Num resultado inesperado, a escritora americana Louise Glück, de 77 anos, professora da Universidade de Yale, foi laureada com o Prêmio Nobel de Literatura de 2020 por "sua voz poética inconfundível, que com sua beleza austera torna a existência individual universal", anunciou hoje em Estocolmo a Academia Real da Suécia. É a 16ª mulher agraciada. Já havia recebido vários prêmios literários. Em 2003, foi nomeada poeta laureada dos Estados Unidos.
"Em seus poemas, o eu escuta o que resta de seus sonhos e ilusões, e ninguém pode ser mais duro do que ela para enfrentar as ilusões do eu", apresentou o presidente do comitê encarregado de atribuir o prêmio, Anders Olsson. "É cândida e intransigente, e sinaliza que esta poeta gosta de ser entendida". Ao mesmo tempo, "é cheia de humor e de uma sagacidade mordaz".
Neta de judeus que emigraram da Hungria, foi a primeira pessoa da família a nascer nos EUA, em Nova York, em 1943. Seus pais liam mitologia clássica para ela na hora de dormir. As histórias de deuses e heróis gregos a fascinam.
Glück escreveu os primeiros poemas aos cinco anos. Na adolescência, sofreu de anorexia, o que depois atribuiu à obsessão com pureza e controle. Quase morreu de fome antes de fazer psicoterapia. Publicou seu primeiro poema, Firstborn (Primogênita), em 1968. Logo, foi reconhecida como uma das poetas mais importantes da literatura americana contemporânea.
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