domingo, 10 de julho de 2011

EUA adiam ajuda ao Paquistão

Diante da deterioração das relações bilaterais por causa da morte de Ossama ben Laden e da expulsão de vários assessores militares americanos do país, os Estados Unidos suspenderam o envio de US$ 800 milhões de dólares de ajuda ao Paquistão, revela hoje o jornal The New York Times. É um terço da ajuda anual.


Os EUA estão certos de que Ben Laden recebeu apoio de militares do serviço secreto paquistanês nos cinco anos em que ficou refugiado no país. Isso causou um profundo mal-estar em Washington. O principal aliado dos americanos na guerra contra o terrorismo faz jogo duplo.

Enquanto recebe uma ajuda bilionária dos EUA para combater os extremistas muçulmanos, o Paquistão mantém o apoio a uma série de grupos armados radicais para usá-los no seu conflito estratégico com a Índia e manter o interesse americano na região.

Quando a União Soviética se retirou do Afeganistão, em 1989, esse país e o vizinho Paquistão foram virtualmente abandonados pelos EUA.

Nesse jogo duplo, o Paquistão denunciou a violação de sua soberania pela operação militar dos EUA para matar Ben Laden, que também ao que tudo indica precisou de apoio interno ou conivência de ao menos parte das Forças Armadas paquistanesas.

A aliança vive um momento de crise e indefinição. A acusação do pai da bomba paquistanesa, Abdul Kadir Khan, de que militares do país venderam tecnologia nuclear à Coreia do Norte foi outro torpedo nas relações bilaterais.

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