quarta-feira, 30 de junho de 2021

Fim da pandemia na América Latina está num futuro distante, alerta OPAS

A doença do coronavírus de 2019 está declinando na América do Norte, mas o fim da pandemia na América Latina e no Caribe “continua num futuro distante”, advertiu hoje a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne. A OPAS desaconselha viagens de turismo na região.

O Brasil voltou a notificar mais de 2 mil mortes hoje, mas o contágio e os óbitos mantêm a tendência de queda. Foram 2.127 mortes e 47.038 diagnósticos positivos, chegando a 18.559.164 casos novos e 518.246 óbitos.

Com um total de 55.280 mortes, junho foi o quarto pior mês da pandemia no Brasil, atrás de abril, março e maio deste ano. A redução das mortes de idosos é o resultado da campanha de imunização. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 22% em 14 dias para 1.572. A média diária de casos novos dos últimos sete dias baixou 21% para 55.484. Desde 27 de abril, as duas médias não apresentavam tendência de queda no mesmo dia.

Ao todo. no mundo, são 182.151.657 casos confirmados e 3.945.969 mortes. Mais de 167 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 11,1 milhões enfrentam casos leves ou médios e 79.221 estão em estado grave.

A Índia registrou nesta quarta-feira um aumento pequeno no número de casos novos (48.786) e de mortes (1.005). O país tem o segundo maior número de casos confirmados (30.411.634) e de óbitos (399.459). Acredita-se que haja uma grande subnotificação.

O Ministério da Saúde do México estimou que o número de mortes de covid-19 no país seja 60% maior do que o anunciado até agora: 233.047, o quarto maior do mundo, depois dos Estados Unidos, do Brasil e da Índia.

Nos EUA, mais 13.775 diagnósticos positivos e 287 mortes foram notificadas nesta quarta-feira. A média diária de casos novos dos últimos sete dias deu uma estabilizada, com queda de 10% em duas semanas para 11.466, enquanto a média diária de mortes mantém a tendência de baixa. Caiu 20% em duas semanas para 256.

Mais de 3,04 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo inteiro; 23,4% da população mundial tomaram ao menos uma dose. Mais de 41 milhões de doses estão seno aplicadas por dia. Só 0,9% dos moradores nos países pobres receberam alguma vacina.

A China lidera, com 1,24 bilhão de doses aplicadas até agora. A Índia ultrapassou os EUA: 335,7 milhões. Nos EUA, foram 335,6 milhões; 180,7 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 154,9 milhões (46,7% estão plenamente vacinados). O Brasil chegou a 99,87 milhões de doses; 73,57 receberam a primeira dose e 26,27 milhões (12,33% da população brasileira) estão plenamente vacinados.

Percentualmente, os países que mais vacinaram plenamente são Israel (60%), Bahrein (58%), Chile (54%), Hungria (51%), Reino Unido (48%), Uruguai (47%) e EUA (46,7%). Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 30 de Junho

    Em 1520, diante de uma revolta dos astecas, as forças do conquistador Hernán Cortez se retiram de Tecnochtitlán, hoje Cidade do México. Na Noite Triste, muitos soldados morreram afogados quando um navio que levava os espanhóis e os tesouros recebidos e roubados naufragou no Lago Texcoco. O imperador Montezuma II também morreu na revolta.

Cortez voltou a atacar a capital do Império Asteca em maio de 1521. Depois de três meses de cerco, com a ajuda de uma epidemia de varíola, tomou Tenochtitlán para a coroa espanhola, que rebatizaria o país como Vice-Reino da Nova Espanha.

    Em 1934, Adolf Hitler promove um expurgo dentro do Partido Nacional-Socialista Trabalhista da Alemanha na Noite das Facas Longas. Centenas de nazistas que o Führer temia que pudessem se tornar inimigos foram assassinados. Entre os principais alvos, estavam as tropas de choque do partido nazista, as SA, que o haviam ajudado a chegar ao poder, em 1933.

    Em 1960, depois de 75 anos de um colonialismo brutal, o Congo declara independência da Bélgica sob a liderança do primeiro-ministro Patrice Lumumba, que se aproxima da União Soviética. Logo, começa uma guerra civil com a tentativa de separação das províncias de Catanga e Cassai do Sul. Lumumba foi deposto e assassinado.

As Nações Unidas mandaram sua primeira missão de paz ao país. Pela primeira, soldados da ONU entraram em combate e o sueco Dag Hammarskjöld tornou-se o único secretário-geral a morrer no exercício do cargo, num acidente de avião durante visita para tratar da crise do Congo.

    Em 1964, aos 26 anos, o bailarino soviético Mikhail Baryshnikov pede asilo ao Canadá durante uma turnê do Balé Kirov, de Leningrado. Depois de uma articulação com amigos, no fim de uma apresentação em Toronto, antes de entrar no ônibus, o bailarino parou para dar autógrafos a um grupo de fãs e saiu correndo. O carro de resgate estava a quadras de distância. Os fãs saíram atrás, ajudando-o a escapar da polícia política da União Soviética, o KGB (Comitê de Defesa do Estado).

terça-feira, 29 de junho de 2021

Hoje na História do Mundo: 29 de Junho

    Em 1941, a ofensiva da Alemanha nazista em três frentes na União Soviética toma Riga, a capital da Letônia, e cerca o exército inimigo em Minsk, a capital da Bielorrússia, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Apesar do Pacto Germano-Soviético, um tratado de não agressão assinado em 23 de agosto de 1939 para dividir a Polônia e deixar a URSS tomar as repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia), o ditador Josef Stalin considera inevitável a guerra contra a Alemanha por causa da incompatibilidade ideológica entre comunismo e nazismo. Mas acredita que Adolf Hitler não ordenaria a invasão antes de conquistar o Reino Unido. Foi surpreendido

Depois de perder a Batalha da Inglaterra, uma batalha aérea travada de 10 de julho a 31 de outubro de 1940, e o resto da Europa Ocidental sob seu controle, Hitler se volta para a frente oriental. Ao invadir a URSS, comete seu maior erro, que custou a derrota e a vida. Como Napoleão Bonaparte em 1812, subestimou a capacidade de resistência e luta do povo russo.

A Alemanha invadira a URSS uma semana antes. Em 22 de junho de 1941, 150 divisões alemãs entraram na pátria do comunismo com a cobertura da Luftwaffe, a Força Aérea nazista, que tinha superioridade aérea, e avançaram em três frentes: ao norte, rumo a Leningrado, hoje São Petersburgo; no centro, em direção a Moscou; ao sul, para Kiev, a capital da Ucrânia.

Com a ajuda de seus aliados finlandeses e romenos, a blitzkrieg, a guerra-relâmpago baseada na aviação e em tanques rápidos logo conquistou uma grande área do território soviético. Em 29 de junho, caíam Riga e Ventspils, na Letônia, 200 aviões soviéticos eram abatidos e os alemães estão fechando o cerco a três exércitos inimigos.

Era um duelo entre os maiores ditadores da história. De um lado, os generais alemães advertiram Hitler de que não teriam condições de cuidar de prisioneiros durante a invasão da URSS. Os inimigos presos seriam sumariamente executados. Por outro lado, Stalin não aceitava a rendição nem o recuo. Quem recuasse seria executado.

Em meados de outubro, Moscou e Leningrado estavam sitiadas. O Cerco de Leningrado foi uma das grandes batalhas da Segunda Guerra Mundial. Durou cerca de 900 dias, de 8 de Setembro de 1941 a 27 de Janeiro de 1944. A cidade passou fome. Os pais não deixavam os filhos saírem de casa porque havia um mercado negro de carne humana.

A ofensiva nazista foi contida na frente sul, na Batalha de Stalingrado, talvez a mais importante da história, travada de 23 de agosto de 1942 a 2 de fevereiro de 1943. A partir daí, o Exército Vermelho lançou a contraofensiva que terminou em Berlim em 8 de maio de 1945, fim da guerra na Europa.

    Em 1958, a seleção brasileira conquista sua primeira Copa do Mundo ao vencer a Suécia em Estocolmo por 5-2, com craques como Pelé, de apenas 17 anos, Garrincha, Didi, o craque da Copa, e Nílton Santos. Com 6 gols, Pelé foi a revelação da Copa.

    Em 1967, Mick Jagger e Keith Richards, os líderes dos Rolling Stones, foram levados a julgamento por uso de drogas depois de uma operação policial numa casa de Richards

A promotora tentou atribuir o fato de Marianne Faithful, namorada de Jagger, vestir apenas uma pele de urso ao uso de maconha. Keith considerou normal e respondeu: "Não somos velhos. Não estamos preocupados com um moralismo mesquinho." Virou um dos porta-vozes da geração rebelde dos anos 1960.

Mick foi preso com quatro comprimidos de anfetamina que havia comprado na Itália. Foi condenado a três meses de cadeia com direito a recorrer em liberdade. O caso de Keith era mais grave. Ele foi acusado de deixar usarem sua casa para consumo de drogas, condenado e sentenciado a um ano de prisão. No dia da sentença, saiu direto do tribunal para a prisão e Wormwood Scrubs. Foi recebido pelos outros presos como um astro do rock. E só ficou uma noite. No dia seguinte, conseguiu liberdade mediante pagamento de fiança.

Mais tarde, o caso foi anulado porque a tentativa de associar a seminudez de Marianne Faithful ao consumo de drogas foi considerada preconceituosa.

    Em 1972, por 5 a 4, a Suprema Corte considera inconstitucional a pena de morte do jeito em que era aplicada, por violar a Emenda nº 8 da Constituição dos Estados Unidos como "punição cruel e incomum". Mas não foi uma vitória dos defensores da abolição da pena capital. O supremo tribunal federal americano sugeriu que poderia aceitá-la se houvesse padrões uniformes para júris e juízes decidirem e métodos menos cruéis de execução.

Com 66% dos americanos a favor da pena de morte na época, em 1976, a Suprema Corte restabeleceu a pena morte. O primeiro executado, no ano seguinte, foi Gary Gilmore, condenado por matar um casal de idosos que se negou a lhe emprestar um carro no ultraconservador estado de Utah.

    Em 1974, a vice-presidente María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, assume a Presidência da Argentina diante do estado terminal do marido Juan Domingo Perón, o líder populista que até hoje, 47 anos depois de sua morte, em 1º de julho daquele ano, domina a política do país.

O coronel Perón participou de um golpe militar em 1943. Virou ministro do Trabalho e depois vice-presidente e ministro da Guerra. Afastado em 9 de outubro de 1945 num golpe dentro do golpe, voltou nos braços do povo (sonho de todo populista) sob pressão dos sindicatos e de sua carismática amante, a atriz María Eva Duarte, a Evita. 

Em 17 de outubro, uma data magna do peronismo, Perón fez seu primeiro discurso do balcão da Casa Rosada para uma multidão estimada em 300 mil pessoas. Quatro dias depois, Perón, que era viúvo, casou com Evita, formando o casal que até hoje domina a política argentina.

Com a promessa de um salariaço aos trabalhadores, Perón foi eleito presidente com 52,4% dos votos em 1946. O aumento no salário salarial deflagrou uma grande alta no consumo: as vendas de fogões aumentaram 106%, de geladeiras 218%, de calçados 133%, de discos fonográficos 200% e de rádios 600%, incentivadas por programas de redistribuição da renda e de crédito barato. Entre 1945 e 1948, a economia cresceu a um recorde de 8,5% ao ano, enquanto os salários reais cresceram 46%.

Perón foi reeleito com 62% em 1951. Evita chegou a ser cotada para vice. Sob pressão conservadora, não foi indicada. Ela morreu aos 33 anos, em 26 de julho de 1952 de câncer de útero, como a primeira mulher de Perón, Aurelia Tizón.

A terceira mulher de Perón, Isabelita, 35 anos mais moça do que ele, era bailarina no Panamá quando conheceu o general no Natal de 1955, exilado depois do golpe militar de 16 de setembro daquele ano, que os golpistas chamam de Revolução Libertadora.

Atraído por sua beleza, o general viu nela a companheira de que sentia falta desde a morte da segunda mulher, sua grande paixão. Perón voltou à Argentina em 1973 e ganhou a eleição para um terceiro governo de menos de nove meses em meio a uma crise econômica e política, com uma guerra civil entre grupos guerrilheiros e grupos paramilitares de extrema direita.

A tentativa de transformar Isabelita numa segunda Evita, dando-lhe a vice-presidência e o governo quando Perón morreu, levou a uma tragédia, ao golpe militar de 24 de março de 1976 e à ditadura sanguinária que matou 30 mil argentinos até ser derrotada e humilhada pelos britânicos na Guerra das Malvinas (1982).

    Em 1995, a nave espacial americana Atlantis se acopla à estação espacial russa Mir para formar o maior satélite artificial da Terra. Foi um momento histórico de cooperação entre os antigos inimigos da Guerra Fria. 

Eram seis da manhã pelo horário da costa leste dos Estados Unidos quando a nave com seis tripulantes se aproximou da estação espacial a cerca de 392 quilômetros da Terra, na altura da fronteira entre a Rússia e a Mongólia. Os três cosmonautas russos transmitiram canções folclóricas da Rússia como um gesto de boas-vindas.

O comandante da Atlantis, Robert Gibson, manobrou durante duas horas para realizar o acoplamento. Teve de aproximar a nave de 100 toneladas até uma distância de menos de três polegadas (7,62 centímetros) a uma velocidade de não mais do que 3 cm/seg.

Na época, o diretor da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA), Daniel Goldin saudou o encontro no espaço como marco do "início de uma nova era de cooperação e amizade" entre a Rússia e os EUA. O projeto teve mais 11 missões. Foi decisivo para a construção da Estação Espacial Internacional que está em órbita hoje.

    Em 2014, o líder da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Abu Baker al-Baghdadi, anuncia na Grande Mesquita de Mossul, no Iraque, a fundação de um califado com jurisdição universal baseado inicialmente nos territórios conquistados pelo grupo na Síria e no Iraque.

Taxa de transmissão da covid-19 no Brasil cai abaixo de um

O índice de transmissão da doença do coronavírus de 2019 no Brasil, calculado pelo Imperial College de Londres, caiu de 1,13 para 0,98. Isto significa que, em média, cada 100 infectados transmitem a doença para 98 pessoas. O ritmo do contágio e as mortes estão em baixa, mas ainda estão em nível muito elevado e existe a ameaça da variante delta, que está fazendo grandes estragos pelo mundo.

Com 1.907 mortes e 64.706 diagnósticos positivos notificados hoje, o Brasil chegou a 18.512.126 casos confirmados de covid-19 e 516.119 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 20% em duas semanas para 1.603. É a menor desde 9 de março. A média de casos novos caiu 10% para 65.070.

No mundo, já são 181.824.475  casos confirmados e 3.938.068 mortes. Cerca de 167 milhões de pacientes se recuperaram, 10,8 milhões enfrentam casos leves ou médios e 79.842 estão em estado grave.

A Índia registrou mais 45.951 diagnósticos positivos e 817 mortes nesta terça-feira. É o país com o segundo maior número de casos (30.361.699) e o terceiro maior número de mortes (398.484). 

Os Estados Unidos registraram 10.622 casos novos e 311 mortes. A média diária de diagnósticos positivos caiu 15% em duas semanas para 11.534 e a de mortes baixou 23% em duas semanas para 272. O país tem o maior número de casos (33.651.924) e de mortes (604.467). 

Mais de 3,04 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo; 23,4% da população mundial receberam ao menos uma dose e mais de 41 milhões de doses estão sendo aplicadas por dia. Até hoje, foram 1,23 bilhões de doses na China; 335 milhões na Índia; 334,1 milhões nos EUA, onde 179, milhões tomaram uma dose e 154,2 milhões (46,5% da população americana); e 98,5 milhões no Brasil, onde 72,5 milhões recebram a primeira dose e pouco menos de 26 milhões (12,2% da população brasileira) estão plenamente vacinados. Meu comentário:

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Vacinas de mRNA podem imunizar por muitos anos

As vacinas de última geração, de RNA (ácido ribonucleico) mensageiro, dos laboratórios Pfizer-BioNTech e Moderna, podem garantir a imunidade durante anos sem a necessidade de doses de reforço, afirmaram imunologistas da Universidade Washinton, de São Luís, no estado do Missouri, nos Estados Unidos. A mistura de vacinas também é eficaz.

 Tomar uma dose da vacina da Pfizer-BioNTech quatro semanas depois de receber uma dose da vacina de Oxford-AstraZeneca dá mais imunidade do que tomar uma segunda dose da mesma vacina, concluiu uma pesquisa da Universidade de Oxford publicada na revista médica The Lancet. Uma terceira dose da Astra Zeneca, um reforço, também melhora significativamente a resposta imunológica.

Com mais 658 mortes e 30.307 casos novos em 24 horas, o Brasil chegou a 18.447.420 casos confirmados e 514.202 óbitos pela doença do coronavírus de 2019. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 18% em duas semanas para 1.626. É a menor desde 9 de março. Nenhum estado apresenta tendência de alta nas mortes. A média diária de diagnósticos positivos caiu 5% em duas semanas para 68.231.

No mundo, já são 181.388.210 casos confirmados, com 3.928.804 mortes. Mais de 166,5 milhões de pacientes se recuperaram, pouco menos de 10,9 milhões têm casos leves ou médios da doença e 80.422 estão em estado grave.

A Índia reportou mais 37.556 novas infecções, o menor número de casos novos em três meses, e 907 mortes nesta segunda-feira. O contágio e as mortes caem consistentemente há duas semanas. É o segundo país em casos confirmados (30.316.897) e o terceiro em mortes (397.673).

Os Estados Unidos registraram 15.570 casos novos e 161 mortes nesta segunda-feira. A média de casos nos últimos sete dias caiu 15% em duas semanas para 11.842. A média de mortes nos últimos sete dias baixou 16% para 289. O país tem o maior número de casos confirmados (33.640.493) e de mortes (604.115). O grande desafio é convencer os jovens a se vacinar.

Cerca de 3 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo; 32,1% da população mundial tomaram pelo menos uma dose, mas só 0,9% nos países pobres. Foram 1,21 bilhão na China; 333,4 milhões nos EUA, onde 179,6 milhões tomaram a primeira dose e 153,8 milhões (46,4% da população americana) estão plenamente vacinados; 329 milhões na Índia, que aplicou 5,3 milhões de doses nesta segunda-feira; e 96,97 milhões no Brasil, onde 71,37 milhões tomaram a primeira dose e 25,6 milhões (12% da população brasileira) estão plenamente vacinados. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 28 de Junho

    Em 1519, o rei Carlos I, da Espanha, é eleito imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Carlos, neto dos reis católicos Fernando II e Isabel, subornou príncipe germânicos para que votassem nele. Assim, venceu Henrique VIII, da Inglaterra, e Francisco I, da França, Frederico o Sábio, Duque da Saxônia.

    Em 1914, o estudante radical sérvio Gavrilo Princip matou o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, e sua mulher, Sophia, durante uma visita a Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina. Foi um tiro que mudou a história.

Um mês depois, a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia, aliada do Reino Unido, da Inglaterra e da Rússia, que formavam a Triplice Entente. Por outro lado, a Alemanha apoiou a Áustria. Começava a Primeira Guerra Mundial.

    Em 1919, o economista britânico John Maynard Keynes advertiu que o Tratado de Versalhes, assinado neste dia pela Alemanha, causaria o caos econômico. Keynes abandonou a conferência de paz, realizada no Palácio de Versalhes, perto de Paris, em protesto contra as cláusulas punitivas do acordo.

    Em 1965, os Estados Unidos lançam a primeira grande ofensiva na Guerra do Vietnã. Três mil soldados americanos da 173ª Brigada Aerotransportada, 800 soldados da Austrália e uma unidade aerotransportada do Vietnã do Sul participaram do ataque a guerrilheiros do Vietcongue numa floresta a pouco mais de 30 quilômetros de Saigon, a capital sul-vietnamita. A operação foi suspensa três dias depois por não ter encontrado uma quantidade significativa de inimigos.

    Em 1969, começa a Rebelião de Stonewall, em reação a uma invasão violenta da polícia ao bar gay Stonewall Inn, no Greenwich Village, em Nova York. É o marco do início do movimento pelos direitos dos homossexuais nos Estados Unidos, hoje celebrado como Dia do Orgulho Gay.

Partidos tradicionais confirmam vitória nas eleições regionais na França

Quatro anos de ficar fora do segundo turno da eleição presidencial, os partidos tradicionais de direita e de esquerda venceram o segundo turno das eleições regionais e departamentais na França. A Reunião Nacional (RN), de extrema direita, liderada por Marine Le Pen, não conquistou nenhuma região nem A República em Marcha (LRM), do presidente Emmanuel Macron, de centro-direita.

Com uma abstenção de 65,7% ontem, depois dos 66,7% no primeiro turno, no domingo da semana passada, é cedo para tirar conclusões a eleição presidencial de 2022, marcada para 10 e 24 de abril. Mas parece evidente que os lugares de Macron e Le Pen não estão garantidos no segundo turno. Não deve ser uma repetição do segundo turno de 2017, quando o atual presidente venceu por 66% a 34%.

Le Pen responsabilizou a abstenção e Macron deve tentar rearticular seu partido com uma reforma ministerial. As reformas econômicas que prometeu são impopulares. Devem ser adiadas. Ambas as candidaturas estão abaladas.

A direita republicana, que exclui a extrema direita, conquistou sete regiões e reelegeu seus principais líderes, como Xavier Bertrand, Laurent Wauquiez e Valérie Pécresse, governadora da Ilha da França, onde fica Paris. 

Nas eleições para as 95 câmaras departamentais, cinco viraram à direita e dois à esquerda. A direita garantiu a vitória em pelo menos 64 e a extrema direita perdeu 21 dos 35 departamentos que governava. O Partido Comunista Francês perdeu no Vale do Marne, o único que controlava.

"Hoje os extremos recuaram uma longa distância em nossa região porque não lhes deixamos espaço para operar", festejou o governador reeleito da região de Auvérnia-Ródano-Alpes, no Sudeste da França. Laurent Wauquiez é do tradicional partido gaullista, conservador, de direita, que hoje se chama Os Republicanos (LR).

Xavier Bertrand, governador reeleito da região dos Altos da França (Norte), do mesmo partido, anunciou a intenção de disputar o Palácio do Eliseu com Macron e Le Pen. 

É o partido dos presidentes Charles de Gaulle (1959-69), Georges Pompidou (1969-74), Jacques Chirac (1995-2007) e Nicolas Sarkozy (2007-12). Seu candidato em 2017, o ex-primeiro-ministro François Fillon, perdeu a vaga no segundo turno por causa de um escândalo de corrupção e abriu um flanco à direita para Macron atrair votos. Isto não vai se repetir no próximo ano.

A União de Esquerda, liderada pelo Partido Socialista (PS), ganhou em cinco regiões da França Metropolitana em aliança com Europa Ecologia-Os Verdes (EELV), na Guiana Francesa e na Ilha a Reunião. O resultado deixa claro que há espaço para uma coalizão verde-rosa entre a esquerda tradicional e os ecologistas se conseguirem chegar a um candidato de consenso.

Os conselhos regionais tem competência limitada para atuar no desenvolvimento regional, transportes intrarregional e ensino médio.

domingo, 27 de junho de 2021

Média de mortes apresenta tendência de queda após 40 dias

 Com 723 mortes e 32.963 casos novos notificados neste domingo, o Brasil chegou a 18.417.113 casos confirmados e 513.544 óbitos pela doença do coronavírus de 2019. A média diária de mortes baixou 16% em duas semanas para 1.661. Pela primeira vez depois de 40 dias, tem tendência de alta. A média diária de casos novos subiu 5% em duas semanas para 70.103.

No mundo inteiro, já são 181.043.626 casos confirmados e 3.922.071. Mais de 166 milhões de pacientes se recuperaram, pouco mais de 11 milhões enfrentam casos leves ou médios e 80.454 estão em estado grave.

A Índia notificou mais 46.148 casos novos e 979 mortes, mantendo a tendência de redução da segunda que arrasou o país no mês passado e a tornou no principal centro da pandemia. Há duas semanas, o Brasil voltou a ser o país com mais mortes e contágios por dia. A Índia tem o segundo maior número de casos (30.279.331) e o terceiro maior de mortes (396.730) por covid-19.

Os Estados Unidos registraram neste domingo 4.165 diagnósticos positivos e 96 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias baixou 18% em duas semanas para 11.811 e a média de mortes caiu 15% em duas semanas para 308. Os números de hoje são bem mais baixos por causa da notificação menor nos fins de semana. Os EUA têm o maior número de casos (33.624.871) e de mortes (603.966).

Mais de 2,81 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Foram cerca de 1,19 bilhão de doses na China; 332 milhões nos EUA; 323,6 milhões na Índia; e mais de 95,8 milhões no Brasil, onde 70,543 milhões receram a primeira dose e 25,32 milhões (11,9% da população brasileira).

Cerca de 22,6% da população mundial tomaram ao menos uma dose. No momento, o mundo aplica 41,2 milhões de doses por dia, mas só 0,9% dos moradores dos países pobres foram vacinados.

Hoje na História do Mundo: 27 de Junho

    Em 1844, uma multidão invade uma prisão em Cartago, no estado de Illinois, nos Estados Unidos, e mata Joseph Smith, fundador da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmon), e seu irmão Hyrum

Smith nasceu em Vermont em 1805. Aos 18 anos, disse ter recebido a visita de um anjo chamado Moroni que lhe revelou um texto sagrado desaparecido, que teria sido escrito e gravado em placas de ouro por nativos americanos no século 4, com relato sobre uma colônia israelita que teria existido na América em tempos ancestrais.

Durante anos, Smith ditou o texto para sua mulher e outros escribas. Em 1830, foi publicado o Livro de Mórmon. No mesmo ano, ele fundou a Igreja de Cristo, que depois mudou de nome para Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

A religião logo atraiu devotos, mas provocou críticas por adotar práticas como a poligamia. Em 1844, Smith anunciou sua candidatura à Presidência dos EUA, o que aumentou a reação contra sua seita. Depois de destruir a gráfica de um jornal que criticou sua religião, Smith convocou uma milícia para defendê-lo na cidade de Nauvu, em Illinois.

Acusados de traição e conspiração, ele e o irmão foram presos e mortos pela malta que invadiu a prisão. Dois anos depois, seu sucessor, Brigham Young, liderou uma fuga para o Oeste para escapar da perseguição. Em julho de 1847, 148 pioneiros chegaram ao Lago Salgado de Utah, refundaram a religião e se prepararam para dezenas de milhares de migrantes atraídos pela fé.

    Em 1940, a Alemanha nazista usa pela primeira vez a máquina de codificação Enigma para proteger as comunicações por rádio com a França ocupada. Os alemães instalaram estações de rádio em Brest e no porto de Cherbourg para melhorar a comunicação com seus aviões de combate durante a Batalha da Inglaterra, vencida pela Força Aérea Real.

A máquina Enigma havia sido criada em 1919 pelo holandês Hugo Koch para uso em negócios. Os alemães a adaptaram para a guerra e consideravam seus códigos secretos indecifráveis. Mas os britânicos descobriram os códigos e decifraram todas as mensagens alemãs.

    Em 1950, o presidente Harry Truman manda as forças dos Estados Unidos na Coreia do Sul entrar na guerra contra a Coreia do Norte, que havia invadido o Sul dois dias antes, no início da Guerra da Coreia (1950-53).

No fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), os EUA e a União Soviética ocuparam a Coreia, que era dominada pelo Japão desde 1910. Em 1948, a divisão é oficializada com a fundação da Coreia do Norte e da Coreia do Sul.

A guerra começou quando 90 mil soldados norte-coreanos cruzaram o paralelo 38º Norte e invadiram o Sul com o objetivo de reunificar a Península Coreana sob o regime comunista. Como estava boicotando o Conselho de Segurança das Nações Unidas por causa de exclusão da República Popular da China (comunista), a URSS não vetou a resolução que autorizou o uso da força, em 28 de junho. Até hoje, os EUA tem um mandato para reunificar a Coreia.

Em 30 de junho, Truman anunciou o envio de mais soldados para a Coreia do Sul. Uma semana depois, o Conselho de Segurança da ONU colocou a força internacional sob o comando dos EUA.

Quando a aliança liderada pelos EUA invadiu o Norte, o 4º Exército da China cruzou o Rio Yalu, em outubro de 1950. Houve uma guerra entre os EUA e a China dentro da Guerra da Coreia - e a China venceu ao forçar os americanos e aliados a recuar para o sul do do paralelo 38º N e restaurar a situação anterior à guerra, evitando a presença de um aliado dos EUA junto a sua fronteira.

Depois de anos de impasse de cerca de 5 milhões de mortes, um cessar-fogo acabou com a Guerra da Coreia em 27 de julho de 1953. Até hoje, não foi assinado um cessar-fogo. O desenvolvimento de armas nucleares pelo Norte voltou a tornar a última fronteira da Guerra Fria num dos lugares mais perigosos do mundo.

    Em 2015, a ativista negra Brittany Bree Newsome escalou o mastro e retirou a bandeira da Confederação que tremulava diante do palácio do governo do estado da Geórgia. Até 2001 a bandeira da Confederação, dos estados do Sul, que queriam se separar da União por não aceitar o abolição da escravatura, era a bandeira da Geórgia. A tentativa de separação causou a Guerra da Secessão (1861-65), a pior da história dos EUA.

Bree foi presa ao descer. O jogador de basquete Dwayne Wade e o cineasta Michael Moore pagaram a fiança. O gesto de desobediência civil - um protesto contra o massacre de nove negros numa igreja em Charleston, na Carolina do Sul, dez dias antes - provocou uma discussão sobre a manutenção dos símbolos da Confederação. Em 9 de julho, a Assembleia Legislativa aprovou lei para remover definitivamente a bandeira 

Média de mortes por covid-19 fica abaixo de 2 mil há cinco dias

 Mais 1.547 mortes e 61.939 casos novos da doença do coronavírus de 2019 foram notificados neste sábado no Brasil, elevando o total para 18.384.150 casos confirmados e 512.819 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 15% em duas semanas para 1.707, ficando abaixo de 2 mil pelo quinto dia seguido. A média de diagnósticos positivos baixou para 71.872 casos novos por dia.

No mundo, são 180.726.834 casos confirmados e 3.915.760 mortes. Pouco menos de 166 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 10,7 milhões apresentam sintomas leves ou médio e 80.707 estão em estado grave.

A Índia notificou mais 50.040 infecções e 1.258 mortes, mantendo a tendência de queda. O país tem o segundo maior número de casos (30.233.183) e o terceiro de mortes (395.751).

Os Estados Unidos registraram mais 6.659 casos novos e 126 mortes por covid-19 neste sábado. A média de casos caiu 18% em duas semanas para 11.863 casos confirmados e a de mortes 20% para 307. A vacinação está avançada, mas o ritmo diminuiu muito por causa dos que não querem tomar vacina.

Depois de ser flagrado pelo jornal popular The Sun beijando uma assessora, o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, pediu demissão hoje. A foto foi tirada quando era proibido encontrar e abraçar moradores de outra residência.

Mais de 2,81 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Foram cerca de 1,16 bilhão de doses na China; 331 milhões nos EUA; mais de 325 milhões na União Europeia; cerca de 320 milhões na Índia, onde o governo espera receber 1,35 bilhões de doses de agosto a dezembro; e 95,54 milhões no Brasil, onde 70,3 milhões receberam a primeira dose e 25,24 milhões (11,85% da população brasileira) estão plenamente vacinados.

sábado, 26 de junho de 2021

Hoje na História do Mundo: 26 de Junho

    Em 1945, 50 países, inclusive o Brasil, assinam em São Francisco da Califórnia a Carta das Nações Unidas "para livrar as futuras gerações do flagelo da guerra". Criavam a segunda organização internacional de caráter universal dedicada à paz mundial, depois do fracasso da Liga das Nações, fundada depois da Primeira Guerra Mundial (1914-18), em evitar a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

A Carta da ONU foi ratificada em 24 de outubro por 51 países, com a adesão da Polônia, que recuperara sua independência depois de ser invadida pela Alemanha nazista em 1º de setembro de 1939 no começo da guerra. A primeira reunião da Assembleia Geral aconteceu em Londres, em 10 de janeiro de 1946.

Desde 1941, líderes aliados defendiam a criação de uma nova organização internacional para garantir a paz. Em agosto daquele ano, antes dos EUA entrarem na guerra, o presidente Franklin Roosevelt e o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, assinaram a Carta do Atlântico.

Depois do ataque japonês a Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, que levou os EUA à guerra, em 1º de janeiro de 1942, 26 países assinaram em Washington a Declaração das Nações Unidas.

A partir de outubro de 1943, os três grandes líderes dos aliados - Churchill, Roosevelt e o ditador soviético Josef Stalin - se reuniram numa série de conferências para discutir a questão. Em fevereiro de 1945, em Ialta, na Crimeia, chegaram a um acordo.

     Em 1948, os Estados Unidos e o Reino Unido começam uma ponte aérea para levar suprimentos (água, comida, roupas, remédios e combustíveis) a Berlim Ocidental, rompendo o bloqueio imposto pela União Soviética, que dominava a Alemanha Oriental, durante a Guerra Fria

Quando terminou a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Alemanha ocupada foi divida em zonas sob o controle dos EUA, do Reino Unido, da França e da URSS. As partes dos aliados ocidentais formaram a Alemanha Ocidental e a parte soviética virou Alemanha Oriental. 

Berlim, a capital alemã, que também foi dividida, fica no Leste. Berlim Ocidental era um enclave dentro da Alemanha Oriental. Em 24 de junho de 1948, por ordem do ditador Josef Stalin a URSS bloqueou o acesso por terra para tentar assumir o controle total da cidade, que estava na linha de frente da Guerra Fria. 

A linha dura pressionou o presidente americano, Harry Truman, a dar uma resposta militar a Stalin, mas Truman temia deflagrar uma nova guerra mundial. Dois dias depois, os aliados ocidentais lançaram a Ponte Aérea de Berlim.

No início, os aviões aliados carregavam 5 mil toneladas de suprimentos por dia; no fim, 8 mil toneladas por dia. Ao todo, foram 2,3 milhões de toneladas de carga para romper o Bloqueio de Berlim, numa das grandes batalhas da Guerra Fria. 

Em 12 de maio de 1949, a URSS suspendeu o bloqueio. A ponte aérea foi mantida até setembro, a um custo de US$ 224 milhões.

Para evitar a fuga em massa de alemães-orientais, na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, o regime comunista da Alemanha Oriental erguei um muro ao redor de Berlim Ocidental. O Muro de Berlim era a cicatriz viva da Guerra Fria. Sua abertura, em 9 de novembro de 1989, foi um dos marcos do fim da confrontação estratégica entre os EUA e a URSS que dominou a política internacional na segunda metade do século 20.

    Em 1993, o presidente Bill Clinton (1993-2001) autoriza um ataque de mísseis contra o quartel-general do serviço secreto do Iraque, em Bagdá, em retaliação por uma suposta conspiração para matar o ex-presidente George Bush (1989-93) durante uma visita ao Kuwait em abril daquele ano.

Um dia antes da chegada de Bush, 14 suspeitos, na maioria iraquianos, foram presos na Cidade do Kuwait e no dia seguinte foi encontro o carro-bomba a ser usado no atentado.

Em resposta, 23 mísseis de cruzeiro Tomahawk foram disparados de navios de guerra dos EUA no Golfo Pérsico contra a central de inteligência de Saddam Hussein, que seria derrubado e morto pela invasão americana de 2003, durante o governo George W. Bush (2001-9), filho do presidente que seria alvo do atentado.

    Em 2015, a Suprema Corte decide que o casamento de pessoas do mesmo sexo não pode ser proibido e deve ser reconhecido em todos os Estados Unidos, dando finalmente aos casais homossexuais os mesmos direitos dos heterossexuais.

O marco do início do movimento pelos direitos dos homossexuais nos EUA é a Rebelião de Stonewall, iniciada quando a polícia invadiu o bar gay Stonewall Inn, no Greenwich Village, em Nova York, em 28 de junho de 1969. 

Quando a homossexualidade tornou-se aceitável pela sociedade americana, houve uma reação conservadora. Em 1996, o presidente Bill Clinton foi forçado a assinar a Lei de Defesa do Casamento, que proibia o reconhecimento gay pelas leis federais do país. 

No ano 2000, Vermont foi o primeiro estado a reconhecer a união civil de casais homossexuais. O primeiro a legalizar o casamento gay foi Massachusetts, em 2003. A questão virou um dos focos centrais da guerra cultural entre conservadores e liberais no governo George W. Bush (2001-9). 

Sob pressão dos conservadores, o presidente liberal Barack Obama (2009-17) orientou o Departamento da Justiça em 2011 a não defender o casamento. Mas, em 2013, a Suprema Corte declarou ilegal a Lei de Defesa do Casamento e legalizou, na prática, o casamento gay na Califórnia.

A ação Obergefell x Hodges foi iniciada por Jim Obergefell. Ele casou com John Arthur em Maryland, mas o casamento não foi reconhecido no estado de Ohio. Por 5-4, a Suprema Corte decidiu em favor do casal.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Brasil passa de 500 a 511 mil mortes em seis dias

 Com mais 1.990 mortes e 79.366 casos confirmados, em seis dias, o Brasil passou de meio milhão de mortes, marca atingida no sábado passado, para 511.272 óbitos entre 18.332.457 casos confirmados pela doença do coronavírus de 2019. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 1.807, com queda de 8% em 14 dias e tendência de estabilidade. A média diária de casos novos subiu 10% em duas semanas para 74.369.

No mundo, já são 180.568.910 casos confirmados e 3.912.198 mortes. Mais de 165,5 milhões de pacientes se recuperaram, 10,86 milhões enfrentam casos leves ou médios e 80.536 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 14.906 contaminações e 451 mortes em 24 horas. A média diária de casos novos dos últimos sete dias caiu 19% para 11.985 e a de mortes 24% para 312 por dia. O país tem o maior número de casos (33.605.605) e de mortes (603.601).

A Índia notificou mais 48.698 casos novos e 1.183 mortes. Desde terça-feira da semana passada, o país tem menos casos novos e óbitos do que o Brasil. Até agora, tem o terceiro maior número de casos confirmados (30.183.143) e de mortes (394.493), aproximando-se de 400 mil.

Mais de 1,81 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Foram 1,24 bilhão de doses na China; 330,1 milhões nos EUA, onde 178,5 milhões tomaram a primeira dose e 151,6 milhões (45,73% da população americana) estão plenamente vacinados; mais de 325 milhões na União Europeia; 315 milhões na Índia, com 6,1 milhões de vacinados nas últimas 24 horas; e 94,88 milhões no Brasil, onde 69,65 milhões receberam a primeira dose e 25,23 milhões (11,84% da população brasileira) estão plenamente vacinados. Meu resumo da semana:

Assassino de George Floyd é sentenciado a 22 anos e meio de prisão

 A Justiça dos Estados Unidos sentenciou hoje o ex-policial branco Derek Chauvin a 22 anos e meio de prisão pelo homicídio do segurança negro George Floyd, sufocado com um joelho no pescoço durante 9min25seg em 25 de maio de 2020. Foi uma rara condenação a um policial americano que mata em serviço. Quando as imagens do assassinato correram o mundo, provocaram uma onda de protestos em vários países contra o racismo e a violência policial.

Chauvin e três colegas prenderam Floyd há exatamente 13 meses sob suspeita de haver passado uma nota falsa de US$ 20. Depois de algemado, caído no chão de barriga para baixo, o preso foi sufocado até a morte enquanto reclamava e dizia repetidas vezes: "Eu não consigo respirar."

Condenado em abril por um júri popular, Chauvin, de 45 anos, voltou hoje ao tribunal para ouvir a sentença. Terence Floyd, irmão da vítima pediu a pena máxima, de 40 anos de cadeia: "Quando você se ajoelhou no pescoço do meu irmão, sabia que ele não representava nenhuma ameaça."

Em breve declaração, Chauvin, que ficou em silêncio durante o processo, apresentou condolências à família Floyd, mas não lamentou nem pediu desculpas. O advogado de defesa, Ben Crump, pediu liberdade condicional. Ao pedir 30 anos de cadeia, a promotoria alegou que ele "cometeu um crime brutal, traumatizou a família da vítima e chocou a consciência da nação."

Ao proferir a sentença, o juiz Peter Cahill afirmou que não se deixou influenciar pela emoção nem pela opinião pública. O juiz declarou que o ex-policial "abusou de sua posição de confiança e autoridade" e agiu com "grande crueldade" e cometeu seu crime na presença de menores de idade.

Depois da condenação, em abril, o presidente Joe Biden comentou que o caso foi um reflexo do racismo estrutural da sociedade americana.

"Esta sentença histórica deve ajudar a família Floyd e nossa nação a dar um passo a mais rumo à reconciliação ao permitir virar a página e apontar os responsáveis", declarou hoje o advogado da família Floyd.

Momentos depois da sentença, Bridgett Floyd, irmã da vítima e fundadora da Fundação pela Memória de George Floyd, divulgou um comunicado: "A sentença proferida hoje contra o policial de Mineápolis que matou meu irmão George Floyd mostra que as questões da brutalidade policial estão finalmente sendo levadas a sério. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer e muitas mudanças a fazer antes que os negros e pardos finalmente sintam que estão sendo tratados de forma justa e humana pelas autoridades policiais neste país."

O primeiro procurador-geral negro do estado de Minnesota, Keith Ellison, concordou: "O resultado deste caso é extremamente importante. Mas não é suficiente. Uma janela se abriu, mas ainda temos muito trabalho a fazer."

Hoje na História do Mundo: 25 de Junho

    Em 1876, as tribos Sioux lideradas por Touro Sentado e Cavalo Doido vencem o 7º Regimento de Cavalaria do Exército dos Estados Unidos, comandado pelo coronel George Custer, perto do Rio Little Big Horn, no Sul do estado de Montana.

Depois da descoberta de ouro em Dakota do Sul, o Exército dos EUA entrou na região, ignorando os tratados vigentes. Muitos sioux e cheyennes abandonaram as reservas e se juntaram a Touro Sentado e Cavalo Doido em Montana.

Na primavera de 1876, havia 10 mil índios acampados junto ao Rio Little Big Horn, desafiando ordens do governo americano de voltar para suas reservas. Três colunas do Exército foram enviadas para atacar os indígenas. Em 17 de junho, 1,2 mil nativos rechaçaram a primeira ofensiva do Exército em 17 de junho.

Cinco dias depois, o general Alfred Terry mandou o coronel Custer e o 7º Regimento de Cavalaria. Na manhã de 25 de junho, Custer chegou perto do acampamento e decidiu atacar, sem esperar os reforços que estavam a caminho. Ao meio-dia, Custer entrou no Vale de Little Big Horn com 600 homens. Os índios logo perceberam o ataque.

Enquanto Touro Sentado, mais velho, organiza a retaguarda para proteger mulheres e crianças, Cavalo Doido parte para um contra-ataque frontal. Custer e um batalhão de 200 homens enfrentaram 3 mil indígenas. Em um hora, o coronel e todos os seus soldados estavam mortos.

A Batalha de Little Big Horn foi a maior vitória dos índios e a maior derrota do Exército nas guerras indígenas dos EUA. A morte de Custer e seus homens reforçou a imagem de "selvagens" dos nativos. Cinco anos depois, quase todos os cheyennes e sioux estavam confinados suas reservas. Em 29 de dezembro de 1890, eles foram massacrados num acampamento junto ao Riacho de Wounded Knee, no estado de Dakota do Sul. Pelo menos 150 homens, mulheres e crianças indígenas morreram.

    Em 1950, um time de amadores dos Estados Unidos derrota a Inglaterra por 1-0 em Belo Horizonte na primeira Copa do Mundo no Brasil, numa das maiores zebras da história do futebol. Os ingleses se consideravam os reis do futebol e disputavam sua primeira Copa do Mundo.

O gol foi marcado por Joe Gaetjens, nascido no Haiti. Mais tarde, ele voltou à sua terra natal e desapareceu durante a ditadura de François Duvalier, o Papa Doc (1957-71).

     Em 1950, a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul no começo da Guerra da Coreia. Os Estados Unidos e aliados reagem e entram na guerra com um mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas para reunificar a Península Coreana. A União Soviética, que criara a Coreia do Norte, não vetou. Estava boicotando a ONU por causa da não admissão da República Popular a China.

Os EUA repelem a invasão norte-coreana e invadem a Coreia do Norte, levando o 4º Exército da China, comandado por Lin Piao, a entrar na guerra em outubro de 1950 e a empurrar as forças americanas e aliadas de volta para o Sul, restaurando a situação anterior ao conflito armado. A partir daí, há um equilíbrio de forças, um impasse, até o fim dos combates, em 27 de julho de 1953.

Dentro da Guerra da Coreia, houve uma guerra entre EUA e China. A China ganhou, no sentido de que atingiu seu objetivo político de restaurar o status quo pré-guerra, evitando a presença de um aliado dos EUA junto à sua fronteira. Os dois países nunca mais entraram em guerra. Agora que a China também se tornou uma superpotência e disputa a supremacia mundial, o risco de conflito aumentou. O maior desafio das relações internacionais nos próximos anos e décadas será acomodar a ascensão da China e o declínio relativo dos EUA. 

Cerca de 5 milhões de pessoas morreram na Guerra da Coreia. Até hoje, não houve um acordo de paz definitivo. Os EUA mantêm 28,5 mil soldados na Coreia do Sul e, desde 2006, a Coreia do Norte possui armas nucleares. O presidente Donald Trump tentou um diálogo direto com o ditador Kim Jong Un, sem sucesso.

    Em 1996, um atentado terrorista com um caminhão-bomba carregado com 11 toneladas de explosivos atingiu as Torres Khobar, um complexo habitacional de soldados da Força Aérea dos Estados Unidos em Darã, na Arábia Saudita, matando 19 militares e ferindo outros 498. Foi a pior ação terrorista contra militares americanos desde o ataque com caminhão-bomba contra o quartel-general dos fuzileiros navais em Beirute, no Líbano, que matou 241 soldados em 1983.

Os EUA acusaram a milícia fundamentalista xiita libanesa, apoiada pelo Irã, pelo ataque às Torres Khobar. Em julho de 2020, a Justiça americana condenou o Irã a pagar US$ 879 milhões, R$ 4,34 bilhões pelo câmbio atual, de indenização aos sobreviventes.

    Em 2021, a Justiça dos Estados Unidos sentencia o ex-policial branco Derek Chauvin a 22 anos e meio de prisão pelo assassinato do segurança negro George Floyd, em Mineápolis, em 25 de maio de 2020. Durante 9 minutos e 25 segundos, o policial pressionou o pescoço de Floyd, algemado e caído de bruços no chão, enquanto a vítima reclamava: "Eu não consigo respirar."

As imagens feita or uma menor de idade correram o mundo e causaram uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial em dezenas de países do mundo inteiro. Ao proferir a sentença, o juiz Peter Cahill considerou agravantes a "grande crueldade" de Chauvin e a presença de menores assistindo a tudo.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Quase todas mortes de covid agora nos EUA são de não vacinados

Só cerca de 150 dos 18 mil mortos pela doença do coronavírus de 2019 em maio nos Estados Unidos (0,8% do total) e menos de 1,2 mil dos 853 mil hospitalizados (0,1%) estavam plenamente vacinados, revela uma análise dos dados oficiais pela agência de notícias Associated Press.

O Brasil registrou mais 2.042 mortes e 72.613 diagnósticos positivos hoje. Soma agora 18.243.391 casos confirmados e 509.282 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 1.873, 2% abaixo de suas semanas atrás, enquanto a média diária de casos novos ficou em 77.050, com alta de 17% em duas semanas.

No mundo, já são 180.037.156 casos confirmados e 3.901.311 mortes. Mais de 165 milhões de pacientes se recuperaram, pouco menos de 11 milhões enfrentam casos leves ou médios e 81.028 estão em estado grave. A taxa de letalidade dos casos encerrados está em 2% há vários meses.

Os Estados Unidos registraram mais 14.708 diagnósticos positivos e 355 mortes. Com a vacinação, o contágio e as mortes caíram a um nível que não era visto desde março de 2020. A média diária de casos novos dos últimos sete dias caiu 19% em duas semanas para 11.672. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 12% em duas semanas para 314. O país tem o maior número de casos confirmados (33.591.351) e de mortes (603.181).

A Índia notificou mais 51.667 diagnósticos positivos e 1.329 mortes. Desde terça-feira da semana passada, registra menos casos novos e menos óbitos do que o Brasil, que voltou a ser o centro da pandemia. Tem o segundo maior número de casos (30.134.445) e o terceiro maior de mortes (393.338).

No segundo maior plano de imunização do mundo, atrás, apenas da China, a Índia vacinou 8,6 milhões de pessoas na segunda-feira, 21 de junho, e 6,07 milhões nesta quinta-feira, mas os infectologistas estimam que é necessário aplicar 10 milhões de doses por dia para evitar uma terceira onda de contaminação.

Neste ritmo atual, a Índia vai vacinar 60% da população adulta até março de 2022. A expectativa é que a pandemia não seja controlada até que a maioria da população mundial esteja plenamente vacina. É a primeira vez na história que se faz um esforço global de imunização desta magnitude.

Mais de 2,8 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora, sendo 1,12 bilhão na China; 329,7 milhões no EUA, onde 178,3 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 151,3 milhões (45,6% da população americana) estão plenamente vacinados: foram mas de 325 milhões de doses na União Europeia; 307,9 milhões na Índia; e mais de 93,4 milhões no Brasil, onde 68,465 milhões receberam a primeira dose e 25 milhões (11,4% da população brasileira) tomaram as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário: 

Hoje na História do Mundo: 24 de Junho

     Em 1812, o Grande Exército de Napoleão Bonaparte, a maior força militar organizada na Europa até então, com mais de 500 mil homens, invade a Rússia rumo à maior derrota de um dos maiores generais de todos os tempos. Napoleão declarou guerra à Rússia depois que o czar Alexandre I se negou a aderir ao Bloqueio Continental contra o Reino Unido. A epopeia é narrada no livro Guerra e Paz, do escritor russo Leon Tolstoy, um dos maiores clássicos da historia da literatura.

    Em 1948, a União Soviética inicia o Bloqueio de Berlim Ocidental, um dos momentos de grande tensão do início da Guerra Fria. Logo os aliados fariam uma ponte aérea para transportar milhares de toneladas de suprimentos.

    Em 1953, o senador John Kennedy e Jaqueline Bouvier anunciam seu noivado. Ele se tornaria o mais jovem presidente da história dos Estados Unidos e Jaqueline Kennedy a primeira-dama mais charmosa e popular. Quando Kennedy, foi assassinado, em Dallas, no Texas, em 22 de novembro de 1963, Jackie tentou segurar os pedaços do cérebro do marido. 

O funeral, liderado pela primeira-dama, os jovens irmãos do presidente e vários chefes de Estado, foi transmitido ao vivo e revelou, na visão de Marshall McLuhan, o caráter ritual da televisão em grandes cerimônias, como veríamos nos enterros de Ayrton Senna e da princesa Diana.

    Em 1970, o Senado dos Estados Unidos repele a Resolução do Golfo de Tonkin, que aprovara em 1964 a declaração de guerra ao Vietnã do Norte. O incidente do Golfo de Tonkin fora forjado pelo governo Lyndon Johnson.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Brasil bate recorde com mais de 100 mil casos novos num dia

 O Brasil registrou hoje um recorde com 114.139 casos novos da doença do coronavírus de 2019, mas o dado é distorcido pela notificação de mais de 36 mil casos pelo Rio Grande do Norte, onde um novo sistema vigilância epidemiológica computou casos comunicados com atraso à Secretaria da Saúde. Houve 2.343 mortes. O país soma agora 507.240 óbitos e 18.170.778 casos confirmados de covid-19.

A média diária de casos novos nos últimos sete dias também foi recorde. Subiu para 77.295, com alta de 31% em duas semanas. A média diária de mortes baixou um pouco para 1.915, com alta de 9% em duas semanas e tendência de estabilidade.

Duas semanas depois, o aumento do número de casos se reflete em mais hospitalizações e, dentro de um mês, em mais mortes.

No mundo, sob ameaça de uma nova onda causada pela variante delta, especialmente onde a cobertura vacinal ainda é baixa, como alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são 179.599.617 casos confirmados e 3.891.945 mortes. Mais de 164,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 11,12 milhões apresentam casos leves e 81.471 estão em estado grave.

A Índia registrou nesta quarta-feira mais 54.069 casos novos e 1.321 mortes, elevando o total para 30.082.778 casos confirmados e 391.981 óbitos. Pouco menos de 69 mil pacientes receberam alta. Mais de 29 milhões se recuperaram até agora no país.

Os Estados Unidos computaram mais 14.042 casos novos e 398 mortes em 24 horas. A média diária de contágios em sete dias caiu 25% em duas semanas para 11.310 e a de mortes baixou 20% para 305. O país soma o maior número de casos confirmados (33.577.695) e de mortes (602.837).

Cerca de 2,8 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, que está vacinando 40,8 milhões por dia. Foram 1,09 bilhão de doses na China; 328,7 milhões nos EUA, onde 177,9 milhões receberam a primeira dose e 150,8 milhões (45,5% da população americana) estão plenamente vacinados, mas o ritmo da vacinação caiu para 600 mil doses por dia; 301,6 milhões na Índia, que vacinou 6,5 milhões na quarta-feira; e mais de 91,8 milhões no Brasil, onde 67,2 milhões receberam a primeira dose e 24,64 milhões (11,57% da população brasileira) tomaram as duas doses necessárias à imunização.

O governo Joe Biden vai enviar ao Brasil 3 milhões de doses da vacina da Janssen, aplicada em dose única. O imunizante chega amanhã ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Só 0,9% dos moradores de países pobres foram vacinados até agora. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 23 de Junho

    Em 1940, o ditador nazista Adolf Hitler faz sua única visita a Paris, tomada dias pelas forças da Alemanha, na Segunda Guerra Mundial. Ao sair, disse que tinha sido "o maior e mais belo momento da minha vida". Quando os aliados estavam prestes a libertar a capital da França, em agosto de 1944, Hitler mandou o comandante militar alemão incendiar a cidade, mas o general não fez isso, talvez por não ter mais poder. Na sua biografia, tentou levar a glória por poupar a Cidade Luz, uma das capitais do mundo.

    Em 1956, o coronel Gamal Abdel Nasser é eleito presidente do Egito com 99,95%, votação típica de ditadores. Nasser foi um dos líderes da Revolução dos Coronéis, que derrubou o rei Faruk em 1952, e foi o líder do nacionalismo pan-árabe até a humilhante derrota para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Quando Nasser fechou o Canal do Suez, Israel tomou como ameaça de uma guerra iminente e bombardeou as forças aéreas dos países árabes em solo. Com total superioridade aérea, obteve uma vitória rápida e decisiva.

   Em 1972, o chefe da Casa Civil da Casa Branca, Harry Haldeman, aconselhou o presidente Richard Nixon a pressionar o diretor-geral do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, a ficar fora da investigação do Escândalo de Watergate. Haldeman estava dizendo a Nixon para obstruir a justiça, o que o levou à cadeia e à renúncia do presidente em agosto de 1974.

   Em 1992, o chefão da máfia John Gotti, conhecido como Dom Teflon, é sentenciado à prisão perpétua por 14 acusações de conspiração para matar e extorsão. Minutos depois, centenas de aliados de Gotti tentaram invadir o tribunal, no bairro do Brooklyn, em Nova York, e incendiaram carros até serem rechaçados pela polícia.

Gotti virou chefão da família Gambino depois do assassinato de Paul Castellano, em 1985, organizado por seu aliado Sammy Gravano, o Touro. Em 1990, foi denunciado por conspiração para cometer o homicídio de Castellano e Gravano aceitou depor contra ele. Gotti morreu na cadeia de câncer na garganta.

    Em 2016, por 52% a 48%, os britânicos decidem retirar o Reino Unido da União Europeia. A saída britânica (Brexit) foi consumada no início deste ano, depois de uma longa negociação de um acordo de divórcio e de um período de transição. O líder da campanha pela saída é o atual primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Uma pesquisa recente indica que o eleitorado não mudou de ideia, mas os prejuízos à economia do país são evidentes. O comércio com o bloco europeu caiu tanto em exportações como importações. A questão da fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte gerou uma crise com a UE e ameaça até as relações com os Estados Unidos. E a Escócia, onde 62% votaram para ficar no bloco europeu, quer realizar um novo plebiscito sobre a independência.

terça-feira, 22 de junho de 2021

Mutação indiana é maior ameaça ao controle da pandemia, adverte Dr. Fauci

 A variante delta é a maior ameaça à tentativa dos Estados Unidos de eliminar a doença do coronavírus de 2019, advertiu hoje o Dr. Anthony Fauci, principal assessor médico da Casa Branca. Esta mutação teve um efeito devastador na Índia e se espalhou pelo mundo. Nos EUA, é responsável hoje 20 por cento dos casos novos. Há duas semanas, eram 10 por cento. No Reino Unido e em Portugal, é dominante. E já chegou ao Brasil.

Com mais 2.050 mortes e 86.833 casos novos de covid-19 notificados nesta segunda-feira, o Brasil ultrapassou a marca de 18 milhões de casos confirmados. Até agora, 18.056.639 pessoas foram contaminadas e 504.897 morreram da doença no país.

Depois de seis dias, a média diária de mortes dos últimos sete dias caiu abaixo de 2 mil. Ficou em 1.962, com alta de 14% em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade. A média de casos novos está 73.255 por dia, com alta de 26% em duas semanas, o maior aumento percentual desde março.

No mundo, houve mais de 2,6 milhões de casos novos, o menor número desde fevereiro, e 72 mil mortes na semana passada, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS). O total de casos confirmados chegou a 179.171.152, com 3.883.429 mortes. Mais de 164 milhões de pacientes sobreviveram, cerca de 11,14 milhões enfrentam casos leves ou médios e 81.900 estão em estado grave.

A Índia ultrapassou os 30 milhões de casos confirmados. Há uma semana, registra menos contágios e menos mortes do que o Brasil. Com mais 50.848 casos novos e 1.350 mortes, tem o segundo maior número de diagnósticos positivos (30.028.709)  e o terceiro maior de óbitos (390.660).

Nos Estados Unidos, mais 12.646 diagnósticos positivos e 431 mortes de covid-19 foram registradas nesta terça-feira. A média diária de novas infecções caiu 21% em duas semanas para 11.352 e a média de mortes baixou 20% em duas semanas para 308 por dia. O país tem o maior número de casos confirmados (33.565.294) e de mortes (602.462).

Mais de 2,7 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 1,07 bilhão na China; 328 milhões nos EUA, onde 177,6 milhões receberam a primeira dose e 150,4 milhões (45,37% da população americana) estão plenamente vacinados; 294,2 milhões na Índia, que inoculou 5,4 milhões hoje; mais de 90,1 milhões no Brasil, onde 65,65 milhões receberam a primeira dose e 24,5 milhões (11,5% da população brasileira) tomaram as duas doses necessárias à imunização.

Oito capitais brasileiras, inclusive São Paulo, suspenderam a vacinação por falta de vacinas.

Nesta terça-feira, o país recebeu o primeiro lote de 1,5 milhão de um total de 3 milhões de doses da vacina da Janssen, braço de vacinas da Johnson & Johnson, que exige apenas uma dose. Até o domingo, chegam 2,4 milhões de doses de vacinas da Pfizer-BioNTech. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 22 de Junho

     Em 1941, começa a Operação Barbarossa, a invasão da União Soviética pela Alemanha nazista e aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Era o fim do Pacto Germano-Soviético, assinado em 23 de agosto de 1939 para dividir a Polônia e permitir à Alemanha tomar a Europa Ocidental sem temer ataques vindos do Leste. A maior invasão militar da história foi o maior erro de Adolf Hitler e custou a derrota. Mais de 80% das tropas alemãs foram derrotadas na frente oriental.

A invasão nazista teve três braços. Na frente norte, marchou rumo a Leningrado, hoje São Petersburgo, cercada durante 900 dias sem que a Alemanha tenha conseguido conquistar a antiga capital da Rússia czarista. No centro, avançou sobre Moscou, mas não conseguiu tomar a capital russa, protegida pelo rigor do inverno. Na frente sul, tomou Kiev, a capital da Ucrânia e avançou até Stalingrado.

Na Batalha de Stalingrado, talvez a mais importante a história, de 23 de agosto de 1942 a 2 de fevereiro, o Exército Vermelho conteve a ofensiva nazista e iniciou a marcha rumo a Moscou, que tomaria em 8 de maio de 1945, no fim da guerra na Europa.

Do ponto de vista do número de mortes, a Segunda Guerra Mundial foi principalmente um conflito entre a URSS, que perdeu 27 milhões de pessoas, e a Alemanha, que perdeu 11 milhões.

     Em 1945, os Estados Unidos vencem o Japão na Batalha de Okinawa, uma das mais sangrentas da Segunda Guerra Mundial (1939-45). O 10º Exército dos EUA lançou em 1º de abril uma operação de assalto anfíbio com 60 mil homens a Okinawa, uma ilha estratégica entre Taiwan e o Japão onde havia 100 mil soldados japoneses. 

A partir do dia 4 de abril, ondas de ataques suicidas lançadas por pilotos japoneses, os kamikazes, atacou as forças americanas. Ao todo, 2 mil kamikazes deram a vida para defender a ilha. O Japão perdeu ao menos 110 mil soldados e de 40 a 150 mil civis na batalha e os EUA, 12,5 mil soldados. Os comandantes dos dois lados morreram. Dos 36 navios aliados destruídos, a maioria foi alvo dos pilotos suicidas.

Como a moral japonesa considerava a rendição degradante e humilhante, o heroísmo estava em morrer no combate, menos de 8 mil japoneses se entregaram.

Depois da vitória em Okinawa, os EUA começaram a preparar a invasão das quatro maiores ilhas do arquipélago japonês. Antes, na Batalha de Iwo Jima, de 19 de janeiro a 26 de março de 45, haviam morrido cerca de 18 mil japoneses e 6.821 americanos; 216 japoneses se renderam e cerca de 3 mil continuaram resistindo numa guerra de guerrilhas.

Diante das perdas em Iwo Jima e Okinawa, os EUA estimaram que uma invasão às grandes ilhas do Japão poderia custar um milhão de vidas. As bombas atômicas lançadas contra Hiroxima em 6 de agosto e Nagasaki em 9 de agosto levaram à rendição japonesa em 15 de agosto, pondo fim à Segunda Guerra Mundial. 

Pelo menos 140 mil pessoas morreram imediatamente nos únicos ataques da história com armas nucleares, 80 mil em Hiroxima e 40 mil em Nagasaki. Com as mortes que continuam até hoje por causa da radiação, o total de mortes passa de 300 mil.

Nunca mais houve guerra direta entre grandes potências. A corrida armamentista entre os EUA e a URSS durante a Guerra Fria levou ao equilíbrio do terror nuclear porque a destruição era mutuamente assegurada.

    Em 1950, como parte da campanha do senador Joseph McCarthy contra a "ameaça vermelha" durante a Guerra Fria, músicos como Leonard Bernstein, Aaron Copland, Lena Horn e Pete Seeger foram acusados de simpatizar com o comunismo no documento Canais Vermelhos: o relatório sobre a influência comunista no rádio e na televisão. Eles se juntaram a outros nomes da indústria cultural dos EUA como Orson Welles, Lilian Hellman, Arthur Miller, Dorothy Parker e Charles Chaplin.

McCarthy ficou conhecido naquele ano por sua cruzada contra a suposta infiltração esquerdista nos EUA alegando havia mais de 200 "notórios comunistas" no Departamento de Estado. Nos anos seguintes, estendeu sua campanha sobre a Ameaça Vermelha a todos os órgãos do governo dos EUA e a outros setores, como o cultural.

Mesmo sem descobrir nenhum comunista enrustido, o macartismo provocou uma histeria anticomunista e a perseguição política de supostos esquerdistas. Em 1954, McCarthy estava marginalizado. Quando fazia acusações durante o governo democrata de Harry Truman (1945-53), os republicanos o usaram como arma política. Depois da vitória e posse de Dwight Eisenhower (1953-61), virou um estorvo para o Partido Republicano.

Com o seu poder desvanecendo, em 1954, McCarthy iniciou investigações sobre infiltração comunista no Exército dos EUA. Como as audiências eram televisionadas, pela primeira vez o povo americano viu o senador McCarthy em ação. Seu estilo agressivo e histérico desagradou.

Em uma última e desesperada tentativa de se reabilitar, McCarthy denunciou a infiltração na CIA, mas ninguém o levou a sério. O presidente Eisenhower, o secretário de Estado, John Foster Dulles, e o diretor-geral da CIA, Allen Dulles, irmão do secretário, rejeitaram as acusações como temerárias e sem fundamento.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Macron e Le Pen perdem em eleições na França com grande abstenção

 A abstenção de 66,7% e os partidos tradicionais foram os grandes vencedores no primeiro turno das eleições regionais na França, realizadas neste domingo. 

A Reunião Nacional (RN), de extrema direita, liderada por Marine Le Pen, recuou nove pontos percentuais m relação às eleições anteriores. Saiu na frente em apenas uma das 13 regiões. A República em Marcha (LRM), do presidente Emmanuel Macron, de centro-direita, ficou em quinto com 11% e não lidera em lugar algum. 

Tudo indica que Macron e Le Pen não devem repetir o duelo do segundo turno da eleição presidencial de 2022, quando o presidente conquistou 66% dos votos e a líder da extrema direita, 34%. Ambos saem mais fracos e a juventude desiludida. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a abstenção chegou a impressionantes 87%.

O grande vitorioso foi o partido conservador Os Republicanos (LR), de direita, herdeiro das ideias do general Charles de Gaulle, líder da França no exílio durante a Segunda Guerra Mundial. É o partido que mais governou o país no pós-guerra, com De Gaulle (1959-69), Georges Pompidou (1969-74), Jacques Chirac (1995-2007) e Nicolas Sarkozy (2007-12).

Com 28% dos votos, LR ganharam em seis regiões no primeiro turno, inclusive na Ilha da França, onde fica Paris. A aliança esquerda-verdes lidera em cinco regiões.

Somando os 16% da União de Esquerda liderada pelo Partido Socialista (PS) com os 13% do partido Europa Ecologia-Os Verdes (EELV), a aliança teve mais votos do que a direita republicana, o que lhes dá esperança de disputar o Palácio do Eliseu, se chegar a um candidato de consenso.

"A esquerda é a maior força política do país, à frente da direita e da extrema direita", festejou o primeiro-secretário do PS, Olivier Faure. "No seio do bloco de esquerda, o PS é a grande força motriz."

Os ecologistas também celebraram o resultado: "Estamos progredindo. Dobramos nossa votação em relação [às eleições regionais de] 2015", declarou Yannick Jadot, possível candidato verde à eleição presidencial de abril e maio do próximo ano.

Para o presidente Macron, foi mais um fracasso na tentativa de criar raízes locais para seu partido. Ele foi eleito em 2017 porque um escândalo de abalou a candidatura de direita do ex-primeiro-ministro François Fillon. Macron recebeu os votos da direita e alguns de centro-esquerda por ter sido ministro das Finanças do presidente socialista François Hollande. Isto não vai se repetir em 2022.

No poder, Macron nomeou um primeiro-ministro direitista, Edouard Philippe, do LR, que demitiu depois das eleições municipais, talvez temendo-o como adversário. Philippe seria um candidato formidável, mas disse que não concorrerá contra Macron.

Diante do enfraquecimento de sua candidatura, o presidente deve evitar fazer reformas impopulares para reduzir o déficit orçamentário, de 10,5% do produto interno bruto e a dívida pública, de 117% do PIB. Deve se concentrar em programas de estímulo apostando na retomada da economia para aumentar suas chances eleitorais. 

Macron tem pouco espaço fiscal para isso, especialmente se o Banco Central Europeu (BCE) parar de comprar títulos da dívida pública dos países da Zona do Euro, como cobra o presidente do Bundesbank, o banco central da Alemanha, Jens Weidmann.

As assembleias regionais são responsáveis pelo desenvolvimento regional, o transporte dentro da região e as escolas secundárias. Agora estão em curso as negociações para formar alianças para o segundo turno, a ser disputado no próximo domingo. Geralmente, os partidos se dividem entre direita e esquerda, ou todos se juntam contra a extrema direita, considerada antidemocrática.

O primeiro-ministro Jean Castex fez um apelo aos franceses para que votem em 27 de junho porque "quando a abstenção vence, perde a democracia". A imprensa francesa vê uma crise da democracia. O voto facultativo e a pandemia não seriam suficientes para explicar o desânimo dos franceses com o sistema político.

Brasil já enfrenta terceira onda da pandemia, alertam secretários da saúde

 Com 899 mortes e 43.413 novos diagnósticos positivos notificados nesta segunda-feira, o Brasil soma 502.817 óbitos e 17.969.806 casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. 

A média diária de casos novos nos últimos sete dias subiu para 73.564, com alta de 25% em duas semanas. É a alta maior desde março. As mortes estão em alta em oito estados.

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu um pouco para 2.059, mas apresenta alta de 20% em duas semanas. Há seis dias, está acima de 2 mil. Durante 55 dias, de 17 de março a 2 de maio, ficou acima de 2 mil. O recorde foi 3.125 em 12 de abril.

No mundo, já são 178.794.776 casos confirmados e 3.873.403 mortes. Cerca de 164 milhões de pacientes se recuperaram, 108,4 milhões enfrentam casos leves ou médios e 82.222 estão em estado grave.

A Índia registrou 1.167 mortes e o menor número de casos novos (42.640) em três meses, menos do que os 78 mil pacientes que receberam alta. O total de casos confirmados (29.977.861) é o segundo maior do mundo e o e mortes (389.302), o terceiro maior.

Nos Estados Unidos, houve um aumento no número de casos novos para 15.837, o que inclui registros atrasados do fim de semana, e 288 mortes. A média diária de casos novos nos últimos sete dias recuou 29% em duas semanas para 11.243 e as mortes em 23% para 311 por dia.

Mais de 2,7 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 38 milhões estão sendo inoculadas por dia. Na China, foram 1,05 bilhão de doses; 327,3 milhões nos EUA, onde 177,3 milhões tomaram a primeira dose e 150 milhões (45,25% da população americana) estão plenamente vacinados; cerca de 325 milhões na União Europeia; 288,8 milhões na Índia, que vacinou mais de 8,6 milhões de pessoas em 24 horas; 88,8 milhões no Brasil, onde 64,44 milhões receberam a primeira dose e 24,4 tomaram as duas doses necessárias à imunização; e mais de 75 milhões no Reino Unido. 

O Japão acelera a vacinação e vai aceitar público, mas só de japoneses, durante a Olimpíada de Tóquio, com uso de metade da capacidade dos locais de jogos, com um máximo de 10 mil torcedores. O governo japonês está aplicando um milhão de doses de vacinas por dia; 18% dos japoneses receberam a primeira dose e 7,3% estão plenamente vacinados. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 21 de Junho

    Em 1788, Novo Hampshire se torna o nono estado a ratificar a Constituição dos Estados Unidos, que assim recebe a aprovação final para entrar em vigor em 4 de março de 1789.

A Convenção Constitucional se reuniu em 25 de maio de 1787 sob a presidência de George Washington, comandante do Exército Continental, e redigiu uma Constituição com um governo federal forte, assinada em 17 de setembro por 38 dos 41 convencionais, que entraria em vigor ao ser ratificada por pelo menos nove dos 13 estados da União.

A partir de dezembro, cinco estados ratificaram rapidamente a Constituição dos EUA: Delaware, Pensilvânia, Nova Jérsei, Geórgia e Connecticut. Massachusetts era contra pela falta de proteção a direitos fundamentais como liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade religiosa.

Diante da promessa de que seriam aprovadas emendas para garantir os direitos fundamentais, Massachusetts, Maryland e a Carolina do Sul ratificaram a carta magna. Novo Hampshire foi o nono estado a aprovar, seguido pela Virgínia e por Nova York.

Em 25 de setembro de 1789, o Congresso criado pela Constituição aprovou 12 emendas. Dez seriam ratificadas até 1791.

A Carolina do Norte ratificou a carta em novembro de 1789. Rhode Island resistiu, por ser contra a adoção de uma moeda única, até ser ameaçado de corte das relações comerciais pelo governo federal. Só ratificou em 29 de maio de 1790. 

A Constituição dos EUA é a mais antiga constituição nacional escrita em vigor no mundo. A Constituição de Massachusetts é mais antiga, de 1780. Tem cláusulas democráticas como o direito de qualquer cidadão de propor emendas. Todo ano a Assembleia Legislativa recebe de 5 a 7 mil emendas de iniciativa popular, que são examinadas por uma comissão para ver se são compatíveis com a carta antes de tramitar.

    Em 1813, a França perde a Guerra Peninsular para forças do Reino Unido, da Espanha e de Portugal. É o fim da invasão napoleônica da Península Ibérica, iniciada em 1807, quando a família real portuguesa fugiu para o Brasil.

A pretexto de reforçar as tropas que ocupavam Portugal, o imperador francês Napoleão Bonaparte mandou invadir a Espanha em 16 e fevereiro de 1808. Era um momento crítico das guerras decorrentes da Revolução Francesa, que assolaram a Europa de 1792 a 1815. Em semanas, a invasão francesa tomou Pamplona e Barcelona. O rei Felipe IV foi obrigado a abdicar ao trono em 19 de março. Quatro dias depois, as tropas francesas sob o comando do general Joachim Murat tomaram Madri.

O Levante de 2 de Maio contra as atrocidades cometidas pelo invasor causou uma resposta brutal de Murat, com a morte de cerca de 400 rebeldes e o fuzilamento de 44, registrado em quadro do pintor Francisco de Goya. Em 15 de junho, Napoleão proclamou seu irmão José como rei da Espanha, deflagrando uma revolta generalizada na Península Ibérica. 

Uma força expedicionária britânica sob o comando do general Arthur Wellesley, o Duque de Wellington, interveio em 1809 e conseguiu libertar Portugal. A guerra na Espanha se arrastou, com a participação de bandos armados irregulares. As guerrilhas lançavam ataques rápidos e surpreendentes aos franceses e se retiravam em seguida. Uma antiga tática de guerra contra ocupações estrangeiras ganhou o nome de guerrilha durante a Guerra Peninsular.

A derrota da França seria selada em 21 de junho de 1813, quando uma força aliada de 80 mil homens, sob o comando de Wellesley, venceu o exército de 66 mil soldados de José Bonaparte. Em outubro, a Península Ibérica estava liberada. 

Os aliados continuaram a ofensiva. Invadiram a França e foram até Toulouse. A ofensiva terminou quando Napoleão abdicou, em 1814 e foi para o exílio na Ilha de Elba antes de retomar o trono em fevereiro de 1815 por um breve período de 100 dias.

Sob o comando do Duque de Wellington, forças do Reino Unido, da Holanda, da Prússia e de principados germânicos derrotaria Napoleão definitivamente na Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815. O imperador morreu seis anos depois, em 5 de maio de 1821, no exílio na Ilha de Santa Helena.

    Em 1876, morre na miséria na Cidade do México o general Antonio López de Santa Anna, que invadiu o Texas e venceu a Batalha de El Álamo. Santa Anna ganhou destaque na Guerra da Independência do México (1810-21). Eleito presidente em 1833, proclamou-se ditador em 1835 e entrou em conflito com o movimento pela independência do estado mexicano do Texas, liderada pela população de origem europeia.

Para esmagar o movimento independentista, Santa Anna invadiu o Texas em 1836, derrotou os rebeldes nas batalhas de El Álamo e Goliad, e ordenou pessoalmente a execução de 400 prisioneiros. "Lembrem do Álamo" virou o lema de guerra da Revolução Texana.

Num ataque de surpresa em 21 de abril de 1836, os texanos aniquilaram o exército de Santa Anna em São Jacinto. Capturado, sob ameaça de execução, Santa Anna ordenou a retirada. O Texas se tornou independente e pediu anexação aos EUA.

Com a instabilidade política no México, o general Santa Anna tomou e perdeu o poder 11 vezes até ser definitivamente deposto em 1855. Foi um dos responsáveis pela Guerra Mexicano-Americana, quando o México perdeu a metade de seu território.

Quando os EUA finalmente anexaram o Texas, em 1845, o México não aceitou. Não reconhecia o Tratado de Velasco, assinado pelo general Santa Anna, e o estado parte do território mexicano. Em 1844, James Polk havia sido eleito presidente dos EUA com a promessa de expandir o país territorialmente e anexar o Texas e o Oregon.

Diante de conflitos na fronteira entre o Texas e o México ao longo do Rio Grande, os EUA enviaram tropas à região. Depois que as forças mexicanas atacaram os americanos em 25 de abril de 1846, o Congresso dos EUA declarou guerra. 

No fim do conflito, pelo Tratado de Guadalupe Hidalgo, o México cedeu territórios que hoje são os estados da Califórnia, Nevada, Utah, a maior parte do Arizona e partes do Colorado, do Novo México e de Wyoming, no total de 1,37 milhão de quilômetros quadrados. O México tem hoje 1,958 milhão de km2.

O escritor e naturalista americano Henry David Thoreau criou o conceito de desobediência civil ao se negar a pagar impostos que financiariam a guerra contra o México e se recolher para suas terras junto ao Lago de Walen, em Massachusetts. Suas ideias paficistas influenciaram Leon Tolstoy, Mohandas Gandhi e Nelson Mandela.

    Em 1916, o Exército do México ataca uma força invasora dos EUA liderada pelo general John Pershing, que tentava punir o exército revolucionário de Pancho Villa pela execução de 16 americanos. Mais de 30 mexicanos morreram. Os EUA tiveram 22 baixas.

Com a renúncia do presidente Victoriano Huerta, em 1914, Villa travou uma luta pelo poder com Venustiano Carranza, antigo aliado na Revolução Mexicana. No fim de 1915, derrotado, Pancho Villa e seu exército se refugiaram nas montanhas do Norte do México.

Para se vingar do apoio do presidente Woodrow Wilson a Carranza, Villa executou 16 americanos em Santa Isabel, no Norte do México. Em 9 de março de 1916, o exército rebelde invadiu a cidade fronteiriça de Columbus, no Novo México, matou 17 americanos e incendiou o centro da cidade.

Seis dias depois, sob as ordens de Wilson, uma força de 10 mil soldados sob o comando de Pershing lançou a operação punitiva. Pela primeira vez, o Exército dos EUA usou forças mecanizadas, incluindo carros e aviões.

Durante 11 meses, os americanos perseguiram o líder revolucionário, que escapou por conhecer o terreno e ter apoio popular. A ação quase deflagrou uma nova guerra entre o México e os EUA. Não houve conflito porque os EUA estavam perto de entrar na Primeira Guerra Mundial (1914-18) na Europa.

Além do ataques a navios americanos pela Alemanha no Oceano Atlântico, uma das razões da intervenção militar americana na Europa foi o Telegrama Zimmermann. Em 16 de janeiro de 1917, o ministro do Exterior alemão, enviou um despacho ao embaixador no México, Heinrich von Eckart. Propunha uma aliança militar em que a Alemanha ajudaria o México a recuperar o território perdido na Guerra Mexicano-Americana (1846-48).

Pancho Villa continuou com suas ações revolucionárias no Norte do México. Foi anistiado em 1920, no fim da Revolução Mexicana, e assassinado três anos depois em Parral.

    Em 1965, a banda The Byrds lança seu primeiro disco, Mr. Tambourine Man, iniciando a revolução do folk-rock, o rock rural. Logo, se tornaria um grande sucesso e a música-título do álbum conquistaria o primeiro lugar nas paradas de sucesso como compacto simples. Seria a única canção de Bob Dylan a chegar ao topo da lista de mais vendidas.

Linha dura assume controle total no Irã com eleição de Raissi

 A ditadura dos aiatolás e da Guarda Revolucionária controla ainda mais a República Islâmica do Irã com a eleição do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Ebrahim Raissi, para presidente do país, anunciada no sábado, com 62% dos votos válidos no primeiro turno.

Sayyid Ebrahim Raissol Sadati, de 60 anos, foi candidato em 2017, quando perdeu para o atual presidente, Hassan Rouhani, considerado um conservador moderado, que disputava a reeleição. Raissi é ultraconservador e fiel aliado do Supremo Líder Espiritual da Revolução, aiatolá Ali Khamenei, o ditador iraniano, visto como seu mentor.

Raissi é associado a uma série de julgamentos políticos e execuções ocorridas em 1988, depois do fim da Guerra Irã-Iraque, quando era juiz do Tribunal Revolucionário de Teerã. Grupos de defesa dos direitos humanos o acusam se envolvimento em milhares de mortes de dissidentes políticos. Em 2019, ele foi eleito vice-presidente da Assembleia dos Sábios, que vai escolher o próximo Supremo Líder.

Se no passado as ditaduras costumavam ganhar eleições com quase 100% dos votos, agora o resultado mais comum fica na faixa dos 60% para tentar dar um verniz democrático. Uma exceção foi o ditador da Síria, Bachar Assad, aliado do Irã, reeleito com 95% dos votos em 26 de maio.

Em 2009, o presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito no Irã com 62,6% sob protestos da oposição, do Movimento Verde, que saiu às ruas em defesa de seu candidato, o ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mussavi. Ele seria o verdadeiro vencedor, mas oficialmente obteve 34% dos votos válidos.

Para evitar uma surpresa, desta vez, o Conselho dos Guardiães da Revolução vetou praticamente todos os candidatos reformistas, inclusive Ali Larijani, ex-presidente do Majlis (Parlamento), que era visto como o maior rival do presidente do Supremo Tribunal. Por isso, a abstenção foi a maior em eleições presidenciais desde a Revolução Islâmica (1979). Votaram 48,8% dos eleitores e 3,7 milhões anularam o voto. Assim, o presidente eleito tem o apoio de menos da metade do eleitorado.

A vitória de Raissi, que recebeu 18 dos 28 milhões de votos contra 3 milhões do segundo colocado, Mohsen Rezaei, afasta do poder o grupo conservador mais moderado a favor da reaproximação com o Ocidente, que negociou o acordo de 2015 com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para congelar por 10 anos o programa nuclear iraniano. Em 2017, Rouhani obteve 24 milhões de votos.

O momento é crítico por causa da crise econômica gerada apelas sanções impostas pelo governo Donald Trump, que retirou os Estados Unidos do acordo nuclear; da pandemia, que atingiu mais de 3 milhões de iranianos e matou cerca de 83 mil; e da sucessão do Supremo Líder, que tem 82 anos e sofre de câncer. Khamenei foi presidente de 1981-89. Raissi se cacifou como possível candidato.

A renegociação do acordo nuclear com o governo Joe Biden não deve ser afetada. Khamenei se empenhou pessoalmente na reabertura do diálogo para aliviar as sanções que sufocam a economia iraniana, que encolheu 5,4% em 2018, 7,6% em 2019 e 6% em 2020. 

Mas o novo presidente é contra incluir nas negociações limitações ao programa de mísseis do Irã e a interferência iraniana em outros países do Oriente Médio, o chamado arco xiita, que vai do Iêmen ao Líbano, passando pelo próprio Irã, o Iraque e a Síria. No momento, todos estes países menos o Irã enfrentam o colapso do Estado.

domingo, 20 de junho de 2021

Brasil tem a maior média móvel de casos desde 1º de abril

 Mais 1.050 mortes e 45.348 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019 foram notificados hoje no Brasil pelas secretarias estaduais da Saúde. O total de casos confirmados se aproxima de 18 milhões. São 17.926.393 casos confirmados e 501.918 óbitos.

A média diária de casos novos subiu para 73.200. Com alta de 17% em duas semanas, é a maior desde 1º de abril e apresenta tendência de alta, o que torna evidente o risco de uma terceira onda. 

A média diária de mortes caiu um pouco para 1.063, mas cresceu 24% em duas semanas. Isso indica tendência de aumentar. As mortes estão em alta em oito estados (Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo).

No mundo, já são 178.432.437 casos confirmados e 3.864.694 mortes. Mais de 163,5 milhões de pacientes se recuperaram, pouco menos de 11 milhões apresentam casos leves ou médios e 82.686 estão em estado grave.

A Índia registrou novas quedas no domingo nos números de casos novos (53.256) e de mortes (1.422), que ficaram bem abaixo do Brasil. O país tem o segundo maior número de casos confirmados (29.935.221) e o terceiro maior de mortes (388.135), atrás dos EUA e do Brasil.

Com 4.063 casos novos e 90 mortes, os Estados Unidos mantiveram a tendência de redução da pandemia neste domingo. A média diária de contágios dos últimos sete dias baixou 18% em duas semanas para 11.138 e a de mortes 21% para 300 por dia. O país tem o maior número de casos confirmados (33.541.889) e de mortes (601.828).

Mais de 2,633 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de um bilhão de doses foram aplicadas na China; 327,5 milhões nos EUA; mais de 320 milhões na União Europeia; 280 milhões na Índia; 87,48 milhões no Brasil, onde 63,2 milhões receberam a primeira dose e 24,28 milhões (11,4% da população brasileira) tomaram as duas doses necessárias à imunização; e cerca de 75 milhões no Reino Unido.

No Canadá, é maior o percentual dos que tomaram pelo menos uma dose (66%). Israel tem o maior percentual da plenamente vacinados (59%).

Hoje na História do Mundo: 20 de Junho

    Em 1789, os deputados do Terceiro Estado, representantes dos comuns e do baixo clero, se reúnem no Jeu de Pomme, uma quadra de tênis coberta, desafiando a ordem de dissolução do rei Luís XVI, e fazem o Juramento da Quadra de Tênis. Prometem não se dispersar antes de mudar a Constituição da França.

Luís XVI ascendera ao trono em 1774 e não tivera condições de superar a crise financeira herdada do avô Luís XV, em parte resultante da derrota para o Império Britânico na Guerra dos Sete Anos (1756-63), quando a França perdeu as possessões na Índia e a maior parte do Canadá. Esta guerra foi também uma das causas da independência dos Estados Unidos.

Sob intensa pressão popular depois de invernos rigorosos que causaram fome e queda nos impostos pagos pelos camponeses à aristocracia, em 24 de janeiro de 1789, Luís XVI convocou os Estados Gerais, a assembleia nacional onde estavam representados os três estados da França (clero, nobreza e povo), que não se reunia desde 1614. A sociedade francesa havia mudado. O Terceiro Estado não era só o campesinato, incluía a burguesia em ascensão.

Diante de uma série de reivindicações de reformas, Luís XVI dissolveu os Estados Gerais. Menos de um mês depois, em 14 de julho, os parisienses tomaram a Bastilha, uma prisão-símbolo do regime. A Tomada da Bastilha marca o início da Revolução Francesa. Luís XVI e a rainha Maria Antonieta seriam guilhotinados em 1793, durante o Período do Terror.

    Em 1900, começa na China a Guerra dos Boxers. Cem mil nacionalistas, que se apresentavam como I Ho Ch'uan (Punhos Justos e Harmoniosos), na verdade praticantes de kung fu, invadiram Beijim com o apoio da imperatriz Tzu'u Hzi e atacaram o bairro diplomático, cercaram representações de outros países, destruíram igrejas e mataram estrangeiros, inclusive o embaixador da Alemanha, Barão von Ketteller.

A China, o Império do Centro, que há séculos era a potência dominante, o centro do mundo na Ásia. Durante o século 19, o Império Britânico derrotou o decadente Império Chinês para impor o livre comércio, inclusive de ópio, e o Japão acabou com a ordem sinocêntrica ao vencer a Guerra Sino-Japonesa (1894-95). 

Os boxers se rebelaram contra a crescente influência de potências estrangeiras, que dominavam a economia chinesa. Acreditavam que poderiam vencer as armas de fogo com técnicas de arte marcial

A imperatriz passou a apoiar o grupo em 1898. No ano seguinte, começaram os ataques a estrangeiros e chineses cristãos. Em 14 de agosto, uma força internacional com soldados alemães, americanos, britânicos, franceses, japoneses e russos tomaram a capital chinesa.

O Protocolo de Beijim, de 7 de setembro de 1901, marca o fim da revolta. A China aceitou acordos econômicos favoráveis às grandes potências, pagou US$ 333 milhões em indenizações e forças estrangeiras ficaram estacionadas permanentemente em território chinês.

    Em 1975, estreia nos Estados Unidos Tubarão, de Steven Spielberg, o filme que fez as pessoas terem medo de entrar no mar. É a história baseada num livro de sucesso de um grande tubarão branco que aterroriza uma cidade da Nova Inglaterra.

Foi o primeiro grande sucesso de Spielberg, que filmaria Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Caçadores da Arca Perdida, ET: o Extraterrestre, Parque Jurássico, A Lista de Schindler, Salvando o Soldado Ryan e Lincoln. Tubarão, ET e Parque Jurássico estão entre as maiores bilheterias da história do cinema.

sábado, 19 de junho de 2021

Brasil passa de 500 mil mortes com tendência de alta

 O Brasil notificou neste sábado mais 2.247 mortes e 78.869 casos novos da doença do coronavírus de 2019, ultrapassando meio milhão de mortes para chegar a 17.881.045 casos confirmados e 500.868 óbitos. O país tem a maior tendência de alta nas mortes em 75 dias.

A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu pelo quinto dia consecutivo. Ficou acima de 2 mil pelo quarto dia seguido, desta vez para 2.073, com alta de 27% em duas semanas. A média diária de diagnósticos positivos nos últimos sete dias está em 72.007, com alta de 15% em duas semanas.

No mundo, já são 178.119.063 casos confirmados e 3.857.719 mortes. Mais de 163 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 11,2 milhões enfrentam casos leves ou médios e 82.774 estão em estado grave.

A Índia voltou a notificar menos casos novos (58.419) e menos mortes (1.576) do que o Brasil. Tem o segundo maior número de casos confirmados (29.881.965), atrás dos EUA, e o terceiro de mortes (386.713), depois de EUA e Brasil.

Os Estados Unidos registraram hoje 7.760 diagnósticos positivos e 169 mortes. Nas últimas duas semanas, a média diária de casos novos dos últimos sete dias caiu 16% para 11.527 e a de mortes 17% para 301. O país tem o maior número absoluto de casos confirmados (33.536.904) e de mortes (601.721).

Mais de 2,6 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo inteiro. Foram cerca de 1 bilhão de doses na China; 326 milhões nos EUA; mais de 320 milhões na União Europeia; 275 milhões na Índia; 86,95 milhões no Brasil, onde 62,7 milhões receberam a primeira dose e 24,24 milhões (11,38%) tomaram as duas doses necessárias à imunização; e 73 milhões no Reino Unido, onde 46% estão plenamente vacinados.

Hoje na História do Mundo: 19 de Junho

     Em 1865, o Exército da União chega a Galveston, no Texas, e anuncia o fim da Guerra da Secessão (1861-65) e a Abolição da Escravatura nos Estados Unidos. A data, conhecida como Juneteenth, foi declarada feriado nacional pelo presidente Joe Biden dois dias atrás.

O presidente Abraham Lincoln fez a Proclamação de Emancipação em 1º de janeiro de 1863, quando o país estava em guerra civil porque os estados do Sul não aceitaram a abolição e queriam se separar da União. Nestes estados, a escravidão só acabou com a vitória do Norte. A Guerra da Secessão ou Guerra Civil Americana foi o conflito mais sangrento da história dos EUA, com 620 mil mortes.

    Em 1867, o arquiduque austríaco Ferdinando Maximiliano, coroado imperador do México pelo imperador Napoleão III, da França, em 1864, é executado por ordem de Benito Juárez, presidente da República Mexicana

Juárez, um liberal, assumiu a Presidência do México em 1861, com o país falido e declarou moratória das dívidas com a Espanha, a França e o Reino Unido. Em resposta, as potências imperiais enviaram navios de guerra a Veracruz para cobrar as dívidas.

A Espanha e o Reino Unido negociaram com Juárez, mas Napoleão III aproveitou a oportunidade criada pela Guerra da Secessão (1861-65) nos EUA para ampliar seu império na América. No fim de 1861, a França invadiu e tomou o México. Maximiliano foi proclamado imperador do México.

O conceito de América Latina foi criado pelos franceses para justificar a intervenção no México.

Seis anos depois, em aliança com os EUA pós-Guerra Civil, Juárez retomou o poder. Abandonado por Napoleão III, Maximiliano foi preso e fuzilado.

    Em 2014, Felipe VI torna-se rei da Espanha depois de abdicação de seu pai, Juan Carlos I, envolvido em escândalos de corrupção. Juan Carlos I ascendeu ao trono em 1975, com a morte do ditador Francisco Franco, que estava no poder desde a vitória na Guerra Civil Espanhola (1936-39).

O rei teve um papel importante na consolidação da democracia ao resistir à tentativa de golpe militar do coronal Antonio Tejero Molina, em fevereiro de 1981. Seu prestígio entrou em declínio quando os espanhóis ficaram sabendo, em 2012, em meio à Grande Recessão (2008-14), que Juan Carlos I fora caçar elefantes na África. Ele também foi acusado de ter dinheiro no exterior.

Felipe VI tomou atitudes progressistas, como receber defensores dos direitos dos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e reduzir seu salário em 20%. Chegou a aparecer na capa de uma revista gay e apoiou uma lei proibindo a família real de receber presentes.

Brasil atinge a marca trágica de meio de milhão de mortes

 O Brasil ultrapassa neste sábado sombrio uma marca triste e trágica: 500 mil mortes pela doença do coronavírus de 2019, no fim de uma semana em que superou a Índia e voltou a ser o país com o maior número absoluto de mortes e de casos novos por dia no mundo. 

Sob risco de uma terceira onda, o Brasil voltou a notificar mais de 2 mil mortes por dia e bateu recorde de diagnósticos positivos num dia na sexta-feira, com zonas vermelhas de alta transmissão em 23 estados e no Distrito Federal.

Só os Estados Unidos registram mais mortes de covid-19. Passaram de 600 mil na terça-feira. Mas estão avançados na vacinação, com 44,8% da população plenamente imunizados, enquanto o Brasil tem 11,35%. Com mais de 70% vacinados, os estados da Califórnia e de Nova York, suspenderam quase todas as restrições. O uso de máscaras ainda é exigido nos transportes públicos.

A pandemia está recuando na maior parte do mundo, mas o contágio aumentou 44% na África, que aplicou até agora menos de 2% das vacinas. A variante delta vai se tornando dominante no mundo, com ação devastadora em países com baixa cobertura vacinal e assusta mesmo no Reino Unido, que aplicou 72,5 milhões de doses numa população de 67 milhões de habitantes. 

Pela primeira vez desde fevereiro, o Reino Unido registrou mais de 10 mil casos novos num dia. O primeiro-ministro Boris Johnson adiou o fim de todas as restrições em quatro semanas, de 21 de junho para 19 de julho. A variante delta é a grande ameaça e novas podem surgir, especialmente em países de grande circulação do vírus como o Brasil. Meu comentário com um balanço semanal da pandemia: