A Terceira Guerra de Nagorno-Karabakh, um enclave armênio dentro do território do Azerbaijão, durou apenas 24 horas. Terminou com a rendição total dos armênios, que viviam a região há milênios. Mais de 70 mil dos 120 mil habitantes da República de Artsaque, o nome armênio da região, fugiram para a Armênia. Mas uma nova guerra ameaça a região do Cáucaso.
O conflito secular vem pelo menos desde o colapso dos império Russo e Otomano no fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18). A Armênia e o Azerbaijão declaram independência e reivindicam a soberania sobre Nagorno-Karabakh, mas são dominados pelos bolcheviques na guerra civil deflagrada pela Revolução Comunista na Rússia. Viram repúblicas soviéticas.
Dentro da política de dividir para reinar, o futuro ditador Josef Stalin, na época comissário das nacionalidades da União Soviética, cria a região autônoma de Nagorno-Karabakh, um enclave sob controle armênio em território azerbaijano sem ligação por terra com a Armênia.
Durante décadas, o stalinismo sufocou os nacionalismos dentro da pátria do comunismo. Eles ressurgem com as reformas e a abertura política promovida pelo líder soviético Mikhail Gorbachev a partir de 1985. Em 20 de fevereiro de 1988, os armênios de Nagorno-Karabakh proclamam a independência da República de Artsaque, nome adotado depois. E aí começam as guerras com o Azerbaijão. Meu comentário:
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