O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado John Boehner, decidiu não colocar em votação nesta noite sua proposta para elevar o teto da dívida pública do país em US$ 800 bilhões em troca de cortes nos gastos governamentais.
Isso indica que Boehner, principal líder da oposição ao presidente Barack Obama, ainda não tem os 216 votos necessários para aprovar a matéria. Para conseguir o apoio que falta, o deputado terá de alterar a proposta.
Com o endurecimento das posições, é possível que a Câmara, de maioria republicana, e o Senado, de maioria democrata, aprovem projetos diferentes que teriam de ser compatibilizados na última hora.
A dívida pública dos EUA deve atingir o atual limite legal de US$ 14,3 bilhões em 2 de agosto de 2011. Se este teto não for elevado, o governo federal americano vai ficar sem dinheiro em casa. Pode calotear salários, pensões de aposentados e títulos da dívida pública.
Nunca, no passado, o Congresso exerceu tanta pressão sobre o presidente, negando-se a autorizar o aumento da dívida.
Em matéria de capa, a revista inglesa The Economist que circula hoje adverte para o risco de que a crise das dívidas públicas gere uma paralisia política e econômica nos Estados Unidos e na Europa, a exemplo que aconteceu com o Japão nas últimas duas décadas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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