Em 1788, Novo Hampshire se torna o nono estado a ratificar a Constituição dos Estados Unidos, que assim recebe a aprovação final para entrar em vigor em 4 de março de 1789.
A Convenção Constitucional se reuniu em 25 de maio de 1787 sob a presidência de George Washington, comandante do Exército Continental, e redigiu uma Constituição com um governo federal forte, assinada em 17 de setembro por 38 dos 41 convencionais, que entraria em vigor ao ser ratificada por pelo menos nove dos 13 estados da União.
A partir de dezembro, cinco estados ratificaram rapidamente a Constituição dos EUA: Delaware, Pensilvânia, Nova Jérsei, Geórgia e Connecticut. Massachusetts era contra pela falta de proteção a direitos fundamentais como liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade religiosa.
Diante da promessa de que seriam aprovadas emendas para garantir os direitos fundamentais, Massachusetts, Maryland e a Carolina do Sul ratificaram a carta magna. Novo Hampshire foi o nono estado a aprovar, seguido pela Virgínia e por Nova York.
Em 25 de setembro de 1789, o Congresso criado pela Constituição aprovou 12 emendas. Dez seriam ratificadas até 1791.
A Carolina do Norte ratificou a carta em novembro de 1789. Rhode Island resistiu, por ser contra a adoção de uma moeda única, até ser ameaçado de corte das relações comerciais pelo governo federal. Só ratificou em 29 de maio de 1790.
A Constituição dos EUA é a mais antiga constituição nacional escrita em vigor no mundo. A Constituição de Massachusetts é mais antiga, de 1780. Tem cláusulas democráticas como o direito de qualquer cidadão de propor emendas. Todo ano a Assembleia Legislativa recebe de 5 a 7 mil emendas de iniciativa popular, que são examinadas por uma comissão para ver se são compatíveis com a carta antes de tramitar.
Em 1813, a França perde a Guerra Peninsular para forças do Reino Unido, da Espanha e de Portugal. É o fim da invasão napoleônica da Península Ibérica, iniciada em 1807, quando a família real portuguesa fugiu para o Brasil.
A pretexto de reforçar as tropas que ocupavam Portugal, o imperador francês Napoleão Bonaparte mandou invadir a Espanha em 16 e fevereiro de 1808. Era um momento crítico das guerras decorrentes da Revolução Francesa, que assolaram a Europa de 1792 a 1815. Em semanas, a invasão francesa tomou Pamplona e Barcelona. O rei Felipe IV foi obrigado a abdicar ao trono em 19 de março. Quatro dias depois, as tropas francesas sob o comando do general Joachim Murat tomaram Madri.
O Levante de 2 de Maio contra as atrocidades cometidas pelo invasor causou uma resposta brutal de Murat, com a morte de cerca de 400 rebeldes e o fuzilamento de 44, registrado em quadro do pintor Francisco de Goya. Em 15 de junho, Napoleão proclamou seu irmão José como rei da Espanha, deflagrando uma revolta generalizada na Península Ibérica.
Uma força expedicionária britânica sob o comando do general Arthur Wellesley, o Duque de Wellington, interveio em 1809 e conseguiu libertar Portugal. A guerra na Espanha se arrastou, com a participação de bandos armados irregulares. As guerrilhas lançavam ataques rápidos e surpreendentes aos franceses e se retiravam em seguida. Uma antiga tática de guerra contra ocupações estrangeiras ganhou o nome de guerrilha durante a Guerra Peninsular.
A derrota da França seria selada em 21 de junho de 1813, quando uma força aliada de 80 mil homens, sob o comando de Wellesley, venceu o exército de 66 mil soldados de José Bonaparte. Em outubro, a Península Ibérica estava liberada.
Os aliados continuaram a ofensiva. Invadiram a França e foram até Toulouse. A ofensiva terminou quando Napoleão abdicou, em 1814 e foi para o exílio na Ilha de Elba antes de retomar o trono em fevereiro de 1815 por um breve período de 100 dias.
Sob o comando do Duque de Wellington, forças do Reino Unido, da Holanda, da Prússia e de principados germânicos derrotaria Napoleão definitivamente na Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815. O imperador morreu seis anos depois, em 5 de maio de 1821, no exílio na Ilha de Santa Helena.
Em 1876, morre na miséria na Cidade do México o general Antonio López de Santa Anna, que invadiu o Texas e venceu a Batalha de El Álamo. Santa Anna ganhou destaque na Guerra da Independência do México (1810-21). Eleito presidente em 1833, proclamou-se ditador em 1835 e entrou em conflito com o movimento pela independência do estado mexicano do Texas, liderada pela população de origem europeia.
Para esmagar o movimento independentista, Santa Anna invadiu o Texas em 1836, derrotou os rebeldes nas batalhas de El Álamo e Goliad, e ordenou pessoalmente a execução de 400 prisioneiros. "Lembrem do Álamo" virou o lema de guerra da Revolução Texana.
Num ataque de surpresa em 21 de abril de 1836, os texanos aniquilaram o exército de Santa Anna em São Jacinto. Capturado, sob ameaça de execução, Santa Anna ordenou a retirada. O Texas se tornou independente e pediu anexação aos EUA.
Com a instabilidade política no México, o general Santa Anna tomou e perdeu o poder 11 vezes até ser definitivamente deposto em 1855. Foi um dos responsáveis pela Guerra Mexicano-Americana, quando o México perdeu a metade de seu território.
Quando os EUA finalmente anexaram o Texas, em 1845, o México não aceitou. Não reconhecia o Tratado de Velasco, assinado pelo general Santa Anna, e o estado parte do território mexicano. Em 1844, James Polk havia sido eleito presidente dos EUA com a promessa de expandir o país territorialmente e anexar o Texas e o Oregon.
Diante de conflitos na fronteira entre o Texas e o México ao longo do Rio Grande, os EUA enviaram tropas à região. Depois que as forças mexicanas atacaram os americanos em 25 de abril de 1846, o Congresso dos EUA declarou guerra.
No fim do conflito, pelo Tratado de Guadalupe Hidalgo, o México cedeu territórios que hoje são os estados da Califórnia, Nevada, Utah, a maior parte do Arizona e partes do Colorado, do Novo México e de Wyoming, no total de 1,37 milhão de quilômetros quadrados. O México tem hoje 1,958 milhão de km2.
O escritor e naturalista americano Henry David Thoreau criou o conceito de desobediência civil ao se negar a pagar impostos que financiariam a guerra contra o México e se recolher para suas terras junto ao Lago de Walen, em Massachusetts. Suas ideias paficistas influenciaram Leon Tolstoy, Mohandas Gandhi e Nelson Mandela.
Em 1916, o Exército do México ataca uma força invasora dos EUA liderada pelo general John Pershing, que tentava punir o exército revolucionário de Pancho Villa pela execução de 16 americanos. Mais de 30 mexicanos morreram. Os EUA tiveram 22 baixas.
Com a renúncia do presidente Victoriano Huerta, em 1914, Villa travou uma luta pelo poder com Venustiano Carranza, antigo aliado na Revolução Mexicana. No fim de 1915, derrotado, Pancho Villa e seu exército se refugiaram nas montanhas do Norte do México.
Para se vingar do apoio do presidente Woodrow Wilson a Carranza, Villa executou 16 americanos em Santa Isabel, no Norte do México. Em 9 de março de 1916, o exército rebelde invadiu a cidade fronteiriça de Columbus, no Novo México, matou 17 americanos e incendiou o centro da cidade.
Seis dias depois, sob as ordens de Wilson, uma força de 10 mil soldados sob o comando de Pershing lançou a operação punitiva. Pela primeira vez, o Exército dos EUA usou forças mecanizadas, incluindo carros e aviões.
Durante 11 meses, os americanos perseguiram o líder revolucionário, que escapou por conhecer o terreno e ter apoio popular. A ação quase deflagrou uma nova guerra entre o México e os EUA. Não houve conflito porque os EUA estavam perto de entrar na Primeira Guerra Mundial (1914-18) na Europa.
Além do ataques a navios americanos pela Alemanha no Oceano Atlântico, uma das razões da intervenção militar americana na Europa foi o Telegrama Zimmermann. Em 16 de janeiro de 1917, o ministro do Exterior alemão, enviou um despacho ao embaixador no México, Heinrich von Eckart. Propunha uma aliança militar em que a Alemanha ajudaria o México a recuperar o território perdido na Guerra Mexicano-Americana (1846-48).
Pancho Villa continuou com suas ações revolucionárias no Norte do México. Foi anistiado em 1920, no fim da Revolução Mexicana, e assassinado três anos depois em Parral.
Em 1965, a banda The Byrds lança seu primeiro disco, Mr. Tambourine Man, iniciando a revolução do folk-rock, o rock rural. Logo, se tornaria um grande sucesso e a música-título do álbum conquistaria o primeiro lugar nas paradas de sucesso como compacto simples. Seria a única canção de Bob Dylan a chegar ao topo da lista de mais vendidas.
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