a natureza.

Carson nasce em 27 de maio de 1907 em Springdale, no estado da Pensilvânia, onde seus pais tinham uma propriedade rural de 26 hectares. Leitora ávida, na juventude Rachel lê grandes escritores como Herman Melville, Joseph Conrad e Robert-Louis Stevenson. Ela conclui um mestrado em zoologia na Universidade Johns Hopkins em 1932. Nas próximas décadas, pesquisa os ecossistemas da Costa Oeste.

No fim dos anos 1950, manifesta preocupação com a ação pesticidas sobre o ambiente natural. A Sociedade Audubon lhe pede então que escreva um livro com foco principal no DDT. Ela pesquisa durante quatro anos.

A indústria química reage com dureza, acusando-a se ser "uma defensora fanática do culto do equilíbrio da natureza" e "provavelmente comunista". Ela morre de câncer dois anos depois da publicação do livro.

Os EUA criam a Agência de Proteção Ambiental em 1970 e o DDT começa a deixar de ser usado a partir de 1972.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 26 de Setembro

  DRAKE COMPLETA VOLTA AO MUNDO

    Em 1580, ao ancorar em Plymouth, na Inglaterra, o navegador e corsário inglês Francis Drake se torna o primeiro comandante a completar a volta ao mundo, já que o português Fernão de Magalhães morreu nas Filipinas na primeira viagem de circunavegação da Terra, completada por seu subcomandante, Juan Sebastián Elcano.

Drake sai da Inglaterra em 13 de dezembro de 1577 para saquear colônias da Espanha no Oceano Pacífico. Dos cinco navios, só um, o Golden Hind, atravessa o Estreito de Magalhães, ataca as colônias espanholas da América do Sul e segue rumo à América do Norte em busca de uma passagem ao norte para voltar ao Oceano Atlântico.

Golden Hind vai até a altura de onde fica hoje o estado de Washington, nos Estados Unidos, e antes de atravessar o Pacífico para perto da Baía de São Francisco para reparos. Drake chama o local de Nova Albion. É o primeiro a reivindicar para a coroa da Inglaterra a soberania sobre o que é hoje parte dos EUA.

Ao visitar seu navio em 1581, a rainha Elizabeth I o ordena cavaleiro. Drake é um dos comandantes responsáveis pela vitória sobre a Armada Invencível da Espanha, em 1588.

SANTA ALIANÇA

    Em 1815, depois da derrota final de Napoleão Bonaparte, a Áustria, a Prússia e a Rússia formam a Santa Aliança para restaurar as monarquias europeias atacadas pelo imperador da França.

O czar Alexandre I, da Rússia, o imperador Francisco I, da Áustria, e o rei Frederico Guilherme III, da Prússia, formam a aliança em Paris, enquanto negociam a paz com a França, com o objetivo de restaurar os antigos regimes monárquicos baseados nos valores cristãos e em privilégios feudais.

A Santa Aliança é uma consequência do Congresso de Viena, realizado de 18 de setembro de 1814 a 9 de junho de 1815, nove dias antes da derrota de Napoleão em Waterloo, na Bélgica. 

Todos os reis da Europa aderem, menos o príncipe-regente do Reino Unido, o futuro George IV, o papa e o sultão do Império Otomano. Para grandes diplomatas da época, como o príncipe Klemens von Metternich, da Áustria, e o Visconde de Castelreagh, secretário de Estado do Reino Unido, a Santa Aliança é irrelevante e efêmera, mas é um embrião de organizações internacionais.

PRIMEIRO DEBATE PRESIDENCIAL NA TV

    Em 1960, o senador John Kennedy e o vice-presidente Richard Nixon fazem em Chicago o primeiro debate na televisão de dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos. 

Kennedy é considerado vencedor por ficar mais a vontade diante das câmeras, enquanto Nixon não usa maquiagem e parece nervoso. 

O sociólogo canadense Marshall McLuhan, o papa da comunicação, observa que Kennedy parecia o xerife simpático e bonachão de uma pequena cidade do interior, enquanto Nixon agia como o advogado da companhia ferroviária que vai ferrar a cidade.

Nixon teria saído um pouco melhor no segundo e no terceiro debates. O quarto e último é em 21 de outubro.

Em 8 de novembro, JFK vence a eleição com 34.220.984 votos (49,7%) contra 34.108.157 (49,6%) de Nixon e por 303-219 no Colégio Eleitoral.

Com o assassinato de Kennedy, em 22 de novembro de 1963, assume a Presidência o vice-presidente Lyndon Johnson, que se nega a debater na TV na eleição de 1964. 

Por causa de sua impopularidade causada pela Guerra do Vietnã, Johnson desiste de disputar a reeleição em 1968.  O favorito é Robert Kennedy, baleado mortalmente em 5 de junho, no dia em que garante a indicação ao vencer a eleição primária da Califórnia.

Nixon é o candidato do Partido Republicano e se nega a debater com o democrata Hubert Humphrey. Os debates voltam em 1976, quando Gerald Ford, o único presidente não eleito (é presidente da Câmara quando Nixon renuncia), perde a reeleição para o ex-governador democrata da Geórgia Jimmy Carter.

Nos debates entre Carter e Ronald Reagan, em 1980, o republicano repete várias frases de Kennedy, como "déficits não importam" e "se você está melhor de vida do que oito anos atrás, vote nele; se não melhorou, me dê uma chance." E vence, Carter, abatido pela inflação e pela crise dos reféns na Embaixada dos EUA no Irã.

ÚLTIMO DOS BEATLES

    Em 1969, The Beatles lançam o excelente Abbey Road, o último disco que gravaram. Let it be, gravado antes, é lançado em 1970, quando a banda se dissolve.

John Lennon e Paul McCartney, dois garotos de classe média de Liverpool, um porto decadente por causa do declínio do comércio transatlântico, mas que recebe discos de rock dos Estados Unidos, começam a tocar juntos em 1957. George Harrison entra para a banda no fim do ano.

De 1960 a 1962, os Beatles tocam em Hamburgo, na Alemanha. No outorno de 1961, Brian Epstein, gerente de uma loja de discos de Liverpool, vê a banda, decide se tornar empresário do grupo e bombardeia as gravadoras com cartas e fitas gravadas dos Beatles.

Depois de muito insistir, Epstein consegue um contrato com a Parlaphone, uma subsdiária da EMI, onde o produtor é George Martin, um músico de formação clássica. Sugere a contratação de um baterista melhor, Ringo Starr, e muda o arranjo do segundo compacto dos Beatles, Please Please Me, de um lamento num ritmo forte, animado e positivo, para cima.

Na primavera de 1963, o Reino Unido estava tomado pela Beatlemania, que desembarca nos EUA no início de 1964. Os Beatles são a banda que mais vende discos na história, com total estimado em 500 milhões.