Num discurso de 21 minutos na segunda-feira, 19 de setembro, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou as principais metas da política externa brasileira: o combate à desigualdade, a transição energética para conter o aquecimento global, o multilateralismo e a reforma do sistema internacional. Ontem, Lula se encontrou pela primeira vez com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
O presidente apresentou o Brasil como um país que sai do isolamento imposto pela política externa do governo Jair Bolsonaro, na vanguarda da transição energética para uma economia de baixo carbono, que reduziu o desmatamento, combate a desigualdade, respeita os direitos das mulheres e minorias, e defende uma ordem mundial baseada na paz e no direito internacional.
Lula criticou a concentração da riqueza, o Conselho de Segurança da ONU, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, o protecionismo dos países ricos e a paralisia da Organização Mundial do Comércio (OMC). Disse que dos "escombros do neoliberalismo surgem aventureiros de extrema direita", tentando substituir um "neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo".
Ao condenar a guerra, não mencionou a agressão da Rússia contra a Ucrânia. Falou que "a guerra escancara a incapacidade de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU". Mas não reconheceu que a Rússia viola a soberania nacional e a integridade territorial da Ucrânia.
Ao sair da reunião com Zelensky, Lula reiterou a proposta de formar um grupo de países para intermediar a paz, que ainda não se materializou. Mas as posições são inconciliáveis e o ditador Vladimir Putin aposta na fadiga do apoio dos EUA e da Europa à Ucrânia. Meu comentário:
Um comentário:
Quem na verdade vem perdendo a credibilidade aqui no Brasil e no resto da mundo é o próprio presidente Lula com essa política internacional totalmente equivocada.
Postar um comentário