O Brasil ultrapassa neste sábado sombrio uma marca triste e trágica: 500 mil mortes pela doença do coronavírus de 2019, no fim de uma semana em que superou a Índia e voltou a ser o país com o maior número absoluto de mortes e de casos novos por dia no mundo.
Sob risco de uma terceira onda, o Brasil voltou a notificar mais de 2 mil mortes por dia e bateu recorde de diagnósticos positivos num dia na sexta-feira, com zonas vermelhas de alta transmissão em 23 estados e no Distrito Federal.
Só os Estados Unidos registram mais mortes de covid-19. Passaram de 600 mil na terça-feira. Mas estão avançados na vacinação, com 44,8% da população plenamente imunizados, enquanto o Brasil tem 11,35%. Com mais de 70% vacinados, os estados da Califórnia e de Nova York, suspenderam quase todas as restrições. O uso de máscaras ainda é exigido nos transportes públicos.
A pandemia está recuando na maior parte do mundo, mas o contágio aumentou 44% na África, que aplicou até agora menos de 2% das vacinas. A variante delta vai se tornando dominante no mundo, com ação devastadora em países com baixa cobertura vacinal e assusta mesmo no Reino Unido, que aplicou 72,5 milhões de doses numa população de 67 milhões de habitantes.
Pela primeira vez desde fevereiro, o Reino Unido registrou mais de 10 mil casos novos num dia. O primeiro-ministro Boris Johnson adiou o fim de todas as restrições em quatro semanas, de 21 de junho para 19 de julho. A variante delta é a grande ameaça e novas podem surgir, especialmente em países de grande circulação do vírus como o Brasil. Meu comentário com um balanço semanal da pandemia:
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