Em 1945, 50 países, inclusive o Brasil, assinam em São Francisco da Califórnia a Carta das Nações Unidas "para livrar as futuras gerações do flagelo da guerra". Criavam a segunda organização internacional de caráter universal dedicada à paz mundial, depois do fracasso da Liga das Nações, fundada depois da Primeira Guerra Mundial (1914-18), em evitar a Segunda Guerra Mundial (1939-45).
A Carta da ONU foi ratificada em 24 de outubro por 51 países, com a adesão da Polônia, que recuperara sua independência depois de ser invadida pela Alemanha nazista em 1º de setembro de 1939 no começo da guerra. A primeira reunião da Assembleia Geral aconteceu em Londres, em 10 de janeiro de 1946.
Desde 1941, líderes aliados defendiam a criação de uma nova organização internacional para garantir a paz. Em agosto daquele ano, antes dos EUA entrarem na guerra, o presidente Franklin Roosevelt e o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, assinaram a Carta do Atlântico.
Depois do ataque japonês a Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, que levou os EUA à guerra, em 1º de janeiro de 1942, 26 países assinaram em Washington a Declaração das Nações Unidas.
A partir de outubro de 1943, os três grandes líderes dos aliados - Churchill, Roosevelt e o ditador soviético Josef Stalin - se reuniram numa série de conferências para discutir a questão. Em fevereiro de 1945, em Ialta, na Crimeia, chegaram a um acordo.
Em 1948, os Estados Unidos e o Reino Unido começam uma ponte aérea para levar suprimentos (água, comida, roupas, remédios e combustíveis) a Berlim Ocidental, rompendo o bloqueio imposto pela União Soviética, que dominava a Alemanha Oriental, durante a Guerra Fria.
Quando terminou a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Alemanha ocupada foi divida em zonas sob o controle dos EUA, do Reino Unido, da França e da URSS. As partes dos aliados ocidentais formaram a Alemanha Ocidental e a parte soviética virou Alemanha Oriental.
Berlim, a capital alemã, que também foi dividida, fica no Leste. Berlim Ocidental era um enclave dentro da Alemanha Oriental. Em 24 de junho de 1948, por ordem do ditador Josef Stalin a URSS bloqueou o acesso por terra para tentar assumir o controle total da cidade, que estava na linha de frente da Guerra Fria.
A linha dura pressionou o presidente americano, Harry Truman, a dar uma resposta militar a Stalin, mas Truman temia deflagrar uma nova guerra mundial. Dois dias depois, os aliados ocidentais lançaram a Ponte Aérea de Berlim.
No início, os aviões aliados carregavam 5 mil toneladas de suprimentos por dia; no fim, 8 mil toneladas por dia. Ao todo, foram 2,3 milhões de toneladas de carga para romper o Bloqueio de Berlim, numa das grandes batalhas da Guerra Fria.
Em 12 de maio de 1949, a URSS suspendeu o bloqueio. A ponte aérea foi mantida até setembro, a um custo de US$ 224 milhões.
Para evitar a fuga em massa de alemães-orientais, na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, o regime comunista da Alemanha Oriental erguei um muro ao redor de Berlim Ocidental. O Muro de Berlim era a cicatriz viva da Guerra Fria. Sua abertura, em 9 de novembro de 1989, foi um dos marcos do fim da confrontação estratégica entre os EUA e a URSS que dominou a política internacional na segunda metade do século 20.
Em 1993, o presidente Bill Clinton (1993-2001) autoriza um ataque de mísseis contra o quartel-general do serviço secreto do Iraque, em Bagdá, em retaliação por uma suposta conspiração para matar o ex-presidente George Bush (1989-93) durante uma visita ao Kuwait em abril daquele ano.
Um dia antes da chegada de Bush, 14 suspeitos, na maioria iraquianos, foram presos na Cidade do Kuwait e no dia seguinte foi encontro o carro-bomba a ser usado no atentado.
Em resposta, 23 mísseis de cruzeiro Tomahawk foram disparados de navios de guerra dos EUA no Golfo Pérsico contra a central de inteligência de Saddam Hussein, que seria derrubado e morto pela invasão americana de 2003, durante o governo George W. Bush (2001-9), filho do presidente que seria alvo do atentado.
Em 2015, a Suprema Corte decide que o casamento de pessoas do mesmo sexo não pode ser proibido e deve ser reconhecido em todos os Estados Unidos, dando finalmente aos casais homossexuais os mesmos direitos dos heterossexuais.
O marco do início do movimento pelos direitos dos homossexuais nos EUA é a Rebelião de Stonewall, iniciada quando a polícia invadiu o bar gay Stonewall Inn, no Greenwich Village, em Nova York, em 28 de junho de 1969.
Quando a homossexualidade tornou-se aceitável pela sociedade americana, houve uma reação conservadora. Em 1996, o presidente Bill Clinton foi forçado a assinar a Lei de Defesa do Casamento, que proibia o reconhecimento gay pelas leis federais do país.
No ano 2000, Vermont foi o primeiro estado a reconhecer a união civil de casais homossexuais. O primeiro a legalizar o casamento gay foi Massachusetts, em 2003. A questão virou um dos focos centrais da guerra cultural entre conservadores e liberais no governo George W. Bush (2001-9).
Sob pressão dos conservadores, o presidente liberal Barack Obama (2009-17) orientou o Departamento da Justiça em 2011 a não defender o casamento. Mas, em 2013, a Suprema Corte declarou ilegal a Lei de Defesa do Casamento e legalizou, na prática, o casamento gay na Califórnia.
A ação Obergefell x Hodges foi iniciada por Jim Obergefell. Ele casou com John Arthur em Maryland, mas o casamento não foi reconhecido no estado de Ohio. Por 5-4, a Suprema Corte decidiu em favor do casal.
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