domingo, 31 de janeiro de 2021

Brasil passa de 9,2 milhões de casos confirmados de covid-19

 O Brasil notificou hoje mais 563 mortes e 27.597 casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. Soma agora 9.202.972 casos confirmados e 224.534 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.065, com alta de 11% em duas semanas. A média de casos novos está em 51.170.

No mundo, são 102.930.055 casos confirmados e 2.227.004 mortes. Cerca de 75 milhões de pacientes se recuperaram, 25,8 milhões apresentam sintomas leves e 108 mil estão em estado grave.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados (26.183.915) e de mortes (441.303). Em dezembro, houve um número recorde de mais de 95.235 mortes por covid-19 no país.

No Reino Unido, houve mais de 21 mil casos novos e 587 mortes hoje. O país está vacinando 600 mil pessoas por dia.

Cerca de 107 milhões de doses de vacina foram aplicadas até agora em 69 países, sendo mais de 31 milhões nos EUA (9,4%), 23 milhões na China (1,6%), 9,5 milhões no Reino Unido (14%) e pouco mais de 2 milhões no Brasil (0,97%). Israel já aplicou pelo menos uma dose em 55% da população.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Morte de latinos em Los Angeles sobe mais de 1.000%

O número diário da morte de latinos pela doença do coronavírus de 2019 em Los Angeles subiu de 3,5 para 40 de cada 100 mil, alta de mais de 1.000%. Os moradores de origem latino-americana são 48,6% da população do município. Na Califórnia, os latinos são 39% da população, 55% dos infectados pela covid-19 e a metade dos mortos.

O Centro de Controle e Prevenção e Doenças (CDC) dos Estados Unidos tornou obrigatório de máscaras em todos os transportes públicos. As máscaras podem ser tiradas brevemente para comer, beber, tomar remédios, identificação, falar com pessoas com deficiência auditiva, usar máscaras de oxigênio em aviões e durante emergências de saúde.

Durante a semana, o CDC declarou que o risco de infecção em escolas é pequeno se todos usarem máscaras e mantiveram a distância mínima de dois metros. O risco dentro das salas de aula é pequeno. A contaminação acontece sobretudo no contato social.

No mundo, já são mais de 102,5 mil casos confirmados e 2,218 milhões de mortes. Mais de 74,5 milhões de pacientes se recuperaram, 26 milhões apresentam sintomas leves e 108 mil estão em estado grave. Os EUA têm mais de 26 milhões de casos confirmados e 439.405 mortes.

Mais 1.196 mortes e 55.717 casos novos foram notificados hoje no Brasil, que soma agora 223.971 óbitos e 9.175.194 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 1.071.

Portugal tem somente sete leitos de terapia intensiva para covid-19 disponíveis de um total de 850. Outros 420 estão reservados para outras doenças. 

O total de doses de vacinas aplicadas no mundo chegou a 100 milhões, sendo 2 milhões no Brasil. A Alemanha está encomendando vacinas para 2022, caso seja necessária uma vacinação anual.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Média diária de mortes por covid-19 no Brasil é a maior em seis meses

Mais 1.099 mortes e 58.691 casos novos da doença do coronavírus de 2018 foram notificados hoje no Brasil. O total de mortes chegou a 222.775 e o de casos confirmados a 9.119.477. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 1.068. Com alta de 12% em duas semanas, é a maior desde 27 de julho, quando estava em 1.069. As mortes estão em alta em 10 estados e no Distrito Federal.

Sob pressão do governo do estado de São Paulo, o Ministério da Saúde comprou a compra de mais 54 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantã.

Com 156.579, o México ultrapassou a Índia. É o terceiro país em número absoluto de mortes, depois dos Estados Unidos e do Brasil. Os EUA somam quase 26 milhões de casos confirmados e 436.799 mortes.

A Alemanha e a França proibiram a entrada de viajantes vindos do Brasil para evitar o ingresso da nova mutação do vírus identificada em Manaus.

Mais de 97,5 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora em cerca de 70 países, sendo 1,915 milhão no Brasil. A vacina de Johnson & Johnson apresentou 66% de eficácia. Meu comentário:

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Brasil é considerado o pior país do mundo no combate à pandemia

 O Brasil ficou em 98º e último lugar numa avaliação do combate à doença do coronavírus de 2019 feita pelo Instituto Lowy, da Austrália. 

A Nova Zelândia ficou em primeiro lugar, seguida por Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka. 

Os últimos lugares foram ocupados por Chile, Ucrânia, Omã, Panamá, Bolívia, Estados Unidos, Irã, Colômbia, México e Brasil.

Na análise por região, os países da Ásia e do Pacífico tiveram melhor desempenho. A Europa saiu bem no combate à primeira onda, mas naufragou na segunda onda, nos últimos meses de 2020. A América foi o continente mais atingido, com os piores resultados.

Apesar do fracasso retumbante nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, na Itália e na Espanha, a estudo concluiu que as democracias ainda apresentaram resultados um pouco melhores. Os países menores, com populações de menos de 10 milhões de habitantes, tiveram mais sucesso.

Mais globalizados, os países ricos, com maior desenvolvimento econômico, sofreram mais no primeiro momento, enquanto os países em desenvolvimento tiveram mais tempo para se preparar e aprender com os erros dos desenvolvidos. 

As medidas de baixa sofisticação tecnológica para combater a doença, o confinamento e o distanciamento social, deram uma chance aos países pobres e de renda média. Mas a distribuição desigual das vacinas restabelece a hierarquia, com os ricos no topo. Meu comentário:

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Brasil chega a 9 milhões de casos e 220 mil mortes por Covid-19

Com mais 1.319 mortes e 64.895 casos novos da doença do coronavírus de 2019 notificados hoje, o Brasil soma agora 220.237 mortes e 9.000.485 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias está em 1.059.

Mais uma vez, os Estados Unidos registraram mais de 4 mil mortes em 24 horas. O contágio caiu 34% em duas semanas, mas isso ainda não se reflete no número de mortes, estável perto do nível máximo da pandemia.

O confinamento começa a dar resultado na Inglaterra. A taxa de transmissão caiu para 0,98, em ritmo lento, informou o Imperial College de Londres.

No mundo inteiro, já foram aplicadas mais de 87 milhões de doses de vacinas, sendo 1,327 milhão no Brasil. O Reino Unido já deu uma dose para 11% da população.

O trabalho em casa e a digitalização levaram a Apple e ter faturamento e lucro recordes no último trimestre de 2020, puxados por um aumento de 57% nas vendas na Grande China.

Uma semana depois de voltar ao Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, foi dia do meio ambiente na Casa Branca. O presidente Joe Biden assinou uma série de decretos, elevou o combate ao aquecimento global a prioridade da política externa e da segurança nacional dos EUA e acabou com os subsídios a combustíveis fósseis.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA advertiu para o risco de atentados terroristas de extrema direita. Meu comentário:

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Casos confirmados da covid-19 no mundo passam de 100 milhões

O número de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019 chegou hoje a 100.201.258, com 2.154.530 mortes. Mais de 72 milhões de pacientes se recuperaram, mais 25 milhões e meio apresentam sintomas leves e 110.193 estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 3%.

Em outra marca trágica, o Reino Unido ultrapassou as 100 mil mortes. É o quinto país em número absoluto de mortes, depois dos Estados Unidos, do Brasil, da Índia e do México, e o quarto em mortes por habitante, depois da Bélgica, da Eslovênia e da República Tcheca.

No Brasil, a média diária de mortes dos últimos sete dias subiu pelo quarto dia seguido, desta vez para 1.058. É a maior em cinco meses e meio. Mais 1.206 óbitos e 63.626 casos novos, elevando o total para 218.918. No país, a média diária de casos novos dos últimos sete dias ficou em 51.550.

O Amazonas teve o maior número de mortes num dia até agora: 192. São Paulo registrou os três primeiros casos da mutação do vírus associada à nova onda de contaminação em Manaus. A empresa transnacional White Martins, única fabricante de oxigênio do estado, chegou ao limite da capacidade de fornecimento à capital amazonense. 

No dia 14, o sistema de saúde da cidade entrou em colapso por falta de oxigênio. O governo federal sabia do problema desde o dia 8. Meu comentário:

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

STF abre inquérito sobre tragédia em Manaus

 Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal abriu inquérito e deu 60 dias para a Polícia Federal investigar uma possível omissão do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, na tragédia da falta de oxigênio em Manaus para pacientes da doença do coronavírus de 2019. O pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, ignorou a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro.

Com mais 631 mortes e 28.364 mortes em 24 horas, o Brasil soma agora 217.712 mortes e 8.872.964 casos confirmados de covid-19. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 1.055. É a maior desde 4 de agosto, quando estava em 1.066 óbitos. A média diária de casos novos dos últimos sete dias ficou em 51.532.

Em fevereiro, o país deve ter mais 15 milhões de doses de vacinas contra a doença. Vai receber 10 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca no dia 8 e 5,4 mil litros do princípio ativo da vacina chinesa CoronaVac. Com a matéria-prima, o Instituto Butantã deve fabricar mais 5 milhões de doses. Meu comentário:

domingo, 24 de janeiro de 2021

Média diária de mortes na semana por covid-19 fica em 1.030

 Com mais 606 mortes e 28.487 casos notificados neste domingo, o Brasil chega a 217.081 óbitos e 8.844.577 casos confirmados. A média diária de mortes nos últimos sete dias ficou em 1.030. A média diária de casos novos está em 51.642. Ambas indicam estabilidade.

O governo Jair Bolsonaro foi criticado por atacar o laboratório americano Pfizer, o que pode prejudicar outras negociações para a compra de vacinas. Enquanto alega que 2 milhões de doses da vacina da Pfizer e da companhia alemã de biotecnologia BioNTech seriam pouco, o governo fez uma festa para receber 2 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca importadas da Índia.

Ao atacar a Pfizer, acusando-o de fazer uma jogada de "marketing", o governo politizou a negociação sobre vacinas e atribuiu ao laboratório a intenção de impor "cláusulas leoninas e abusivas". A cláusula que exime a fabricante de responsabilidade civil em caso de efeitos colaterais negativas é usada há décadas em países desenvolvidos. A Pfizer não comentou as críticas. 

Depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar a possível omissão do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, no colapso do sistema de saúde de Manaus, o general foi para a capital do Amazonas, onde fica por tempo indeterminado.

O mundo ultrapassou a marca de 99 milhões de casos confirmados e soma 2.126.917 mortes. Mais de 71,6 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 25 milhões apresentam sintomas leves e 110.732 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, houve mais 3.322 mortes e 168 mil casos novos registrados em 24 horas. O país tem 25,1 milhões de casos confirmados e 418.673 mortes. Trinta e sete estados mostraram queda no número de casos. As hospitalizações também estão em baixa, mas as mutações do vírus preocupam.

A França cogita impor um terceiro confinamento. Atualmente, o país adota um toque de recolher noturno, o que tem sido insuficiente para conter a propagação do novo coronavírus.

Israel vai fechar seu espaço aéreo para tentar conter o contágio por novas variantes do vírus, mesmo que a vacinação tenha reduzido as hospitalizações em 60%. 

A Nova Zelândia registrou um caso novo depois de meses em uma paciente que chegou da Inglaterra e foi submetida a quarentena.

sábado, 23 de janeiro de 2021

PGR pede ao STF que abra inquérito sobre crise na saúde em Manaus

 O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu hoje ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar se houve omissão do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, no colapso do sistema de saúde de Manaus, onde vários pacientes da doença do coronavírus de 2019 morreram por falta de oxigênio, noticiou o jornal Estado de São Paulo.

Desde 8 de janeiro, uma semana antes do colapso, o governo Jair Bolsonaro sabia da escassez de oxigênio na capital do Amazonas, mas só começou a entregar oxigênio em 12 de agosto. Dois dias depois, enviou 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina, um medicamento inútil no combate à covid-19 apresentado como salvação por Bolsonaro e aliados.

Depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) declarou no domingo passado que a cloroquina e a hidroxicloroquina não servem para combater o coronavírus, o general Pazuello teve a cara de pau de dizer que nunca havia recomendado estes medicamentos. 

Na verdade, Pazuello foi nomeado ministro depois que dois médicos, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, deixaram o cargo por se negar a usar cloroquina e hidroxicloroquina contra a covid-19 como exigia Bolsonaro.

Os principais responsáveis, o presidente e o governador Wilson Lima, não serão investigados

Em resposta a uma declaração do consório Pfizer-BioNTech de que ofereceu vacinas ao Brasil, o governo Bolsonaro alegou que o contrato "causaria frustração em todos os brasileiros" porque o laboratório só entregaria 2 milhões de doses no primeiro trimestre, "número considerado insuficiente para o Brasil".

Faltam vacinas para a etapa inicial do Plano Nacional de Imunização, enquanto não começa a produção nacional na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantã. Os países ricos encomendaram vacinas a laboratórios diferentes. 

No Brasil, o governo federal fez negócio com o laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma vacina com a Universidade de Oxford; o governo de São Paulo comprou a vacina chinesa CoronaVac; e os estados da Bahia e do Paraná pretendem receber e fabricar aqui a vacina russa Sputnik-V.

O Brasil tem 14,8 milhões de pessoas entre as prioridades máximas: funcionários de saúde da linha de frente no combate à covid-19, idosos que vivem em asilos e casas geriátricas, os funcionários desses lares para idosos, os maiores de 80 anos, os indígenas, os quilombolas e os ribeirinhos. Cada pessoa precisa de duas doses e o país tem apenas 12,8 milhões de doses.

Se incluir as pessoas com comorbidades, quem tem 60 anos ou mais, os deficientes, as Forças Armadas, as forças de segurança, os trabalhadores na educação, na indústria e no setor de transportes, os moradores de rua e os presos, o total de "prioridades" chega a 77,2 milhões, 37% da população Brasil.

Neste sábado, foram notificadas mais 1.176 mortes e 60.980 casos novos. Até agora, o Brasil registrou 216.475 mortes e 8.816.113 casos confirmados da covid-19.

Mais de 70 milhões de doses foram aplicadas até agora no mundo, sendo 573 mil no Brasil. Cerca de 4,85 milhões de pessoas já receberam as duas doses necessárias à imunização contra o novo coronavírus.

No mundo inteiro, já são 98.701.470 casos confirmados e 2.118.808 mortes. Mais de 71 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 25,5 milhões apresentam sintomas leves e 110.663 estão em estado grave.

Com mais 3.734 mortes e 192 mil casos novos no dia 22, os Estados Unidos chegaram a 25 milhões de casos confirmados, 7,6% da população, e 417.394 mortes. O presidente Joe Biden previu que o total de mortes deve passar de 600 mil.

Há um ano, Wuhan, na China, origem da pandemia, entrou em quarentena. Cerca de 11 milhões de pessoas foram confinadas. Durante 76 dias, só puderam sair de casa para comprar comida ou trabalhar em serviços essenciais. A China enfrenta hoje um novo surto na província de Hebei, mas conseguiu erradicar a doença em Wuhan, capital da província de Hubei.

Os países asiáticos, que tinham a experiência da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2002-3, adotaram uma estratégia de erradicação do vírus, de combater todos os focos até acabar com a incidência da doença. Na Europa e na América, houve tentativas de mitigação da covid-19 que não deram certo.

Rússia detém 5 mil em protesto contra prisão do líder da oposição

 Dezenas de milhares de manifestantes protestaram hoje em 114 cidades da Rússia contra a prisão do líder da oposição, Alexei Navalny, detido no aeroporto em 17 de janeiro quando chegava da Alemanha, onde se tratou depois de uma tentativa de assassinato atribuída à ditadura de Vladimir Putin. Mais de 5 mil manifestantes foram presos, inclusive a advogada de Navalny.

Navalny é o nome que faz Putin tremer. Em pleno inverno russo, de Kaliningrado, no Ocidente, a Vladivostok, no Oceano Pacífico, os manifestas enfrentaram temperatura de até 53 graus negativos em Irkutsk, para exigir a libertação do líder oposicionista. Na capital, foi a mais importante manifestação não autorizada em 20 anos.

Além de gritos pela libertação de Navalny, os manifestantes gritavam "Putin ladrão" numa referência ao filme Um Palácio para Putin, assistido por 71 milhões de pessoas nesta semana. O documentário revela a construção de um palácio presidencial secreto à margem do Mar Negro financiado por "amigos" do presidente.

Em 20 de agosto de 2020, Navalny passou mal num voo quando ia de Tomsk, na Sibéria, para Moscou. Foi salvo por um pouso de emergência em Omsk. Sob pressão internacional, o governo russo autorizou a remoção para a Alemanha, onde os médicos identificaram o agente nervoso Novichok como responsável pelo envenenamento.

Apesar da ameaça de morte, Navalny, um advogado e blogueiro anticorrupção, decidiu voltar à Rússia, onde chegou seis dias atrás. uma arma química desenvolvida na antiga União Soviética. Em 2018, ele foi impedido de se candidatar à Presidência por processos forjados pelo Kremlin.

Ao voltar ao país, foi detido por não ter se apresentado à polícia, condição imposta pela Justiça de Putin. Quando ele foi envenenado, a União Europeia protestou, mas o então presidente americano Donald Trump, apoiado pelo ditador russo, que ajudou em sua eleição em 2016, ficou em silêncio. 

Desta vez, foi diferente:"Os Estados Unidos condenam fortemente o uso de táticas agressivas contra manifestantes e jornalistas neste fim de semana", declarou o governo Joe Biden. "O direito dos russos de associação pacífica e de participar de eleições livres e justas está consagrado não apenas na Constituição do país mas também no compromisso da Rússia com a OSCE (Organização sobre Segurança e Cooperação na Europa), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.

"Apelamos às autoridades da Rússia para libertar todos os detidos por exercer seus direitos universais e pela libertação imediata e incondicional de Alexei Navalny. Exigimos que a Rússia coopere com as investigações internacionais sobre o envenenamento e uma explicação sobre o uso de uma arma química em seu território", acrescenta a nota dos EUA.

Se não houver novas sanções à Rússia, Putin não vai hesitar em continuar abusando do poder. No ano passado, o Parlamento da Rússia aprovou uma reforma constitucional feita sob medida pelo ditador. Pela nova legislação, Putin pode reinar no Kremlin até 2036.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Reino Unido adverte que variante do coronavírus pode matar mais

 O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, admitiu hoje que a nova variante mais contagiosa do coronavírus de 2019 identificada na Inglaterra pode ser mais letal. Até agora, sabia-se apenas que era mais transmissível. 

O Brasil e a África do Sul também descobriram mutação mais contagiosas, como a que levou o sistema de saúde de Manaus ao colapso. A Universidade de Oxford já prepara uma segunda versão de sua vacina para garantir a imunização contra estas novas cepas do vírus.

Nesta sexta-feira, o Brasil recebeu da Índia 2 milhões de doses da vacina de Oxford e do laboratório AstraZeneca. O Ministério da Saúde promete distribuir aos estados até domingo. Mas o país ainda está muito longe do necessário para imunizar os grupos de alto risco.

A crise das vacinas e o colapso do sistema de saúde de Manaus derrubaram a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. A média diária de mortes nos últimos sete dias no país está em 1.001.

Os Estados Unidos tiveram mais de 4 mil mortes num dia pelo segundo dia seguido. Foram o segundo e o terceiro piores dias da pandemia no país, que tem 414 mil mortes por covid-19. Meu comentário:

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Bolsonaro adotou estratégia deliberada de propagação do vírus, conclui USP

 Depois de analisar 3 mil e 49 normas federais de 2020, a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e a organização não governamental Conectas Direitos Humanos concluíram que o presidente Jair Bolsonaro tomou medidas para acelerar a propagação do novo coronavírus, revelou hoje o jornal El País Brasil em reportagem de Eliane Brum. 

Os 8,7 milhões de casos confirmados e as 214.228 mortes não seriam resultado de negligência e omissão do governo federal, mas, provavelmente, de uma tentativa de chegar à chamada imunidade de rebanho. Quando 60% a 70% de uma população tiveram contato com o vírus e produziram anticorpos, o vírus tem menos gente para infectar e o ritmo de transmissão da doença diminui.

Alguns médicos aliados do presidente, como o deputado Osmar Terra, que queria ser ministro da Saúde, defenderam a imunidade de rebanho. 

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden declarou "guerra total" ao novo coronavírus, anunciou um plano de ação e baixou 10 decretos. Meu comentário:

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Biden volta à OMS e ao Acordo de Paris sobre Mudança do Clima

 Em 17 decretos para desmontar políticas do governo anterior, o presidente Joe Biden levou os Estados Unidos de volta ao Acordo de Paris sobre Mudança do Clima e à Organização Mundial da Saúde (OMS), suspendeu a construção de um gasoduto vindo do Canadá e do muro na fronteira com o México, e renovou a esperança dos "sonhadores", jovens que entraram no país ilegalmente quando era menores de idade. Os 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA terão um caminho para tentar regularizar a situação.

Biden também tornou obrigatório o uso de máscaras em todas as propriedades do governo federal. Seu discurso proclamou a vitória da democracia e a reconciliação nacional. Talvez a marca mais importante da volta à normalidade é que a posse não foi organizada em torno dele. O destaque foi para a democracia e a coalizão multiétnica e multirracial que derrotou o supremacismo branco de Trump.

Além da união nacional, o vírus, a desigualdade social, o racismo e o aquecimento global serão os maiores desafios do governo Biden-Harris. Meu comentário:

Joe Biden assume pregando união nacional e fim da guerra incivilizada

 Em discurso emocionado diante do Congresso, Joseph Robinette Biden Jr. assumiu há pouco a Presidência dos Estados Unidos defendendo a união nacional, a democracia, a verdade e a luz para enfrentar os múltiplos desafios enfrentados pelo país, da democracia à pandemia, da justiça racial ao aquecimento global.

"Este é o dia dos EUA. Este é o dia da democracia. Um dia de história e esperança, de renovação e decisão numa encruzilhada do nosso tempo. Os EUA foram testados e cresceram diante do desafio", afirmou Biden. 

"Hoje, celebramos a vitória não de um candidato, mas de uma causa, a causa da democracia. A vontade popular foi ouvida e atendida. Aprendemos de novo como a democracia é preciosa. A democracia é frágil. E nesta hora, meus amigos, a democracia prevaleceu", começou Biden, depois de prestar juramento à Constituição na mesma escadaria do Capitólio onde em 6 de janeiro partidários do presidente Donald Trump tentaram impedir a certificação do resultado da eleição de 3 de novembro.

Neste lugar onde a democracia foi ameaçada, "onde dias atrás a violência tentou abalar os alicerces do Capitólio, nos encontramos como uma só nação, indivisível, para uma transição pacífica do poder como fazemos há mais de dois séculos", para "apresentar nossa visão do que esta nação pode ser."

"Sabemos da resiliência de nossa Constituição e da força de nossa nação", continuou. "Acabo de prestar o juramento prestado pela primeira vez por George Washington. Nós, o povo, queremos uma união mais perfeita. Temos muito a reparar, a restaurar, a curar, a construir e a ganhar." 

Diante da pandemia. "poucas pessoas encontraram um momento tão desafiador e difícil como este. Uma vez por século um vírus ataca silenciosamente o país. Tirou tantas vidas num ano quanto os americanos mortos na Segunda Guerra Mundial. Milhões de empregos foram perdidos. Centenas de milhares de empresas fecharam. Um grito de 400 anos por justiça racial nos move. O sonho de justiça e igualdade para todos não será mais adiado."

Entre os desafios a enfrentar e vencer, o novo presidente citou o supremacismo branco e o terrorismo doméstico insuflados por Trump, que não assistiu à posse do sucessor, o que não acontecia há 152 anos. Também falou num "grito de sobrevivência vindo do planeta que não pode ser mais claro e mais desesperado", numa referência ao aquecimento global.

"Em outro janeiro, no primeiro dia de 1863, Abraham Lincoln assinou a Declaração de Emancipação [dos escravos] dizendo: 'toda minha alma está nisso.' Hoje, toda minha alma está nisso, em unir nosso povo e nossa nação", discursou Biden. 

Pediu união para combater a herança maldita de Trump: "Raiva, extremismo, ilegalidade, violência, doença, desemprego e desesperança. Juntos, podemos fazer grandes coisas, corrigir os erros, colocas as pessoas em bons empregos, ensinar nossas crianças em escolas seguras, superar o vírus mortal, recomensar o trabalho, reconstruir a classe média, promover a justiça racial e tornar os EUA de novo uma força do bem no mundo."

"Nossa história tem sido uma batalha constante entre a ideia de que todos são iguais e a dura e horrenda realidade do racismo, do nativismo, do medo e da demonização que nos divide. Esta batalha é permanente e a vitória nunca está assegurada, da Guerra Civil (1861-65) à Grande Depressão, das guerras mundiais ao 11 de setembro de 2001", recordou o presidente. 

"A história, a fé e a razão mostraram o caminho, o caminho da unidade. Precisamos ver os outros não como adversários, mas como vizinhos. Temos de tratar os outros com dignidade e respeito", apelou Biden. Este é um momento histórico de crise e desafio, e a unidade é o caminho a seguir. Temos de enfrentar este momento como os Estados Unidos da América. Nunca, jamais, fracassamos quando agimos juntos", propôs Biden, com ênfase na união.

Sua mensagem central foi a reconciliação nacional depois do divisionismo do governo Trump: "Vamos começar de novo, vamos ouvir uns aos outros, vamos ver uns aos outros, vamos respeitar uns aos outros. A política não pode ser um fogo indomável que destrói tudo em seu caminho. Todo desentendimento não pode ser causa para uma guerra total. Devemos rejeitar a cultura em que os fatos são manipulados e mesmo fabricados."

O novo presidente também destacou o significado histórico da eleição de sua companheira de chapa: "Resistimos. Prevalecemos. Aqui, olhamos esta esplanada onde Martin Luther King falou do seu sonho. Estamos no lugar onde há 108 anos, em outra posse, milhares de manifestantes tentaram barrar uma marcha de mulheres pelo direito de votar. Hoje, marcamos a posse da primeira mulher eleita para governar o país, a vice-presidente, Kamala Harris." E da vitória sobre a turba enviada por Trump para assaltar o Capitólio: "Aqui estamos onde a violência tentar impedir a vontade popular. Não aconteceu. Não vai acontecer nem hoje nem amanhã. Nunca."

Em defesa da liberdade e da democracia, Biden observou que "o direito de dissentir pacificamente é talvez a maior força desta nação. Mas o desacordo não deve levar à desunião. Serei o presidente de todos os americanos", prometeu.

"Muitos séculos atrás, Santo Agostinho, um santo da minha igreja, escreveu que um povo é definido pelos objetivos comuns do seu amor. Quais são os objetivos comuns dos americanos? O que nos define como americanos?", perguntou. "Oportunidade, segurança, liberdade, dignidade, respeito, honra e, sim, a verdade. (...) Há verdades e mentiras, mentiras ditas pelo poder e o lucro. Cada um de nós tem a responsabilidade, como cidadãos, como americanos, e especialmente como líderes que prometeram honrar a Constituição e proteger a nação, de defender a verdade e derrotar a mentira." Entendo a preocupação com o emprego." 

Também lembrou o pai desempregado, preocupado com a dúvida de se conseguiria pagar as contas da família.

"Temos de acabar com esta guerra incivilizada, azuis versus vermelhos, cidade versus campo, liberais versus conservadores. Podemos fazer isso se abrirmos nossas almas em vez de endurecer os corações, se mostrarmos um pouco de tolerância e humildade por um momento, se por um momento vestirmos os sapatos do outro", conclamou o presidente.

A politização da pandemia foi outro alvo: "Estamos entrando no que pode ser o momento mais duro e mortal do vírus. Vamos deixar a política de lado e combater a doença como uma nação unida. Vamos atravessar isso juntos. O mundo está assistindo. Minha mensagem para o exterior: os EUA foram testados e saíram mais fortes. Vamos refazer as alianças para enfrentar os desafios de hoje e de amanhã. Vamos liderar não pela mostra do nosso poder, mas pelo poder do nosso exemplo. Seremos um parceiro forte e confiável pela paz, o progresso e a segurança."

Como primeiro ato de seu governo, Biden pediu um momento de oração silenciosa pelos 400 mil americanos mortos pela pandemia.

"Este é um momento de testes. Enfrentamos um ataque à democracia e à verdade. Um vírus selvagem. A desigualdade crescente. O racismo sistêmico. Um clima em crise", com o governo desastroso de Trump. "É um momento para ousar. Seremos julgados sobre como enfrentamos estas crises. Vamos cumprir nossa obrigação de deixar um mundo melhor para nossos filhos?"

"Termino onde comecei, com meu juramento diante de Deus e de vocês", concluiu Biden. "Vou defender a Constituição, a democracia e os EUA. Juntos, vamos escrever uma história de esperança, não de medo. De união, não de divisão. De luz, não de escuridão. Uma história de dignidade e decência. De amor e de cura. De grandeza e bondade. Seja esta a história que nos guie e nos inspire. Vamos responder à convocação da história. [Recriar] uns EUA que garantam a liberdade em casa e sejam uma baliza para a humanidade sustentada pela fé, orientada pela convicção e pela devoção uns aos outros e ao país que amamos."

Joe Biden participa de um segundo momento histórico. Em 2009, tomou posse como vice-presidente do primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama. Hoje, levou a primeira mulher, e a primeira de origem africana e indiana, à vice-presidência.

Há quatro anos, Trump fez um discurso prometendo acabar imediatamente com a "carnificina" nos EUA. Seu foco foi o crime e o desespero, a lamúria, explorando o temor da maioria branca diante de uma sociedade cada vez mais multiétnica e multicultural. Em contraste, Biden destacou a fé e a esperança, a reconciliação e a união.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Biden enfrenta desafios sem precedentes na terra arrasada por Trump

Ao tomar posse amanhã ao meio-dia em Washington (14h em Brasília) como 46º presidente dos Estados Unidos, Joseph Robinette Biden Jr. terá pela frente uma série de desafios sem precedentes: 

• uma pandemia que matou mais de 400 mil americanos,

• a crise econômica causada pelo novo coronavírus,

• a polarização política do país, onde a maioria dos republicanos rejeita sua vitória,

• a ameaça do terrorismo de extrema direita,

• o racismo institucionalizado,

• a desigualdade social,

• o aquecimento global,

• a perda de prestígio internacional dos EUA,

• o afastamento do país das instituições multilaterais,

• a desconfiança dos aliados,

• as guerras sem fim no Iraque e no Afeganistão,

• a ameaça nuclear da Coreia do Norte e do Irã,

• e o crescente poderio da China. 

Mais detalhes em Quarentena News. Meu comentário:

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Governo federal erra e vacinação só começa amanhã em 11 estados

 Com mais um fracasso logístico do general Eduardo Pazuello, nomeado ministro da Saúde sob o pretexto de ser especialista em logística, houve atraso na entrega de vacina a 19 estados. Em 11 estados, a vacinação só começa nesta terça-feira. 

Mais uma vez, o governo federal errou por negligência criminosa e falta de planejamento, de um plano nacional de combate à pandemia do novo coronavírus que deveria incluir todos os governos, as Forças Armadas, o empresariado e a sociedade civil. Faltaram liderança e grandeza ao presidente Jair Bolsonaro para assumir a responsabilidade na hora mais grave.

A Índia não liberou as vacinas do laboratório AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantã não têm matéria-prima para fabricar as vacinas no Brasil. Os insumos vêm da China e estão sendo disputados pelo mundo inteiro.

Mais de 45 milhões de doses de vacinas foram aplicadas em 49 países ricos e apenas 25 num único país pobre, revelou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, alertando que o nacionalismo das vacinas pode levar a um "fracasso moral catastrófico".

O mundo passou de 95,5 milhões de casos confirmados e 2,040 milhões de mortes. O Brasil ultrapassou 210 mil mortes e os Estados Unidos devem chegar a 400 mil mortes na véspera da posse do presidente Joe Biden. Meu comentário:

domingo, 17 de janeiro de 2021

China anuncia crescimento de 2,3% em 2020

 O produto interno bruto da China cresceu 6,5% na comparação anual no quarto trimestre de 2020, num ritmo mais forte do que antes da pandemia, de acordo com estatísticas oficiais divulgadas hoje. O crescimento no ano passado como um todo ficou em 2,3%, o menor desde 1976.

Com avanço de 7,1% de outubro a dezembro, a indústria liderou a recuperação do país, a única grande economia mundial a crescer no ano passado. As vendas no varejo subiram 4,6%.

As exportações aumentaram 18,1% em dólares no mês de dezembro, quando a China registrou um saldo comercial recorde de US$ 78 bilhões.

No auge da pandemia, que teve origem na cidade chinesa de Wuhan em novembro de 2019, o PIB do país sofreu a primeira queda em mais de 40 anos, desde 1976, ano da morte de Mao Tsé-tung. Naquela época, a China só calculava o PIB anual. Desde 1992, publica resultados trimestrais.

A contração da economia chinesa, locomotiva do crescimento mundial das últimas décadas, de 6,8% no primeiro trimestre, foi o primeiro sinal do impacto econômico da doença do coronavírus de 2019, que chegou a 95 milhões de casos confirmados e 2.029.845 mortes. A recuperação veio com altas de 3,2% no segundo trimestre e 4,9% no terceiro trimestre.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de advertir que a perspectiva econômica mundial é a pior desde a Grande Depressão (1939-45), principal causa econômica da Segunda Guerra Mundial.

Mais detalhes em Quarentena News.

São Paulo inicia campanha da vacinação

 Pouco depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas chinesa CoronaVac e sueco-britânica da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca, a enfermeira Monica Calazans, do Hospital Emílio Ribas, foi a primeira pessoa do Brasil a ser vacinada contra a doença do coronavírus de 2019. Ela foi voluntária da última fase de testes.

De folga no Rio de Janeiro, onde não tinha nenhum compromisso oficial, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, chamou a iniciativa de jogada de marketing do governador João Doria e insistiu que todas as vacinas chinesas importadas pelo Instituto Butantã deveriam ter sido entregues ao governo federal.

Doria acusou o ministro de mentir e negou ter recebido sequer um centavo do governo federal para comprar as 6 milhões de doses da vacina da companhia chinesa SinoVac: "Neste momento, o ministro da Saúde protesta contra a vacina. É inacreditável. Devia estar grato. Estou atônito com as declarações do ministro Eduardo Pazuello. Não há um centavo até agora do governo federal no desenvolvimento da vacina de São Paulo. É inacreditável o que estamos vivendo no Brasil. Chega de mentira."

O governador paulista, alegando não confiar no governo Jair Bolsonaro, também anunciou o envio de 50 mil doses de vacinas para os profissionais de saúde do Amazonas, que enfrentam uma situação trágica, especialmente em Manaus.

Em outra estocada no governo Bolsonaro, o diretor do Butantã, Dimas Covas, afirmou que a função do setor de saúde é salvar vidas e não enviar as vacinas para Brasília para depois serem reenviadas para São Paulo. A procuradora-geral do estado, Lia Porto, afirmou que foram cumpridas todas as regras do contrato assinado com as autoridades federais.

As 4.636.936 doses que cabem a outrs estados foram entregues domingo à tarde num galpão do Ministério da Saúde no Aeroporto e Guarulhos. São Paulo ficou com 1.357.640 doses. 

Na entrevista coletiva do governo paulista, o infectologista Sérgio Cimerman, do Hospital Emílio Ribas, revelou ter "sofrido ameaças morte constantes parte parte de negacionistas. (...) Não só eu como todos os diretores da Sociedade Brasileira de Infectologia que não apoiamos cloroquina, ivermectina e tratamento precoce. Com ameaças de morte ou não, continuaremos com a luta que é da ciência."

Mais de 43 milhões de pessoas foram vacinadas até agora em 50 países, 112 no Brasil.

sábado, 16 de janeiro de 2021

Brasil registra mais de mil mortes e passa de 209 mil

Com mais 1.059 mortes e 62.452 casos novos notificados neste sábado, o Brasil chegou a 209.350 óbitos e 8.456.705 casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. Se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar neste domingo o uso emergencial da vacina chinesa CoronaVac e da desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório sueco-britânica AstraZeneca, o governo do estado de São Paulo pretende iniciar a vacinação amanhã mesmo.

O Ministério da Saúde requisitou as 6 milhões de doses da CoronaVac importadas pelo governo paulista através do Instituto Butantã. Mas o governador João Doria alegou que não faz sentido enviar todas as vacinas para Brasília. A quota correspondente a São Paulo, pouco mais de 20%, não deve sair do estado. Será o troco de Doria ao presidente Jair Bolsonaro na guerra das vacinas.

Mais de 45 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora em cerca de 50 países. Israel já vacinou 24% da população.

No mundo, são 94.465.774 casos confirmados e 2.021.733 mortes. Mais de 67,5 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 24,6 milhões apresentam sintomas leves e 111.481 estão em estado grave

Os Estados Unidos registaram mais 241 mil casos novos e 3.744 mortes em 24 horas, de acordo como jornal The New York Times. Somam até agora 23.747.781 casos confirmados e 395.691 mortes.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Total de mortos pela covid-19 passa de 2 milhões

 No mundo inteiro, o total de mortes pela doença do coronavírus de 2019 chegou hoje a 2.006.987 em 93.787.372 casos confirmados. Mais de de 67 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 24,5 milhões apresentam sintomas leves e 111.481 estão em estado crítico. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está há meses em 3%.

Ao analisar os dados de 59 países, o jornal americano The Wall Street Journal estimou que outras 821 mil mortes podem ter sido causadas pelo novo coronavírus.

Com 1.131 mortes e 68.130 casos novos notificados hoje, o Brasil chegou a 208.291 óbitos e 8.394.253 casos confirmados da covid-19. A média diária de mortes ficou em 964, com alta de 37% em duas semanas. A média diária de casos novos está em 54.048, com alta de 51% em duas semanas. Meu comentário:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Biden quer US$ 1,9 trilhão para combater pandemia e recuperar economia

 Depois de tomar posse em 20 de janeiro, o presidente eleito, Joe Biden, vai pedir ao Congresso dos Estados Unidos a aprovação de um pacote econômico de US$ 1,9 trilhão (R$ 9,89 trilhões) para combater a doença do coronavírus de 2019, aumentar a testagem, acelerar a vacinação e recuperar a economia.

No Brasil, vários hospitais de Manaus ficaram sem oxigênio e vários pacientes morreram. Mais de 200 doentes foram transferidos para outros estados. O governo federal pediu ajuda aos EUA para transportar cilindros de oxigênio.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, marcou para 20 de janeiro o início da campanha nacional de imunização.

Mais de 38 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora em cerca de 50 países. A Indonésia e a Turquia iniciaram a imunização ontem.

No mundo inteiro, são mais de 93 milhões de casos confirmados. O total de mortes deve chegar a 2 milhões nesta sexta-feira. Uma equipe de virologistas da Organização Mundial da Saúde chegou à China para investigar a origem da pandemia. Meu comentário:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Câmara dos EUA aprova segundo impeachment de Donald Trump

 Objetivo do Partido Democrata é tornar o atual presidente inelegível

Por 232 a 197 votos, com o apoio de 10 deputados republicanos, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos denunciou hoje o presidente Donald Trump por crime de responsabilidade ao incitar à insurreição que levou à invasão do Congresso em 6 de janeiro, quando cinco pessoas morreram. 

Trump será o primeiro presidente julgado duas vezes em processos de impeachment. Como ele deixa o cargo daqui a uma semana, o Partido Democrata quer torná-lo inelegível para cargos federais por toda a vida.

Leia mais em Quarentena News e veja o comentário no meu canal no You Tube:

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

CoronaVac tem eficiência pouco acima da exigência da OMS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide no domingo se aprova o uso emergencial da vacina chinesa CoronaVac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e o laboratório sueco-britânico AstraZeneca contra a doença do coronavírus de 2019. 

O governo do estado de São Paulo anunciou hoje um novo índice de eficiência para a CoronaVac, de 50,58%, bem abaixo dos 78% anunciados na semana passada num recorte da pesquisa. Com uma eficácia menor, será necessário vacinar mais gente para controlar o pandemia.

Mais de 36 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora em mais de 40 países. O Brasil ainda não tem data para o início da campanha nacional de imunização. O governador paulista, João Doria, insiste que será em 25 de janeiro, mas o ministro da Saúde, diz apenas que "será no dia D e na hora H".

Enquanto isso, a média diária de casos novos na última semana bateu novo recorde hoje, com 54.784, alta de 51% em duas semanas. Foram notificados mais 61.660 casos e 1.106 mortes em 24 horas, elevando os totais para 204.726 mortes e 8.195.493 casos confirmados. A média diária de mortes ficou em 993, com alta de 49% em duas semanas. Meu comentário:

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

OMS não espera imunidade de rebanho em 2021

 Mais de 28,15 milhões de pessoas de mais de 40 países foram vacinadas até agora contra a doença do coronavírus de 2019 (covid-19). Os Estados Unidos e a China vacinaram cerca de 9 milhões de pessoas cada, e o Reino Unido, 2,68 milhões. 

Mesmo assim, por causa do ritmo lento de imunização, que ainda não começou na maior parte do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não espera que a humanidade atinja imunidade de rebanho neste ano.

A imunidade de rebanho acontece quando 60% a 70% da população desenvolveu anticorpos, seja por vacinação ou por ter pego o vírus. Com menos indivíduos para infectar, o contágio diminuiu e a pandemia perde a força.

"Não vamos alcançar quaisquer níveis de imunidade da população ou imunidade de rebanho em 2021", declarou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça. 

Ela destacou o "progresso inacreditável" feito pelos cientistas que conseguiram a façanha de desenvolver vacinas em menos de um ano, mas lembrou que uma campanha de vacinação em escala global leva tempo: "É preciso tempo para escalar a produção não apenas para milhões. Estamos falando de bilhões."

"As vacinas vão chegar, mas é preciso ter paciência. Precisam chegar a todos os países", acrescentou Swaminathan. "Mas, enquanto isso, não devemos esquecer que há medidas que funcionam". Ela falava do uso de máscaras, de manter a distância mínima de 2 metros de outras pessoas e de higienizar as mãos sempre que tocar em objetos suspeitos. Meu comentário:

domingo, 10 de janeiro de 2021

Brasil volta a ter média diária de mortes por covid-19 numa semana acima de mil

 Desde 11 de agosto, o Brasil não tinha uma média diária semanal de mortes pela doença do coronavírus de 2019 acima de 1.016, a média atingida neste domingo. A média de casos novos, 43.250, é a maior desde o início da pandemia, com alta de 53% em duas semanas. Com mais 483 óbitos e 29.153 casos novos hoje, o país chegou a 203.140 mortes e 8.104.823 casos confirmados.

O total de casos confirmados no mundo subiu para 90.260.464, com 1.934.605 mortes. Mais de 64,5 milhões se recuperaram, 23,7 milhões apresentam sintomas leves e 108,5 mil estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está há meses em 3%.

Nos Estados Unidos, já são 22.404.481 casos confirmados e 374.304 mortes.

Mais de 24 milhões de pessoas de mais de 40 países foram vacinadas até agora contra o novo coronavírus. A China vacinou 9 milhões de pessoas e os EUA, 6,7 milhões. 

Em terceiro lugar, vem o Reino Unido, com 2 milhões. Logo atrás, Israel, com 1,8 milhão. Proporcionalmente, é o país que mais vacinou, 19,5% de sua população, de 9,3 milhões de habitantes.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Brasil tem maior média de mortes por covid-19 desde agosto

Com 1.115 mortes e um recorde de 59.750 casos novos num dia da doença do coronavírus de 2019 (covid-19), o Brasil chegou a 202.657 mortes e 8.075.679 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 988. Com alta de 58% em duas semanas, é a maior desde 22 de agosto.

No mundo, já são 8,6 milhões de casos confirmados e 1,926 milhões de vidas. Mais de 64 milhões de recuperaram, 23 milhões apresentam sintomas leves e 108,5 mil estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais de 252 mil casos e 3.261 mortes neste sábado, mais de 300 mil casos novos e 3.985 mortes na sexta-feira, depois de um recorde num dia no mundo na quinta-feira, com 4.195 óbitos. Foram mais de 11 mil mortes em três dias. O país soma 22,132 milhões de casos e 372.428 mortes.

Depois de 350 casos novos, a China impôs uma quarentena rígida a 18 milhões de moradores da província de Hubei para conter o maior surto da doença do coronavírus de 2019 registrado no país em meses. 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Não dá para apaziguar o fascismo, adverte Paul Krugman

O Twitter baniu hoje o presidente Donald Trump. Fechou a conta porque Trump instigou seus seguidores mais fanáticos a atacar o Congresso. Mais detalhes sobre o que fazia o presidente e como foi convencido a deplorar a violência em texto escrito por assessores, não por ele. 

Esta foi uma semana que vai fazer escritores e roteiristas de cinema e TV trabalhar dobrado. Se alguém apresentasse um script desses em Hollywood, seria recusado. Mas eu queria começar com a advertência de Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2008: não dá para apaziguar o fascismo.

Em artigo no jornal The New Times, Krugman pondera que a palavra fascista não deve ser usada em vão como se vê tanto nos debates rasteiros nas redes sociais. Não é sinônimo para quem discorde de você nem para políticos ruins ou corruptos. Estudo a ascensão da extrema direita nas últimas décadas. Uma dúvida importante é quando se pode caracterizar um líder e seu governo como fascistas.

Quanto ao presidente dos Estados Unidos, não há dúvida. Krugman escreveu: "Donald Trump é de fato um fascista, um líder autoritário disposto a usar a violência para atingir seus objetivos racistas e nacionalistas. Muitos de seus apoiadores também são. Se você tinha alguma dúvida, o ataque ao Congresso deve ter acabado com ela."

Se a história ensina como uma lição sobre como lidar com o fascismo, prossegue o raciocínio do professor Krugman, é que o apaziguamento é inútil. O primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain aceitou quando o ditador alemão Adolf Hitler tomou a região dos Sudetos da Tcheco-Eslováquia. Fechou o Acordo de Munique em 29 de novembro de 1938 e o apresentou aos britânicos como uma garantia da "paz em nosso tempo". Menos de um ano depois, em 1º de setembro de 1939, a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando início à Segunda Guerra Mundial. Meu comentário:

Economia dos EUA perdeu 140 mil empregos em dezembro

 No fim trágico e melancólico do desgoverno Donald Trump, o mercado de trabalho fechou 140 mil vagas de emprego a mais do que criou, anunciou hoje o Departamento do Trabalho. Foi o primeiro relatório de emprego com saldo negativo em oito meses. 

Em 2020, a maior economia do mundo acumulou uma perda de 9,37 milhões de postos de trabalho, a maior desde 1939, quando começou a Segunda Guerra Mundial. A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa que não leva em conta quem desistiu de procurar trabalho, ficou inalterada em 6,7%.

Ao tomar posse em 20 de janeiro, o presidente eleito Joe Biden vai enfrentar uma crise de saúde pública e seu impacto econômico. O resultado reflete 500 mil demissões no setor de bares, restaurante e hotelaria, afetados diretamente pelo aumento do contágio e das mortes na pandemia. É mais um sinal da insanidade de tentar manter a economia funcionando normalmente, como defendem os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, em meio à emergência de saúde público.

Se a doença do coronavírus de 2019 for controlada pelas vacinas, a economia e o mercado de trabalho se recuperam, mas haverá fechamento permanente de vagas.

Com a queda da renda e do consumo, o governo Joe Biden e o Congresso, agora com maioria do Partido Democrata na Câmara e no Senado, devem aprovar um novo pacote de estímulo trilionário com ajuda direta de US$ 2 mil (R$ 10.824) a todos os americanos que ganhem até US$ 75 mil por ano, cerca de R$ 406 mil.

Em outro fracasso da política de Trump, neste caso das guerras comerciais, o déficit comercial dos EUA em novembro foi o maior em 14 anos: US$ 68,1 bilhões (R$ 368,5 bilhões).

Neofascismo americano é alerta para o Brasil

 Presidente Jair Bolsonaro e seguidores apoiam o golpismo de Donald Trump

As cenas de quarta-feira em Washington foram um assalto ao Congresso dos Estados Unidos e à democracia - e um alerta para o Brasil. 

O presidente brasileiro deixou claro mais uma vez que acredita nas falsas alegações de fraude feitas pelo presidente americano, rejeitadas na Justiça, e até mesmo na sua própria eleição, em 2018, que afirma ter ganho no primeiro turno.

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Brasil chega a 200 mil mortes por covid-19

 Se a luta contra o coronavírus de 2019 é uma guerra, como disse o medíocre ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o Brasil está perdendo a guerra. Com mais 1.120 mortes e 56.404 casos novos registrados nesta quinta-feira, o país chegou a 7.930.943 casos confirmados e 200.163 óbitos por covid-19. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 741.

Com a insensibilidade que o caracteriza, o presidente Jair Bolsonaro declarou: "Lamento as 200 mil mortes, mas a vida continua." A morte continua. A negligência criminosa do presidente continua. A inoperância e a incompetência do governo continuam. O fracasso dos milhares de militares no poder, incapazes de avaliar o risco da pandemia, continua. Assim como a paixão irrestrita pelo golpista Donald Trump.

O ministro convocou uma entrevista coletiva em que só ele falou depois que o governo do estado de São Paulo anunciou o sucesso nos testes com a vacina chinesa CoronaVac, realizados no Brasil pelo Instituto Butantã. Prometeu que o país terá 356 milhões de doses de vacina neste ano.

Com 4.111 mortes, novo recorde num país num dia, os Estados somam mais de 365 mil mortes. A Índia chegou a 150 mil mortes. O Japão decretou estado de emergência em Tóquio. E a China enfrenta, na província de Hebei, Meu comentário:

Golpismo de Trump é expressão do neofascismo americano

Congresso só fora atacado pelos britânicos na Guerra de 1812 

O fascismo do presidente Donald Trump superou as piores expectativas. A farsa da fraude eleitoral virou tragédia. Nesta quarta-feira, incitados pelo presidente, seus seguidores fanáticos, armados, assaltaram o Congresso dos Estados Unidos para impedir a certificação da vitória de Joe Biden e Kamala Harris na eleição presidencial de 3 de novembro. Durante três horas, conseguiram interromper o processo. Uma mulher baleada por um policial dentro do Capitólio morreu. Outras três pessoas morreram por problemas de saúde.

Foi o segundo assalto ao Congresso em 230 anos de história. O primeiro foi em 24 de agosto de 1814, durante a Guerra de 1812, quando soldados do Império Britânico invadiram Washington e tocaram fogo em vários prédios públicos, inclusive a Casa Branca e o Capitólio. Foi a única vez na história em que a capital dos Estados Unidos foi tomada e ocupada por uma potência estrangeira.

Desta vez, foi o inimigo interno. Meu comentário:

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Brasil tem maior número de mortes por covid-19 num dia desde agosto

O Brasil notificou mais 1.266 mortes e 62.532 casos novos da doença do coronavírus de 2019. É o maior número de mortos desde agosto. O total de mortes chegou a 199.046 e o de casos confirmados a 7.874.539. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 729.

Em pronunciamento à nação, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que o país já garantiu 350 milhões de doses de vacina para este ano. Ele acrescentou que o Brasil tem seringas e agulhas para começar a vacinação ainda neste mês.

O governo do estado de São Paulo prometeu apresentar amanhã os dados da última etapa de testes clínicos da vacina chinesa CoronaVac, que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantã. O governador João Doria repetiu que a vacinação deve começar em 25 de janeiro e imunizar todos os paulistas até o fim do ano.

Mais de 15,56 milhões de pessoas foram vacinadas até agora em mais de 40 países. Os Estados Unidos (5,31 milhões) e a China (4,5 milhões). Em terceiro, está Israel (1,48 milhões), que já vacinou 16% da população. A Agência Europeia de Medicamentos, órgão regulador da União Europeia, aprovou hoje a vacina da empresa de biotecnologia americana Moderna.

Com mais 3.664 mortes e 239 mil casos novos num dia, os Estados Unidos chegaram a 21,292 milhões de casos confirmados e 360.741 mortes pela covid-19. Mais de 131 mil pessoas estão hospitalizadas no país. A Rússia vacinou 1 milhão de pessoas. Na Alemanha, o ministro da Saúde, Jens Spahn, anunciou ter assegurado a compra de 130 milhões de doses.

No mundo inteiro, são 87,157 milhões de casos confirmados e 1,882 milhão de mortes. Mais de 63 milhões se recuperaram, 22 milhões apresentam casos suaves e 108 mil estão em estado grave.

O Japão registrou um recorde de 6.001 casos novos num dia, 1.591 em Tóquio, aumentando a pressão sobre o governo para voltar a decretar estado de emergência na região metropolitana da capital, a maior conurbação urbana do mundo.

A expectativa é que o primeiro-ministro Yoshihide Suga deve fazer um pronunciamento para anunciar a medida. Sem novas medidas, os casos novos em Tóquio podem chegar a 3,5 mil por dia no fim de fevereiro e 7 mil por dia em março, estimou o professor Hiroshi Nishiura, da Universidade de Quioto. Ele acredita que serão necessários pelo menos dois meses para controlar a situação, o que suscita novas dúvidas sobre a realização da Olimpíada de Tóquio, com início previsto para 23 de julho.

A China vetou a entrada no país de uma comissão de dez membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) que pretendem investigar a origem da pandemia na cidade de Wuhan. Como no início da pandemia, o regime comunista chinês tenta mudar a história para encobrir sua responsabilidade.

Seguidores de Trump invadem o Congresso e param certificação da vitória de Biden

Sob incitação das manobras golpistas do presidente Donald Trump, milhares de partidários do fascismo trumpista estão invadindo o Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, onde deputados e senadores recebiam os votos do Colégio Eleitoral para certificar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 3 de novembro. É um assalto sem precedentes à mais antiga democracia do mundo. Uma mulher baleada no peito na área do Congresso morreu.

O vice-presidente Mike Pence, que presidia a sessão como presidente do Senado, foi retirado às pressas do local pelo serviço secreto. "Isto é o que vocês conseguiram", gritou o senador e ex-candidato republicano à Casa Branca Mitt Romney para o colega republicano Ted Cruz, um dos líderes do movimento de contestação à vitória de Biden.

A Guarda Nacional do Distrito de Colúmbia e de estados próximos, Virgínia e Maryland, foi mobilizada para controlar a situação. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, negra e democrata, havia pedido na segunda-fira ajuda à Guarda Nacional, aprovada pelo secretário interino da Defesa, Christopher Miller, mas, de acordo com a Câmara Distrital, negada depois pelo Pentágono. 

Com a violência, a prefeita decretou toque de recolher das seis da tarde às seis da manhã. Aparentemente a polícia legislativa não acreditava que os manifestantes ultrapassariam as barreiras que protegem o Capitólio. O Congresso dos EUA não era atacado desde 1814, quando foi incendiado por soldados do Império Britânico na guerra iniciada em 1812.

Horas antes, o presidente Donald Trump discursou diante de seus partidários perto da Casa Branca e incitou a multidão a marchar até o Congresso, insistindo mais uma vez que ganhou a eleição e foi roubado. Prometeu marchar junto com a multidão.

O presidente eleito, Joe Biden, está falando agora no "assalto sem precedentes à democracia como nunca vimos em tempos modernos" e ao "Estado de Direito" nos EUA: "É um assalto à cidadela da liberdade, um assalto aos representantes do povo e à polícia legislativa." 

"As cenas no Capitólio não representam os EUA. Isto não é dissidência. É desordem, caos, à beira da sedição. Precisa parar agora. As palavras de um presidente pesam. Convoco o presidente Donald Trump a ir à televisão agora, cumprir o juramento de defender a Constituição e parar com este cerco. Isto não é protesto, é insurreição. O mundo está assistindo. Estou chocado que nossa nação tenha chegado a um momento tão escuro. O trabalho dos próximos quatro anos deve ser de restauração da democraca, da honestidade, da decência e do Estado de Direito."

Biden afirmou que "a democracia é frágil e exige que as pessoas de boa vontade se mobilizem pelo bem comum. Pense no que as crianças pensam vendo isso. Pense no que pensa o resto do mundo." O presidente eleito não respondeu a perguntas sobre um possível processo contra Trump por traição.

Há pouco, Trump divulgou um vídeo orientando seus partidários a voltar para casa e dizendo que os ama. Ele insistiu que foi vítima de uma fraude eleitoral e que ganhou por ampla margem: "Não foi nem apertado. Mas agora é hora de voltar para casa."

O Twitter suspendeu a conta de Trump por 12 horas.

O presidente da Associação Nacional da Indústria Manufatureira, Jay Timmons, pediu a remoção imediata de Trump do poder, sob o argumento de que "incitou à violência numa tentativa de reter o poder, e qualquer líder eleito que o defenda está violando seu juramento constitucional e rejeitando a democracia em favor da anarquia. (...) O vice-presidente Mike Pence, que foi retirado do Capitólio, deve considerar seriamente trabalhar com os ministros invocar a Emenda nº 25 e preservar a democracia."

A Emenda nº 25 dispõe sobre a substituição do vice-presidente e o afastamento do presidente quando "o vice-presidente e a maioria dos secretários dos departamentos executivos" [ministérios] ou a maioria do Congresso entenderem que "o presidente não está em condições de exercer seus poderes e deveres." A medida precisa ser referendada dentro de 21 dias por dois terços da Câmara e do Senado.

O general John Kelly, ex-ministro-chefe da Casa Civil, revelou que a questão foi discutida no passado, diante de outros abusos de poder de Trump.

Em editorial, o jornal Kansas City Star, da cidade do senador Josh Hawley, que tomou a iniciativa de contestar o resultado da eleição presidencial e cumprimentou manifestantes antes da sessão conjunta do Congresso, "tem sangue em suas mãos".

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Mais de 14,5 milhões de pessoas foram vacinadas

 O Brasil sem vacina volta a registrar mais de mil mortes num dia, enquanto mais 14,56 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a doença do coronavírus de 2019. Foram mais 1.186 mortes e 57.447 casos novos nesta terça-feira. O total de mortes chegou a 197.777 e o de casos confirmados passou de 7,8 milhões. A média de mortes dos últimos sete dias ficou em 723.

No mundo, já são mais de 86,412 milhões e quase 1,8 milhão de mortes. Os Estados Unidos somaram mais 2.048 mortes e mais de 182 mil casos novos em 24 horas. Têm até agora mais d 21 milhões de casos confirmados e 357.145 mortes.

A China deu um sinal de alerta com 63 casos na província de Hebei, perto de Beijim.

O Branco Mundial reduziu de 4,5% para 4% a previsão de crescimento para a economia internacional em 2021. A expectativa para o Brasil é de um avanço de 3%, depois de uma queda de cerca de 4,5% no ano passado.

A China construi fábricas na província de Xinjiang perto de campos de concentração onde interno 1 milhão de muçulmanos, o que pode ser um sinal de que haverá trabalhos forçados.

Nas eleições complementares do estado da Geórgia, um candidato democrata está eleito e o outro lídera a apuração. Se os dois ganharem, o governo Joe Biden pode ter maioria no senado.

Nesta quarta-feira, o Congresso dos EUA recebe os votos do Colégio Eleitoral e certifica a vitória de Biden e Kamala Harris. Acaba a tentativa de golpe do presidente Donald Trump. Meu comentário:

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Reino Unido volta ao confinamento rigoroso para conter a pandemia

 Depois de uma onda de contágio da doença do coronavírus de 2019 causada por uma mutação mais infecciosa, com 50 mil casos novos por dia durante uma semana, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltou a impor hoje um confinamento nacional rigoroso na Inglaterra por pelo menos sete semanas. As escolas voltam a fechar e só devem reabrir em 15 de fevereiro.

 A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, anunciou as mesmas medidas pela manhã. Com a hospitalização acima do pico da primeira onde de contaminação, em abril, a meta é evitar o colapso do Serviço Nacional de Saúde.

Os Estados Unidos registraram um novo recorde de hospitalização, com mais de 128 mil pacientes internados com covid-19.

Mais de 13 milhões de pessoas vacinadas, mais de 9 milhões nos EUA e na China. O Brasil tenta negociar com a Índia. A vacina do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford está sendo fabricada na Índia, que decidiu priorizar seus 1 bilhão 380 milhões de habitantes.

Em tentativa sem precedentes de golpe de Estado, o presidente Donald Trump tenta bloquear a certificação da vitória de Joe Biden no Congresso. Meu comentário:

Trump insiste na tentativa de golpe e tem algum apoio no Congresso

 Em uma tentativa de golpe sem precedente nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump ainda insiste em mudar o resultado da eleição presidencial de 3 de novembro. Todos os ex-secretários da Defesa vivos assinaram uma declaração pedindo uma transição pacífica, sem o envolvimento das Forças Armadas.

Ontem, o jornal The Washington Post divulgou uma gravação de Trump num telefonema de uma hora, no sábado, para pressionar o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, responsável pelas eleições no estado, a achar "11.780 votos" para ele. É um voto a mais do que a vantagem obtida no estado pelo presidente eleito, Joe Biden.

Leia mais em Quarentena News.

Justiça do Reino Unido rejeita pedido de extradição de Assange

 A juíza britânica Vanessa Baraitser negou hoje num tribunal de primeira instância de Londres o pedido dos Estados Unidos para extraditar o anarquista e ciberpirata australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, considerando que "a extradição seria opressiva pelo dano mental que causaria" o rigoroso regime de isolamento a queria submetido, capaz de levá-lo ao suicídio. Cabe recurso da decisão.

Assange é alvo de 18 acusações nos EUA, a maioria com base na Lei de Espionagem, inclusive por roubo de segredos de Estado, conspiração para invadir computadores do governo americano, espionagem e conspiração para espionar.

Através do WikiLeaks, especializado em divulgar ilegalidades cometidas por governos e grandes empresas, Assange divulgou material pirateado pelo soldado Bradley Manning, que depois mudou de sexo para Chelsea Manning. Ela recebeu indulto no fim do governo Barack Obama (2009-17).

Os arquivos incluíam um bombardeio aéreo dos EUA no Iraque que 12 pessoas, inclusive jornalistas, em 2007, despachos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, e mais de 250 mil documentos do Departamento de Estado americano, na maior revelação de arquivos confidencias da história.

Em novembro de 2010, a Suécia emitiu uma ordem de prisão pan-europeia para interrogar Assange por alegações de crimes sexuais apresentadas por duas mulheres. Por medo de que a extradição para a Suécia facilitasse uma segunda extradição, para os EUA, em julho de 2012, o australiano se refugiou como "perseguido político" na Embaixada do Equador no Reino Unido, violando os termos de sua liberdade condicional.

O asilo foi cancelado pelo governo equatoriano de Lenín Moreno. Assange teria usado a embaixada para divulgar, durante a campanha eleitoral de 2016 nos EUA, e-mails da candidata democrata, Hillary Clinton, pirateados pela Rússia, violando os termos do asilo.

Em 11 de abril de 2019, a convite do Equador, a polícia britânica entrou na embaixada e prendeu Assange, que foi condenado a 50 semanas de prisão por violar a liberdade condicional. No mês seguinte, os EUA reforçaram as acusações.

A Suécia desistiu do caso de abuso sexual em novembro de 2019. Resta apenas a extradição para os EUA, criticada pelos jornais The New York Times e The Washington Post com base na Emenda nº1 à Constituição americana, que garante irrestrita liberdade de imprensa. Ninguém pode ser processado por divulgar segredos de Estado, a não ser que ameace efetivamente a segurança nacional, e não por revelar crimes de guerra.

Como comentou o jornalista Owen Jones, do jornal inglês The Guardian, foi "a decisão certa pelas razões erradas." A juíza descartou os argumentos de perseguição política e ameaça à liberdade de imprensa.

O caso é semelhante ao dos Papéis do Pentágono, um documento de 14 mil páginas sobre a Guerra do Vietnã  copiado por Daniel Ellsberg, um funcionário do Departamento da Defesa, e entrega ao jornal The New York Times em 1971. The Washington Post também publicou. Por 6 a 3, a Suprema Corte decidiu que o governo não poderia impedir a divulgação. Esta história foi contada no filme The Post, de Steven Spielberg.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Mortes por covid-19 nos EUA passam de 350 mil

 Com mais 2.973 mortes e 291.384 casos novos registrados no sábado, 2 de janeiro, os Estados Unidos somam 351.223 óbitos e mais de 20,5 milhões casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. Mais de 123,6 mil pacientes estão hospitalizados com covid-19 no país.

No mundo, o total de casos confirmados chegou a 85 milhões, com 1,841 milhão de mortes. Mais de 60 milhões de pacientes foram curados, pouco menos de 23 milhões apresentam sintomas leves e 106,5 mil estão em estado grave.

O Brasil notificou mais 287 mortes e 17.252 casos novos de covid-19, chegando a 196.029 mortes e 7.732.071 casos confirmados. Com o feriadão, a queda no número de mortes pode ser consequência de atrasos nos registros das secretarias estaduais da Saúde.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Mais de 11 milhões foram vacinados contra o novo coronavírus

Enquanto o Brasil não tem nenhuma vacina aprovada, nem seringas e agulhas, mais de 11, 41 milhões tomaram pelo menos a primeira dose contra a doença do coronavírus de 2019. 

A China vacimou 4,5 milhões e os Estados Unidos, 4,23 milhões. Proporcionalmente, Israel está na frente. Já vacinou 12% de sua população de 9,3 milhões de habitantes.

Na América Latina, a Argentina vacinou 32.013 pessoas, o México 25 mil e o Chile 8.648. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz obteve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar 2 milhõs de doses da vacina do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford.

Neste sábado, o Brasil registrou mais 301 mortes, elevando o total para 195.742. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 704. Os casos confirmados são 7,715 milhões.

O número de casos novos num dia no mundo inteiro bateu um recorde em 31 de dezembro, com  752.179. O maior número de mortes num dia foi 15.124, em 30 de novembro. 

Já são mais de 84,5 milhões de casos confirmados e 1,835 milhão de mortos. Mais de 60 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 22,5 milhões apresentam sintomas leves e 106,5 mil estão em estado grave.

Nos EUA, houve mais 147.159 casos novos e 1.917 mortes no dia 1º de janeiro. O país tem o maior número de casos confirmados (20,4 milhões) e de mortes (350 mil).

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Brasil chega 195 mil mortes pela covid-19

 O Brasil notificou no primeiro dia do ano mais 465 mortes e 23.085 casos novos da doença do coronovírus de 2019, elevando o total de óbitos para 195.441 e o de casos confirmados se aproxima de 7,7 milhões. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 704. Pelo segundo dia seguido, voltou a ficar acima de 700.

Depois de 3.462 mortes e 230.045 casos novos em 31 de dezembro, os Estados Unidos ultrapassaram a marca de 20 milhões de casos confirmados e se aproximam de 350 mil mortes por covid-19, de acordo com o jornal The New York Times.

Pelo menos 33 países identificaram a mutação do vírus acusada de acelerar o ritmo de contaminação na Inglaterra. Quase 84 milhões de pessoas pegaram a doença no mundo inteiro e 1,826 milhão morreram. Mais de 59 milhões e meio se recuperaram, cerca de 22,9 milhões apresentam sintomas leves e 106.561 estão em estado grave.

Mais de 9,9 milhões de pessoas foram vacinadas. A China superou os EUA como país que mais vacina: 4,5 milhões. Os EUA vêm em segundo com 2,79 milhões, bem abaixo da meta de 20 milhões até o fim de 2020.

O Reino Unido e Israel vacinaram 1 milhão de pessoas cada um. Proporcionalmente, Israel é o país que mais vacinou, mais de 10% de sua população.