LONDRES - A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegaram a um acordo ontem à noite e apresentam neste momento aos demais líderes da União Europeia uma proposta para resolver a crise das dívidas públicas que deve aceitar um calote parcial e seletivo.
O plano não prevê a criação de um novo imposto sobre atividades financeiras para financiar o resgate aos países em dificuldades para honrar suas dívidas, noticia The Wall St. Journal.
Como os contribuintes dos países ricos não querem bancar a dívida da Grécia, sem falar no volume de recursos que seriam necessários com o contágio da Irlanda, Portugal e talvez Espanha e Itália, uma renegociação da dívida é inevitável.
Uma proposta em discussão é trocar os títulos não pagos por outros de prazos mais longos, a exemplo do que aconteceu com a América Latina depois da crise da dívida dos anos 80.
Agora, está em jogo o euro, a moeda comum de 17 dos 28 países da UE, o maior mercado do mundo, com produto regional bruto de US$ 18 trilhões. É a segunda maior moeda de reserva, depois do dólar americano.
A verdadeira solução seria fazer esses países voltar a crescer. Seria um avanço se o Fundo Monetário Internacional, que participa das negociações, mudasse o modelo de seus planos de ajuste estrutural, substituindo a ortodoxia econômica por uma proposta desenvolvimentista.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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