sábado, 2 de setembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 2 de Setembro

BATALHA DE ÁCIO

    Em 31 antes de Cristo, na Batalha de Ácio, na Grécia, as forças de Otávio conquistam uma vitória decisiva na guerra contra o general romano Marco Antônio, que foge para o Egito, onde comete suicídio no ano seguinte.


Filha de Ptolomeu XII, Cleópatra nasce em 69 AC e se torna a rainha Cleópatra VII, do Egito, quando o pai morre, em 51 AC. Eles fazem parte de uma dinastia macedônia que assume o poder no Egito depois da morte de Alexandre, o Grande, em 323 AC. 

 Em 47 AC, começa uma guerra civil entre ela e o irmão. Roma, o maior país da Europa na época, também está em guerra civil entre Júlio César e Cneu Pompeu, ambos membros do Primeiro Triunvirato. Vencido por César na Grécia, Pompeu foge para o Egito, mas é morto por agentes do rei Ptolomeu XIII. 

César vai para Alexandria e decide impor a Pax Romana ao Egito. Cleópatra se alia a César para consolidar o poder no Egito. É entregue ao general romano enrolada num tapete. Linda e fascinante, ela seduz César e torna-se sua amante. Tem um filho com César, Cesarion. 

Quando César volta para Roma, Cleópatra e Cesarion vão junto. Ela vive discretamente numa casa de campo que o general tem perto da Cidade Eterna. Com a morte de César, em 44 AC, Cleópatra volta para o Egito e Roma cai em nova guerra civil, que termina em 43 AC com a formação do Segundo Triunvirato: Otávio, sobrinho e sucessor designado de Júlio César, o general Marco Antônio e Lépido. 

Marco Antônio, encarregado das províncias orientais do Império Romano, convoca Cleópatra para um encontro em Tarso, na Ásia Menor, em 41 AC. Ela chega numa balsa magnífica fantasiada de Vênus, a deusa do amor, e seduz mais um general romano. 

Em 40 AC, para emendar as relações Antônio volta a Roma e casa com Otávia, irmã de Otávio. Em 37 AC, ele se separa e encontra Cléopatra, que lhe dá dois gêmeos, na Síria. Partidários de Otávio o acusam de se casar com uma estrangeira, o que é proibido pela lei romana. 

Uma derrota militar em Pártia, hoje parte do Irã, em 36 AC, reduz o prestígio de Marco Antônio. Ele se reabilita ao vencer na Armênia em 34 AC, quando faz uma marcha triunfal em Alexandria ao lado da rainha, de Cesarion e de seus filhos. 

Em Roma, é acusado de querer entregar Roma nas mãos de estrangeiros. Otávio declara guerra a Cleópatra, e indiretamente a Marco Antônio, em 31 AC. Eles se enfrentam na Batalha do Ácio, uma batalha naval, na Grécia, em 31 AC. 

Uma semana depois, as forças terrestres de Marco Antônio se rendem, mas Otávio leva quase um ano para chegar a Alexandria e vencer Marco Antônio mais uma vez. Cleópatra se refugia no mausoléu que mandara construir para si mesmo. 

Ao ser informado erradamente da morte da rainha, Marco Antônio se suicida se jogando sobre sua espada, mas fica sabendo que ela está viva e é levado para morrer nos braços da amada. 

 A rainha do Egito não consegue seduzir mais um general romano e morre no mausoléu, oficialmente por suicídio, mordida por uma cobra, mas o historiador romano Plutarco, quem mais escreve sobre Cleópatra, diz: "O que aconteceu naquele mausoléu ninguém realmente sabe."

GRANDE INCÊNDIO DE LONDRES

    Em 1666, um incêndio na casa do padeiro do rei Carlos II, Thomas Farrinor, que esquece de desligar o forno, na Pudding Lane (Travessa da Sobremesa), atinge a Rua Tâmisa, onde há depósitos de combustível que explodem e transformam a cidade num inferno com a ajuda de um forte vento leste.


Quando o Grande Incêndio de Londres acaba, quatro dias depois, 80% da capital britânica estão destruídos. Por milagre, há apenas 16 mortes.

Na época, Londres é uma cidade medieval de casas de madeira. As casas dos pobres são vedadas contra a chuva por materiais inflamáveis como carvão, óleo para lâmpadas, bebidas alcoólicas e banha. As ruas são estreitas e as casas amontoadas. Tudo contribui para propagar o fogo.

MASSACRES DE SETEMBRO

    Em 1792, durante a Revolução Francesa (1789-99), começam os massacres de prisioneiros em Paris por medo de que os presos políticos se revoltem e se juntem às forças contrarrevolucionárias.

A revolução começa em 14 de julho de 1789, com a tomada da Bastilha, uma prisão que é um símbolo do antigo regime. De 20 a 26 de agosto, a Assembleia Nacional aprova a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Em 10 de agosto de 1792, depois que o rei Luís XVI veta várias decisões da Assembleia Nacional, a Guarda Nacional da Comuna de Paris e federados da Bretanha e de Marselha assaltam a residência real no Palácio das Tulherias, que é defendida pela Guarda Suíça. O rei e a rainha se refugiam na Assembleia Nacional. Centenas de guardas e 400 revolucionários morrem na batalha.

Os massacres de 2 a 6 de setembro em Paris são a primeira onda de terror da revolução. A matança começa em 2 de setembro, quando um grupo armado ataca presos que estão sendo transferidos para a Prisão da Abadia, perto de Saint-Germain-des-Près. Em cinco dias, 1,2 mil prisioneiros são mortos, a maioria depois de julgamentos sumários num "tribunal popular".

A monarquia acaba formalmente em 21 de setembro, numa das primeiras decisões da Convenção Nacional (1792-95), a primeira assembleia eleita sem distinção de classe social, que funda a República no dia seguinte. O Período do Terror propriamente dito vai de 5 de setembro de 1793 a 27 de julho de 1794, quando cerca de 17 mil pessoas são executadas, inclusive os líderes revolucionários Georges-Jacques Danton e Maximiliano Robespierre.

Luís XVI é guilhotinado em 21 de janeiro de 1793 e a rainha Maria Antonieta em 16 de outubro do mesmo ano.

GRANDE PORRETE

    Em 1901, o vice-presidente Theodore Roosevelt, um pioneiro do imperialismo norte-americano, diz a frase que o caracterizou, tirada de um provébio africano: "Fale suavemente e carregue um grande porrete. Você vai longe."

Doze dias depois, o presidente William McKinley é assassinado e T. Roosevelt  se torna o 26º presidente dos Estados Unidos (1901-9) aos 42 anos. É o presidente mais jovem da história do país. 

Durante seu governo, os EUA intervém militarmente em 1903 no Panamá, então parte da Colômbia, enfraquecida pela Guerra dos Mil Dias (1899-1902) entre conservadores e liberais, promovem a independência do Panamá e, em 1904, começam a construção do canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico.

FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

    Em 1945, a bordo do navio de guerra americano USS Missouri, o ministro do Exterior, Mamoru Shigemitsu, e o general Yoshijiro Umezu assinam a rendição do Japão, formalizando o fim da Segunda Guerra Mundial. Ambos são condenados por crimes de guerra.

Os países do Sudeste Asiático que eram colonizados pelo Ocidente e foram invadidos pelo Japão na guerra começam a declarar a independência, a Indonésia em 17 de agosto e o Vietnã em 2 de setembro.

O Japão já negociava a rendição através da Suíça. Por causa do ataque japonês à 7ª Frota Americana em Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, os EUA exigem a rendição incondicional do Japão.

Diante do custo em vida dos assaltos anfíbios às ilhas de Ivo Jima e Okinawa, o comando militar norte-americano estima que um ataque às quatro maiores ilhas japoneses custaria 1 milhão de vidas. 

O presidente Harry Truman decide, então, usar uma nova arma, a bomba atômica, jogada em 6 de agosto em Hiroxima e em 9 de agosto em Nagasaki, onde 140 mil pessoas morrem nos dias das explosões e mais de 300 mil até hoje de doenças causadas pela radiação. Em 15 de agosto, o imperador Hiroíto anuncia a rendição incondicional do Japão. 

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