domingo, 31 de julho de 2011

Obama confirma acordo sobre dívida dos EUA

Em tom sóbrio, o presidente Barack Obama está confirmando oficialmente agora que "os líderes dos dois grandes partidos no Congresso chegaram a um acordo para elevar o teto da dívida pública dos Estados Unidos e evitar um calote".

O projeto aumenta o teto da dívida em US$ 2,4 trilhões em troca de cortes orçamentários iniciais de US$ 1 trilhão, que devem chegar a US$ 3 trilhões nos próximos dez anos. Precisa ser aprovado na Câmara e no Senado até 2 de agosto.

"Não é o acordo que eu gostaria", admitiu Obama, que preferia aumentar os impostos sobre os ricos e as grandes empresas, enquanto a direita radical do movimento Festa do Chá simplesmente se negava a aumentar o limite de endividamento dos EUA.

Para essa turma, o risco de calote da dívida pública e de outras obrigações financeiras do governo americano parecia irrelevante. Sua obsessão é cortar gastos públicos e impostos, uma estratégia considerada irresponsável pelo governo Obama, pelo risco de causar uma nova recessão.

"O resultado será o menor nível de gastos públicos desde o governo Dwight Eisenhower, mas vai nos permitir fazer os investimentos necessários para o futuro", afirmou o presidente.

Obama lamentou o dano provocado à maior economia do mundo por um mês de incerteza econômica gerado pelo debate em torno do teto de uma dívida que o resto do mundo parece disposto a financiar. O problema não era econômico. Era e é político.

Uma comissão bipartidária formada por congressistas vai estudar até novembro onde serão feitos os gastos para reduzir o déficit orçamentário. Se não houver acordos, haverá cortes automáticos em setores como defesa.

Agora, é preciso aprovar o acordo até terça-feira.

O presidente da Câmara, deputado John Boehner, está reunido com sua bancada, que inclui os radicais de direita do movimento Festa do Chá eleitos em novembro do ano passado. Eles afirmam ter sido eleitos para reduzir o déficit e a dívida. Durante todo o processo de negociação, mostraram grande intransigência.

Por isso, acredita-se que será necessária uma maioria bipartidária para aprovar o projeto e acabar com essa discussão agoniante, levada ao extremo pelo radicalismo da nova direita americana, com prejuízos para o mundo inteiro, especialmente para os EUA.

Com o acordo, as bolsas de valores da Ásia abriram em alta.

Líder democrata no Senado fecha acordo nos EUA

O porta-voz do líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, senador Harry Reid, informou agora há pouco que ele fechou um acordo com a oposição republicana para elevar o limite de endividamento do país e evitar uma paralisação da máquina pública federal americana a partir de terça-feira, noticia The Wall St. Journal.

A proposta deve ser colocada em votação na noite deste domingo. O teto da dívida pública federal será aumentado em US$ 2,5 trilhões acima do limite atual, de US$ 14,3 trilhões, a ser atingido na próxima terça-feira, 2 de agosto de 2011.

Para ajustar as contas públicas, os cortes para reduzir o déficit orçamentário devem chegar a US$ 3 trilhões nos próximos dez anos. Se o comitê encarregado não acertar reduções de despesas até o fim do ano, haverá cortes automáticos nos orçamentos de defesa.

Ainda não se sabe qual a reação das bancadas que precisam aprovar o projeto. Se o acordo for confirmado, sua aprovação nas duas casas do Congresso dos EUA deve ser com um voto bipartidário para neutralizar a oposição dos mais radicais.

Líder republicano no Senado anuncia acordo em breve

O líder da oposição republicana no Senado, Mitch McConnell, declarou hoje de manhã que seu partido está próximo de um acordo com o governo Barack Obama para elevar o teto da dívida pública dos Estados Unidos além de US$ 14,3 trilhões, o atual limite, que deve ser atingido nesta terça-feira.

A proposta de conciliação aceita a exigência da Casa Branca de que o limite de endividamento seja elevado  de modo a não se discutir o assunto em 2012, um ano eleitoral.

Por outro lado, será formada uma comissão para examinar os gastos públicos do governo federal americano com o objetivo de reduzir o déficit orçamentário em trilhões de dólares nos próximos dez anos.

Exército sírio invade Hama e mata 135 pessoas

Hama é um símbolo da resistência contra a ditadura da família Assad na Síria.

Em 1982, Hafez Assad, pai do atual ditador, massacrou uma revolta na cidade, matando entre 12 e 30 mil pessoas. Agora, Hama se rebela contra o filho, Bachar Assad, que ordenou uma invasão militar realizada hoje, com pelo menos 135 mortes.

sábado, 30 de julho de 2011

China condena repórter que denunciou corrupção

Um tribunal de recursos da China confirmou a sentença de oito anos de prisão contra um repórter investigativo que denunciou corrupção na província de Shandong, noticia hoje o jornal The New York Times.

O jornalista Qi Chonghuai, de 46 anos, já cumprira uma pena de quatro anos por “extorsão e chantagem”, acusações consideradas fictícias.

Duas semanas antes da data de sua libertação, no mês passado, Qi foi processado de novo pelas mesmas alegações.

Republicanos rejeitam proposta democrata nos EUA

Depois da maioria governista no Senado dos Estados Unidos derrubar ontem a proposta aprovada na Câmara pela oposição republicana para aumentar o teto da dívida pública do país, o líder oposicionista no Senado, Mitch McConnell, advertiu hoje que o plano do líder da maioria democrata, senador Harry Reid, não tem a menor chance de ser aprovado.

Para evitar a obstrução, a maioria governista precisa de 60 votos no Senado. Não tem.

A votação estava prevista para uma hora da madrugada deste domingo em Washington, 2h em Brasília.

McConnell pediu a volta da Casa Branca às negociações para evitar a paralisação do governo federal americano por falta de dinheiro depois de 2 de agosto de 2011. Nesta data, a dívida pública dos EUA vai atingir o limite legal de US$ 14,3 trilhões.

Em pronunciamento de rádio disponível na Internet, o presidente Barack Obama apelou aos parlamentares para que cheguem a um acordo, argumentando que a dívida dos EUA não é impagável. Ele disse que os EUA têm uma nota de crédito máxima, AAA, mas não um sistema político AAA.

Assim, se houver um calote a partir de terça-feira nos pagamentos de aposentados, assalariados, investidores e empresas com contratos com o governo americano, na opinião do presidente, a falência será política e não econômica.

Terrorista ia atacar palácio real da Noruega

Em depoimento à polícia, o terrorista de extrema direita que matou 76 pessoas na semana passada na Noruega, Anders Behring Breivik, confessou que problemas logísticos o impediram de colocar bombas no palácio real e na sede do governante Partido Trabalhista.

Na sexta-feira passada, ele foi responsável por uma explosão junto ao gabinete do primeiro-ministro Jens Stoltenberg e por um massacre num encontro do setor jovem do partido governista. Seu objetivo era deflagrar uma revolta anti-islâmica na Europa.

A violência inusitada chocou um país conhecido pelo seu pacifismo, que participa ativamente de missões de paz das Nações Unidas, mediou o acordo entre Israel e os palestinos, e é o maior doador em porcentagem do seu produto interno bruto para programas internacionais de ajuda.

Islamitas radicais mataram general rebelde líbio

O Conselho Nacional de Transição da Líbia, o governo provisório dos rebeldes que lutam para derrubar a ditadura do coronel Muamar, admitiu hoje que seu principal comandante militar, o ex-ministro do Exterior Abdel Fatah Younes, foi morto por extremistas muçulmanos.

É um duro golpe na credibilidade dos rebeldes. A ditadura de Kadafi apressou-se em dizer que o assassinato mostra a incapacidade dos rebeldes de governar a Líbia.

OTAN ataca TVs de satélite de Kadafi

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) bombardeou e destruiu na madrugada de hoje três antenas parabólicas da capital da Líbia usadas na transmissão de televisões da ditadura do coronel Muamar Kadafi, acusadas de incitar à violência e intimidar a população.

Ao justificar o ataque, o comandante das operações militares da aliança militar ocidental na Líbia, o coronel francês Roland Lavoie, argumentou que "as TVs eram uma parte da máquina estatal de intimidação e repressão" da Líbia, com "transmissões incendiárias" para "incitar ao ódio, mobilizar seus seguidores para atacar civis e provocar derramamento de sangue".

sexta-feira, 29 de julho de 2011

ONU pede US$ 1,4 bilhão contra fome na África

As Nações Unidas pediram hoje mais US$ 1,4 bilhão para combater a fome que ameaça a vida de mais de 12 milhões de pessoas na região conhecida como Chifre da África, no Nordeste do continente. Seus países-membros já deram US$ 1 bilhão.

"Os países mais afetados são Somália, Etiópia, Quênia e Djibúti", declarou a coordenadora da ONU para emergências, Valerie Amos.

A seca na região é a pior em 60 anos. Todo dia, cerca de 1,3 mil refugiados somalianos entram no Quênia, centenas fogem para a Etiópia e 2 mil chegam à capital, Mogadíscio.

Numa operação de transporte de emergência, o Programa Mundial de Alimentos da ONU levou mais de 870 toneladas de alimentos para o tratamento de crianças gravemente desnutridas, além de continuar alimentando 1,6 milhão no Quênia.

Pela estimativa da ONU, a situação de emergência deve durar pelo menos mais três meses, e o total de pessoas que necessitam de ajuda pode aumentar em até 25%, o que elevaria o total de ameaçados de morte pela fome para 15 milhões.

ONU pede mais US$ 1,4 bilhão contra fome na África A

As Nações Unidas pediram hoje mais US$ 1,4 bilhão para combater a fome que ameaça a vida de mais de 12 milhões de pessoas na região conhecida como Chifre da África, no Nordeste do continente. Seus países-membros já deram US$ 1 bilhão.

"Os países mais afetados são Somália, Etiópia, Quênia e Djibúti", declarou a coordenadora da ONU para emergências, Valerie Amos.

A seca na região é a pior em 60 anos. Todo dia, cerca de 1,3 mil refugiados somalianos entram no Quênia, centenas fogem para a Etiópia e 2 mil chegam à capital, Mogadíscio.

Senado rejeita proposta da Câmara dos EUA

Como era esperado, o Senado rejeitou a proposta aprovada pela Câmara para elevar o teto da dívida pública dos Estados Unidos, mantendo o impasse capaz de paralisar o governo federal americano a partir de 2 de agosto, quando o limite de US$ 14,3 trilhões será atingido.

O resultado da votação foi 59-41. Seis senadores republicanos votaram com a maioria governista.

Câmara dos EUA aprova proposta republicana

Por 218 a 210, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou agora há pouco a proposta de seu presidente, o deputado republicano John Boehner, para elevar o teto da dívida pública do país em US$ 800 bilhões.

A medida não foi colocada em votação ontem porque Boehner não tinha o apoio necessário. Hoje, 22 deputados republicanos votaram contra a proposta. É o pessoal do movimento radical de direita Festa do Chá, que exige mais cortes de gastos governamentais.

França culpa pilotos pelo acidente da Air France

Os pilotos foram responsabilizados pelo acidente com o voo 447 da Air France que fazia a rota Rio-Paris em 31 de maio de 2009, concluiu o escritório de investigação de acidentes aéreos da França, reportado no jornal Le Monde. Todas as 228 pessoas a bordo morreram quando o Airbus 330 caiu no Oceano Atlântico.

É a primeira manifestação oficial desde que os investigadores examinaram as gravações e outros dados coletados nas caixas-pretas do avião.

A análise revelou que os pilotos cometeram diversos erros e falharam ao não seguir o comportamento-padrão para o tipo de emergência que enfrentavam. Eles deveriam ter baixado o nariz do avião para manter a estabilidade, mas empinaram o aparelho, que subiu e teria chegado a uma altitude onde o ar mais rarefeito não conseguiu sustentá-lo.

O congelamento das sondas que medem a velocidade do Airbus, apontadas anteriormente como causa do acidente por indicar velocidades erradas que levaram ao desligamento do piloto automático, é citado pelos investigadores. Eles culpam os pilotos por não terem seguido as regras básicas para enfrentar uma tempestade em altitude elevada.

Zapatero antecipa eleições na Espanha

Sob pressão da crise das dívidas públicas, que deixa a Espanha em sua pior situação econômica desde a redemocratização do país, em 1977, o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero anunciou hoje a antecipação das eleições parlamentares previstas para março de 2012. Elas serão realizadas em 20 de novembro.

Rodríguez Zapatero, desgastado pela recessão e a crise da dívida, não será candidato à reeleição. O novo líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) é o ministro do Interior Alfredo Pérez Rubalcaba.

Tudo indica que o Partido Popular, de direita, retome o poder que perdeu ao mentir sobre os atentados terroristas de 11 de março de 2004 contra o sistema de transportes de Madri. Quase 200 pessoas foram mortas. 

O governo conservador espanhol de José María Aznar, que participava da invasão do Iraque ao lado dos Estados Unidos, tentou encobrir a participação de extremistas islâmicos, atribuindo o ataque ao grupo terrorista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade). A opinião pública percebeu e deu a vitória a Rodríguez Zapatero, que prometera retirar os soldados espanhóis do Iraque, apesar da situação econômica favorável na época.

Síria já matou 3 mil manifestantes

Em quatro meses e meio de revolta popular, a ditadura da Síria matou mais de 3 mil manifestantes. Nesta sexta-feira, as forças de segurança voltaram a atirar contra as multidões que exigem a queda do regime de Bachar Assad. Ele está há 10 anos no poder, que herdou do pai.

General rebelde tem morte suspeita na Líbia

O general Abdel Fatah Younes, ex-ministro do Interior e principal chefe militar dos rebeldes da Líbia, foi morto ontem em circunstâncias suspeitas. Ele teria sido preso pelos próprios rebeldes, sob suspeita de fazer jogo duplo e de ligações com o ditador Muamar Kadafi, no poder há quase 42 anos.

Younes foi morto junto com dois assessores quando ia para uma reunião do governo provisório. O presidente do Conselho Nacional de Transição, Mustafá Abdel Jalil, anunciou que suspeitos foram presos, mas não deu maiores detalhes, noticia o jornal The Washington Post.

Em editorial, o jornal francês Le Monde observa que a morte complica a situação dos rebeldes. É mais provável que o clã de Kadafi mantenha alguma influência no futuro do país.

Na pior das hipóteses, o país ficará dividido, sem um governo, sob ameaça de fragmentação.

Multidão exige Estado islâmico no Egito

Diante da virtual paralisação do processo de democratização do Egito, dezenas de milhares de pessoas tomaram hoje a Praça da Libertação, no centro do Cairo, para exigir a instalação de um Estado islâmico no Egito, governado pela charia, a lei corânica.

Uma revolta popular de caráter liberal e democrático derrubou, em 11 de fevereiro de 2011, o ditador Hosni Mubarak, que estava no poder há quase 30 anos. O Conselho Supremo das Forças Armadas assumiu o poder prometendo reforma da Constituição, eleições livres e democráticas.

Nas últimas semanas, eram os jovens do movimento original que estavam se concentrando na praça central da capital egípcia nas sextas-feiras para exigir o cumprimento dessas promessas. Agora, aparentemente, a situação mudou, o que lembra a revolução de 1979 no Irã, uma revolta popular sequestrada pelo clero conservador, que governa o país até hoje.

É improvável que os militares aceitem a islamização do Egito, mas o desafio está lançado.

Obama pede solução bipartidária para dívida

Em novo apelo ao Congresso, o presidente Barack Obama afirmou agora há pouco que a única solução para elevar o teto da dívida pública dos Estados Unidos deve ser bipartidária.

Neste momento, a Câmara, dominada pela oposição republicana, e o Senado, de maioria governista, discutem projetos antagônicos que precisam ser harmonizados até terça-feira, 2 de agosto de 2011, sob pena de ruptura de vários contratos do governo federal.

Obama advertiu para o risco de redução da nota de crédito soberano dos EUA, hoje no nível máximo, e os prejuízos que isso traria para toda a economia, a começar pelo aumento dos juros para rolar a dívida pública federal, que vai passar de US$ 14,3 trilhões no dia 2.

O presidente observou que não se trata de uma catástrofe natural inesperada, não havendo desculpa, portanto, para a inação do Congresso. Chegou a dizer que o país não tem um sistema político AAA, nota de seu crédito soberano.

"A hora de colocar o partido em primeiro lugar acabou", disse Obama. "É hora de chegar a um acordo em nome dos interesses maiores do povo americano", tendo em vista a fragilidade da economia revelada pelos últimos dados sobre crescimento.

No Senado, o líder da maioria democrata, Harry Reid, deve colocar em votação hoje à noite a proposta governista para elevar o limite de endividamento do país.

A China, maior credora da dívida pública dos EUA, com títulos em valor superior a US$ 1,1 trilhões, criticou a indefinição em Washington, acusando o jogo político no Congresso americano de "sequestrar" o resto do mundo. Não foi uma declaração oficial do governo, mas saiu na agência de notícias estatal Nova China.

EUA crescem no menor ritmo pós-crise

A maior economia do mundo ficou praticamente estagnada no primeiro trimestre de 2011 e teve crescimento medíocre no segundo, registrando seu menor crescimento desde que se recuperou da Grande Recessão de 2008-9.

De abril e junho, os Estados Unidos avançaram num ritmo que projeta uma expansão anual de apenas 1,3%. Pior ainda: o dado do primeiro trimestre foi revisado de 1,9% para apenas 0,4% ao ano, informa o jornal The Washington Post.


A queda do produto interno bruto durante a Grande Recessão também foi maior do que calculada anteriormente. Do último trimestre de 2007 ao primeiro de 2009, a economia americana encolheu 5,1%, em vez dos 4,1% da estimativa anterior.


Esses números mostram que os EUA ainda não retomaram o nível de produção anterior à crise.

Com a crise entre a Casa Branca e o Congresso em torno da elevação do teto da dívida pública, a economia foi ainda mais abalada, complicando os planos de reeleição do presidente Barack Obama.

O presidente deve fazer mais um pronunciamento em breve para tentar mobilizar a opinião pública a pressionar a oposição republicana a fechar um acordo e evitar um calote nos pagamentos do governo americano.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Câmara não vota mais dívida dos EUA nesta noite

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado John Boehner, decidiu não colocar em votação nesta noite sua proposta para elevar o teto da dívida pública do país em US$ 800 bilhões em troca de cortes nos gastos governamentais.

Isso indica que Boehner, principal líder da oposição ao presidente Barack Obama, ainda não tem os 216 votos necessários para aprovar a matéria. Para conseguir o apoio que falta, o deputado terá de alterar a proposta.

Com o endurecimento das posições, é possível que a Câmara, de maioria republicana, e o Senado, de maioria democrata, aprovem projetos diferentes que teriam de ser compatibilizados na última hora.

A dívida pública dos EUA deve atingir o atual limite legal de US$ 14,3 bilhões em 2 de agosto de 2011. Se este teto não for elevado, o governo federal americano vai ficar sem dinheiro em casa. Pode calotear salários, pensões de aposentados e títulos da dívida pública.

Nunca, no passado, o Congresso exerceu tanta pressão sobre o presidente, negando-se a autorizar o aumento da dívida.

Em matéria de capa, a revista inglesa The Economist que circula hoje adverte para o risco de que a crise das dívidas públicas gere uma paralisia política e econômica nos Estados Unidos e na Europa, a exemplo que aconteceu com o Japão nas últimas duas décadas.

Humala toma posse Peru prometendo seguir Lula

Sem a presença de Alan García, que concluiu seu segundo mandato, o candidato nacionalista de esquerda Ollanta Humala assumiu hoje a Presidência do Peru com a promessa de manter o modelo econômico que deu ao país uma taxa de crescimento média de 7% ao ano nos últimos cinco anos e fazer investimentos sociais para combater a pobreza.

Para tranquilizar o mercado, que derrubou a Bolsa de Lima no dia seguinte à vitória de Humala, os ministérios da área econômica foram entregues a empresários.

O novo presidente anunciou a intenção de criar um imposto sobre as mineradoras, provavelmente para fazer obras sociais nas regiões onde essas empresas atuam, onde há muitos conflitos e rejeição ao capital estrangeiro.

Câmara adia votação sobre dívida dos EUA

Num sinal de desacordo interno na bancada da oposição republicana, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos adiou uma votação prevista para 18h em Washington, 19h em Brasília, para elevar o teto da dívida pública do país.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, já avisou que a proposta não tem a menor chance de ser aprovada.

Para evitar um calote da dívida pública, o governo e a oposição precisam chegar a algum acordo até 2 de agosto.

Câmara dos EUA deve aprovar medida que Senado e Casa Branca rejeitam

A batalha da dívida pública dos Estados Unidos se aproxima do prazo fatal de 2 de agosto sem solução. A Câmara, dominada pela oposição republicana, está prestes a aprovar uma proposta para aumentar o limite de endividamento em US$ 800 bilhões. Mas a Casa Branca é contra. Não deve passar pelo Senado, de maioria governista.

Se o Congresso não aprovar o aumento do teto da dívida pública, hoje em US$ 14,3 trilhões, que deve ser atingido dia 2, o governo federal americano vai ficar sem dinheiro em caixa e pode dar calote em títulos da dívida pública no valor de US$ 263 bilhões com vencimento em agosto.

Os otimistas acreditam que no último momento será possível compatibilizar as duas propostas para se chegar a um acordo sem vencedores nem vencidos. Afinal, o que está em disputa mesmo é a Presidência dos EUA.

A proposta republicana aprovada na Câmara é uma solução de curto prazo. Aumenta o teto de dívida em apenas US$ 800 bilhões para reabrir a discussão em 2012, um ano eleitoral, enquanto os democratas insistem numa trégua até o próximo governo.

Enquanto os republicanos querem cortar gastos do governo e equilibrar as contas públicas sem aumentar impostos, um pecado mortal para a direita representada pelo movimento Festa do Chá, os democratas insistem em aumentar impostos.

Se houver um calote, o prejuízo para a credibilidade da economia dos EUA, que perde espaço relativo e liderança com a ascensão da China e outros grandes países emergentes, será tremendo e de longo prazo. Os EUA terão de pagar juros maiores para financiar sua dívida multitrilionária. Isso significa mais alguns bilhões de dólares por ano.

O dólar cai. O mundo inteiro perde, mas o sistema político americano não funciona, não encontra uma solução. É mais um sintoma de decadência. É uma decadência que pode ser parcialmente revertida, mas é evidente.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Investimento externo em ações no Brasil cai 70%

Apesar do crescimento do investimento externo direto no ano passado divulgados ontem pela ONU, as aplicações financeiras em ações no Brasil caíram 70% no primeiro semestre de 2011, informa hoje o Financial Times, principal diário econômico-financeiro da Europa.

O aumento da inflação, a intervenção do governo em diversos setores da economia e em grandes empresas como a Petrobrás e a Vale, e as medidas de controle do crédito para conter a alta de preços foram citados como problemas.

Desde o início do ano, o Índice Bovespa caiu 13,5%.

Tubante-bomba mata prefeito de Kandahar

Um terrorista suicida com uma bomba escondida no turbante matou hoje Ghulam Haider Hamidi, prefeito de Kandahar, no Afeganistão. É a capital da província do mesmo nome, onde nasceu a milícia fundamentalista dos Talebã, que luta contra a intervenção militar internacional no país.

Sua morte é a última de uma série de assassinatos políticos em Kandahar, onde recentemente foi morto Ahmed Wali Karzai, meio-irmão do presidente Hamid Karzai.

Reino Unido expulsa diplomatas de Kadafi

Em mais uma medida para pressionar o coronel Muamar Kadafi, o governo britânico anunciou hoje a expulsão do Reino Unido de todos os diplomatas ligados ao ditador da Líbia, assediado há cinco meses e meio por uma revolta popular.

Novos representantes líbios devem ser indicados pelo governo provisório de transição nacional organizado pelos rebeldes, declarou o ministro do Exterior britânico, William Hague, em discurso na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico.

O Reino Unido é um dos países que lideram a operação militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações para "proteger a população civil".

Brasil é 5º em investimento externo direto

Por causa do crescimento econômico, da Copa do Mundo, da Olimpíada do Rio e das jazidas de petróleo da camada pré-sal, o Brasil subiu dez posições no ano passado, tornando-se o quinto país do mundo que mais recebeu investimentos externos diretos, aplicados diretamente no aumento da produção.

No ano passado, pela primeira vez, os fluxos de capital produtivo para países em desenvolvimento superaram o montante investido nos países ricos, revela um relatório divulgado ontem pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

À frente do Brasil, ficaram apenas os Estados Unidos, a China, Hong Kong e a Bélgica.

Londres falha no meu teste olímpico pessoal

A exatamente um ano início da Olimpíada de 2012, a capital do Reino Unido se orgulha de ter concluído quase todas as obras nos estádios, mas os problemas do seu sistema de transportes não foram resolvidos, como pude constatar pessoalmente neste mês.

Em 11 de julho, fui ao Hackney Empire ver um show de Hugh Masekela em homenagem à grande cantora e compositora sul-africana Miriam Makeba. Hackney fica no Leste de Londres, a zona supostamente regenerada pelo projeto olímpico.

Tinha de tomar o trem, agora promovido a metrô de superfície, em West Kentish Town. O metrô de superfície não tem ligação com o subterrâneo, a não ser em algumas estações. Seria preciso caminhar uns cinco a dez minutos para chegar lá.

Ao chegar a Kentish Town, uma funcionária do metrô me avisou que os trens estavam com atraso. Não tinha garantia de chegar ao destino em uma hora. Outro funcionário rapidamente me deu um telefone de rádio-táxi. Paguei 14 libras, cerca de 40 reais, para chegar na hora.

Pior ainda foi na partida. Na manhã da última segunda-feira, 25 de julho, em vez de tomar um táxi, resolvi ir do metrô para o aeroporto. Tinha de fazer uma conexão para tomar a Piccadilly Line. O trem para Heathrow demorou mais de 20 minutos. Parou em Northfields, no meio do caminho, e mandou todos os passageiros esperarem o próximo trem.

Os próximos dois trens iam para Heathrow, mas não para o Terminal 5. Dezenas de viajantes com malas grandes esperavam ansiosamente na plataforma. Foram mais 20 minutos de atraso.

Morei oito anos na Inglaterra. Nunca tinha levado mais de que 1h45 para chegar a Heathrow de metrô. Ou seja: em vez de melhorar, o sistema de transportes de Londres continua a mesma coisa. É inconfiável.

Quando me mudei para Londres, em 1994, a fui morar na zona norte da cidade, a Linha Norte do metrô era conhecida como a "linha miserável". A orientação era sempre pegar o primeiro trem e trocar onde fosse necessário porque o próximo poderia não chegar.

A julgar pelos problemas para chegar ao aeroporto na segunda-feira, teria sido melhor pegar o primeiro trem e trocar mais à frente, o que é sempre um incômodo para quem carrega malas.

 Mais de duas horas de viagem, com uma parada inesperada, encurtando o trajeto do trem e simplesmente mandando desembarcar passageiros que esperaram o trem para Heathrow para não ter de ficar carregando bagagens, é um abuso intolerável para um país que um dia se orgulhou de sua pontualidade.

Com este sistema de trens e metrô, Londres pode ter concluído os estádios e regenerado áreas da cidade como Hackney. Mas os trens não chegam até lá na hora. E se não chegarem ao aeroporto, o avião não espera.

Diante da crise econômica, que obrigou o governo britânico a cortar 83 bilhões de libras, cerca de R$ 240 bilhões em gastos públicos nos próximos quatro anos, a expectativa é de anos de crescimento medíocre e investimento público escasso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Republicanos adiam votação da dívida nos EUA

A oposição republicana, que tem maioria na Câmara, adiou a votação de uma medida para aumentar o teto da dívida pública dos Estados Unidos, hoje em cerca de US$ 14,3 trilhões,  e evitar assim a paralisação da máquina estatal e um calote parcial.

Os republicanos querem aumentar os cortes de gastos depois que o Escritório de Orçamento do Congresso previu que as reduções da proposta apresentada pelo presidente da Câmara, deputado John Boehner, poupariam apenas US$ 850 bilhões. A meta é chegar a no mínimo US$ 1,2 trilhão.

Mas o presidente Barack Obama ameaça vetar a proposta, que aumenta o limite da dívida em apenas mais US$ 1 trilhão, mantendo a questão em debate em 2012, ano de eleição presidencial.

Um calote diminuiria a nota de crédito da dívida soberana dos EUA, que hoje está no nível máximo. Isso levaria ao pagamento de juros maiores para rolar a dívida.

Os políticos americanos estão brincando com fogo. A estratégia do deputado John Boehner está Quem vai pagar a conta, como sempre, é o povo.

Com a batalha do orçamento, o dólar caiu ainda mais, para R$ 1,53.

Para manter sua nota máxima, o Reino Unido adotou um rigoroso programa de cortes nos gastos públicos de 83 bilhões de libras, cerca de R$ 240 trilhões, nos próximos quatro anos. Isso deve levar a um crescimento medíocre.durante vários.

Advogado diz que terrorista norueguês é louco

O terrorista responsável pela morte de 76 pessoas na sexta-feira passada na Noruega é mentalmente desequilibrado, argumentou hoje seu advogado, alegando que Anders Behring Breivik acredita de ser capaz de deflagrar uma revolução na Europa contra o imigração estrangeira, sobretudo de muçulmanos.

Mesmo assim, o advogado considerou prematuro dizer se Breivik vai pretextar insanidade mental para atenuar sua pena.

Ontem, a polícia reduziu o número oficial de mortos de 93 para 76 pessoas.

O primeiro-ministro Jens Stoltenberg promete combater o terrorismo de extrema direita com mais transparência e democracia.

domingo, 24 de julho de 2011

Toulouse-Lautrec além do Moulin Rouge

LONDRES - Grande mestre da pintura moderna, Henri de Toulouse-Lautrec apreciava as bailarinas do Moulin Rouge, o mais famoso cabaré de Paris na sua época, e as eternizou em quadros onde elas aparecem com uma perna para o ar como quem dança o cancã.

Entre essas bailarinas-modelos do artista, Toulouse-Lautrec pintou a vida de Jane Avril fora do Moulin Rouge, indo para casa, caminhando na rua.

Esse trabalho está reunido na exposição Toulouse-Lautrec e Jane Avril: além do Moulin Rouge, que está até 18 de setembro na Courtauld Gallery, que se gaba de ser um dos pequenos museus mais importantes do mundo, com quadros do Renascimento, de Michellangelo, Rubens, Van Gogh, Cézanne, Monet, Manet, Gauguin.

Tate faz especial de Miró até 11 de setembro

LONDRES - Um dos artistas plásticos mais surpreendentes do século 20, o catalão Joan Miró trabalhou durante 60 anos. Foi o "mais surrealista dos surrealistas", na visão de André Breton, autor do Manifesto Surrealista, publicado em 1924.

Até 11 de setembro, uma mostra de sua obra está em exposição na Tate Modern, de Londres, o maior museu de arte moderna do mundo. São quadros que vão da explosão de liberdade e criatividade dos anos 20, passam pela Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial

Total de mortos na Noruega sobe para 93

LONDRES - Com a morte de mais um jovem, sobe para 93 o total de mortos nos dois ataques terroristas realizados por um extremista de direita e fundamentalista cristão norueguês que a cultura de seu país está ameaçada pela imigração estrangeira, especialmente pelos muçulmanos.

Através do advogado, Anders Behring Breivik, de 32 anos, declarou que os atos que cometeu "foram atrozes, mas necessários". Seu objetivo é iniciar uma revolução.

O advogado não deu mais detalhes. Disse que seu cliente falou longamente no depoimento sobre os motivos do ataque, mas preferiu não torná-los públicos no momento. Primeiro, ele quer analisá-lo com calma para formular uma estratégia de defesa.

A polícia declarou que Brievik "reconhece os fatos", noticia o jornal The New York Times.

Hoje houve missa em homenagem aos mortos. O primeiro-ministro insistiu que a Noruega não vai se curvar diante da ameaça do terror. É evidente que a sociedade está fazendo um profundo exame de consciência para entender como um jovem aparentemente sadio e normal cometeu a pior atrocidade da história do país em tempo de paz. Com a morte de mais um jovem, sobe para 93 o total de mortos nos dois ataques terroristas realizados por um extremista de direita e fundamentalista cristão norueguês que a cultura de seu país está ameaçada pela imigração estrangeira, especialmente pelos muçulmanos.

Através do advogado, Anders Behring Breivik, de 32 anos, declarou que os atos que cometeu "foram atrozes, mas necessários". Seu objetivo é iniciar uma revolução.

O advogado não deu mais detalhes. Disse que seu cliente falou longamente no depoimento sobre os motivos do ataque, mas preferiu não torná-los públicos no momento. Primeiro, ele quer analisá-lo com calma para formular uma estratégia de defesa.

A polícia declarou que Brievik "reconhece os fatos", noticia o jornal The New York Times.

Hoje houve missa em homenagem aos mortos. O primeiro-ministro insistiu que a Noruega não vai se curvar diante da ameaça do terror. É evidente que a sociedade está fazendo um profundo exame de consciência para entender como um jovem aparentemente sadio e normal cometeu a pior atrocidade da história do país em tempo de paz.

sábado, 23 de julho de 2011

Amy Winehouse morre aos 27 anos

LONDRES - A cantora britânica de blues e soul Amy Winehouse foi encontrada morta hoje à tarde em sua casa no bairro de Camden Town, na capital do Reino Unido. A causa ainda não foi esclarecida, mas era uma morte anunciada. Ela tinha problemas com álcool e drogas.

Às 16h em Londres, 12h em Brasília, a polícia foi chamada. Já encontrou a cantora morta.

Amy Winehouse desaparece numa idade trágica para rockstars: Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain - todos morreram aos 27 anos. Suas vidas faustianas juntaram extraordinário talento com autodestruição.

Em depoimento à BBC, a cantora e compositora Carole King agradeceu a Winehouse por gravar e reinterpretar uma de suas músicas. Lamentou a morte, mas observou que não era inesperada.

Dezenas de fãs foram até a casa Winehouse para prestar suas últimas homenagens a mais uma diva da música popular que se autoimolou. As vendas de seu álbum Back to Black imediatamente dispararam na Internet.

Ela será lembrada por sua voz rouca, rasgada, escrachada, agressiva, cortante... pelo talento espetacular e a morte prematura.

Massacre na Noruega deixou 91 mortos

LONDRES - Pelo menos 84 pessoas foram mortas por um ou mais atiradores na Ilha de Utoya, além dos sete mortos numa grande explosão em Oslo, informou a polícia da Noruega.

Anders Behring Breivik, de 32 anos, é o único suspeito preso até agora. A polícia norueguesa investiga se ele teve um cúmplice. O terrorista seria um fundamentalista cristão, mas não foi ligado até agora a nenhum grupo extremista.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Bombas explodem no centro de Trípoli

Várias explosões fortes foram ouvidas há pouco no centro de Trípoli, a capital da Líbia, anunciou a agência de notícias Reuters.

A capital líbia está sob intensa pressão dos rebeldes que lutam para derrubar o ditador Muamar Kadafi, no poder há quase 42 anos, com apoio aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental.

Terror mata pelo menos 17 na Noruega

LONDRES - O governo da Noruega confirmou hoje à tarde que o país foi alvo de dois atentados terroristas cometidos por um extremista de direita norueguês de 32 anos.

Foi o pior ataque desde a Segunda Guerra Mundial. Pelo menos sete pessoas morreram na capital, Oslo, e outras 10 numa ilha onde acontecia um encontro do setor jovem do Partido Trabalhista. Oito jovens estão em estado grave e nem todos foram encontrados ainda.

O total de mortos pode aumentar. A polícia procura dentro da água, onde muitos teriam se jogado.

Aparentemente, o suspeito deixou a bomba no centro de capital e seguiu para o local da reunião política, onde chegou vestido de policial e atirou para todos os lados.

Uma testemunha que participava do evento disse que ele não fez nenhuma declaração ou ameaça antes de disparar sua arma.

Grande explosão atinge centro de Oslo

LONDRES - Uma forte explosão atingiu há cerca de uma hora o centro de Oslo, inclusive o escritório do primeiro-ministro, que não estava no local, e o jornal de maior circulação da Noruega.

A causa ainda não foi esclarecida, mas uma testemunha ouvida pela BBC acredita que foi um ato terrorista por ter sido muito forte.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nova ajuda à Grécia chega a US$ 150 bilhões

LONDRES - Durante reunião de cúpula nesta sexta-feira em Bruxelas, os líderes da União Europeia anunciaram hoje um novo pacote de ajuda à Grécia no valor de 109 milhões de euros, cerca de US$ 150 bilhões.

Os bancos e investidores privados terão de aceitar uma troca de títulos de curto prazo que o governo grego não consegue pagar por outros mais longos. As autoridades europeias disseram que será o único caso, mas o mesmo fantasma paira sobre Portugal, Irlanda e Espanha.

Para as agências de classificação de risco, a Grécia dá o primeiro calote da Zona do Euro.

Alemanha e França anunciam acordo sobre Grécia

LONDRES - A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegaram a um acordo ontem à noite e apresentam neste momento aos demais líderes da União Europeia uma proposta para resolver a crise das dívidas públicas que deve aceitar um calote parcial e seletivo.

O plano não prevê a criação de um novo imposto sobre atividades financeiras para financiar o resgate aos países em dificuldades para honrar suas dívidas, noticia The Wall St. Journal.

Como os contribuintes dos países ricos não querem bancar a dívida da Grécia, sem falar no volume de recursos que seriam necessários com o contágio da Irlanda, Portugal e talvez Espanha e Itália, uma renegociação da dívida é inevitável.

Uma proposta em discussão é trocar os títulos não pagos por outros de prazos mais longos, a exemplo do que aconteceu com a América Latina depois da crise da dívida dos anos 80.

Agora, está em jogo o euro, a moeda comum de 17 dos 28 países da UE, o maior mercado do mundo, com produto regional bruto de US$ 18 trilhões. É a segunda maior moeda de reserva, depois do dólar americano.

A verdadeira solução seria fazer esses países voltar a crescer. Seria um avanço se o Fundo Monetário Internacional, que participa das negociações, mudasse o modelo de seus planos de ajuste estrutural, substituindo a ortodoxia econômica por uma proposta desenvolvimentista.

Excelente o Ricardo III de Kevin Spacey

LONDRES - Magnífica a montagem de Ricardo III, de William Shakespeare, com Kevin Spacey e direção de Sam Mendes, em cartaz aqui no teatro Old Vic! Nota 10. 

Ricardo III é caracterizado como corcunda e é aleijado. Arrasta uma perna todo o tempo. Anda com ajuda de uma bengala. Os homens, nobres da corte e assassinos, estão vestidos de terno e gravata, e não com as roupas da época.

Kevin Spacey tem um desempenho dramático, pungente e arrebatador, encarnando toda a vilania do personagem principal sem perder a ironia e o humor do teatro de Shakespeare. Atores de sucesso em Hollywood gostam de reafirmar seu talento nos palcos de Londres. A plateia agradece.

Quanto ao veredito da História sobre Ricardo III, discute-se se ele era realmente um vilão ou se o autor exagerou para agradar os poderosos de seu tempo, da Dinastia Tudor.

A peça termina com Spacey pendurado de cabeça para baixo, durante o discurso do Conde de Richmond, vencedor da Batalha de Bosworth, em 1485. Ele se torna Henrique VII, fundador da Dinastia Tudor e pai de Henrique VIII.

O texto é de 1590, mais de cem anos depois, no reinado da poderosa Elizabeth I, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, que começa a expansão ultramarinha e a construção do Império Britânico.

Por uma ironia da História, Elizabeth I está enterrada na Abadia de Westminster junto com a meia-irmã e inimiga Maria I, e com a mesma honra de outra arqui-inimiga, Maria Stuart, Rainha da Escócia, que tem uma capela funerária igual à sua.

Shakespeare teria sido influenciado pela recente publicação, na época, de O Príncipe, do filósofo político italiano Nicolau Maquiavel, que deixava claro que no mundo real os soberanos usavam a força e o mal para impor seu poder. Seu Ricardo III é maquiavélico.

Comprei The Princes in the Tower (Os Príncipes na Torre), da historiadora Alison Weir, que faz uma revisão histórica da morte dos dois herdeiros do trono.

Minha conclusão pessoal, depois de ler e estudar o assunto para encarar o desafio de ver uma peça de Shakespeare no original, é contra Ricardo III. Ele era o Lorde Protetor, o responsável pelos principezinhos e ficou com o trono. Suas mortes foram os assassinatos políticos mais chocantes da História da Inglaterra.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cameron vai pedir desculpas se ex-assessor for condenado

LONDRES - Depois de insistir mais uma vez que não cometeu um erro de julgamento ao convidar o ex-editor-chefe do jornal popular News of the World, para ser seu assessor de imprensa na campanha eleitoral e no governo, o primeiro-ministro David Cameron prometeu hoje ao Parlamento Britânico pedir desculpas à nação, caso Andy Coulson seja condenado no escândalo de escutas telefônicas ilegais.

Fome ameaça 12 milhões no Nordeste da África

LONDRES - Cerca de 12 milhões de pessoas que vivem na região do Chifre da África, no Nordeste do continente, principalmente na Somália, estão ameaçadas pela fome. Milhares já morreram.

É mais uma grande fome a assolar a região, onde o problema atingiu dimensões catastróficas nos anos 80 na Etiópia e nos anos 90 na Somália, advertiram hoje as Nações Unidas.

Pela estimativa da ONU, só a Somália precisa de uma ajuda de emergência de US$ 300 milhões.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Obama e oposição estão próximos de acordo

LONDRES - Os negociadores da Casa Branca e do Congresso estariam perto de um acordo para aumentar o teto da dívida pública dos Estados Unidos, evitando uma paralisação da máquina estatal e um calote parcial, e cortar o déficit em US$ 3,7 trilhões nos próximos dez anos, anuncia o Financial Times nesta quarta-feira.


O presidente Barack Obama elogiou uma iniciativa bipartidária surgida no Senado como um "passo muito importante".

Câmara dos EUA aprova orçamento equilibrado

LONDRES - Em um desafio ao presidente Barack Obama, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, dominada pela oposição republicana, aprovou uma lei condicionando o aumento do teto da dívida pública federal do país à aprovação de um orçamento equilibrado, em que os gastos governamentais não superem a arrecadação.

Por 234 a 190, a maioria republicana impôs sua visão radical de corte nas despesas governamentais, que Obama acredita que agravaria ainda mais a crise econômica e o desemprego.

Esse radicalismo da nova direita republicana representada pelo movimento Festa do Chá não tem o apoio do eleitorado centrista e independente que decide as eleições presidenciais.

A chamada "maioria silenciosa" é a favor de um acordo para reduzir o déficit orçamentário e controlar o endividamento público.

Murdochs negam saber dos grampos telefônicos

LONDRES - O magnata da mídia Rupert Murdoch, seu filho James Murdoch e a ex-diretora executiva da companhia jornalística News International no Reino Unido Rebekah Brooks negaram hoje ter conhecimento das escutas telefônicas clandestinas ilegais feitas por repórteres de seus jornais.

A culpa seria de "pessoas em quem confiei que agiram errado", disse o bilionário.

Para os analistas, Rupert Murdoch deu o recado, enquanto o filho adotou uma posição defensiva, não dizendo nada substantivo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

News Corp passou anos abafando escândalo

LONDRES - Um grupo de executivos da News Corporation, do magnata da mídia Rupert Murdoch, passaram anos tentando abafar o escândalo de escuta telefônica ilegal, denuncia o jornal The New York Times.

Hoje, o subchefe da Polícia Metropolitana da Grande Londres, comissário John Yates, pediu demissão, seguindo o exemplo de seu ex-chefe, Paul Stephenson.

Nesta terça-feira, Murdoch, seu filho mais moço e aparente sucessor, James Murdoch e a ex-diretora executiva da empresa no Reino Unido, Rebekah Brooks, ex-editora-chefe dos jornais The Sun e News of the World, vão depor na Comissão de Cultura, Mídia e Esportes da Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, que investiga o caso.

Lucro da Apple deve crescer dois terços

LONDRES - A empresa de alta tecnologia americana Apple deve anunciar hoje um lucro dois terços maior do que no mesmo período no ano passado, mas a concorrência tende a se tornar cada vez mais feroz no mercado de telefonia celular. O iPhone é o produto mais importante da empresa.

Depois de quase quebrar com a concorrência do Windows, da Microsoft, a Apple hoje é considerada a empresa mais criativa do mundo. Seu valor de mercado bate Microsoft e Google somados.

Moody's quer fim do teto da dívida

LONDRES - Em plena batalha do orçamento entre a Casa Branca e a Câmara dominada pela oposição, a agência de classificação de risco Moody's quer que o Congresso dos Estados Unidos aprove o fim do teto para o endividamento público, informa o jornal The Washington Post.

As bolsas de valores caíram hoje na Europa e nos EUA com a frustração dos investidores diante da incapacidade dos governos de resolver as crises das dívidas públicas.

O presidente Barack Obama prometeu vetar uma proposta republicana para condicionar a elevação do limite da dívida à aprovação de um orçamento equilibrado.

Uma pesquisa do Centro de Pesquisas Pew publicada hoje pelo Washington Post indica que só um terço dos americanos confia nos líderes partidários no Congresso para resolver a crise.

No centro das negociações, estão dos deputados republicanos John Boehner, presidente da Câmara, e Eric Cantor, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, a deputada democrata Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara, e o líder democrata no Senado, Harry Reid.

Obama saiu um pouco melhor: 48% confiam razoavalmente no presidente, enquanto 49% tem pouca ou nenhuma confiança nele para resolver o problema.

domingo, 17 de julho de 2011

Chefe de polícia de Londres pede demissão

LONDRES - O escândalo de escuta telefônica clandestina derrubou hoje o chefe da Polícia Metropolitana da capital do Reino Unido, comissário Paul Stephenson. Entre outras ilegalidades, os jornais da companhia News International, do empresário Rupert Murdoch, subornaram policiais para obter furos de reportagem.

Depois da prisão da ex-diretora executiva da News Corp. Rebekah Wade, ex-editora-chefe dos jornais populares News of the World e The Sun, a queda do chefe da Scotland Yard em Londres é mais uma bomba no escândalo que domina a política britânica.

Ao sair, o comissário Stephenson atacou o primeiro-ministro David Cameron, dizendo que o chefe de governo está "comprometido" por ter levado Andy Coulson, ex-editor-chefe do NoW, para ser seu assessor de imprensa na campanha e diretor de comunicações do governo.

Polícia prende ex-executiva da News International

LONDRES - A polícia britânica prendeu uma ex-executiva da companhia jornalística News International, identificada por jornais como Rebekah Brooks, no escândalo sobre escutas telefônicas clandestinas.

Ex-editora-chefe do News of the World e de The Sun, ela era considerada a mulher mais poderosa da imprensa do Reino Unido. No fim do dia, Rebekah foi libertada sob fiança.

sábado, 16 de julho de 2011

OTAN bombardeia intensamente Sul de Trípoli

LONDRES - Pelo menos 30 grandes explosões foram ouvidas hoje à noite no Sul de Trípoli, a capital da Líbia. A região foi duramente bombardeada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental, que apoia os rebeldes que lutam para derrubar o coronel Muamar Kadafi, no poder há quase 42 anos.

Depois de muita relutância, os Estados Unidos reconheceram oficialmente ontem o Conselho Nacional de Transição, o governo provisório dos rebeldes, como legítimo representante do povo líbio.

Jornais de Murdoch pedem desculpas

LONDRES - A empresa News International, do empresário Rupert Murdoch, pediu desculpas publicamente em vários jornais de circulação nacional, pelo escândalo de escuta telefônica clandestina.

Enquanto os jornais populares investigavam a vida da família real, de políticos e celebridades que se beneficiam da mídia, a opinião pública achava que eles mereciam.

Quando os repórteres começaram a invadir a vida privada de cidadãos comuns, vítimas de guerras, crimes ou terrorismo, a opinião pública virou contra a News Corp.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quinze bicicletas públicas foram roubadas num ano

LONDRES - Ao contrário da expectativa pessimista do prefeito Boris Johnson e do fracasso da experiência no Rio de Janeiro, no primeiro ano, só 15 bicicletas públicas foram roubadas na capital do Reino Unido.

Diretora da News Corp pede demissão

LONDRES - O diretora executiva da empresa News Corporation e ex-editora do jornal News of the World quando o escândalo de escutas telefônicas clandestinas começou, Rebekah Brooks, renunciou hoje ao cargo, sob intensa pressão do Parlamento Britânico e da opinião pública.

Rebekah Brooks, ex-editora dos jornais NoW e The Sun, era considerada a mulher mais poderesa da imprensa no Reino Unido. Deve depor na semana que vem na comissão parlamentar que investiga o caso.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ONU reconhece independência do Sudão do Sul

Por recomendação do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou ontem a admissão de seu 193º país-membro, o Sudão do Sul.

Murdochs concordam em depor no Parlamento

Depois de uma relutância inicial, os empresários Rupert e James Murdoch, donos da News Corporation, acusada num escândalo de escuta clandestina ilegal no Reino Unido, concordaram em depor na próxima semana na comissão do Parlamento Britânico que investiga o caso.

EUA também investigam News Corporation

Depois de abalar o Reino Unido, o Grampogate cruzou o Oceano Atlântico, os Estados Unidos começaram a investigar se os jornais do magnata da mídia Rupert Murdoch grampearam os telefones de parentes dos mortos nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Fitch considera dívida da Grécia lixo

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou ontem a nota de crédito da dívida pública da Grécia de B+ para CCC, citando o impasse dentro da União Europeia sobre como resolver o problema definitivamente.

Um segundo pacote de ajuda à Grécia poderia ser maior do que o primeiro, de 110 bilhões de euros, cerca de R$ 250 bilhões. Poderia chegar a 120 bilhões de euros.

O maior problema é a aprovação da Alemanha, o país mais rico do continente, que ficaria com a maior parte da conta. A opinião pública alemã é contra. Entende que não deve bancar a indisciplina fiscal dos países da periferia do bloco europeu.

Para se proteger, diante da fuga dos investidores de seus bônus, a Itália anunciou o congelamento das aposentadorias e privatizações.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Explosões matam 21 em Mumbai

LONDRES - Três explosões em lugares de grande movimento mataram 21 pessoas e deixaram outras 143 feridas em Mumbai, a maior cidade da Índia.

A polícia não descarta a possibilidade de terrorismo de extremistas muçulmanos, mas as maiores suspeitas recaem sobre gangues de criminosos comuns.

42% dos americanos são contra elevar teto da dívida

LONDRES - Apesar da advertência dos economistas de que um calote ainda que parcial teria consequências catastróficas para a economia dos Estados Unidos, 42% dos americanos são contra a elevação do teto da dívida pública do governo federal, que passa de US$ 14,2 trilhões; 22% são a favor, indica pesquisa divulgada hoje.

No momento, um impasse político entre o Congresso, onde a oposição republicana tem maioria na Câmara,  e a Casa Branca impede uma solução do problema O presidente Barack Obama quer aumentar impostos, enquanto os republicanos insistem em fazer o ajuste fiscal apenas cortando gastos públicos.

Depois de rebaixar as dívidas públicas da Grécia, Irlanda e Portugal para lixo ou papéis podres, agora as agências de avaliação de risco ameaçam rebaixar a nota de crédito dos títulos do Tesouro dos EUA. Eles não virariam lixo porque têm hoje a nota máxima, mas subiriam os juros para refinanciar a dívida.

Murdoch retira proposta de compra da BSkyB

LONDRES - Sob grande pressão por causa do escândalo de escutas telefônicas clandestinas feitas por seus jornais, o bilionário Rupert Murdoch retirou hoje sua proposta para assumir o total controle acionário da British Sky Broadcasting.

A maior rede de televisão por assinatura do Reino Unido, da qual Murdoch já tem 40% das ações é a empresa de mídia com maior potencial de crescimento do país. Ele ofereceu 8 bilhões de libras, mas terminou por recuar ao perder o apoio do Partido Conservador, que apoiou seus negócios desde a era Margaret Thatcher.

China cresce um pouco menos a 9,5% ao ano

Sob o impacto das medidas do governo para controlar a inflação, a China, segunda maior economia do mundo, cresceu no segundo trimestre de 2011 num ritmo que projeta um crescimento de 9,5% ao ano, um pouco menos do que os 9,7% dos primeiros três meses do ano.

Confira no jornal The Wall St. Journal.


A inflação ainda não cedeu. Ao contrário, subiu de 5,5% para 6,3% ao ano.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Moody's rebaixa dívida da Irlanda a lixo

Depois de Grécia e Portugal, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou hoje a nota de crédito da dívida pública da Irlanda para a categoria de lixo, papéis especulativos nos quais os fundos de pensão são proibidos de investir porque colocariam em risco as poupança para aposentadoria que administram.

Parlamento Britânico convoca Murdoch

LONDRES - O bilionário australiano naturalizado americano Rupert Murdoch terá de depor na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico sobre o escândalo de escutas clandestinas ilegais feitas no Reino Unido por jornais de sua empresa News International. A audiência está marcada para 19 de julho.

Ele chegou domingo a Londres para gerenciar a crise pessoalmente. Foi o último dia de circulação do jornal popular News of the World, que está no centro do escândalo do grampeamento dos telefones de políticos, celebridades, membros da família real, vítimas de crimes e até mesmo parentes de militares mortos em guerras.

Hoje a polícia depôs. O agente responsável pela investigação inicial foi duramente pressionado a esclarecer por que não a levou adiante depois da condenação do ex-setorista de realeza do NoW, Clive Goodman, e do detetive particular Glenn Mulcaire, responsável direto pela pirataria.

Irmão de Karzai é morto no Afeganistão

Ahmed Wali Karzai, meio-irmão do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, foi assassinado hoje por um guarda-costas. Ele era presidente do Conselho Provincial e homem-forte da província de Kandahar, berço e principal reduto da milícia fundamentalista dos Talebã.

Ahmed Karzai foi acusado de ligações com o tráfico de heroína. Tinha muitos inimigos, o que dificulta a investigação.

Bolsas da Europa vivem novo dia de cão

LONDRES - Depois das fortes perdas de ontem por causa da falta de acordo entre a Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos sobre a dívida pública, e do medo de contágio da Itália e da Espanha na crise das dívidas públicas da Zona do Euro, as bolsas de valores da Europa enfrentam novo dia de fortes quedas

NoW espionou agentes que o investigavam

LONDRES - As operações de escuta telefônica ilegal e clandestina do jornal popular britânico News of the World incluíram o grampeamento dos telefones de cinco agentes que investigavam o caso quando ele veio à tona, em 2006.

A cada dia, novas revelações devastadoras são apresentadas à comissão parlamentar de inquérito sobre o caso, que envolve a empresa News Corporation, um dos maiores conglomerados de meios de comunicação do mundo, dominado pelo seu dono, o empresário conservador Rupert Murdoch.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Obama pressiona republicanos sobre dívida

LONDRES - Ao rejeitar um acordo de emergência para elevar o teto da dívida pública e evitar que o governo federal dos Estados Unidos fique sem condições de tomar novos impostos, o presidente Barack Obama pressiona a oposição republicana por um acordo amplo sobre o déficit orçamentário.

A dívida está chegando perto do limite de US$ 14,3 trilhões. Em 2 de agosto, o governo americano pode ter problemas para pagar suas contas e rolar sua dívida pública. Isso ameaça a nota de crédito do país. Os EUA podem ter de pagar juros maiores.

Ontem, o presidente da Câmara, o deputado republicano John Boehner, afastou a possibilidade de um acordo de longo prazo para reduzir o déficit orçamentário, que pode chegar a US$ 1,5 trilhão.

Masekela faz show em para Miriam Makeba

LONDRES - Aos 72 anos, Hugh Masekela entrou dançando de mansinho, mas logo mandou a plateia se levantar no segundo e último show que fez domingo e segunda-feira no Hackney Empire, em Londres, em homenagem à cantora Miriam Makeba. Ele a descreveu como Mamma Africa, uma heroína na luta contra o regime segregacionista do apartheid na África do Sul e pela libertação dos povos de todo o continente.

Diante de uma plateia cheia de sul-africanos, Masekela não demorou em usar a ironia: "Já vi que tem muita gente aqui que fugiu da polícia", lembrando os 300 anos de ditadura da minoria branca sobre a maioria negra.

Em 1961, o regime proibiu os negros de tomar bebibas alcoólicas, lembrou Masekela: "Beber se tornou um ato de resistência. O que pode ser melhor do que enrolar a língua ao responder a um policial que lhe pede documentos. Quase toda casa de família virou uma birosca clandestina. Quem fornecia o produto ilegal era a própria polícia."

Logo, ele começou a gritar "Kawleza", pedindo à plateia que repetisse, e cantou a música engajada de Miriam Makeba, que morreu em 2008 aos 76 anos depois de uma longa perseguição .

Masekela cantou com sua voz rouca, mas ainda poderosa, tocou trumpete e outros instrumentos de sopro. Estava acompanhado jovens músicos sul-africanos e de um percussionista de Serra Leoa. Chamou os cantores Vusi Mahlesela, Thandiswa e Lira para cantar Meet me on the river.

Para Thandiswa, Miriam Makeba foi a figura feminina que lhe serviu de modelo, dando-lhe uma esperança de sucesso em meio ao regime racista sul-africano.

Mais jovem, Lira contou que, quando criança, não tinha noção do que era o apartheid: "Fugir da polícia para uma criança era uma brincadeira. Foi a música de Miriam Makeba que me revelou que muita gente morreu para conquistar a liberdade que eu tenho hoje e que em muitos países é algo natural".

Lira cantou a tragédia sul-africana em Soweto Blues.

O maior sucesso de Makeba, Pata Pata, levantou definitivamente a plateia de suas cadeiras e botou todo o mundo para dançar até o fim do show, que terminou com uma homenagem a Nelson Mandela e mais uma série de músicas de bis. Foi uma noite memorável. A plateia queria mais e mais.

Reino Unido teme volta da recessão

LONDRES - A economia britânica encolheu cerca de 0,2% no segundo trimestre de 2011, estimam economistas do centro financeiro de Londres, realimentando o medo de volta da recessão.

No primeiro trimestre, o Reino Unido cresceu 0,5%, mas ainda não tinha sofrido todo o impacto do programa de cortes de gastos e aumentos de impostos no valor de 83 bilhões de libras para equilibrar as contas públicas, que vai se prolongar por mais três anos.

Por causa da crise imobiliária que contaminou todo o sistema financeiro, o Reino Unido é, ao lado dos Estados Unidos e da Espanha, um dos países que mais sofreram com a crise internacional de 2008-9.

Tabloide subornou segurança da família real

LONDRES - Além de invadir a caixa de mensagens do telefone celular de uma adolescente sequestrada e morta, o jornal popular News of the World, que deixou de circular ontem em meio a um escândalo de escutas telefônica clandestinas e ilegais, subornou um segurança da família real britânica para tenter obter números de telefone e assim piratear suas ligações.

Em meio à crise, foi revelado hoje que o então primeiro-ministro Gordon Brown teve o sigilo de suas comunicações violado por The Sunday Times, outro jornal da empresa News International, do magnata da mídia Rupert Murdoch. Brown declarou estar indignado com a revelação.

A oposição trabalhista e o Partido Liberal Democrata, aliado da coalizão governista liderada pelo Partido Conservador, pressionam Murdoch a desistir da compra do total controle acionário da Sky TV, a maior rede de televisão por assinatura do Reino Unido.

Murdoch detém 39% das ações e quer chegar a 100%. Os conservadores são seus aliados.

domingo, 10 de julho de 2011

EUA adiam ajuda ao Paquistão

Diante da deterioração das relações bilaterais por causa da morte de Ossama ben Laden e da expulsão de vários assessores militares americanos do país, os Estados Unidos suspenderam o envio de US$ 800 milhões de dólares de ajuda ao Paquistão, revela hoje o jornal The New York Times. É um terço da ajuda anual.


Os EUA estão certos de que Ben Laden recebeu apoio de militares do serviço secreto paquistanês nos cinco anos em que ficou refugiado no país. Isso causou um profundo mal-estar em Washington. O principal aliado dos americanos na guerra contra o terrorismo faz jogo duplo.

Enquanto recebe uma ajuda bilionária dos EUA para combater os extremistas muçulmanos, o Paquistão mantém o apoio a uma série de grupos armados radicais para usá-los no seu conflito estratégico com a Índia e manter o interesse americano na região.

Quando a União Soviética se retirou do Afeganistão, em 1989, esse país e o vizinho Paquistão foram virtualmente abandonados pelos EUA.

Nesse jogo duplo, o Paquistão denunciou a violação de sua soberania pela operação militar dos EUA para matar Ben Laden, que também ao que tudo indica precisou de apoio interno ou conivência de ao menos parte das Forças Armadas paquistanesas.

A aliança vive um momento de crise e indefinição. A acusação do pai da bomba paquistanesa, Abdul Kadir Khan, de que militares do país venderam tecnologia nuclear à Coreia do Norte foi outro torpedo nas relações bilaterais.

Inflação na China sobe para 6,4% ao ano

Por causa do aumento nos preços da carne de porco, a inflação subiu para 6,4% ao ano em junho na China.

É o maior índice em três anos. Revela a dificuldade que as autoridades enfrentam para controlar a alta de preços, apesar de uma série de medidas, que incluem três elevações nas taxas básicas de juros neste ano e aumentos do depósito compulsório dos bancos no Banco Popular da China, o banco central do país.

sábado, 9 de julho de 2011

News of the World circula pela última vez

LONDRES - Sob investigação criminal por escuta telefônica clandestina, o jornal dominical mais vendido no Reino Unido, News of the World, circula neste domingo pela última vez.

Agora há pouco, quando a última edição saiu da gráfica, em Wapping, o editor-chefe agradeceu a seus funcionários. Alegou que o jornal fazia um jornalismo investigativo capaz de revelar o comportamento inadequado de políticos e celebridados.

Do lado de fora críticos da linha editorial conservadora festejam o fechamento e vaiavam a saída dos caminhões de uma edição histórica.

Depois de 168 anos, News of the World sucumbe ao jornalismo agressivo e manipulador característico dos tabloides da News Corporation, do empresário australiano naturalizado americano Rupert Murdoch.

Como ele quer assumir o controle acionário da Sky TV, a maior rede de televião paga do país, da qual já detém 40% das ações, está sendo acusado de fazer um jornalismo apelativo e de má qualidade. O inexpressivo líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, pediu a suspensão do negócio até a conclusão do processo judicial sobre os supostos crimes cometidos por jornalistas de Murdoch.

News Corp nega ter apagado correio eletrônico

LONDRES - A News Corporation, do magnata da mídia Ruperto Murdoch, nega ter apagado milhões de emails que poderiam ser usados como provas na investigação policial sobre a escuta telefônica clandestina de possíveis fontes de notícias por repórteres do jornal News of the World.

Os alvos da violação do sigilo das comunicações eram políticos, celebridades, pessoas relacionadas a suspeitos ou vítimas de crimes e até mesmo parentes de mortos ou feridos em guerras.

Em conquência do escândalo, o jornal será fechado. Circula neste domingo pela última vez. Seus críticos alegam que tudo não passa de uma jogada de marketing da empresa.

Murdoch, australiano naturalizado americano, chega domingo a Londres para resolver pessoalmente a crise. A especulação é que ele vai lançar uma edição dominical de The Sun, o jornal diário mais vendido no Reino Unido.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

França cresceu 0,2% no segundo semestre

A economia da França, segunda maior da Europa e quinta do mundo, cresceu apenas 0,2% de abril a junho, menos do que o 0,9% registrado no primeiro trimestre de 2011, indicou hoje a terceira estimativa do Banco da França.

Em maio, o déficit orçamentário subiu de 67,9 para 68,4 bilhões de euros.

Sudão do Sul nasce depois de longa guerra civil

LONDRES - Um novo país nasce depois de uma longa guerra civil que dividiu o maior país da África e representa um desafio em relação às fronteiras criadas pelo colonialismo.

De 1955 a 1972 e de 1983 a 2005, o Sudão viveu um conflito entre o Norte muçulmano e o Sul cristão e animista. Mais de 1,5 milhão e meio de pessoas morreram.

O Sudão do Sul é filho dessa luta. Os confrontos das últimas semanas mostraram que o conflito não acabou.

Taxa de desemprego sob para 9,2% nos EUA

LONDRES - A taxa de desemprego subiu de 7,1% para 9,2% em junho nos Estados Unidos.

A maior economia do mundo gerou só 18 mil empregos a mais do que destruiu em junho, revelou hoje o relatório oficial da emprego do Departamento (Ministério) do Trabalho, contrariando a estimativa otimista da empresa privada ADP de que o setor privado teria aberto 155 mil vagas no mês passado.

É um problema para o presidente Barack Obama, a um ano e quatro meses das eleições de 2012. Nenhum presidente dos EUA se reelegeu até hoje com taxa de desemprego acima de 7,2%.

Ex-assessor de Cameron é preso por escuta telefônica

 LONDRES - O ex-editor-chefe do jornal popular News of the World e ex-diretor de comunicações do primeiro-ministro David Cameron, Andy Coulson, foi preso hoje. É mais um capítulo do longo escândalo de escuta telefônica clandestina que levou ontem a empresa a anunciar o fim do jornal dominical mais vendido no Reino Unido.

Cameron foi obrigado a dar explicações e alegou que Coulson não sabia da intensa atividade ilegal de repórteres e apuradores do News of the World. Eles grampearam não apenas os telefones de celebridades, jogadores de futebol, mas do ex-primeiro-ministro Tony Blair e seu vice, John Prescott, parentes de suspeitos de crimes e de soldados mortos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

O estilo de jornalismo agressivo do grupo News International, que invade a privacidade, paga por histórias e suborna policiais está em cheque, assim como as relações íntimas da direita conservadora com a imprensa conservadora.

Na vanguarda da luta contra os tabloides mais sujos está o ator Hugh Grant, vítima dos paparazzi e da imprensa sensacionalista quando era casado com a modelo e atriz Liz Hurley. Ele disse que não é isso que os ingleses entendem por democracia e liberdade de expressão. Está certo de que o fechamento do News of the World é apenas uma jogada de marketing para encobrir o caso.

Depois de nove horas de interrogatório, Coulson foi liberado sob fiança para responder ao processo em liberdade.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

FÉRIAS EM LONDRES

Viajo hoje para tirar férias em Londres. Desde já, peço desculpas se não atualizar este blogue como de costume.

Setor privado gera 157 mil empregos nos EUA

As empresas privadas americanas criaram 157 mil postos de trabalho a mais do que destruíram, estima a companhia de recursos humanos ADP, maior processadora de folhas de pagamento dos Estados Unidos.

É uma boa notícia. Os economistas esperavam 95 mil. O número de novos pedidos de seguro-desemprego caiu na semana passada, em outra indicação de recuperação, ainda que lenta, do mercado de trabalho.

BCE eleva taxa de juros da Eurozona

O Banco Central da Europa elevou hoje de 1,25% para 1,5% ao ano a taxa básica de juros dos 17 países que usam o euro como moeda para conter a inflação, apesar da crise das dívidas públicas em países da periferia da Europa.

Foi a segunda alta desde abril e do agravamento da crise financeira internacional,em 2008.

Em Londres, o Banco da Inglaterra manteve inalterada sua taxa básica de juros em 0,5% ao ano, a menor da História, pelo vigésimo-oitavo mês consecutivo. Mas anunciou o fim do programa de "alívio quantitativo", de compra de títulos da dívida pública para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e assim estimular a economia.

Escândalo fecha maior tabloide britânico

Sob pressão de um escândalo de escuta telefônica clandestina não só de celebridades mas também de pessoas ligadas a crimes e até parentes de mortos em guerras, a empresa News International decidiu fechar o jornal mais vendido nos domingos no Reino Unido, News of the World. Sua última edição circula neste domingo.

Esse jornal é considerado a edição dominical de The Sun, o diário mais vendido no país. A empresa também é dona de The Times, The Sunday Times e dos canais de TV por assinatura Sky, o que a torna o mais poderoso grupo de mídia britânico.

Seu dono, o australiano naturalizado americano Rupert Murdoch, é um dos maiores magnatas da mídia internacional. Tem jornais na Austrália, a Star TV na Ásia, e Fox News, os estúdios de cinema da Fox, e os jornais New York Post e The Wall St. Journal.

Murdoch aproveitou a ascensão da primeira-ministra Margaret Thatcher para comprar uma briga com os sindicatos, demitir a maioria dos gráficos e automatizar a impressão dos periódicos.

Com um estilo agressivo, seus jornais populares misturam fofocas de celebridades, escândalos de todos os tipos e um noticiário político nacionalista e conservador. Seus repórteres compram matérias de fontes e armam arapucas, por exemplo, fazendo um jornalista posar como milionário árabe para gravar inconfidências.

Há alguns anos, foi descoberto que repórteres do News of the World estavam fazendo escuta telefônica clandestina de celebridades como atores de cinema e TV, popstar, jogadores de futebol e até da família real em busca de histórias sensacionalistas.

A novidade agora é a espionagem de telefonemas de pessoas ligadas a investigações de crimes e parentes de mortos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

Diante dos protestos generalizados, Murdoch decidiu fechar o tabloide dominical, em circulação há 168 anos. Mas os críticos temem que haja apenas uma mudança de nome.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Lagarde adverte para fragilidade da recuperação

Em sua primeira entrevista coletiva como diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde advertiu hoje que a crise econômia mundial ainda não acabou. A recuperação é frágil, alguns países estão em situação melhor do que os outros e a grande preocupação é com a crise das dívidas públicas na periferia da Zona do Euro.

Último gay sobrevivente do Holocausto lança livro

Aos 95 anos, Rudolf Brazda,  talvez o último sobrevivente gay do Holocausto cometido pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial, está lançando um livro para contar sua história, informa a revista alemã Der Spiegel.

A perseguição aos homossexuais é uma das partes menos conhecida do nazismo. Poucas indenizações foram pagas. Por isso, Brazda resolveu dar sua contribuição.

Sua história tem um dos poucos relatos sobre o sexo nos campos de concentração nazistas.

China eleva juros pela quinta vez em oito meses

O Banco Popular da China aumentou hoje as taxas básicas de juros da economia do país em 0,25 ponto percentual para combater a inflação, que deve passar de 6% ao ano, noticia o jornal The Wall St. Journal. Foi a quinta alta em oito meses.

A taxa que o banco central cobra para emprestar dinheiro aos bancos subiu de 6,31% para 6,56% ao ano, enquanto a taxa de remuneração de depósitos subiu de 3,25% para 3,5% ao ano.

Vapor de mercúrio de lâmpadas fluorescentes compactas pode exceder limite tolerável

O vapor de mercúrio liberado por lâmpadas fluorescentes compactas quebradas pode superar o limite de exposição considerado seguro para seres humanos, concluíram pesquisadores da Universidade Estadual de Jackson, no Missouri, nos Estados Unidos.

Quando essas lâmpadas quebram, a quantidade de mercúrio líquido que escapa é menor do que o limite permitido pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Por isso, elas não são consideradas lixo tóxico e perigoso.

Mas, no artigo Impacto Ambiental do Mercúrio Liberado por Lâmpadas Fluorescentes Compactas, publicado na revista científica Environmental Engineering Science, os pesquisadores Yadong Li e Li Jin, advertem podem emitir vapor de mercúrio durante semanas ou meses. Em quartos e peças mal ventiladas, o total pode exceder o limite tolerável para o homem.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Bancos europeus discutem dívida grega em Paris

Representantes de grandes bancos europeus se reúnem nesta quarta-feira em Paris para discutir sua participação nas negociações sobre a crise da dívida pública da Grécia.

As autoridades da Europa estaria dispostas a oferecer algo melhor do que um alongamento para 30 anos do prazo de pagamento da metade dos títulos públicos gregos com vencimento nos próximos três anos, informa o jornal inglês Financial Times.

Para as agências de classificação de risco, a proposta anterior seria considerada um calote parcial, com reflexos sobre a credibilidade de toda a Zona do Euro no momento em que o crédito de Portugal acaba de ser rebaixado.

Obama convida oposição para discutir déficit

Sob pressão da oposição conservadora, que exige cortes trilionários nos gastos públicos, o presidente Barack Obama convidou os líderes do Congresso para discutir o déficit orçamentário e a dívida pública do governo federal dos Estados Unidos.

O Partido Republicano tem maioria na Câmara, responsável no sistema constitucional americano pela aprovação de despesas governamentais. No momento, se recusa a elevar o limite da dívida pública federal dos EUA, de US$ 14,3 trilhões.

Se o teto não for elevado, a máquina pública federal dos EUA pode parar. Pior ainda seria um calote ainda que limitado de títulos da dívida pública.

As agências de classificação de risco ameaçam baixar a nota de crédito da dívida soberana do país. Isso obrigaria o Tesouro a pagar juros mais altos para financiar a dívida,  aumentando a conta de juros em mais alguns bilhões de dólares.

Agências rebaixam crédito de Portugal

Diante da expectativa do mercado de que Portugal precise de um segundo empréstimo da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), agências de classificação de risco rebaixaram hoje a nota de crédito da dívida soberana do país.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Chávez volta mas não vai à festa

O presidente Hugo Chávez voltou hoje à Venezuela depois de ficar quase um mês em Cuba tratando de um câncer, mas não vai participar das comemorações dos 200 anos de independência do país, marcadas para amanhã.

Renegociação da dívida grega é calote, diz S&P

A proposta da Alemanha e da França para renegociação da dívida pública da Grécia equivale a um calote parcial porque forçaria os investidores a aceitar a troca de títulos por outros de prazo mais longo, adverte a agência de classificação de risco Standard & Poor's, noticia hoje o jornal inglês Financial Times.


A agência Moody's declarou que prefere esperar pelo resultado das negociações para fazer sua avaliação.

General Mladic é expulso do tribunal em Haia

O ex-comandante militar sérvio na Bósnia-Herzegovina, general Ratko Mladic, denunciado por genocídio e outros crimes contra a humanidade, desafiou hoje o Tribunal Especial das Nações Unidas para Crimes de Guerra na Antiga Iugoslávia até ser expulso da sala de sessões e levado de volta para a cela onde está preso, no próprio fórum.

Furioso, o Carniceiro da Bósnia - como foi chamado por causa do Massacre de Srebrenica, em que 8 mil bósnios, toda a população adulta masculina da cidade, foram exterminados, em julho de 1995 - rejeitou mais uma vez a autoridade do tribunal da ONU.

Mladic se negou a se declarar culpado ou inocente. O juiz mandou os seguranças retirarem o general à força, encerrou a sessão e considerou a rebeldia uma alegação de inocência.

EUA festejam independência com menos independência econômica

No dia em que festeja o aniversário de 135 anos de sua declaração de independência, em 1776, os Estados Unidos questionam sua dependência econômica cada vez maior.

A maior economia do mundo deve mais de US$ 14 trilhões, sendo US$ 2 trilhões à China e ao Japão, a segunda e terceira maiores. Ainda não se recuperou da Grande Recessão de 2008-9, a pior crise econômica do país desde a Grande Depressão de 1929-39. Tem mais de 15 milhões de desempregados.

Twitter pirata anuncia morte de Obama

Hackers invadiram hoje o sítio de Internet do canal de notícias conservador Fox News, nos Estados Unidos, e anunciaram no Twitter a morte do presidente Barack Obama. Tudo mentira.

O presidente teria levado vários tiros no estado de Iowa, morrido e sido substituído pelo vice-presidente Joe Biden "num sombrio 4 de julho", Dia da Independência dos EUA.

Ultraconservadora, a Fox News, do magnata da mídia Rupert Murdoch, é um novo alvo preferencial dos piratas da rede mundial de computadores.

França se divide sobre volta de Strauss-Kahn

 Os franceses estão divididos sobre a volta do ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional e ex-ministro das Finanças Dominique Strauss-Kahn à política.  Em pesquisa divulgada ontem pelo jornal Le Parisien, 49% foram a favor de seu retorno à vida pública e 45% foram contra

Strauss-Kahn era o favorito para a eleição presidencial de 2012 na França quando foi preso em Nova York, em 14 de maio de 2011, sob a acusação de atacar sexualmente uma camareira de hotel. Perdeu o cargo e suas ambições políticas foram abaladas.

Na semana passada, a credibilidade da denunciante foi abalada pela revelação de que a imigrante guineense Nafissatou Diallo teria telefonado para um namorado traficante que está preso. O ex-diretor do FMI foi solto e o caso deve ser encerrado sem julgamento.

Como ele é um notório mulherengo, o movimento feminista quer barrar sua ascensão à Presidência da França. A jornalista e escritora Tristane Banon, de 32 anos, anunciou a intenção de acusá-lo de tentativa de estupro em 2002. Strauss promete processá-la por denúncia falsa.

domingo, 3 de julho de 2011

Oposição vence eleições na Tailândia

A oposição liderada por Yingluck Shinawatra, irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por corrupção num golpe de estado há cinco anos, vence as eleições parlamentares na Tailândia. Ela será a primeira mulher a governar o país.

sábado, 2 de julho de 2011

Hesbolá rejeita denúncia no caso Hariri

Em um discurso inflamado, o líder da milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), xeque Hassan Nasrallah, rejeitou a denúncia contra membros da organização feita pelo tribunal especial das Nações Unidas que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri, em 14 de fevereiro de 2005.

Marrocos aprova monarquia constitucional

A proposta do rei Mohamed VI para criar uma monarquia constitucional no Marrocos foi aprovada por 98% dos eleitores que participaram de um referendo.

Diante da onda de revoluções no mundo árabe, o sultão marroquino decidiu entregar a chefia do governo a um primeiro-ministro indicado por um parlamento eleito democraticamente.

O rei continua sendo a maior autoridade religiosa e o comandante supremo das Forças Armadas. Por isso, a oposição fez campanha por um boicote ao referendo, sem sucesso.

União Africana ignora ordem de prisão de Kadafi

A União Africana aconselhou seus países-membros a ignorar a ordem de prisão contra o ditador da Líbia, coronel Muamar Kadafi, por crimes contra a humanidade decretada pelo procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno Ocampo, informa o jornal norte-irlandês Belfast Telegraph.

Kadafi foi o grande incentivador e financiador da transformação da Organização de Unidade Africana (OUA), fundada em 1963, na UA.

O ditador do Sudão, Omar Bachir, também teve sua prisão pedida por Moreno Ocampo, por causa do genocídio na província de Darfur, mas seus colegas africanos ignoram o TPI, talvez com medo de um dia serem acusados.

Geithner avisa que vai deixar Tesouro dos EUA

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Tim Geithner, indicou que pretende deixar o cargo assim que for resolvido o impasse entre a Casa Branca e o Congresso sobre o aumento do limite da dívida pública do país.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Síria tem maiores manifestações e 24 mortos

Pelo menos 24 pessoas foram mortas hoje na Síria, dia das maiores manifestações em três meses e meio de revolta popular contra a ditadura de Bachar Assad.

Kadafi ameaça contra-atacar Europa

O ditador Muamar Kadafi ameaçou hoje atacar casas, famílias e empresas na Europa, se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não parar imediatamente de bombardear a Líbia.

PC da China faz 90 com medo do futuro

O Partido Comunista da China festeja hoje 90 anos de fundação celebrando a ascensão do país a segunda maior economia do mundo, rumo ao topo. Mas a comemoração esconde a insegurança do partido que abriu e modernizou a economia do país sem fazer reformas políticas, e teme seu poder absoluto questionado assim que a primeira crise econômicas abalar o extraordinário desenvolvimento chinês.

A festa apresenta o partido como o instrumento que acabou com "um século de vergonha e humilhação", da derrota para o Império Britânico nas Guerras do Ópio à vitória da revolução liderada por Mao Tsé-tung em 1º de outubro de 1949.

Em discurso, o presidente Hu Jintao pediu desculpas pela turbulência política e as milhões de mortes causadas pelas políticas equivocadas do partido e a luta intestina entre seus líderes.

O movimento Faça Florescer 100 Flores, lançado em 1956 para estimular intelectuais a criticar o PC chinês foi seguido por um expurgo de "direitistas", enquanto alguns problemas denunciados persistem até hoje.

Pior ainda foi o catastrófico Grande Salto para a Frente (1960-62), que pretendia levar a industrialização ao campo. Criou usinas siderúrgicas que fabricavam aço de péssima qualidade ao mesmo tempo em que reduziu drasticamente a produção agrícola. Resultado: 45 milhões de pessoas morreram, principalmente de fome.

Essa tragédia e a subsequente Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76) são atribuídas no discurso oficial ao radicalismo da ultraesquerda representada pelo general Lin Biao, forte candidato à sucessão de Mao morto num acidente aéreo suspeitíssimo em 1969 quando sobrevoava a Mongólia durante uma fuga para a União Soviética.

Veja um balanço da trajetória do PC chinês no poder em artigo do especialista americano David Shambaugh publicado hoje no jornal The New York Times.