sábado, 31 de outubro de 2020

Mundo tem 573 mil casos de covid-19 num dia e EUA perto de 100 mil

A pandemia do novo coronavírus de 2019 ontem hoje um novo recorde mundial de casos novos num dia: 573 mil. O total de casos confirmados no mundo está em cerca de 46 milhões, com 1,195 milhão de mortes, mais de 33 milhões de pacientes curados, 11,6 milhões têm sintomas leves e mais de 84 mil estão em estado grave.

A três dias da eleição presidencial, os Estados Unidos vivem seu terceiro e pior pico de contaminação pela covid-1. Foram 99.784 casos novos na sexta-feira, uma alta de 42% em duas semanas, e mais de 500 mil novos diagnósticos. Na luta desesperada pela reeleição, o presidente afirma que a doença está dobrando a curva, mas é a maior responsável por sua possível derrota.

Na Europa, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou o reconfinamento do Reino Unido até 2 de dezembro, a exemplo do que fizeram a Irlanda, a República Tcheca, a França, quase toda a Espanha e o Norte da Itália. Todas as lojas não essenciais ficam fechadas, assim como bares, pubs e restaurantes. As escolas e as universidades ficam abertas. O governo britânico vai pagar 80% dos salários dos trabalhadores de baixa renda.

O Brasil registrou mais 340 mortes e 15.203 casos novos neste sábado. O total de mortes chegou a 159.902 em 5,535 mil casos confirmados. A média diária de casos dos últimos sete dias subiu na semana para 21.930, uma advertência de que o país não está livre de uma segunda onda. A média diária de mortes ficou em 425. É estável em patamar elevado.

Mundo registra recorde de 545 mil casos novos de covid-19 num dia

Mais um recorde mundial de casos novos da doença do coronavírus de 2019 num dia foi registrado na quinta-feira: 545.945. O total de casos confirmados no mundo passa de 45,5 milhões, com 1,187 milhão de mortes, 33 milhões de pacientes curados e 82.750 em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos ence
rrados está em 3%.

Os Estados Unidos também bateram recorde de casos novos num dia, mais de 97 mil. O número de contágios em sete dias atingiu outro recorde: mais de 500 mil. Os EUA chegaram a 9 milhões de casos e quase 230 mil mortes, inclusive 2.609 nas últimas 24 horas.

No Brasil, houve 529 mortes e mais de 23 mil casos novos notificados nesta sexta-feira. O total subiu para 159.562 óbitos e 5,5 milhões de casos confirmados. A taxa de desemprego chegou a 14,4% no fim de agosto. Meu comentário:

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Mundo e EUA têm contágio recorde na pandemia

Com mais de 350 mil casos novos, o mundo bateu um novo recorde de contaminação pela doença do coronavírus de 2019. Os Estados Unidos também bateram o recorde de casos novos por dia, 91.290, superado apenas pela Índia semanas atrás. 

A presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, pediu uma ação imediata dos governos para evitar o colapso dos sistemas de saude e que todos os países se preparem para uma grande campanha de vacinação.

"A propagação do vírus vai sobrecarregar nossos sistemas de saúde se não agirmos com urgência", advertiu Von der Leyen durante uma conferência virtual de líderes europeus para coordenar o combate à covid-19. Nas últimas semanas, a Europa voltou a ser o centro da pandemia. As mortes estão perto de 2 mil por dia.

O Reino Unido planeja testar 10% da população a cada semana para combater a covid-19. A Europa estuda se a segunda onda foi causada por uma mutação do coronavíus identificada inicialmente na Espanha.

Mesmo sem um confinamento geral como a França, a Espanha se fecha. Só quatro regiões continuam abertas. O Congresso aprovou a prorrogação do estado de emergência até 9 de maio.

O Brasil registrou 553 mortes e 26.647 contágios nesta quarta-feira. O total de mortes chegou a 159.033 em 4,9 milhões de mortes. A média diária de mortes subiu um pouco para 439. Meu comentário:

Crescimento recorde recupera parte das perdas nos EUA

 A economia dos Estados Unidos cresceu 7,4% no terceiro trimestre, o ritmo mais forte do pós-guerra, mas a recuperação é apenas parcial porque caíra 9% no segundo trimestre sob o impacto da pandemia do novo coronavírus. 

O presidente Donald Trump tenta faturar politicamente. É sua última esperança de se reeleger em 3 de novembro, mas o aumento do contágio vai no sentido contrário.

O produto interno bruto da maior economia do mundo ainda está 3,5% abaixo do nível do fim do ano passado. Mais de 20 milhões de americanos recebem algum tipo de auxílio-desemprego. Com o fim do plano de estímulo e o aumento da contaminação pelo coronavírus, a recuperação perde força.

Enquanto Trump festejava "o maior e melhor [resultado do PIB] da história do país" e prometia que "o próximo ano será fantástico", o ex-vice-presidente Joe Biden, candidato da oposição, contra-atacou. 

"Este relatório sublinha três verdades inescapáveis em relação à economia de Donald Trump: estamos num buraco profundo e o fracasso na ação do presidente significa que o crescimento do terceiro trimestre não basta para sairmos; a recuperação está se desacelerando ou estagnando; e a recuperação ajuda quem está por cima, mas deixa milhões de dezenas de famílias de trabalhadores e pequenos empresários para trás", declarou Biden.

O consumo, especialmente de bens duráveis, aumentou 40,7%. O investimento privado avançou 83%, mas o gastos público caiu 4,5% e o investimento em infraestrutura, 14,5%.

"A realidade é que os números do PIB mostram que a economia americana reagiu fortemente com a suspensão das medidas de confinamento", comentou o economista James McCann, da corretora Aberdeen Standard Investments, citado pelo jornal britânico Financial Times. "Mas como o estímulo passou, as infecções por covid-19 estão aumentando de novo e o Congresso não chega a um acordo sobre um novo pacote de incentivo, estes números positivos não vão durar."

Mais 751 mil americanos entraram com novos pedidos de seguro-desemprego na semana passada, uma queda de 40 mil em relação à semana anterior, num sinal de fraqueza do mercado de trabalho. 

O recorde, de 6,87 milhões, foi registrado em março. O Programa Federal de Assistência na Pandemia, que oferece auxílio para autônomos e microempresários, que não têm direito ao seguro-desemprego federal, teve quase 360 mil novos pedidos.

Com o crescimento do PIB, a Bolsa de Valores de Nova York fechou em alta moderada de 0,5%.

Terrorista muçulmano mata três pessoas a facadas na França

 Um refugiado tunisiano que teria entrado ilegalmente na Europa no mês passado matou três pessoas - duas mulheres e homem - a facadas na Catedral de Nossa Senhora da Assunção de Nice, no Sul da França, e arredores. Uma das vítimas era a chef de cozinha Simone Barreto Silva, uma brasileira de 40 anos residente na França. O assassino, identificado como Brahim Aouissoui, de 21 anos, foi baleado pela polícia e hospitalizado em estado grave.

"É a França que é atacada", reagiu o presidente Emmanuel Macron, que visitou o local. O novo ataque acontece dias depois de um professor secundarista ser degolado por usar caricaturas do profeta Maomé numa aula sobre liberdade de expressão. O terrorista chegou de barco à Ilha de Lampedusa, na Itália, em setembro, e teria entrado na França na véspera do ataque.

A primeira mulher, de 60 anos, foi degolada dentro da igreja. Em seguida, um homem foi ferido mortalmente por várias facadas. A brasileira foi morta dentro de um bar onde tentava de esconder para fugir do assassino. A baiana Simone ia à igreja todas as manhãs.

O terrorista saiu da igreja gritando "Alá ou akbar" (Deus é grande). A Procuradoria Nacional Antiterrorismo abriu inquérito por "homicídio" e "tentativa de homicídio". O ministro do Interior, Gérald Darmanin, ordenou um aumento da vigilância em locais de culto e o governo aumentou de 3 para 7 mil o número de militares que participam da Operação Sentinela.

A França vive um novo período de grande tensão sob ameaça do terrorismo dos extremistas muçulmanos por causa do julgamento do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, em que 12 pessoas foram mortas em 7 de janeiro de 2015. Os dois terroristas foram mortos pela polícia dias depois.

Desde 2 de setembro, 14 réus estão sendo julgados, três à revelia, por colaborar com o ataque ao Charlie Hebdo, que publicara caricaturas do profeta Maomé consideradas ofensivas ao islamismo. O professor Samuel Paty discutiu a questão em sala de aula, provocando reações indignadas de pelo menos um pai e de ativistas muçulmanos nas redes sociais.

Em 17 de outubro, Abdoullakh Abouyezidvitch Anzorov, um refugiado russo de origem chechena, degolou o professor e foi morto pela polícia. O governo francês respondeu tornando ilegais várias associações muçulmanas. 

Vários países de maioria islâmica, entre eles o Egito, o Kuwait e a Turquia lançaram uma campanha de boicote a produtos franceses. O ditador turco, Recep Tayyip Erdogan, foi especialmente agressivo. Agora, manifestou condolências pelo atentado em Nice. Antes do segundo ataque, o ex-primeiro-ministro da Malásia Mahathir Mohamed declarou que "os muçulmanos têm o direito de matar franceses".

O recrudescimento da violência terrorista assombra a França no momento em que o país se prepara para iniciar amanhã um novo confinamento geral para combater a pandemia do coronavírus de 2019, que já matou 36 mil pessoas no país.

Nice tem um passado de terror. Em 14 de julho de 2016, no feriado da data nacional da França, outro terrorista tunisiano atropelou a matou 86 na avenida beira-mar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

França e Alemanha anunciam reconfinamento

 O mundo registrou um novo recorde de casos novos da doença do coronavírus de 2019. Foram 516 mil na terça-feira. A Europa voltou a ser o centro da pandemia, com 44% dos novos contágios e 40% mais mortes do que na semana anterior. A França é o Reino Unido anunciaram recordes de mortes na segunda onda de contaminação que assola o continente.

Na França, o presidente Emmanuel Macron anunciou um novo confinamento geral do país a partir de sexta-feira até 1º de dezembro. As creches e escolas vão continuar funcionando. 

Depois de um recorde de quase 15 mil casos novos nesta quarta-feira, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel impôs um confinamento parcial na Alemanha por um mês.

A média diária de casos novos dos últimos sete dias nos Estados Unidos está em 71 mil. É a maior desde o início da pandemia. As mortes estão em torno de 800 por dia. A seis dias da eleição presidencial, o contágio aumento na maioria dos estados e não está em queda em nenhum deles.

No Brasil, mais 499 mortes e 28.852 casos novos foram notificados nesta quarta-feira. O total está em 158.480 e o de casos confirmados supera 4,9 milhões. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 432. Meu comentário:

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Anticorpos que combatem o coronavírus desaparecem com o tempo

 Os anticorpos produzidos pelo organismo para se defender do coronavírus de 2019 desaparecem com o tempo, indica uma pesquisa realizada de 20 de junho a 28 de setembro no Reino Unido pelo Imperial College de Londres com 365 mil pessoas infectadas na pandemia. Ao longo desse período, o número de pessoas com teste positivo caiu 26,5%.

"Nosso estudo mostra que com o tempo há uma redução na proporção de pessoas que testam positivo para anticorpos. Não está claro qual o nível de imunidade que os anticorpos dão nem quanto tempo esta imunidade dura", declarou o autor do relatório da pesquisa, professor Paul Elliott.

A pandemia está fora de controle na Europa. Nesta quarta-feira, o presidente Emmanuel Macron deve anunciar um reconfinamento de quatro semanas na França. A Alemanha e a Espanha cogitam fazer o mesmo.

No Brasil, houve mais 530 mortes e mais de 29 mil casos novos registrados nesta terça-feira. O total de mortes se aproxima de 158 mil mortes e 5,441 milhões. Meu comentário:

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Europa registra mais 136 mil casos de covid-19 num dia

O total de casos novos diagnosticados da doença do coronavírus de 2019 nesta segunda-feira na Europa foi de 136 mil. A contaminação é maior, mas a taxa de mortalidade caiu. As mortes estão bem abaixo das milhares por dia no pico inicial da covid-19, quando vários países tiveram 900 mortes por dia. Na sexta-feira, foram 1.216 no continente. 

No fim de semana, com 52,1 mil contágios em 24 horas, a França ultrapassou a Espanha e a Argentina para se tornar o quinto país do mundo em número de casos, 1,2 milhão, atrás dos Estados Unidos, da Índia, do Brasil e da Rússia. O presidente do comitê científico que assessora o governo francês, Jean-François Delfraissy, acredita que o número real seja o dobro, cerca de 100 mil infecções por dia, incluindo os casos assintomáticos.

A Espanha notificou 52.188 contágios no fim de semana, 37% a mais do que no fim de semana anterior. O total de casos confirmados chegou a 1,1 milhão, com mais de 35 mil mortes. O primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez decretou estado de emergência por 15 dias no domingo e estendeu o toque de recolher noturno das 23h às 6h a todo o país, menos as Ilhas Canárias.

No Brasil, foram mais 288 mortes e quase 18 mil casos novos, elevando o total para 5,4 milhões de casos confirmados e 157.451 óbitos. Meu comentário:

domingo, 25 de outubro de 2020

Leopoldo López foge da Venezuela e chega à Espanha

Um dos principais líderes da oposição na Venezuela, Leopoldo López, chegou hoje à Espanha depois de sair ontem da residência do embaixador espanhol em Caracas, onde estava refugiado há um ano e meio, e atravessar por terra a fronteira com a Colômbia. 

Principal líder do partido Vontade Popular, López foi preso e condenado a 13 anos, 9 meses, 7 dias e 12 horas por incitar à violência durante uma onda de protestos em que 43 pessoas morreram e mais de 4 mil foram presas, de fevereiro a maio de 2014. Era considerado preso político pelas Nações Unidas, a Anistia Internacional e o Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos). 

O procurador que o denunciou, Franklin Nieves, fugiu para os EUA e afirmou ter sido pressionado pela ditadura de Nicolas Maduro a condená-lo.

Mesmo preso, López chegou a liderar, em setembro de 2016, uma pesquisa para ser o candidato presidencial da oposição. É o chefe político do presidente da Assembleia Nacional, deputado Juan Guaidó, declarado presidente pela maioria oposicionista no parlamento em janeiro de 2019. 

Depois de anos na prisão militar de Ramo Verde, em 8 de julho de 2017, foi para prisão domiciliar. Em 30 de abril do ano passado, López foi libertado durante uma tentativa de sublevar a Força Armada Nacional Bolivarista contra o ditador Nicolás Maduro. Com o fracasso da revolta, refugiou-se na residência do embaixador da Espanha, de onde fugiu no sábado. O governo venezuelana acusa a diplomacia espanhola de facilitar a fuga.

"Venezuelanos, esta decisão não foi fácil, mas tenham a certeza de que podem contar com este servidor para lutar em qualquer lugar", tuitou López ao chegar a Madri, onde se reuniu com a mulher, Lilian Tintori, e os três filhos. "Não vamos descansar e continuaremos trabalhando dia e noite para conquistar a liberdade que todos os venezuelanos merecem."

Economista e político, Leopoldo Eduardo López Mendoza, de 49 anos, foi de 2000 a 2008 prefeito de Chacao, uma cidade rica da Grande Caracas, e a apoiou o golpe contra o presidente Hugo Chávez em 11 de abril de 2002, tornando-se um dos líderes da oposição.

Em 2008, López não pôde concorrer à Prefeitura de Caracas pela Controladoria-Geral da República por irregularidades quando era prefeito de Chacao. A Corte Interamericana de Direitos Humanos, o Tribunal de São José da Costa Rica, decidiu a seu favor por unanimidade, mas o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela não reconheceu o tribunal internacional.

Quando foi formada a Mesa da Unidade Democrática (MUD), a coalizão oposicionista contra o chavismo, Henrique Capriles, que concorreu à Presidência contra Chávez e Maduro, era o mais moderado; López, o mais radical. Hoje, ambos estão proibidos de concorrer.

As três manobras para tentar desestabilizar o regime, nas quais López certamente estava envolvido, a proclamação de Guaidó como presidente interino, uma grande "ajuda humanitária" articulada pelos Estados Unidos e a tentativa de sublevar os quartéis, fracassaram. 

Apesar da crise econômica, agravada pela pandemia, Maduro se mantém no poder e prepara eleições sob encomenda em dezembro para acabar com a maioria oposicionista na Assembleia Nacional, formada nas últimas eleições democráticas na Venezuela, em 6 de dezembro de 2015. Vamos ver qual será o próximo lance de López em Madri.

Chile vota para enterrar Constituição da ditadura militar

Por 78% a 22% dos votos, o Chile decidiu neste domingo redigir uma nova Constituição, enterrando a carta imposta em 1980 pela ditadura do general Augusto Pinochet (1973-90). A ordem econômica será um tema central do debate.

Por 79% a 21%, os eleitores chilenos optaram por uma Assembleia Constituinte exclusiva e paritária entre homens e mulheres, de 155 membros a serem eleitos em 11 de abril de 2021, em vez de uma comissão constitucional com metade dos membros eleita diretamente e outra pelo atual Congresso.

Mais de 7,4% chilenos votaram, cerca de metade do eleitorado apto a votar. Como o voto não é obrigatório no Chile, na última eleição presidencial, em 2017, 46,7% participaram no primeiro turno e 49% no segundo turno. Era, até agora, o maior comparecimento às urnas desde que o voto se tornou facultativo, em 2012.

"Hoje triunfaram a cidadania e a democracia, e a paz prevaleceu sobre a violência", declarou o presidente conservador Sebastián Piñera no Palácio de La Moneda, em Santiago. "Este plebiscito não é o fim, é o começo de um caminho que devemos percorrer todos juntos."

A Assembleia Constituinte terá nove meses para elaborar um projeto de Constituição a ser submetido a um referendo em 2022. Para a televisão pública britânica BBC, "é um passo muito importante para restabelecer o equilíbrio social."

O Chile foi palco de uma onda de manifestações de protesto que começaram em 7 de outubro, um dia depois de um aumento nos preços do metrô de Santiago, e se espalharam por outras 12 cidades importantes. Pelo menos 34 pessoas morreram em choques entre a polícia e manifestantes. Em 19 de outubro, Piñera decretou estado de emergência e toque de recolher noturno na capital.

A revolta popular cresceu com protestos contra a desigualdade social, a privatização dos serviços públicos, inclusive de educação, saúde e previdência, a alta do custo de vida (Santiago é a segunda capital mais cara da América Latina), as baixas aposentadorias,  o custo elevado de remédios e tratamentos de saúde, e o descrédito generalizado dos políticos.

Foram os maiores protestos desde a ditadura do general Pinochet. A maior manifestação reuniu 1,2 milhão de pessoas na capital, Santiago do Chile. Pela primeira vez desde a redemocratização, o Exército saiu às ruas para reprimir manifestações. Era natural que a ordem constitucional imposta pelo ditador em 1980 fosse questionada.

Pinochet chegou ao poder em 11 de setembro de 1973 num golpe militar que levou à morte do presidente socialista Salvador Allende, eleito três anos antes em coligação com os comunistas. Começava uma era de terror em que pelo menos 3.105 pessoas foram mortas, centenas de milhares presas e torturados ou fugiram para o exílio.

Na economia, Pinochet cercou-se de Chicago boys, assessores formados na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, a meca do neoliberalismo, impôs seu modelo econômico ao Chile, privatizou a educação e a previdência social, e tornou o Estado subsidiário. O Estado só atua onde a iniciativa privada não tem interesse. A Constituição de 1980 institucionalizou o pinochetismo.

Outro plebiscito, em 5 de outubro de 1988, derrotou o general Pinochet, que pretendia governar por mais um mandato presidente. A primeira eleição presidencial democrática desde 1970 foi realizadas em 14 de dezembro de 1989 e vencida pelo democrata-cristão Patricio Aylwin, à frente de uma aliança de 16 partidos, a Concertação, liderada pela Democracia Cristã e o Partido Socialista. Ele tomou posse em 11 de março de 1990, pondo fim à ditadura militar.

"Não foram 30 pesos! Foram 30 anos!", gritava a multidão nas ruas de Santiago. A maior manifestação reuniu 1,2 milhão de pessoas na Praça Itália e a até 4 quilômetros de distância em 26 de outubro. 

Sob pressão das ruas, o atual presidente, que no primeiro momento chamara os manifestantes de marginais e inimigos do Chile, convocou um plebiscito constitucional. Em 27 de dezembro, anunciou a data de 26 de abril. 

A pandemia do novo coronavírus obrigou-o a mudar a data. No primeiro momento, o Chile parecia ter controlado a covid-19, mas em abril o número de casos novos voltou a aumentar e a situação saiu de controle. É o quinto país da América do Sul tanto em número de casos confirmados (502 mil) e de mortes, pouco menos de 14 mil.

EUA têm 89 mil casos novos de covid-19 e a França 52 mil

 Os Estados Unidos registraram ontem um novo recorde nacional de 89 mil casos novos num dia da doença do coronavírus de 2019, uma alta de 32% em duas semanas, enquanto a França notificou um novo máximo por dia de 52,1 mil diagnósticos em 24 horas e ultrapassou a Espanha e a Argentina. É o quinto país com maior número absoluto de casos confirmados (1,13 milhão), atrás de EUA, Índia, Brasil e Rússia.

No mundo inteiro, são 42,9 milhões de casos confirmados e 1.152.770 mortes. Mais de 31,5 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 10 milhões estão em tratamento com sintomas leves e 77.731 estão em estado grave.

O Brasil notificou mais 237 mortes e 12.535 casos novos neste domingo. Soma um total de 157.163 mortes e 5.393.759 casos confirmados de covid-19. A média diária dos últimos sete dias ficou em 468, mantendo a tendência de baixa.

Com seu terceiro pico de contágio, os EUA têm agora 8,6 milhões de diagnósticos e mais de 225 mil mortes por covid-19. Cinco assessores do vice-presidente Mike Pence testaram positivo para o novo coronavírus, mas ele não vai entrar em quarentena. Continua fazendo campanha para a eleição de 3 de novembro.

O principal epidemiologista do país, Dr. Anthony Fauci, atacado presidente Donald Trump na semana passada, acredita que, se uma vacina for aprovada antes do fim do ano, a vacinação em massa, capaz de controlar a doença, será realizada no segundo ou no terceiro trimestre do próximo ano.

A Itália também anunciou um novo recorde, com 21.273 casos novos em 24 horas. O primeiro-ministro Giuseppe Conte ordenou o fechamento das academias de ginástica e das piscinas. Os bares e restaurantes têm de parar de servir às 18 horas, mas podem oferecer comida e bebida para levar ou para entregar.

O primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez aproveitou os poderes do estado de emergência para impor um toque de recolher noturno de 23h às 6h na Espanha, menos nas Ilhas Canárias.

A Holanda também bateu próprio recorde. Pela primeira vez, teve mais de 10 mil contágios notificados num dia, 10.203 exatamente. Desde 14 de outubro, o país está em confinamento parcial.

As Filipinas chegaram a 370 mil casos e quase 7 mil mortes.

Pandemia reacelera com novos recordes na Europa e nos EUA

 Mundo se aproxima de 500 mil casos novos por dia e 43 milhões no total

Com novos picos de contágio nos Estados Unidos e em vários países da Europa, a pandemia do coronavírus de 2019 registrou um novo recorde casos novos por dia na sexta-fira, 23 de outubro: 490.059. As mortes no mesmo dia foram 6.845, longe do máximo, 8.515 em 17 de abril. Mas a reaceleração ameaça de novo sobrecarregar os hospitais, aumentar o número de mortes e prejudicar a recuperação da economia.

Leia mais em Quarentena News.

sábado, 24 de outubro de 2020

Mundo tem novo recorde com mais de 490 mil casos num dia

A pandemia do coronavírus de 2019 bateu um novo recorde ontem, com a notificação de 490.059 casos novos no mundo inteiro, que tem agora, 42,5 milhões de casos confirmados, 1.148.490 mortes, mais de 31 milhões de pacientes curados, mais de 10 milhões com sintomas suaves e mais de 77 mil em estado grave

Os Estados Unidos registraram um recorde de 85.085 contágios diagnosticados na sexta-feira, uma alta de 34% em duas semanas. Só a Índia teve mais casos novos em 24 horas, 97.884 em 17 de setembro. A hospitalização aumenta em 38 dos 50 estados americanos. Há pelo menos 40 mil pacientes de covid-19 internados e 8 mil em terapia intensiva.

No Brasil, foram comunicadas mais 398 mortes e 25.574 casos novos neste sábado, elevando o total para 156.926 mortes e 5.381.224 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 462, mantendo a tendência de queda.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

EUA têm novo recorde com mais de 80 mil casos num dia

Os Estados Unidos registraram hoje pela primeira vez mais de 80 mil casos da doença do coronavírus de 2019. Até agora, o máximo havia sido 76.687, em 16 de julho. Foram mais de 75 mil casos novos e mil mortes na quinta-feira e 81,4 mil nesta sexta-feira. Em 38 dos 50 estados americanos, a hospitalização por covid-19 aumenta. Má notícia para a reeleição do presidente Donald Trump.

Com mais 556 mortes e quase 30 mil casos novos registrados nesta sexta-feira, o Brasil soma agora mais de 156,5 mil mortes e 5,355 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 471, com tendência de queda.

No mundo, são mais de 42 milhões de casos confirmados e mais de 1,143 milhão de mortos, com 31 milhões de pacientes curados e 76,5 mil estão em estado grave. Meu comentário:

Trump e Biden fazem último debate civilizado e equilibrado

Presidente não obteve vitória para virar o jogo, que ainda não acabou

No último debate antes da eleição presidencial de 3 de novembro, o presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente Joe Biden fizeram ontem à noite em Nashville, no estado do Tennessee, um duelo equilibrado e muito mais civilizado do que o primeiro, sem um nocaute. 

Líder nas pesquisas, Biden teve a clara preocupação de não se comprometer. Os temas mais polêmicos foram pandemia, saúde, corrupção, racismo e meio ambiente. Com os Estados Unidos polarizados e a opinião pública cristalizada, a expectativa é que não haja grande mudança no eleitorado. Cerca de 50 milhões já votaram antecipadamente.

Mais uma vez, Biden se apresentou como um homem decente, de caráter. Acusou Trump de ser "o presidente mais racista da história moderna do país" e de não pagar impostos, e previu um "inverno escuro", com o agravamento da pandemia do coronavírus de 2019 e possivelmente mais 200 mil mortes nos EUA.

Trump perguntou por que o candidato democrata não fez tudo o que promete nos 47 anos em que ficou no Senado e quando era vice-presidente nos governos Barack Obama (2009-17) e afirmou que uma vitória da oposição vai causar "uma recessão nunca vista". Atacou o que o outro não fez e não revelou o que pretende fazer num segundo mandato, além de recuperar a economia.

Leia mais em Quarentena News.

Brasil têm mais mortes de covid-19 do que UE

 O número de mortes pela doença do coronavírus de 2019 está em queda no Brasil, mas, apesar da segunda onda na Europa, ainda é maior do que o da União Europeia, que tem uma população mais de duas vezes maior. De 1º a 17 de outubro, o Brasil registrou cerca de 17,1 mil mortes e a UE, 9,1 mil.

Mesmo contando o Reino Unido, que deixou o bloco europeu, houve mais mortes no Brasil. Desde o início da pandemia, foram cerca de 156 mil mortes no Brasil e 152 mil na União Europeia e no Reino Unido.

Os Estados Unidos poderiam ter evitado 130 a 210 mil mortes pela covid-19, conclui um estudo da Universidade de Colúmbia comparando com Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia do Sul e França.

Com novo recorde no número de casos novos num dia, a França se tornou o segundo país europeu, depois da Espanha, a superar a marca de 1 milhão de casos confirmados. A Alemanha, a Itália, a Holanda, a Dinamarca, a Croácia, a Eslovênia e a Bósnia bateram o mesmo recorde. Meu comentário:

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Espanha chega a um milhão de casos confirmados da covid-19

 A Espanha é o primeiro país europeu a ultrapassar a marca de 1 milhão de casos diagnosticados da doença do coronavírus de 2019. É o mais atingido pela segunda onda da pandemia na Europa, que registrou 927 mil casos novos em uma semana. Até agora, tem mais de 34 mil mortes. É o terceiro país do mundo em mortes por habitante, depois do Peru e da Bélgica e logo à frente do Brasil.

A Europa Oriental, que não sofreu tanto na primeira onda, enfrenta um momento difícil, com recordes de contaminação na Polônia e na República Tcheca.

Os Estados Unidos notificaram até hoje 8,333 milhões de casos e mais de 222 mil mortes, e a contaminação não está em queda em nenhum estado.

No dia em que o Brasil passou de 155 mil mortes, sob pressão de seguidores nas redes sociais e diante da propaganda do governador João Dória, um possível adversário na eleição de 2022, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que anunciara na véspera a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa. Meu comentário:

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Coronavírus causa aumento de 300 mil mortes no ano nos EUA

A pandemia do coronavírus de 2019 provocou 300 mil mortes a mais do que esperado neste ano nos Estados Unidos, estimou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país. Dois terços morreram de covid-19 e o resto de outras causas, inclusive a dificuldade de tratar outras doenças. O impacto foi muito maior entre negros e latinos, mas a pesquisa também revela um "excesso de mortes" de 26,5% na faixa etária de 25 a 44 anos.

Com 60.590 casos novos e 929 mortes notificadas nesta terça-feira, mais do que a Índia, os EUA se aproximam de 8,3 milhões de casos confirmados e somam mais de 221 mil mortes.

No mundo inteiro, são 40,73 milhões de casos confirmados e 1,124 milhão de mortes. Mais de 30,6 milhões de pessoas se curaram, 9,2 milhões têm casos suaves e 77 mil estão em estado grave.

O Brasil notificou mais 662 mortes e 23.690 casos novos hoje. Tem agora 154.888 mortes e 5,275 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 546. Meu comentário:

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

EUA chegam a 220 mil mortes e Trump chama Dr. Fauci de "idiota"

No dia em que os Estados Unidos atingiram a marca de 220 mil mortes pela doença do coronavírus de 2019, o presidente Donald Trump ofendeu o principal epidemiologista do país, Dr. Anthony Fauci, chamando-o de "idiota" e um "desastre". 

Trump não gostou porque o epidemiologista não viu com surpresa a contaminação do presidente, que desestimula o uso de máscaras e promove eventos sem distanciamento físico.

O Brasil registrou mais 341 mortes e 18.586 casos novos da covid-19, elevando o total para 154.226 mortes e 5,251 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 502.

No mundo inteiro, o total de casos diagnosticados chegou a 40,344 milhões e o de mortes a 1.117.539. Mais de 30 milhões de pacientes foram curados, 9 milhões estão em tratamento com sintomas leves e 72.805 estão em estado grave.

Em artigo no jornal inglês Financial Times, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que a cobertura universal de saúde é a maior garantia e prevenção contra pandemias. Meu comentário:

França protesta contra terrorista após degola de professor que usou charges de Maomé

 Curso sobre liberdade de expressão e Estado laico deflagrou crime hediondo

Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Paris e de outras cidades da França neste domingo em defesa da liberdade de expressão e para homenagear o professor Samuel Paty, degolado a 300 metros da escola em Conflans-Sainte-Honorine, nos arredores da capital, na sexta-feira por Abdouallakh Abouyezidvitch Anzorov, um refugiado russo de origem chechena de 18 anos, por discutir em sala de aula as charges do profeta Maomé.

O assassino não estava na lista de 10 mil suspeitos de extremismo no país e foi morto pela polícia com nove tiros. Ele pagou centenas de euros a alunos para identificar o professor e descobrir seus horários de trabalho. Publicou na Internet uma foto da cabeça cortada e uma ameaça ao presidente Emmanuel Macron: "Em nome de Alá, o todo misericordioso, muito misericordioso, para Macron, o dirigente dos infiéis, matei um dos cães do inferno que ousaram rebaixar Maomé."

Leia mais em Quarentena News.

Candidato socialista ganha eleição no primeiro turno na Bolívia

O ex-ministro de Economia e Finanças Luis Alberto Arce Catacora, responsável pelo milagre econômico boliviano, do Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente Evo Morales, venceu a eleição presidencial na Bolívia no primeiro turno. 

De acordo a pesquisa de boca de urna da empresa Ciesmori para a Unitel (Universal de Televisão), Arce recebeu 52,4% dos votos contra 31,5% para o ex-presidente Carlos Mesa, da Comunidade Cidadã, e 14,1% para Luis Fernando Camacho, da aliança ultradireitista Creemos.

As eleições escolhem um novo presidente e uma nova Assembleia Nacional com legitimidade popular para superar a crise gerada pela anulação da eleição presidencial de 20 de outubro do ano passado e a renúncia do presidente Evo Morales, em 10 de novembro, sob pressão das Forças Armadas, da Polícia e da Central Operária Boliviana (COB), em meio a protestos por fraude eleitoral atestada por missão da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Os resultados oficiais saem daqui a alguns dias, mas a presidente interina, Jeanine Áñez e o ex-presidente Jorge Quiroga, que chegou a se lançar candidato e desistiu, cumprimentaram Arce como presidente eleito. Mesa reconheceu a derrota na manhã desta segunda-feira.

No discurso da vitória, Arce prometeu fazer um governo de união nacional e retomar as reformas econômicas e sociais da era Morales, quando o país cresceu acima de 5% ao ano, o produto interno bruto passou de US$ 9,5 bilhões a US$ 40,8 milhões e a pobreza caiu de 60% para 37% da população, hoje de 11,7 milhões de habitantes. 

Do exílio na Argentina, o ex-presidente festejou o triunfo: "Todos os dados conhecidos até agora sinalizam a vitória do MAS", que também terá maioria na Câmara e no Senado. Ele presidente voltar ao país "cedo ou tarde".

Primeiro índio a presidir a Bolívia, Morales chegou ao poder em janeiro de 2006 como líder do movimento indígena e dos produtores de folha de coca uma cultura tradicional dos nativos da Cordilheira dos Andes depois de um período de instabilidade e queda de presidentes. Convocou uma Assembleia Constituinte para tornar a Bolívia um Estado plurinacional, reconhecendo as nações indígenas. Reelegeu-se em 2009, sob a nova Constituição, e em 2014, ganhando sempre no primeiro turno.

Como a Constituição só permitia uma reeleição, Morales convocou um referendo e perdeu, em fevereiro de 2016, por 51,3% a 48,7%. Mesmo assim, não desistiu. Recorreu ao Tribunal Constitucional Plurinacional com base na Convenção Interamericana de Direitos Humanos, e decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, o Tribunal de São José, na Costa Rica, que considerou o direito de ser candidato um direito fundamental.

Em outubro do ano passado, a apuração preliminar apontava um segundo turno quando o sistema parou de funcionar na noite da eleição. Ao reiniciar a contagem no dia seguinte, Morales disparou na frente e foi declarado vencedor. A missão da OEA apontou várias irregularidades, como urnas com todos os votos no mesmo candidato e urnas com todos os votos preenchidos pela mesma pessoa para favorecer o presidente.

Diante de uma onda de protestos violentos, com mortes, Morales primeiro aceitar realizar nova eleição presidencial e insistiu em ser candidato. No mesmo dia, foi pressionado a renunciar. Com ataques a suas propriedades, refugiou-se em 12 de novembro no México, que denunciou sua queda como um golpe de Estado. Em 12 de dezembro, dois dias depois da posse do presidente peronista Alberto Fernández, foi para a Argentina.

Junto com Morales, renunciaram o vice-presidente Álvaro García Linera e os presidentes e vice-presidentes da Câmara e do Senado, deixando o país acéfalo. Assumiu a presidência a 2ª vice-presidente do Senado, Jeanine Áñez, que prometeu não se candidatar, acabou se candidatando e desistiu para fortalecer a candidatura anti-MAS.

Por causa da pandemia, as eleições foram adiadas duas vezes. Ativistas do MAS e do movimento indígena chegaram a bloquear estradas para pressionar o governo interino. Em julho, o Tribunal Supremo Eleitoral marcou as eleições para este domingo.

A Bolívia é o quarto país do mundo em número de mortes de covid-19 por habitante, excluindo os micropaíses São Marinho e Andorra, atrás apenas do Peru, da Bélgica e da Espanha, logo à frente do Brasil. O fracasso do governo interino da direita no combate à pandemia e o caos dos últimos meses deram a vitória ao MAS. Áñez prometera fazer apenas um governo de transição até novas eleições, mas tentou tomar medidas impopulares como uma reforma trabalhista e a digitalização da educação.

O partido socialista boliviano se mostrou maior do que Morales. Pela análise de um comentarista político boliviano, o eleitor que não votou nele em outubro do ano passado por discordar de uma terceira reeleição voltou ao MAS por causa dos princípios e dos valores do partido, e do sucesso da economia sob a liderança de Arce como ministro.

O presidente eleito é mais moderado do que Morales. Não citou o ex-presidente no discurso da vitória. Prometeu unir o país e governar para todos os bolivianos. O vice-presidente David Choquehuanca é mais radical. É um defensor incondicional da ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela. Por isso, foi preterido para a Presidência pelo mais pragmático Arce.

A vitória do MAS é mais uma derrota da política externa do governo Jair Bolsonaro. Depois da queda de Morales, o chanceler Ernesto Araújo chegou a receber Camacho, o candidato da extrema direita nessas eleições bolivianas.

domingo, 18 de outubro de 2020

China cresce 4,9% em sinal de recuperação pós-pandemia

Num sinal de recuperação pós-pandemia, a China cresceu 4,9% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período no ano passado. Depois de sofrer uma queda histórica no primeiro trimestre, sob o impacto da doença do coronavírus de 2019, que começou na cidade chinesa de Wuhan, a economia do país avançou 3,2% no terceiro trimestre.

O crescimento ficou abaixo da expectativa de mercado, que esperava 5,3%, mas indica que a China pode estar retomando o ritmo de crescimento de 6% ao ano anterior à pandemia. Enquanto o resto do mundo ainda sofre, o país onde tudo começou 

A China deve ser a única grande economia do mundo a crescer neste ano. O Fundo Monetário Internacional prevê uma queda de 4,4% na produção mundial. Para a China, a previsão é de uma alta de 1,9% no produto interno bruto, a soma de toda a riqueza produzida no país menos as importações.

O comércio exterior chinês voltou a se expandir, com alta nas exportações e nas importações. No mês passado, a produção industrial cresceu 6,9%, maior avanço no ano, e as vendas ao exterior aumentaram 10%. As vendas no varejo apontavam uma fraqueza do mercado interno, mas subiram 3,3% em setembro. O desemprego está em 5,4%, mas não considera quem não está procurando emprego.

Com mais 195 mortes e 8.874 casos registrados neste domingo, o Brasil chegou a 153.885 óbitos e 5.232.541 casos confirmados de covid-19; 4.650.030 pessoas se recuperaram e 2.362 mortes estão sob investigação. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 483, com tendência de baixa.

O mundo se aproxima de 40 milhões de casos confirmados, com 1.112.558 mortes, mais de 30 milhões de pacientes curados e 71.995 em estado grave. 

Nos EUA, houve mais 679 mortes e 52.774 casos novos em 24 horas. Até agora, são 8,155 milhões de casos confirmados e o total mortes está perto de 220 mil. 

A Índia teve mais 61.871 casos novos registrados no domingo. Soma agora 7,5 milhões de casos confirmados e 114.642 mortes.

sábado, 17 de outubro de 2020

Mundo bate recorde com quase 400 mil casos novos de covid-19 num dia

O mundo registrou no dia um recorde de 397.183 novos diagnósticos da doença do coronavírus de 2019. Assim, o total de casos chegou a 38,6 milhões de casos confirmados e 1,108 milhão de mortes. Mais de 29,6 milhões de pessoas se recuperaram e 71.416 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, foram notificados mais 909 mortes e 70.451 casos novos na sexta-feira, alta de 29% em suas semanas, superando a Índia, que registrou 67.708 contágios ontem e 62.212 no sábado, quando morreram 837 pessoas. 

As redes sociais do presidente Donald Trump ajudaram a difundir um terço das notícias falsas sobre a covid-19, concluíram pesquisadores da Universidade Cornell, com sede em Ítaca, nos Estados Unidos.

Com mais 461 mortes e 22.097 casos novos neste sábado, o Brasil soma agora 153.690 óbitos e 5.233.667 casos confirmados da pandemia. A média diária dos últimos sete dias voltou a cair, desta vez para 493, o que indica tendência de queda.

Jacinda Ardern conquista vitória consagradora na Nova Zelândia

O Partido Trabalhista, da primeira-ministra Jacinda Ardern, obteve uma ampla vitória, conquistando 49% dos votos. Pela primeira vez, desde que a Nova Zelândia adotou o sistema de votação proporcional, em 1993, um partido vai governar sozinho. 

Ardern, considerada a melhor líder nacional do mundo no combate à doença do coronavírus de 2019, declarou ter recebido "um mandato para acelerar nossa resposta e nossa recuperação. Começamos amanhã." O país, de 5 milhões de habitantes, teve 25 mortes por covid-19.

Mais cedo, Judith Collins, a líder do Partido Nacional, de centro-direita, que conseguiu apenas 26,8% dos votos, prometeu uma "oposição robusta" e "cobrar o governo pelas promessas falidas".

No novo Parlamento neo-zelandês, os trabalhistas elegeram 64 dos 120 deputados, os nacionalistas 35, o Partido Verde 10, o libertário ACT 10 e o Partido Maori, do povo originário das ilhas, deve voltar com uma cadeira.

Europa concentra maioria dos casos novos da covid-19

 Com 716 mortes e mais de 30,5 mil casos confirmados da doença do coronavírus de 2019, o Brasil chegou nesta sexta-feira a 123 mil mortes e 5,2 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 505. Se as mortes e os casos novos estão em queda no Brasil, o aumento da contaminação na Europa e nos Estados Unidos alertam para o risco de uma segunda onda.

A Europa concentra a maior quantidade de contágios. Nos últimos 14 dias, registrou 100 mil casos novos por dia. Os EUA ultrapassaram a marca de 8 milhões de casos confirmados. Desde o início da pandemia, houve 39 milhões de casos confirmados e 1,1 milhão de mortes.

A economista-chefe do Banco Mundial, Carmen Reinhart, adverte para o risco de uma crise financeira internacional por causa do endividamento dos governos no combate à pandemia. Meu comentário:

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Novos recordes de contágio indicam que pandemia está longe do fim

 Europa concentra maior número de casos, com menos mortes do que na primeira onda

Enquanto os números de novos diagnósticos e de mortes pela doença do coronavírus de 2019 caem no Brasil, novos recordes de contaminação na Europa e nos Estados Unidos deixam claro que a pandemia está longe de ser controlada. 

Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde anunciou um novo recorde de casos novos, 383.588, com 6.007 mortes, abaixo do recorde de 8.516 óbitos em 17 de abril. Desde o início da pandemia, houve 39 milhões de casos e 1,1 milhão de mortes.

A Europa registra cerca de 100 mil casos novos por dia há 14 dias. Leia mais em Quarentena News.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Contágio na Europa é o maior desde início da pandemia, diz OMS

Com mais de 100 mil novos diagnósticos por dia desde a semana passada, o contágio na Europa é o maior desde o início da pandemia do coronavírus de 2019, declarou hoje em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dos 27 países da União Europeia, 16 são zonas vermelhas por causa do alto risco de contaminação e cinco estão fora desta classificação por cores por "falta de dados sobre testes".

O Brasil, com 734 mortes e 29.498 casos registrados nesta quarta-feira, chegou a 152.531 mortes e 5,171 casos confirmados da covid-19. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 497, 29% abaixo de duas semanas atrás.

No mundo, são 38,8 milhões de casos e quase 1,1 milhão de mortes. Mais de 29 milhões de pacientes foram curados e 70.898 estão em estado grave. A Índia registra 67.708 casos novos num dia e os Estados Unidos, 59.713. Meu comentário:

Macron decreta emergência e impõe toque de recolher em Paris

 No meio de uma segunda onda de contaminação na Europa, com mais de 100 mil contágios por dia na semana passada, a França volta a decretar estado de emergência. Juntas, a Espanha, a França e o Reino Unido tiveram mais casos novos na semana passada do que os Estados Unidos. 

A partir de sábado, por um período de quatro semanas, Paris e outras oito cidades francesas terão toque de recolher noturno das 21h às 6h. A medida poderá ser prorrogada até 1º de dezembro.

No Brasil, foram registradas mais 716 mortes e 26.675 casos novos, elevando o total para 151.776 mortes e quase 5,2 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu mais um pouco para 496.

No mundo inteiro, são de 38,7 milhões de casos confirmados e o total de mortes se aproxima de 1,1 milhão. Meu comentário:

terça-feira, 13 de outubro de 2020

EUA têm alta de 21% no contágio em duas semanas

Os Estados Unidos registraram mais de 54 mil casos novos da doença do coronavírus de 2019 nesta terça-feira. É uma alta de 21% em duas semanas. O contágio aumenta ou está elevado em 44 dos 50 estados americanos. O país tem 8 milhões de casos confirmados e 220 mil mortes. Cerca de 5,2 milhões de americanos se recuperaram.

Com mais 354 mortes e 12.220 casos novos registrados nesta terça-feira, o Brasil chegou a 151.063 mortes e 5,115 milhões de casos confirmados. Pelas previsões da Universidade de Washington em Seattle, deve atingir a marca de 180 mil mortes até o fim do ano. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 499. É a menor desde 7 de maio.

No mundo inteiro, já são mais de 38 milhões de casos e 1,09 milhão de mortes. Mais de 28,85 milhões de pacientes foram recuperados e pouco menos de 70 mil estão em estado grave. Meu comentário:

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Média diária de mortes por covid-19 no Brasil é a menor desde maio

O Brasil registrou mais 203 mortes e 8.624 casos novos da doença do coronavírus de 2019. Soma agora 5.103.408 casos confirmados e 150.709. A média diária de mortes caiu 562. É a menor desde 10 de maio. O pico foi 1.097 em 25 de julho. A América Latina e o Caribe tem mais de 10 milhões de casos confirmados.

A Organização Mundial da Saúde reconheceu a redução do contágio e das mortes no Brasil, mas o diretor de emergência, Mark Ryan, adverte que não é momento de complacência. A queda não significa que a pandemia está controlada. O vírus está circulando. Se as medidas de proteção forem relaxadas, a contaminação volta a aumentar.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, atribuiu a duração da pandemia à falta de liderança das grandes potências mundiais: "Se você tomar como exemplo as Nações Unidas, não funcionam sem a liderança global dos países, principalmente das grandes potências. Elas têm de dar um passo a frente e liderar, o que não é o caso nesta pandemia, que assim continua."

No mundo inteiro, já são cerca de 38 milhões de casos confirmados e 1.085.091 mortes. Mais de 28,5 milhões pacientes se recuperaram, muitos com sequelas de longo prazo, e 69.111 estão em estado grave, cerca de 1% do total em tratamento. Dez países têm 70% dos casos, entre os EUA, o Brasil, a Índia, a Rússia, a Colômbia e a Espanha. Nos últimos dias, a França, a Rússia, o Nepal vários estados americanos bateram seus recordes de casos novos. 

Com mais 44.333 casos novos num dia, um aumento de 15% em duas semanas, os Estados Unidos chegaram a 8 milhões de casos confirmados e 220.010 mortes. Dos 50 estados americanos, em 31 há tendência de alta. A Índia notificou mais 66.732 novos contágios e 816 mortes. Desde o início da pandemia, tem quase 7,2 milhões de casos confirmados e quase 110 mil mortes.

No Reino Unido, onde houve quase 14 mil casos novos num dia, o primeiro-ministro Boris Johnson criou três níveis diferentes de confinamento, de acordo com o risco de contágio. O país será dividido de acordo com o nível de alerta em médio, alto e muito alto. Em Liverpool, os bares e academias de ginastica foram fechadas por causa do alto risco.

A maioria dos moradores da Inglaterra vive em áreas de médio risco, declarou Johnson, que está sob pressão da ala mais à direita do Partido Conservador para não impor novas medidas de restrição ao movimento de pessoas e a atividades econômicas.

A China vai testar toda a população de Qingdao, 9 milhões de pessoas, depois que foram descobertos 12 casos de transmissão local na cidade. Depois do rigoroso confinamento de 11 semanas em Wuhan, onde a pandemia começou, a China tem usado testagem em massa para descobrir onde está o vírus, isolando os contaminados e rastreando quem teve contato com ele para erradicar a covid-19.

Americanos ganham Nobel de Economia por inventar novas formas de leilões

Os acadêmicos americanos Paul Milgrom, de 72 anos, e Robert Wilson, de 83 anos, pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos, foram agraciados hoje com o Prêmio Nobel de Economia de 2020 por "melhoramentos na teoria dos leilões e pela invenção de novos formados de leilões", que permitiram leiloar bens e serviços difíceis de vender, anunciou em Estocolmo e Academia Real de Ciências da Suécia.

Seu trabalho deu resultado prático, beneficiou "compradores, vendedores, contribuintes, usuários e a sociedade como um todo", declarou Tommy Andersson, do comitê do Nobel. "Os projetos foram implementados no mundo todo para vender frequências de rádio, cotas de pesca e direitos de aterrissagem em aeroportos."

Ao receber a notícia, Wilson prometeu guardar sua metade do prêmio em dinheiro (5 milhões de coroas suecas = R$ 3,15 milhões) para a mulher e os filhos e confessou nunca ter participado de um leilão. Ele contribuiu para a reengenharia do sistema elétrico com suas tarifas multidimensionais.

Wilson concluiu que os compradores tendem a oferecer inicialmente menos do que o valor dos produtos ou serviços em leilão por medo de pagar caro demais, especialmente quando estão mal informados. O contrário é a chamada maldição do comprador, quando ele realmente paga mais do que o valor real

Milgrom se especializou no mercado de telecomunicações, de leilões de frequências do espectro eletromagnético, criou uma consultoria nesta área e também pesquisou os mercados de diamantes, madeira, gás natural e software. Concluiu que os compradores tendem a pagar menos no modelo britânico, que parte de um preço mínino, do que no holandês, onde o preço começa alto e pode cair.

Num mundo onde parte do faturamento do Google vem de leilões digitais e empresas como eBay universalizaram os leilões por objetos, seus estudos pioneiros ajudaram, por exemplo, governos a administrar melhor os leilões nos mercados de eletricidade, telecomunicações e petróleo.

A premiação deste ano consolida o domínio dos EUA no Prêmio Nobel de Economia. Dos 86 premiados até hoje, 45 eram americanos. Só duas mulheres ganharam até hoje: a americana Elinor Ostrom, em 2009, e a francesa Esther Duflos, em 2019, por seu trabalho no combate à pobreza e à desigualdade social.

domingo, 11 de outubro de 2020

Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias em algumas superfícies

O novo coronavírus sobrevive até 28 dias em notas de dinheiro, telas de telefone celular e aço inoxidável, mais do que acreditava antes, indicam estudos da agência nacional de ciência da Austrália. 

No mundo inteiro, são 37,38 milhões de casos confirmados, com 1,075 milhão de mortes. Mais de 28 milhões de pacientes se recuperaram e 68.711 estão em estado grave.

Com mais 270 mortes e 12.139 casos novos registrados neste domingo, o Brasil chegou a 150.506 óbitos e se aproxima de 5,1milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 590, em queda em relação a duas semanas atrás.

Os Estados Unidos têm um total de 7,761 milhões de casos confirmados, com mais de 51 mil casos novos em 24 horas, e pouco menos de 215 mil mortes. A Índia teve mais 74.383 casos, chegando a 7,119 milhões de casos registrados e mais de 109 mil mortes.

sábado, 10 de outubro de 2020

Brasil chega a 150 mil mortes pela pandemia do coronavírus

Mais 554 mortes e 34.650 casos foram notificados hoje no Brasil da doença do coronavírus de 2019. Desde o início da pandemia, são 5.091.840 casos confirmados e 150.236 mortos. É o terceiro maior número de mortes vA média diária de mortes dos últimos sete dias está em 604.

O total de casos confirmados no mundo passou de 37 milhões, com 1.071.046 mortes. Mais de 28 milhões de pacientes foram curados e 68.641 estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados esta estável há mais de um mês em 4%.

Os Estados Unidos têm ao todo mais de 7,7 milhões de casos confirmados e mais de 214 mil mortes. A Índia registrou 73.272 casos novos. É o país onde o contágio é maior hoje. Chegou a 7 milhões de casos confirmados e mais de 108 mil mortes. Neste ritmo de contaminação, vai ultrapassar os EUA.

No 10º dia da doença, o presidente Donald Trump saiu do isolamento e fez um evento da campanha eleitoral no jardim da Casa Branca. Os médicos afirmaram que ele não tem mais sintomas e não transmite a doença.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Mundo tem novo recorde com 350 mil casos novos de covid-19 num dia

O número de casos novos da doença do coronavírus de 2019 atingiu novo recorde hoje com 350 mil casos, sendo mais de 70 mil na Índia e 56 mil nos Estados Unidos. O segundo debate entre os candidatos foi suspenso porque o presidente Donald Trump rejeitou um debate virtual, à distância. Mesmo doente, o presidente vai fazer um evento de campanha neste sábado na Casa Branca.

No mundo inteiro, são 36,8 milhões de casos confirmados e 1,067 milhão de mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Mais de 27,8 milhões de pacientes foram curados e 68,2 mil estão em estado grave.

Com mais 658 mortes e 27.651 casos novos, o Brasil soma 149.634 e 5,055 milhões de casos confirmados. A média diária dos últimos sete dias ficou em 609. Meu comentário:

Programa Mundial de Alimentos ganha o Prêmio Nobel da Paz

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), criado em 1961 e em ação desde 1963 para combater a fome no mundo, foi agraciado hoje com o Prêmio Nobel da Paz de 2020 por "seus esforços na luta contra a fome [inclusive como consequência da pandemia], sua contribuição pela melhoria das condições para a paz e por atuar como força motriz nos esforços visando a impedir o uso da fome como arma de guerra", anunciou hoje em Oslo a presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss Andersen.

É a maior agência de ajuda humanitária do mundo. A cada ano, fornece alimentos a 90 milhões de pessoas em 80 países, inclusive 58 milhões de crianças. Tem sede em Roma, na Itália, junto com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, da sigla em inglês). Seu objetivo é erradicar a fome e a desnutrição dando ajuda alimentar para:

  1. Salvar vidas em campos de refugiados e outras situações de emergência;
  2. Melhorar a alimentação e a qualidade de vida dos povos mais vulneráveis; e
  3. Ajudar no desenvolvimento de recursos próprios e na autossutentabilidade de povos e de comunidades pobres.

"Até o momento em que tivermos uma vacina, o alimento é a melhor vacina contra o caos", declarou Andersen. "A pandemia do coronavírus contribuiu para um forte aumento no número de vítimas da fome no mundo", observou o comitê. "O PMA demonstrou uma capacidade impressionante de intensificar seus esforços diante da crise.

Ao prover segurança alimentar, o programa da ONU ajuda a manter a estabilidade e a paz. Na América Latina, na África e na Ásia, combinou a ação humanitária com os esforços pela paz, acrescentou o comitê.

Leia mais em Quarentena News.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Americana ganha Nobel de Literatura por poesia intimista e universal

 Num resultado inesperado, a escritora americana Louise Glück, de 77 anos, professora da Universidade de Yale, foi laureada com o Prêmio Nobel de Literatura de 2020 por "sua voz poética inconfundível, que com sua beleza austera torna a existência individual universal", anunciou hoje em Estocolmo a Academia Real da Suécia. É a 16ª mulher agraciada. Já havia recebido vários prêmios literários. Em 2003, foi nomeada poeta laureada dos Estados Unidos.

"Em seus poemas, o eu escuta o que resta de seus sonhos e ilusões, e ninguém pode ser mais duro do que ela para enfrentar as ilusões do eu", apresentou o presidente do comitê encarregado de atribuir o prêmio, Anders Olsson. "É cândida e intransigente, e sinaliza que esta poeta gosta de ser entendida". Ao mesmo tempo, "é cheia de humor e de uma sagacidade mordaz".

Neta de judeus que emigraram da Hungria, foi a primeira pessoa da família a nascer nos EUA, em Nova York, em 1943. Seus pais liam mitologia clássica para ela na hora de dormir. As histórias de deuses e heróis gregos a fascinam.

Glück escreveu os primeiros poemas aos cinco anos. Na adolescência, sofreu de anorexia, o que depois atribuiu à obsessão com pureza e controle. Quase morreu de fome antes de fazer psicoterapia. Publicou seu primeiro poema, Firstborn (Primogênita), em 1968. Logo, foi reconhecida como uma das poetas mais importantes da literatura americana contemporânea.

Leia mais em Quarentena News.

Brasil se aproxima de 150 mil mortes pela covid-19

 O Brasil registrou mais de 730 mortes e 27.182 contágios pela doença do coronavírus de 2019. Soma agora mais de 149 mil mortes e de 5 milhões de casos desde que a pandemia chegou aqui. A média diária de mortes caiu bem abaixo do pico de mais de mil mortes por dia. É estável num patamar elevado: 610. Tendo em vista a segunda onda na Europa, a situação melhorou, mas está longe de ficar sob controle. À medida que as pessoas vão relaxando, o vírus volta a circular com maior velocidade.

No mundo inteiro, houve mais de 300 mil casos novos num dia, novo recorde, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS), O total de casos confirmados de covid-19 passou de 36,5 milhões, com 1,062 milhão de mortes. Mais de 27,6 milhões de pacientes se recuperaram e cerca de 68 mil estão em estado grave.

Na Europa, foram notificados 100 mil casos novos num dia. A Itália, o primeiro país do mundo a entrar em quarentena coletivamente, chegou a ser considerado exemplo e agora voltou a ter mais de 4 mil casos novos por dia.

Com o aumento da contaminação na zona rural. a Índia chegou a 6,9 milhões de casos confirmados e 106,5 mil mortos. Meu comentário:

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Vice de Biden acusa governo Trump "pelo maior fracasso na história dos EUA"

Senadora Kamala Harris e vice-presidente Mike Pence fazem debate civilizado, sem nocaute

A morte de mais de 210 mil americanos na pandemia do novo coronavírus é "o maior da história do governo dos Estados Unidos", afirmou hoje a senadora Kamala Harris, do Partido Democrata. Foi o primeiro ataque ao vice-presidente Mike Pence no único debate dos candidatos a vice na eleição de 3 de novembro. Pence alegou que poderia ser muito pior, não fossem as medidas tomadas pelo governo Donald Trump.

Afinal, um debate civilizado, depois do primeiro de três debates previstos entre os candidatos à Presidência, em 29 de setembro, um fiasco. Trump interrompeu o vice-presidente 77 vezes. Foi chamado de palhaço, mentiroso, racista e pior presidente da história. Há mais dois debates programa entre eles, em 15 e 22 de outubro, dependendo da recuperação do presidente da covid-19.

Kamala Harris mostrou-se capaz de ser presidente, mas apostou na segurança. Sua chapa leva uma vantagem de 10 pontos percentuais na média das pesquisas. Primeira mulher negra, de origem africana e indiana, a disputar a eleição presidencial dos EUA por um grande partido, tentou não parecer uma mulher raivosa como Trump a descreveu quando foi indicada.

Pence deu o recado de Trump, a favor da polícia em defesa da lei e da ordem diante das acusações de racismo. Alertou que revogar impostos pode prejudicar a economia, que a pandemia poderia ser muito pior e que a recuperação está a caminho. Não respondeu se proibiria o aborto no estado de Indiana, onde foi governador, nem como pretende garantir a cobertura de pessoas com doenças preexistentes, uma das bases do programa de saúde do governo Barack Obama, que Trump tenta destruir desde que chegou à Casa Branca.

Harris não revelou se a chapa democrata pretende amplicar a Suprema Corte para neutralizar as nomeações de juízes conservadores pelo governo atual. Seus focos foram atacar o governo em relação à pandemia, à economia e ao desemprego.

Leia mais em Quarentena News.

Brasil já é o quarto país com maior número de mortes por habitante

Com mais 733 mortes e 31.404 casos novos registrados nesta quarta-feira, o Brasil chega a 148.305 mortes e mais de 5 milhões de casos confirmados da pandemia do coronavírus de 2019. Já é o quarto país em número de mortes por habitante, tirando São Marinho, que é estatisticamente irrelevante, atrás apenas do Peru, da Bélgica e da Bolívia. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 631.

No mundo inteiro, são mais de 36 milhões de casos confirmados e quase 1,055 milhão de mortes. Mais de 27 milhões de pacientes se recuperaram e 67.426 estão em estado grave. Os Estados Unidos têm mais de 7,5 milhões de casos confirmados e quase 212 mil mortes.

Enquanto a Europa enfrenta uma segunda onda de contaminação cresce em mais da metade dos estados americanos, a China não tem um caso de transmissão local há mais de 50 dias. Houve 12 casos nos últios dias, todos importados. Há 213 pacientes em tratamento no país, só um grave. Meu comentário:

Duas mulheres ganham Nobel de Química por pesquisas sobre 'tesouras moleculares'

As geneticistas francesa Emmanuelle Charpentrier e americana Jennifer Doudna levaram o Prêmio Nobel de Química de 2020 por pesquisas sobre as chamadas tesouras moleculares, capazes de fazer edições precisas do DNA (ácido desoxirribonucleico) alterando o genoma, o conjunto de genes dos seres vivos. 

Seus estudos permitiram reescrever o "código da vida", o que "contribui para o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer e pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias", anunciou hoje em Estocolmo a Academia Real de Ciências da Suécia.

"Estou na Lua. Estou chocada", reagiu a Drª Doudna, bioquímica e professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos. Há oito anos, ela e a Drª Charpentrier, hoje diretora da Unidade do Instituto Max Planck para a Ciência dos Patógenes, em Berlim, na Alemanha, publicaram seu primeiro ensaio acadêmico sobre o sistema CRISPR-Cas9.

As CRISPR (Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas) são um mecanismo de defesa natural de bactérias. Quem deu esse nome foi Francisco Mojica, microbiólogo da Universidade de Alicante, na Espanha, em 2000. Cas9 é uma proteína associada, uma enzima que fatia o material genético.

Leia mais em Quarentena News.

Eddie van Halen, grande guitarrista da história do rock, morre de câncer

Eddie van Halen, o imigrante holandês que foi menino para a Califórnia e fundou com seu irmão uma grande banda com o sobrenome dos dois que vendeu 65 milhões de discos, morreu ontem aos 65 anos depois de dez anos de luta contra um câncer na garganta. 

Van Halen chegou depois dos maiores, Jimi Hendrix, Jimmy Page, Eric Clapton, mas deixou sua marca na história do rock, tocando com as duas mãos no braço da guitarra. Ele foi o guitarrista de Thriller, talvez o maior sucesso de Michael Jackson.

A revista americana Rolling Stone, uma bíblia do rock, publicou uma entrevista inédita com ele e 20 de seus melhores solos.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Trump rompe negociação de plano de estímulo

O presidente Donald Trump manda o Partido Republicano suspender as negociações no Congresso sobre um novo plano de estímulo para a economia dos Estados Unidos. A prioridade do presidente é aprovar a nomeação da desembargadora federal Amy Coney Barrett para a Suprema Corte. Enquanto isso, 140 mil pequenas empresas americanas faliram durante a pandemia e não abre mais.

A maioria do Partido Democrata na Câmara dos Representantes aprovou um pacote econômico de US$ 2,4 trilhões, quase R$ 13,42 trilhões, com ajuda a pessoas, pequenas empresas, o setor aéreo, estados e municípios. A maioria republicana no Senado apresentou uma proposta de US$ 1,6 trilhão, cerca de R$ 8,945 trilhões.

Trump alegou que a Câmara quer dar dinheiro para governos democratas incompetentes que já tinham problemas financeiros antes da pandemia e prometeu um grande plano de estímulo se ganhar a eleição presidencial de 3 de novembro. As bolsas de valores caíram no mundo inteiro. 

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, defensora dos programas de incentivo, advertiu que a covid-19 é uma "calamidade que está longe do fim". E o presidente do banco central dos EUA, Jay Powell, observou que "um estímulo pequeno é pior do que um grande demais".

O total de casos nos EUA está em quase 7,5 milhões de casos confirmados e 211 mil mortes. No mundo inteiro, já são 35,731 milhõescasos confirmados e 1,048 milhão de mortes.

Com 798 mortes e 30.454 casos novos, o Brasil chegou a 147.494 mortes e 4.970.953 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias está em 652. Meu comentário:

Pesquisas sobre buracos negros dão Nobel de Física a astrofísicos

Estruturas de grande força gravitacional engolem tudo o que chega muito perto

O britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez ganharam hoje o Prêmio Nobel de Física de 2020 por estudos sobre buracos negros, estruturas maciças com uma força gravitacional tão grande que absorvem tudo o que chega perto, inclusive a luz.

Leia mais em Quarentena News.

Azerbaijão vai à guerra para retomar Nagorno-Karabakh

 Enclave armênio é mais uma herança maldita do ditador soviético Josef Stalin

O conflito armado entre a Armênia e o Azerbaijão se agravou no fim de semana. As duas ex-repúblicas soviéticas se acusam de alvejar populações civis. Bombardeios armênios atingiram Ganja, a segunda maior cidade azerbaijana, sede da base aérea de onde teriam partido ataques contra a região de Nagorno-Karabakh (Alto Karabakh), um enclave de maior armênia em território reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão. Perto dali, passam gasodutos e oleodutos que levam petróleo e gás do Azerbaijão para a Turquia e a Europa.

Pelo menos 400 pessoas morreram desde o início das hostilidades, em 27 de setembro. Mais poderoso, com uma população mais de três vezes maior, rico em petróleo e gás, o Azerbaijão, apoiado pela Turquia, exige a retirada incondicional dos armênios de Nagorno-Karabakh e arredores. A Armênia aposta numa solução diplomática por interferência da Rússia, com que tem um tratado de defesa. Moscou mantém no país duas bases militares da era soviética.

Leia mais em Quarentena News.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Trump sai do hospital dizendo para não temer coronavírus

Em mais um show de arrogância e prepotência, o presidente Donald Trump saiu hoje do Centro Médico Walter Reed, um hospital militar nos arredores de Washington, e posou para as câmeras na Casa Branca sem máscara depois de dizer no Twitter para não os americanos não terem medo do novo coronavírus e não se deixarem dominar pela doença que infectou quase 7,5 milhões e a matou mais de 210 mil no país.

Mais cedo, o médico da Casa Branca, Dr. Sean Conley, afirmou que o presidente está se recuperando bem da doença do coronavírus de 2019, mas se negou a dar detalhes, inclusive a última vez que o teste de Trump deu negativo. É direito do paciente nos Estados Unidos exigir do médico sigilo sobre sua situação de saúde. No caso do presidente, o interesse é porque ele pode ter propagado o vírus.

No Brasil, houve mais 398 mortes e 25.293 casos novos registrados nas últimas 24 horas. O total de mortes subiu para 146.773 e o de casos confirmados para mais de 4,94 milhões. A média diária de mortes ficou estável em 659.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% da população mundial, cerca de 780 milhões de pessoas tiveram contato com o novo coronavírus. Meu comentário:

Descoberta do vírus da hepatite C dá Prêmio Nobel de Medicina de 2020

Um grande avanço da ciência que permite erradicar uma doença mortal

Três cientistas, os médicos americanos Harvey Alter e Charles Rice e o britânico Michael Houghton, foram agraciados hoje com o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2020 por identificar o vírus da hepatite C. É uma doença silenciosa transmitida pelo sangue que afeta cerca de 71 milhões de pessoas no mundo inteiro e causa cirrose e câncer no fígado, matando cerca de 400 mil pessoas por ano. Eles vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 6,168 milhões.

"Antes do trabalho deles, as descobertas dos vírus das hepatites A e B foram decisivos", declarou em Estocolmo o Comitê do Nobel do Instituto Karolinska, da Academia Real de Ciências da Suécia. "A descoberta do vírus da hepatite C revelou a causa dos outros casos de hepatite crônica e tornou possível o desenvolvimento de exames de sangue e de novos medicamentos que salvaram milhões de vidas. Pela primeira vez, a doença pôde ser curada, criando a esperança de erradicar o vírus da hepatite C."

O tratamento atual, com dois comprimidos por dia tomados durante 12 semanas, cura 95% dos casos. No Brasil, estima-se que haja 600 a 700 mil casos e de 15 a 20 mil mortes por ano pela doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece os medicamentos de graça. Todas as pessoas que fizeram grandes cirurgias há mais de 20 anos, receberam transfusões de sangue antes de 1995 ou usaram drogas injetáveis devem fazer o exame.

Leia mais em Quarentena News.

domingo, 4 de outubro de 2020

Mundo chega a 35 milhões de casos confirmados de covid-19

Depois de um recorde nacional de 12.872 casos no sábado, o Reino Unido registrou neste domingo mais 22.961 casos novos da doença do coronavírus de 2019, alguns casos antigos não notificados, ultrapassando 500 mil casos confirmados. A França bateu seu recorde com 17 mil casos no sábado. Paris voltou a ser uma área de alerta máxima. Os bares fecham a partir de terça-feira.

No mundo inteiro, o total de casos superou os 35 milhões, com 1.035.208 mortes. Mais de 26,5 milhões de pacientes foram curados e 66.291 estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados é de 4%.

Em Bethesda, no estado de Maryland, o presidente Donald Trump saiu de carro rapidamente do Centro Médico Walter Reed, o hospital militar onde está internado, e acenou aos seguidores que foram até lá para lhe dar apoio. O médico da Casa Branca, Dr. Sean Conley, admitiu que o presidente recebeu oxigênio na sexta-feira e previu a alta para amanhã. 

No sábado, o ex-governador de Nova Jérsei Chris Christie, que ajudou Trump a se preparar para o debate com candidato democrata à Casa Branca, o ex-vice-presidente Joe Biden, revelou ter pego o vírus.

Os Estados Unidos têm de 4,7 milhões de casos confirmados e 209,8 mil mortes. No Brasil, houve mais 364 mortes e 9.049 casos novos registrados neste domingo. No total, o país soma 4.915.289 casos confirmados e 146.352 óbitos. A média de mortes nos últimos sete dias ficou em 657.

sábado, 3 de outubro de 2020

Chefe da Casa Civil admite que situação de Trump preocupa

Pouco depois que o médico da Casa Branca, Dr. Sean Conley, declarou que o presidente Donald Trump está "passando bem", o ministro-chefe da Casa Civil dos Estados Unidos, Mark Meadows, revelou que o momento é "muito preocupante". 

Os sinais vitais do presidente apresentaram problemas nas últimas 24 horas. Ele teria recebido oxigênio. Os próximas 48 horas serão importantes. Trump tem 74 anos e é obeso, dois fatores de risco para a doença do coronavírus de 2019.

O médico da Casa Branca falou que o presidente estava doente há 72 horas quando a notícia só havia sido revelada há 36 horas, na madrugada de sexta-feira. Isso indica que o governo segurou a informação. Seria mais prudente ter entrado em contato com dezenas, talvez centenas, de pessoas que tiveram contato com Trump nos últimos dias.

Sete pessoas que estiveram na Casa Branca há uma semana para a cerimônia oficial de apresentação da juíza Amy Coney Barrett, nomeada pelo presidente para a Suprema Corte, pegaram o coronavírus. A imensa maioria das pessoas não usava máscara e não havia distanciamento. Estavam todos perto uns dos outros. Depois, houve uma recepção.

Mesmo depois de pegar a covid-19, Trump seria contra o uso obrigatório de máscaras na Casa Branca. A Ala Oeste, onde funciona o governo dos EUA, é um emaranhado de escritórios e corredores construídos dentro de um prédio histórico. A proximidade entre as pessoas é inevitável.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Trump é internado em hospital militar com covid-19

No fim da tarde, o presidente Donald Trump foi levado de helicóptero para o Centro Médico Walter Reed, um hospital militar em Bethesda, no estado de Maryland, nos arredores de Washington, onde ele usou máscara pela primeira vez em público, em 11 de julho.

Mais cedo, a Casa Branca informou que o presidente e a primeira-dama, Melania Trump, apresentavam sintomas suaves da doença do coronavírus de 2019 e estavam em quarentena, trabalhando. Antes de ir para o hospital, Trump enviou uma mensagem de vídeo para seus seguidores no Twitter, noticiou o jornal digital The Hill.

O vice-presidente Mike Pence, a segunda-dama, o candidato da oposição na eleição de 3 de novembro, o ex-vice-presidente Joe Biden, e a vice na chapa do Partido Democrata, a senadora Kamala Harris, fizeram o exame e o resultado deu negativo. Não têm o coronavírus. Meu comentário:

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Trump e mulher pegam o coronavírus e entram em quarentena

O presidente Donald Trump e a primeira-dama Melanie Trump fizeram hoje testes da doença do coronavírus de 2019 depois que Hope Hicks, uma assessora próxima que viajou com eles de helicóptero e no avião presidencial, testou positivo. 

Hicks entrou em quarentena, como recomenda o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). O presidente revelou há pouco no Twitter que ele e a primeira-dama pegaram o vírus. Terá de fazer quarentena em plena campanha eleitoral.

"Vamos sair dessa juntos", tuitou o presidente. Politicamente, a doença recoloca a covid-19 e o fracasso do governo americano em conter a pandemia no centro da campanha eleitoral a 32 da eleição. É péssimo para Trump. Ele falou em "gripezinha". Quando o país tinha 15 casos, afirmou que em breve não teria nenhum, Hoje, soma 7,278 milhões de casos e 207.878 mortes.

No Brasil, foram registradas mais 881 mortes e 35.643 casos novos, elevando o total de óbitos para 144.767 e o de casos confirmados para 4,85 milhões. A média diária dos últimos sete dias está em 698. Meu comentário: