terça-feira, 22 de junho de 2021

Hoje na História do Mundo: 22 de Junho

     Em 1941, começa a Operação Barbarossa, a invasão da União Soviética pela Alemanha nazista e aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Era o fim do Pacto Germano-Soviético, assinado em 23 de agosto de 1939 para dividir a Polônia e permitir à Alemanha tomar a Europa Ocidental sem temer ataques vindos do Leste. A maior invasão militar da história foi o maior erro de Adolf Hitler e custou a derrota. Mais de 80% das tropas alemãs foram derrotadas na frente oriental.

A invasão nazista teve três braços. Na frente norte, marchou rumo a Leningrado, hoje São Petersburgo, cercada durante 900 dias sem que a Alemanha tenha conseguido conquistar a antiga capital da Rússia czarista. No centro, avançou sobre Moscou, mas não conseguiu tomar a capital russa, protegida pelo rigor do inverno. Na frente sul, tomou Kiev, a capital da Ucrânia e avançou até Stalingrado.

Na Batalha de Stalingrado, talvez a mais importante a história, de 23 de agosto de 1942 a 2 de fevereiro, o Exército Vermelho conteve a ofensiva nazista e iniciou a marcha rumo a Moscou, que tomaria em 8 de maio de 1945, no fim da guerra na Europa.

Do ponto de vista do número de mortes, a Segunda Guerra Mundial foi principalmente um conflito entre a URSS, que perdeu 27 milhões de pessoas, e a Alemanha, que perdeu 11 milhões.

     Em 1945, os Estados Unidos vencem o Japão na Batalha de Okinawa, uma das mais sangrentas da Segunda Guerra Mundial (1939-45). O 10º Exército dos EUA lançou em 1º de abril uma operação de assalto anfíbio com 60 mil homens a Okinawa, uma ilha estratégica entre Taiwan e o Japão onde havia 100 mil soldados japoneses. 

A partir do dia 4 de abril, ondas de ataques suicidas lançadas por pilotos japoneses, os kamikazes, atacou as forças americanas. Ao todo, 2 mil kamikazes deram a vida para defender a ilha. O Japão perdeu ao menos 110 mil soldados e de 40 a 150 mil civis na batalha e os EUA, 12,5 mil soldados. Os comandantes dos dois lados morreram. Dos 36 navios aliados destruídos, a maioria foi alvo dos pilotos suicidas.

Como a moral japonesa considerava a rendição degradante e humilhante, o heroísmo estava em morrer no combate, menos de 8 mil japoneses se entregaram.

Depois da vitória em Okinawa, os EUA começaram a preparar a invasão das quatro maiores ilhas do arquipélago japonês. Antes, na Batalha de Iwo Jima, de 19 de janeiro a 26 de março de 45, haviam morrido cerca de 18 mil japoneses e 6.821 americanos; 216 japoneses se renderam e cerca de 3 mil continuaram resistindo numa guerra de guerrilhas.

Diante das perdas em Iwo Jima e Okinawa, os EUA estimaram que uma invasão às grandes ilhas do Japão poderia custar um milhão de vidas. As bombas atômicas lançadas contra Hiroxima em 6 de agosto e Nagasaki em 9 de agosto levaram à rendição japonesa em 15 de agosto, pondo fim à Segunda Guerra Mundial. 

Pelo menos 140 mil pessoas morreram imediatamente nos únicos ataques da história com armas nucleares, 80 mil em Hiroxima e 40 mil em Nagasaki. Com as mortes que continuam até hoje por causa da radiação, o total de mortes passa de 300 mil.

Nunca mais houve guerra direta entre grandes potências. A corrida armamentista entre os EUA e a URSS durante a Guerra Fria levou ao equilíbrio do terror nuclear porque a destruição era mutuamente assegurada.

    Em 1950, como parte da campanha do senador Joseph McCarthy contra a "ameaça vermelha" durante a Guerra Fria, músicos como Leonard Bernstein, Aaron Copland, Lena Horn e Pete Seeger foram acusados de simpatizar com o comunismo no documento Canais Vermelhos: o relatório sobre a influência comunista no rádio e na televisão. Eles se juntaram a outros nomes da indústria cultural dos EUA como Orson Welles, Lilian Hellman, Arthur Miller, Dorothy Parker e Charles Chaplin.

McCarthy ficou conhecido naquele ano por sua cruzada contra a suposta infiltração esquerdista nos EUA alegando havia mais de 200 "notórios comunistas" no Departamento de Estado. Nos anos seguintes, estendeu sua campanha sobre a Ameaça Vermelha a todos os órgãos do governo dos EUA e a outros setores, como o cultural.

Mesmo sem descobrir nenhum comunista enrustido, o macartismo provocou uma histeria anticomunista e a perseguição política de supostos esquerdistas. Em 1954, McCarthy estava marginalizado. Quando fazia acusações durante o governo democrata de Harry Truman (1945-53), os republicanos o usaram como arma política. Depois da vitória e posse de Dwight Eisenhower (1953-61), virou um estorvo para o Partido Republicano.

Com o seu poder desvanecendo, em 1954, McCarthy iniciou investigações sobre infiltração comunista no Exército dos EUA. Como as audiências eram televisionadas, pela primeira vez o povo americano viu o senador McCarthy em ação. Seu estilo agressivo e histérico desagradou.

Em uma última e desesperada tentativa de se reabilitar, McCarthy denunciou a infiltração na CIA, mas ninguém o levou a sério. O presidente Eisenhower, o secretário de Estado, John Foster Dulles, e o diretor-geral da CIA, Allen Dulles, irmão do secretário, rejeitaram as acusações como temerárias e sem fundamento.

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