domingo, 28 de fevereiro de 2021

Brasil bate novo recorde na média de mortes dos últimos sete dias

Mais 755 mortes e 40.495 casos novos da doença do coronavírus de 2019 foram notificadas neste domingo no Brasil. O total de casos confirmados no país chegou a 10.549.129 e as mortes são 255.018. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu novo recorde: 1.208. Doze estados e o Distrito Federal apresentam alta nas mortes. A média diária de casos novos está em 54.547, um aumento de 21% em duas semanas, o que carateriza tendência de alta.

No mundo, já são 114.065.230 casos confirmados e 2.530.712 mortes. Cerca de 90 milhões de pacientes se recuperaram, embora muitos apresentem sequelas de longo prazo, cerca de 21,5 milhões apresentam sintomas leves e 90.605 estão em estado grave.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados (28.605.523) e de mortes (513.091). Em 24 horas, registraram 62.694 casos novos e 1.567 mortes. O contágio caiu 28% em duas semanas, as mortes baixaram 22% e as hospitalizações 30%.

No Reino Unido, seis pessoas que chegaram do Brasil foram diagnosticadas com a mutação do vírus identificada em Manaus. Três foram para o Norte da Escócia, passando por aeroportos em Paris e Londres. Outras dois casos, na Inglaterra, foram ligados a uma pessoa vinda do Brasil. O viajante infectado chegou uma semana antes do início da quarentena obrigatória para quem vem de regiões de alto risco. 

O sexto paciente não preencheu totalmente a ficha do exame. Ainda não foi localizado. Pode estar espalhando a variante de Manaus.

No momento, quem entra no Reino Unido vindo de países com alta transmissão do vírus como o Brasil ou a África do Sul, onde há outra mutação perigosa, precisa fazer quarentena num hotel durante pelo menos uma semana.

Mais de 252 doses de vacinas foram aplicadas no mundo, sendo 75 milhões nos EUA, onde 23 milhões de pessoas receberam as duas doses necessárias à imunização, 46 milhões na China, 33 milhões na União Europeia, mais de 20 milhões no Reino Unido, 15 milhões na Índia e 8.509.513 no Brasil. Pelo menos 6.576.109 receberam uma dose e 1.933.404 duas doses.

Ditadura de Mianmar abre fogo e mata 18 manifestantes

 É uma tragédia anunciada desde que o povo saiu às ruas para rejeitar o golpe militar de 1º de fevereiro em Mianmar, a antiga Birmânia, um país do Sudeste Asiático. Duas pessoas haviam sido mortes em protestos anteriores. 

Hoje, as forças de segurança abriram fogo contra manifestações em  mais de uma cidade. Pelo menos 18 pessoas morreram no domingo sangrento em Yangum, a antiga Rangun, maior cidade do país. Algumas fontes falam em 26 mortos.

Os militares derrubaram o governo civil sob a alegação de que houve fraude maciça nas eleições de 8 de novembro de 200, em que a Liga Nacional pela Democracia (LND), liderada por Aung San Suu Kyi,  conquistou ampla maioria na Câmara dos Representantes e na Câmara das Nacionalidades da Assembleia da União, o parlamento bicameral do país.

Até agora, as Forças Armadas e a polícia estavam usando gás lacrimogênio, bombas de efeito moral e balas de borracha. Neste domingo, pela primeira vez, usaram munição real em Yangum, Mandalay, Bago e Dawei. O Escritório dos Direitos Humanos das Nações Unidas no país condenou a violência e declarou que "o uso de violência letal contra manifestantes não violentos nunca é justificável sob as normas internacionais dos direitos humanos."

"Quantas vidas são necessárias para a ONU agir?", perguntou Nyi Nyi Aung Htet Naing no sábado à noite no Facebook. No domingo, o engenheiro civil de 23 anos foi baleado e morto em Yangum.

Os militares mandam em Mianmar desde um golpe em 1962. Transformaram um dos países mais ricos da região num dos mais pobres e atrasados. Em 8 de agosto de 1988, massacraram 3 mil pessoas em Yangum, a antiga capital e principal cidade do país, no chamado Levante 8888.

A principal líder civil do país, Aung San Suu Kyi, é filha do herói da independência do país do Império Britânico, em 1948, Aung San, assassinado pouco antes da independência. Suu Kyu estudou na Universidade de Déli, na Índia e nas Universidades de Oxford e de Londres, na Inglaterra, casou-se com um inglês e trabalhou na ONU em Nova York.

Suu Kyi voltou ao país para cuidar da mãe doente em 1988. Diante do massacre, tornou-se líder da oposição com um comício para 500 mil pessoas em 26 de agosto e fundou a LND. No ano seguinte, foi colocada em prisão domiciliar. A LND conquistou 59% dos votos e 81% das cadeiras da Assembleia da União em 1990. Os militares anularam as eleições.

Em 1991, Suu Kyu ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Presa em casa, não pôde receber. Durante 21 anos, ela ficou 15 em prisão domiciliar. Duas vezes, em 1996 e 2003, sua caravana foi atacada quando fazia política no interior do país.

A breve experiência democrática mianmarense veio em consequência de uma catástrofe da natureza. Com ventos de até 215 quilômetros por hora, o ciclone Nargis arrasou a região do delta do Rio Irauádi. Mais de 138 mil pessoas morreram. O prejuízo passou de US$ 10 bilhões.

Com o país falido, os militares anunciaram uma abertura democrática em 2010 e a LND voltou a pedir registro como partido político, em 2011. O governo Barack Obama apoiou a democratização. Nas eleições de 2012, ela chegou à Assembleia da União. No mesmo ano, foi aos EUA, recebeu a Medalha de Ouro do Congresso e esteve com o presidente Obama na Casa Branca.

Em 2015, a LND obteve outra grande vitória, mas Suu Kyi foi barrada de se candidatar à Presidência por ser viúva de um estrangeiro e ter dois filhos estrangeiros. Virou então, em 2026, Conselheira do Estado, uma espécie de primeira-ministra, cargo que exercia até o golpe. 

Desde então, ela está prisão domiciliar. A primeira acusação foi de importar 10 equipamentos de telecomunicações tipo walkie-talkie. Depois, também foi denunciada por violar a Lei de Gestão de Desastres, por interagir com uma multidão durante a pandemia do novo coronavírus, e incitação a distúrbios da ordem pública. Pode ser condenada a até nove anos de prisão.

O presidente U Win Myint também está preso e incomunicável sob a acusação de infringir a lei sobre catástrofes e incitar a distúrbios da ordem. O prefeito da capital, Naipidau, Myo Aung, foi denunciado por incitar à desordem.

No governo, Suu Kyi manchou sua imagem internacional ao aceitar o genocídio da etnia muçulmana rohingya, vítima de massacres cometidos pelos militares, o que levou à fuga de 700 mil pessoas para Bangladesh em 2016 e 2017. Foi acusada de "legitimar o genocídio".

Diante do Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia, na Holanda, ela defendeu a atuação dos militares contra a minoria rohingya. O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1984, pediu que o Nobel de Suu Kyi fosse retirado. Mas ela continua sendo a líder do país.

Ela pode ter se resignado diante da superioridade do poder de fato dos militares, mas há fortes suspeitas de que compactue com a visão nacionalista dos militares, que são budistas e enfrentam rebeliões de nove grupos armados de alguns dos 135 povos que vivem no país. Muitos lutam pela independência desde que o país deixou o Império Britânico.

A mais longa guerra civil em andamento no mundo justifica a ditadura e os massacres.

A China apoia a ditadura. Descreveu o golpe como uma "reforma ministerial". Nas ruas, os manifestantes denunciam o regime comunista chinês e pedem apoio aos EUA, que anunciaram sanções contra o golpe militar. O Japão, maior democracia da Ásia, ficou em silêncio.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

EUA aprovam vacina em dose única da Johnson & Johnson

 A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, do inglês), órgão regulador dos Estados Unidos, aprovou hoje a vacina da empresa americana Johnson & Johnson contra a doença do coronavírus de 2019, a ser aplicada em uma só dose. 

Nos testes clínicos, o imunizante apresentou eficácia de 66% na prevenção de casos moderados a graves, de 85% na prevenção de casos graves e de 100% na prevenção de hospitalizações e mortes.

Neste sábado, a média diária de mortes dos últimos sete dias bateu nove recorde: 1.180.  O Brasil registrou mais 1.275 mortes e 50.840 casos novos de covid-19. No pior momento da pandemia no país, são 10.508.634 confirmados e 254.263 mortes. A média diária de contágios está em 52.910.

Pelo menos 10 estados e o Distrito Federal tomaram medidas para aumentar o distanciamento físico, como toque de recolher noturno, fechamento do comércio e dos bares e restaurantes.

No mundo inteiro, são 113.741.594 casos confirmados e 2.524.098 mortes. Mais de 89,5 milhões de pacientes se recuperaram, 21,6 milhões apresentam sintomas leves e 90.562 estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 3% há vários meses.

Os EUA têm o maior número de casos (28.552.094) e de mortes (511.982). Nas últimas duas semanas, o contágio diminuiu 29%, as mortes 20% e as hospitalizações 30%, mas, nos últimos dias, esta queda parou.

A Nova Zelândia impôs um confinamento rigoroso em Auckland, a maior cidade do país, por causa de um único caso novo de covid-19. Só as atividades essenciais estão funcionado. Desde o início da pandemia, a primeira-ministra Jacinda Ardern adota uma estratégia de erradicação do vírus. 

O país, de 5 milhões de habitantes, teve 2.372 casos confirmados e 26 mortes. Ardern é considerada a melhor governante do mundo no combate à pandemia. Em reconhecimento, o Partido Trabalhista obteve nas eleições do ano passado a maior vitória desde 1951.

Mais de 243,5 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 72 milhões nos Estados Unidos, 45 milhões na China, 32 milhões na União Europeia, 14 milhões na Índia e 8,45 milhões no Brasil.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

OMS lamenta tragédia da covid-19 no Brasil

O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, reconheceu hoje que o Brasil atravessa uma situação gravíssima por causa da doença do coronavírus de 2019. "Infelizmente, é uma tragédia que o Brasil esteja enfrentando isso de novo. Esta deve ser a quarta onda que o país enfrenta", declarou Ryan.

Ele elogiou o sistema único de saúde, o SUS, e as instituições científicas do Brasil, chamando-as de fantásticas. E acrescentou que "muitos estados tentam aplicar as melhores medidas". Pelo menos dez estados e o Distrito Federal reforçaram as medidas de distanciamento físico, adotando toque de recolher noturno e suspendendo atividades não essenciais. 

Mas, com a irresponsabilidade que o caracteriza no combate à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro anunciou em visita ao Ceará, onde promoveu aglomerações, que o governo federal dará novo auxílio de emergência de 250 reais por mês e atacou os governadores que estão adotando medidas de proteção, acusando-os de destruir empregos. Os governadores terão de pagar pelos próximos auxílio, disparou o presidente.

Seu patético ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, depôs no inquérito sobre a possível negligência e omissão na falta de oxigênio em Manaus, e mudou a versão. Agora, alega que não ficou sabendo da escassez de oxigênio em 8 de janeiro, como admitiu anteriormente em entrevista. A Advocacia-Geral da União afirmou que o governo federal soube em 8 de janeiro, mas o general declarou que o documento não chegou ao Ministério da Saúde.

O caso brasileiro serve de lição, alertou o diretor de emergências da OMS: "A pandemia não acabou para ninguém e qualquer relaxamento é perigoso."

No aniversário de um ano do primeiro caso, nesta sexta-feira, foram notificadas mais 1.327 mortes e 53.729 casos novos de covid-19 no país. Os casos confirmados são 10.457.794 e as mortes 252.988. A cada três segundos, houve um caso novo e confirmado, fora a subnotificação. A média diária de mortes dos último sete dias ficou em 1.148. É a segunda maior desde o início da pandemia, abaixo do recorde de 1.150 registrado ontem. Meu comentário:

EUA bombardeiam milícias apoiadas pelo Irã na Síria

 Na primeira ação militar do governo Joe Biden, a Força Aérea dos Estados Unidos bombardeou bases de milícias xiitas apoiadas pelo Irã na Síria em resposta a ataques a forças americanas no Iraque. Pelo menos 17 milicianos teriam sido mortos. É um sinal de que o novo presidente está disposto a usar a força e vai retaliar quando soldados dos EUA forem atacados, e um aviso ao Irã.

Os alvos foram as milícias Kataib Hesbolá e Kataib Said al-Chuhada, mas o principal recado é para o Irã, o maior inimigo dos EUA no Oriente Médio, que se fortaleceu com a invasão do Iraque, onde a maioria da população é xiita como na República Islâmica. 

O Iraque foi criado em 1920 pelo então subsecretário de Estado para o Oriente Médio do Império Britânico, Winston Churchill, reunindo a província curda de Kirkuk e as províncias árabes de Bagdá e Bássora do extinto Império Otomano para formar um país capaz de conter o Irã. Churchill traiu os curdos, a quem fora prometido um Estado Nacional. A invasão americana de 2003 para depor o ditador sanguinário Saddam Hussein fragmentou o país - e o Irã foi o maior beneficiado pela influência que tem sobre a maioria xiita.

Biden repete a política do Grande Porrete, associada ao presidente Theodore Roosevelt, pioneiro do imperialismo americano: fale macio, mas mostre um grande porrete. Ele anunciou a intenção de renegociar o acordo nuclear fechado em 2015, no governo Barack Obama (2009-17), entre o Irã, as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para congelar por 10 anos o programa nuclear iraniano e assim evitar que o país fabrique armas atômicas.  O presidente Donald Trump abandonou o acordo em 8 de maio de 2018 e impôs sanções econômicas duríssimas para sufocar a economia do Irã. 

Agora, os EUA pretendem incluir na renegociação a tecnologia de mísseis, querem que o Irã tenha apenas mísseis defensivos, de curto alcance (500 km), e que pare de interferir em outros países da região, exportando sua revolução e armando, financiando e treinando milícias xiitas. O regime fundamentalista iraniano quer limitar a negociação à questão nuclear.

A retaliação dos EUA foi uma resposta a ataques de milícias xiitas a alvos americanos em Irbil, a capital do Curdistão Iraquiano, bases na periferia de Badgá e na Zona Verde da capital do Iraque, onde fica a embaixada americana.

Em 3 de janeiro de 2020, um ataque de mísseis dos EUA matou o general Kassem Suleimani, o mais laureado general iraniano, comandante da Força Quods, o braço da Guarda Revolucionária do Irã para ações no exterior. 

Suleimani comandava mais de 60 milícias xiitas em ação no Iraque, no Líbano e na Síria, onde algumas foram uma força terrestre decisiva ao lado do ditador Bachar Assad na guerra civil iniciada em 2011 e até agora não totalmente pacificada.

Na época, houve uma resposta moderada do Irã e aliados à morte do general, mas o desejo de vingança está vivo. De tempos em tempos, as forças dos EUA, reduzidas no governo Trump. são alvo de milícias xiitas ou sunitas. O Estado Islâmico, agora na clandestinidade, voltou a atacar em Rakka, a antiga capital de seu califado.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Brasil tem novos recordes de mortes num dia por covid-19

 O Brasil bateu hoje recorde no número de mortes diárias na pandemia e na média de mortes. Foram mais 1.582 vidas perdidas para a doença do coronavírus de 2019. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.150. Nesta sexta-feira, faz um ano que o primeiro caso foi diagnosticado no Brasil. O balanço é trágico.

Indiferente às 251.661 mortes e aos 10.393.886 casos notificadas em um ano de pandemia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou sem qualquer base que o uso de máscaras pode fazer mal a crianças. Máscaras salvam vidas. São um equipamento de proteção fundamental no combate à covid-19.

Com os hospitais e unidades de terapia intensiva perto do limite nas capitais e em vários estados, distante da realidade, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, apontou como solução enviar doentes para outros estados. Mais de 500 pacientes do Amazonas foram removidos para outros estados. Sem as precauções necessárias, devem ter propagado a variante identificada em Manaus, muito mais contagiosa.

Em dois meses, morreu mais gente de covid-19 no Amazonas do que em todo o ano passado. São Paulo, o Acre, o Amazonas, a Bahia, o Ceará, Mato Grosso do Sul, a Paraíba, o Paraná, Rondônia, o Rio Grande do Norte, o Rio Grande do Sul estão perto do colapso dos sistemas de saúde.

No mundo inteiro, já são 113 milhões de casos confirmados e 2.507.444 mortes. Mais de 89 milhões de pacientes se recuperaram, 21,4 milhões apresentam sintomas leves e 91.395 estão em estado grave.

Mais de 233 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora, sendo 68 milhões nos EUA, 52 milhões na China, 30 milhões na União Europeia, mais de 18 milhões no Reino Unido, 12,5 milhões na Índia e 6,338 milhões no Brasil, quase 3% da população.

Em artigo no jornal inglês Financial Times, o historiador israelense Yuval Harari, autor de Sapiens - uma história do homem, faz um balanço e tira lições de um ano de pandemia. Meu comentário:

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Brasil ultrapassa 250 mil mortes por covid-19 com UTIs lotadas

Mais uma marca trágica numa tragédia anunciada. Com 1.433 mortes e 65.387 casos novos registrados hoje, o Brasil soma 10.326.008 casos confirmados e 250.079 óbitos pela doença do coronavírus e enfrenta o pior momento, com hospitais sobrecarregados e unidades de terapia intensiva lotadas. 

A média diária de mortes subiu para 1.129. É a maior desde o início da pandemia. Está acima de mil há 35 dias. Treze estados têm mortes em alta. A média de contágios está em 49.533 por dia. Ambas são estáveis.

No mundo, já são 112.534.393 casos confirmados e 2.497.023 mortes. Mais 88 milhões de pacientes se recuperaram, 22,7 milhões apresentam sintomas leves e 91.818 estão em estado grave. Os Estados Unidos têm o maior número de casos (28.334.797) e de mortes (505.803), mas os números de casos novos, mortes e hospitalizações estão em queda.

Cerca de 227,64 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 6,1 milhões no Brasil (2,92%). Meu comentário:

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Brasil tem terceira maior média de mortes na pandemia

Mais 1.370 mortes e 63.090 casos novos da doença do coronavírus de 2019 foram registrados hoje no Brasil. Houve mais contágios do que nos Estados Unidos (59.462). Os casos confirmados já são 10.260.621 e as mortes, 248.646. 

A média diária de mortes pela doença do coronavírus de 2019 dos últimos sete dias ficou em 1.095. É a terceira maior da pandemia. Fica atrás apenas das 1.105 mortes de 14 de fevereiro e das 1.097 de 25 de julho. Está acima de mil há 34 dias. 

Manaus registrou mais mortes por covid-19 em 2021 do que em todo o ano de 2020. Várias capitais e outras cidades impuseram toque de recolher. Salvador e João Pessoa fecharam as praias.

No mundo, são 112.093.790 casos confirmados e 2.485.264 mortes. Mais de 88 milhões de pacientes se recuperaram, 21,5 milhões apresentam sintomas leves e 92.218 estão em estado grave. Os EUA têm o maior número de casos confirmados (28.259.488) e de mortes (502.594).

Mais de 224 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo inteiro, sendo 6,07 milhões no Brasil. Meu comentário:

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

EUA ultrapassam a marca de meio milhão de mortes por covid-19

 Um ano, um mês e um dia depois de confirmar o primeiro caso e uma semana antes de um ano da primeira morte no país, os Estados Unidos chegaram hoje a mais de 500 mil mortes pela doença do coronavírus de 2019. É mais do que a população de Miami. Morreram mais americanos neste ano do que na Primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietnã.

Os EUA têm o maior número de casos confirmados (28.186.824) e de mortes (500.201), mais do dobro do Brasil, segundo país em número absoluto de óbitos. Com mais 716 mortes e 30.231 casos novos notificados nesta segunda-feira, o Brasil chegou a 10.197.531 casos confirmados e 247.276 óbitos.

A diferença é que, nos EUA, o número de contágios caiu 44% em duas semanas, o de mortes 32% e o de hospitalizações 30%. Como ainda é cedo para haver um impacto significativo das vacinas, indica que os americanos estão se protegendo mais depois das aglomerações nas festas de fim de ano.

No Brasil, a média diária de mortes dos últimos sete dias é de 1.055. Está acima de mil há 33 dias. A média de casos novos é de 47.374. Ambas indicam estabilidade e tendem a aumentar com o impacto do Carnaval. Meu comentário:

domingo, 21 de fevereiro de 2021

EUA se aproximam de 500 mil mortes na pandemia

 Nesta segunda-feira, um ano e um mês depois do primeiro caso, o país mais rico e poderoso do mundo atinge a marca impressionante de 500 mil mortes na pandemia do coronavírus de 2019. Com mais 1.831 mortes e 69.750 casos novos em 24 horas da doença, os Estados Unidos chegaram hoje a 28.133.620 casos confirmados e 498.879 mortes. 

"É arrasador", desabafou o Dr. Anthony Fauci, principal epidemiologista americano. "Se olharmos o que houve até agora, e ainda não saímos da doença, temos meio milhão de mortes. Não vimos nada nem de perto parecido com isso desde a pandemia da Gripe Espanhola, em 1918."

Em entrevista ao programa Encontro com a Imprensa, da rede de televisão americana NBC, o Dr. Fauci considerou a pandemia assombrosa quando você olha para os números, quase inacreditável, mas é verdade. Esta é uma pandemia arrasadora e histórica. As pessoas vão falar dela daqui a décadas, décadas  décadas."

No domingo, um dia de menos notificações, foram registradas mais 554 mortes e 29.035 casos novos no Brasil, que soma agora 10.167.300 casos confirmados e 246.560 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 1.038. Está acima de mil há 32 dias. A média de contágios está em 47.658 por dia.

O total de casos confirmados no mundo está em 111.333.959, com 2.465.502 mortes. Mais de 87 milhões de pacientes se recuperaram, pouco menos de 22 milhões apresentam sintomas leves e cerca de 94 mil estão em estado grave.

Em Israel, o país que mais vacinou proporcionalmente, uma mulher grávida de 32 anos sem problemas anteriores de saúde morreu de covid-19. Os médicos tentaram fazer um parto de emergência, mas o feto de 7 meses não sobreviveu. Ela não tomou vacina por causa da gravidez.

Cerca de 217 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 62 milhões nos EUA, 48 milhões na China, 27 milhões na União Europeia, 18 milhões no Reino Unido, mais de 11 milhões na Índia e 5.849.345 no Brasil.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Brasil chega a 31 dias com média diária de mortes acima de mil

 Mais 1.051 mortes e 56.572 casos novos da doença do coronavírus de 2019 foram notificados hoje no Brasil. O país teve até agora 10.138.269 casos confirmados e 246.006 mortes. A média diária de mortes dos últimos sete dias está em 1.051. Há 31 dias, está acima da mil.

No mundo inteiro, já são 111.055.945 casos confirmados e 2.460.186 mortes. Mais de 86,5 milhões de pacientes se recuperaram, embora muitos apresentem sequelas de longo prazo, 22 milhões apresentam sintomas leves e 94 mil em estado grave.

Os Estados Unidos chegaram a 28.075.453 casos confirmados e 497.574 mortes. O número de novos contágios caiu 45% em duas semanas, as mortes 34% e as hospitalizações 30%.

Mais das 210,7 milhões de doses de vacina foram aplicadas até agora, sendo 60 milhões nos EUA, 45 milhões na China, 26 milhões na União Europeia, 18 milhões no Reino Unido, 11 milhões na Índia e 5.795.873 no Brasil. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Número de casos novos de covid-19 no mundo cai há cinco semanas

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje que o número de casos novos da doença do coronavírus de 2019 diminuiu pela quinta semana consecutiva. Desde o início do ano, o contágio caiu pela metade. 

O número de mortes está 35% abaixo do pico de 17.958 mortes em 20 de janeiro. Mas, no Brasil, os casos novos e as mortes permanecem estáveis em níveis elevados. Há 30 dias, a média diária de mortes dos últimos sete dias está acima de mil.

Nesta sexta-feira, foram notificadas mais 1.345 mortes e 53.049 casos novos. O país soma agora 10.081.693 casos confirmados e 244.995 mortes por covid-19. A média diária de mortes em sete dias ficou em 1.051.

No mundo inteiro, já são 110.687.383 casos confirmados e 2.450.499 óbitos. O total de pacientes recuperados passa de 86 milhões, cerca de 22,5 milhões apresentam sintomas leves e pouco menos de 95 mil estão em estado grave.

Os Estados Unidos chegaram a 28 milhões de casos confirmados e 495.506 mortes. O número de casos novos caiu 44% em duas semanas, está há uma semana abaixo de 80 mil por dia, depois de um pico de 300 mil em 8 de janeiro. As mortes diárias estão 39% abaixo de duas semanas atrás e as hospitalizações são 30% menos.

Mais de 204 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo inteiro, sendo quase 5 milhões e 700 mil no Brasil. Israel já deu duas doses a 33% da população e os EUA pouco menos de 5%. Leia mais em Quarentena News e veja meu comentário:

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Quando a pandemia vai acabar? Talvez no fim do ano nos países ricos

A pandemia do coronavírus de 2019 parece um pesadelo sem fim, mas deve estar controlada nos países ricos no fim deste ano e um pouco mais tarde aqui. A vida voltará ao normal primeiro nos países desenvolvidos onde houver grandes campanhas de vacinação, um sistema de testagem e rastreamento do vírus para atacar cada foco, e uma gestão competente do sistema de saúde pública.

"Dentro de seis a oito meses", prevê o professor de saúde pública global Devi Sridhar, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, os países com recursos "poderão reabrir as escolas, os bares, os restaurantes e as academias de ginástica, reiniciar os shows de música ao vivo e os espetáculos esportivos. Os bombeiros ainda serão necessários contra surtos, que podem ser localizados e pequenos."

Enquanto a situação não estiver sob controle, com novas mutações do vírus surgindo ao redor do mundo, será necessário manter restrições aos voos internacionais, adverte o professor Sridhar. Em artigo no jornal The Guardian, ele escreveu: "A pandemia não deve acabar abruptamente, mas devagar, de país a país, à medida que cada um consiga controlar a covid-19 numa estratégia global de erradicação do vírus."

O professor de saúde pública teme que os países ricos consigam controlar a doença, inclusive com a atualização de vacinas para enfrentar novas linhagens do vírus, enquanto os pobres tenham de enfrentar sucessivas ondas de contágio.

Devi Sridhar lembra que esta desigualdade na saúde global é histórica. Doenças infecto-contagiosas como cachumba, rubeola, poliomielite, sarampo e tuberculose ainda são um grande problema em regiões pobres.  

Em entrevista ao jornal inglês Financial Times, o presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu maior cooperação internacional no combate à pandemia e declarou que os Estados Unidos e a União Europeia deveriam destinar 5% de suas vacinas a países de baixa e média rendas. O presidente Joe Biden rejeitou a proposta. 

Macron descreveu o nacionalismo das vacinas como "uma aceleração inédita das desigualdades mundiais insustentável a longo prazo". Como a UE tem cerca de 450 milhões de habitantes e já encomendou 2,6 bilhões de vacinas, tem muito mais do que 5% para dar.

Nesta sexta-feira, vai haver uma reunião virtual do Grupo dos Sete. O G-7 reúne os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, o Canadá e a Itália, as grandes potências industriais democráticas. A Índia, hoje a sexta economia do mundo, não faz parte.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, vai propor a distribuição de vacinas a "todos os países". Será o primeiro encontro bilateral de Biden como presidente, uma oportunidade de mostrar se acabou a política externa de "primeiro, os EUA" do governo Donald Trump.

O novo presidente americano vai anunciar uma doação de US$ 4 bilhões (R$ 21,7 bilhões) à aliança de vacinas articulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para imunização nos países em desenvolvimento. Meu comentário:

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

OMS observa queda no contágio e nas mortes por covid-19

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) observou na semana passada quedas de 16% no contágio e de 10% nas mortes pela doença do coronavírus de 2019. Nos Estados Unidos, o número de casos novos por dia diminuiu 57% desde o pico no início de janeiro e o de mortes baixou 29% nas últimas duas semanas. Já o Brasil mantém médias altas de casos novos e de mortes.

Nesta quarta-feira, foram notificadas mais 1.195 mortes e 57.937 casos novos de covid-19 no país. O total de casos confirmados se aproxima de 10 milhões, marcar a ser atingida amanhã. Chegou hoje a 9.979.276, com 242.178. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.033. Há quatro semanas, está acima de mil.

Com 1.707 mortes e 64.533 casos novos registrados hoje, os EUA somam 27,824 milhões de casos confirmados e 490.447 mortes. 

No mundo inteiro, são quase 109,9 milhões de casos confirmados e 2.429.689 mortes. Mais de 85 milhões de pessoas se recuperaram, cerca de 22,5 milhões apresentam sintomas leves e 96 mil estão em estado grave.

Cerca de 193 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora, sendo 56 milhões nos EUA, 41 milhões na China, 23 milhões na União Europeia, mais de 17 milhões no Reino Unido, 9 milhões na Índia, 6,9 milhões em Israel e 5,39 milhões no Brasil. 

Israel está vacinando a partir de 16 anos de idade. Tirando os menores do que isso, falta dar a primeira dose a 1 milhão de pessoas. Um estudo israelense concluiu que a chance de pegar covid-19 para quem toma vacina é de um em mil. Meu comentário:

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Brasil ultrapassa 240 mil mortes por covid-19

 Com mais 1.090 mortes e 55.428 casos novos da doença do coronavírus registrados hoje, mais do que nos Estados Unidos, que tiveram 994 mortes e 55.372 casos novos. É o país com mais casos novos e óbitos. 

O Brasil chegou a 9.921.339 casos confirmados e 240.983 óbitos pela doença do coronavírus de 2019.  A média diária de mortes dos últimos sete dias baixou para 1.056. Está acima de mil há 27 dias.

O total de casos confirmados no mundo inteiro está perto de 109,5 milhões, com 2.418.416 mortes. Mais de 84,5 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 22 milhões apresentam sintomas leves e 97.231 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, já são 27,745 milhões de casos confirmados e 487.926 mortes. Mas o número de casos novos caiu 41% em duas semanas, o de mortes 22% e de hospitalizações 29%.

Mais de 188,4 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 54 milhões nos EUA, 40 milhões na China, 16 milhões no Reino Unido, 8,5 milhões na Índia e 5,505 milhões no Brasil. Israel aplicou um número de doses equivalente a 76% da população, os Emirados Árabes Unidos 51,5%, o Reino Unido 23,3%, os EUA 16% e o Brasil 2,5%.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Brasil se aproxima de 240 mil mortes por covid-19

Mais 601 mortes e 312.216 casos novos da doença do coronavírus de 2019 foram notificadas hoje no Brasil, elevando o total de casos confirmados para 9.865.911 e o de óbitos para 239.895. Depois do nível recorde de ontem, a média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 1.092, a terceira maior desde o início da pandemia. Está acima de mil há 26 dias.

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações ao governo federal sobre gastos com compra e distribuição de cloroquina e outros medicamentos considerados inúteis pela ciência no combate à covid-19. A medida faz parte do inquérito sobre a atuação do general Eduardo Pazuello durante a pandemia.

Lewandowski também quer saber quem os responsáveis pelo aplicativo TrateCov, do Ministério da Saúde, que defendia o chamado "tratamento precoce", com cloroquina, azitromicina, ivermectina e vitamina D, considerado inútil e perigoso pela comunidade científica.

No mundo, o total de casos confirmados chegou a 109.140.617, com 2.407.537 mortes. Os Estados Unidos têm mais casos confirmados (27.692.690) e mais mortes (486.317) do que qualquer outro país. Mais de 81 milhões de pacientes se recuperaram e 98.476 estão em estado grave.

Mais de 195,5 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo inteiro, cerca de 54 milhões nos Estados Unidos, mais de 15 milhões no Reino Unido e 5.076.110 no Brasil. Israel já deu pelo menos uma dose a quase 75% da população, os Emirados Árabes Unidos a 51%, o Reino Unido a 23%, os EUA a 16%. O Brasil está perto de 2,5%.

Em Israel, a vacina da Pfizer-BioNTech apresentou eficácia de 94% contra desenvolvimento de sintomas. A Coreia do Sul suspendeu a autorização da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca para maiores de 65 anos.

O primeiro-ministro festejou a vacinação de 15 milhões no Reino, mas alertou que é só o início. Para suspender com segurança as medidas de confinamento na Inglaterra, o governo britânico estabeleceu uma série de objetivos. Quer reduzir o número de infecções por semana de 1.250 para 20 para cada 100 mil habitantes. 

A taxa de transmissão precisa cair de 0,8, o que significa que 100 infectados transmitem a doença para 80, para 0,5. O percentual de testes de covid-19 tem de baixar de 7,2% para 5%. O número de entubados tem de diminuir de 2,7 mil para 100 e o total de hospitalizados por covid-19 para no máximo 500.

Em artigo publicado no jornal francês Le Monde, um grupo de médicos, economistas, cientistas políticos e sociólogos apelaram à União Europeia (UE) para que adote uma política de erradicação do novo coronavírus.

Um estudo preliminar publicado na revista científica Nature indica que as células T, que destroem as células contaminadas por vírus como instrumentos de defesa do organismo, não são afetadas pelas novas variantes do coronavírus.

A economia do Japão, a terceira maior do mundo, cresceu 3% no último trimestre de 2020. 

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Brasil tem maior média diária de mortes na semana na pandemia

 Com mais 647 mortes e 22.440 casos novos notificados neste domingo, o Brasil chega a 239.294 mortes e 9.833.695 casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 1.105 mortes. É a maior desde o início da pandemia, superando os 1.097 óbitos da média de 25 de julho, no auge da primeira onda de contaminação.

O total de casos confirmados no mundo está em 108.738.853, com 2.397.639 mortes. Mais de 80 milhões de pacientes se recuperaram, 25,5 milhões apresentam sintomas leves e 99.432 estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 3%.

Os Estados Unidos somam mais de 27,46 milhões de casos confirmados e mais de 485 mil mortes.

Mais de 189 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 15 milhões no Reino Unido e 5,075 milhões no Brasil.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Senado absolve Trump da acusação de incitar à invasão do Congresso

Depois de desistir de convocar testemunhas, o que chegou a ser anunciado por cedo,  por 57 a 43, o Senado dos Estados Unidos acaba de absolver o ex-presidente Donald John Trump da acusação de incitar à insurreição e ao assalto ao Capitólio em 6 de janeiro, quando sete pessoas morreram. Foi o segundo julgamento de impeachment de Trump. 

Nos dois casos, o ex-presidente foi salvo por senadores republicanos. Como o impeachment exige 67 votos, dois terços do Senado e a bancada democrata tem 50 senadores, eram necessários os votos de pelo menos 17 republicanos e só sete votaram contra Trump desta vez. Isso significa que reconhecem sua liderança sobre o partido.

Em 5 de fevereiro de 2020, Trump foi absolvido da denúncia de abuso de poder e obstrução do Congresso por pressionar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a investigar Hunter Biden, filho do então pré-candidato à Casa Branca e hoje presidente Joe Biden.

Como Trump já deixou o governo, os deputados e senadores do Partido Democrata queriam uma condenação para tornar o ex-presidente inelegível para cargos federais por toda a vida. Também pretendiam mostrar à nação mais detalhes do ataque ao Congresso no mês passado.

Ao lamentar a absolvição, o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, declarou que os republicanos aceitam o uso da força para tentar mudar o resultado de uma eleição. Ele manifestou a esperança de que Trump seja condenado nos julgamentos da opinião pública e da história.

Por outro lado, o líder da minoria republicana, Mitch McConnell, está criticando o ex-presidente como se fosse a favor do impeachment. Ele acusou Trump de ser responsável por mentir ao alegar que a eleiç!ao foi roubada, pela invasão do Congresso e por não tomar medidas rapidamente para proteger o Capitólio e os congressistas.

"Não há nenhuma dúvida de que o presidente Donald Trump é prática e moralmente responsável por provocar os acontecimentos daquele dia. Não há dúvida. As pessoas que assaltaram este prédio acreditavam estar agindo de acordo com os desejos e as instruções de seu presidente", afirmou McConnell.

A multidão enfurecida que atacou o Capitólio foi insuflada por "mentiras selvagens" porque Trump "estava com raiva porque perdeu a eleição", observou o líder da minoria republicana. "O líder do mundo livre não pode passar semanas usando o maior megafone do mundo para berrar que forças sombrias estão roubando o país e depois fingir surpresa com o que aconteceu.

O líder republicano está convencido de "Trump parecia determinado a mudar a decisão dos eleitores ou incendiar as instituições ao sair."

"Ao que se sabe, ele assistia à televisão alegremente enquanto o ataque se desenrolava", acrescentou McConnell.  "O vice-presidente estava claramente em perigo. (...) Mesmo quando pediu a paz, com policiais feridos e vidro quebrado no chão do Congresso, ele insistiu na eleição roubada e elogiou os manifestantes. (...) Uma pessoa e só uma é responsável, mas a Constituição nos deu um dever. Este Senado não é um supremo tribunal moral. Nossa missão é proteger o país. Se Trump estivesse no cargo, eu examinaria detalhadamente a denúncia da Câmara."

Em seguida, alegou que constitucionalmente o ex-presidente não poderia ter sido processado porque já deixou a Casa Branca. McConnell argumentou que a Constituição só permite julgar em processo de impeachment quem ainda estiver no crime. Uma boa desculpa para justificar um voto covarde.

McConnell controlava o Congresso no governo Trump como líder da maioria. Não tomou nenhuma medida para iniciar o julgamento. No fundo, gostaria de se livrar de Trump para reformar o Partido Republicano. Faltou coragem. Nada indica que o ex-presidente aceite seus argumentos. Resta ver se continuará sendo líder da minoria.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Advogados negam culpa de Trump pelo assalto ao Congresso

A defesa de Donald Trump no julgamento do segundo impeachment no Senado alegou hoje que o ex-presidente convocou seus seguidores para uma luta pacífica e não pode ser responsabilizado pelo ataque ao Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos.

Como deputados do Partido Democrata fizeram ao acusar, os três defensores de Trump também usaram um vídeo. Para descaracterizar a linguagem do ex-presidente como de incitação à insurreição, apresentaram uma montagem com líderes democratas usando repetidas vezes a palavra "luta" em contextos completamente diferente.

Trump sempre incitou seus seguidores a agredir possíveis adversários infiltrados em seus comícios, aplaudiu quando jornalistas foram agredidos, além de cortejar o apoio político de milícias e grupos armados de extrema direita.

Uma coisa é lutar politicamente para vencer a eleição e chegar ao poder. Outra, completamente diferente, é mobilizar seguidores fanáticos para mudar o resultado de uma eleição perdida. A defesa alegou "cultura do cancelamento constitucional". A votação final deve ser realizada neste sábado à noite. Meu comentário:

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Brasil tem maior média diária de mortes desde julho

 Com mais 1.453 mortes, o terceiro maior número diário de mortes desde o início da pandemia e o maior 29 de julho, e 53.993 casos novos notificados nesta quinta-feira, o Brasil chegou a 236.397 óbitos e 9.716.298 casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.073. É a maior desde 26 de julho. Está acima de mil há 22 dias.

Diante da falta de vacinas, o que pode levar à suspensão da vacinação no Rio de Janeiro na segunda-feira, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, declarou no Senado que pretende imunizar toda a população até o fim do ano. No ritmo anual, só um terço dos brasileiros será vacinado neste ano.

Mais de 165 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo mais de 46 milhões nos Estados Unidos, 42 milhões na China, 14 milhões no Reino Unido, 7 milhões na Índia, mais de 6 milhões e 4,5 milhões no Brasil.

O presidente Joe Biden anunciou hoje a compra de 200 milhões de vacinas dos laboratórios Pfizer-BioNTech e Moderna e prometeu imunizar 300 milhões de americanos até a metade do ano. Mais de 10,5 milhões de americanos já receberam as duas doses necessárias para a imunização.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados chegou a 107.764.100, com 2.367.795 mortes. Mais de 80 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 25 milhões apresentam sintomas leves e 100.370 estão em estado grave.

Os EUA chegaram a 27,391 milhões de casos confirmados e 475 mil 303 mortes por covid-19. Um estudo publicado hoje na revista médica britânica The Lancet estima que pelo menos 40% das mortes eram evitáveis, comparando com as taxas de mortalidade na mesma faixa etária em outros países. Meu comentário:

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

OMS recomenda vacina de Oxford-AstraZeneca para todos adultos

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório sueco-britânico AstraZeneca é eficaz contra a doença do coronavírus de 2019 em todas as faixas etárias e deve ser aplicada mesma onde circulam mutações.

A Alemanha e outros países europeus suspenderam a imunização de idosos com esta vacina sob o argumento de que a eficácia não havia sido comprovada nos testes em seres humanos.

Mais de 146,5 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 45 milhões nos Estados Unidos, 41 milhões na China, 13,3 milhões no Reino Unido, mais de 6 milhões em Israel e quase 4.282.884 no Brasil.

Nesta quarta-feira, o Brasil registrou mais 1.357 mortes e 60.271 casos novos de covid-19. Foi o quarto dia mais letal da pandemia no país. Até agora, são 234.945 mortes e 9.662.305 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.050. Há três semanas, está acima de mil. A média diária de casos novos está em 46.055.

No mundo inteiro, são mais de 107,3 milhões de casos confirmados e 2.353.620 mortes. Mais de 79,5 milhões se recuperaram, mais de 25 milhões apresentam sintomas leves e 101.454 estão em estado grave. Os EUA têm o maior número de casos confirmados (27.284.458) e de mortes (471.377). Meu comentário:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Brasil tem média diária de mortes acima de mil há 20 dias

 Mais 1.340 mortes e 51.733 casos novos da doença do coronavírus de 2019 foram notificados hoje no Brasil. Até agora, são 9.602.934 casos confirmados e 233.588 mortes desde o início da pandemia. A média diária de casos dos últimos sete dias ficou em 1.029. Há 20 dias, está acima de mil.

O Imperial College de Londres estimou a taxa de transmissão da covid-19 no Brasil em 1,02. Isso significa que cada 100 infectados transmitem a doença para 102 pessoas. A transmissão está estabilizada.

Mais de 100 crianças estão sendo hospitalizadas por semana no Reino Unido com uma síndrome inflamatória pós-covid-19. Cerca de 75% das crianças afetadas são de minorias étnicas.

A missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) que foi a Wuhan, na China, investigar a origem da pandemia não chegou a conclusões definitivas. Meu comentário:

Trump enfrenta segundo impeachment com expectativa de absolvição

 O segundo julgamento de Donald Trump num processos de impeachment, desta vez por incitar à insurreição e ao ataque ao Congresso em 6 de janeiro, começa hoje no Senado dos Estados Unidos, em Washington. A expectativa é que o ex-presidente seja absolvido. 

A condenação exige dois terços dos votos, de 67 senadores. Como o Partido Democrata tem 50 senadores, são necessários 17 votos republicanos. Até agora, só cinco republicanos indicaram que pretendem condenar.

Se for condenado, em outra votação, por maioria simples, Trump pode ser tornado inelegível para cargos eleitorais por toda a vida. Leia mais em Quarentena News e veja meu comentário:

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Trabalhadores que não tomarem vacina podem ser demitidos por justa causa

Pouco menos de 3,8 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus de 2019. O Ministério Público do Trabalho advertiu que os trabalhadores que não quiserem se imunizar podem ser demitidos por justa causa. Para ficar isento, só com atestado médico.

Nesta segunda-feira, foram registradas mais 687 mortes e 28.061 casos novos. Desde o início da pandemia, são 232.248 mortes e 9.550.301 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.015. Está acima de mil há 19 dias.

No mundo inteiro, são cerca de 106,5 milhões de casos confirmados e 2.235.055 mortes. Mais de 78 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 25,7 milhões apresentam sintomas leves e mais de 104 mil estão em estado grave.

Os Estados Unidos passaram de 27 milhões de casos confirmados e 465 mil mortes. A Irlanda se tornou o primeiro país europeu a reabrir totalmente a economia por causa de uma forte queda no contágio.

Mais de 147,6 milhões de doses foram aplicadas até agora no mundo, sendo 3,772 milhões no Brasil, cerca de 1,74% da população.

A vacina chinesa CanSino apresentou 66% da eficácia em testes clínicos realizados no Paquistão.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

África do Sul suspende aplicação da vacina de Oxford-AstraZeneca

 Depois de um estudo que a considerou eficaz contra a nova variante do vírus surgida no país em apenas 10% dos casos, o governo da África do Sul suspendeu o uso da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório sueco-britânico AstraZeneca. Esta vacina foi a escolhida pelo governo federal para enfrentar a pandemia do coronavírus de 2019.

O estudo, realizado pela Universidade de Witwatersrand, de Joanesburgo, envolveu cerca de 2 mil participantes. Foi criticado porque a amostragem foi considerada pequena e a maioria era de jovens, com idade média de 30 anos.

É uma notícia preocupante para o Brasil. Além de ser a aposta do governo Jair Bolsonaro, o país também enfrenta uma mutação do vírus, identificada em Manaus.

Outro estudo divulgado neste domingo revela que a variante britânica, mais contagiosa e potencialmente mais letal, está se propagando rapidamente nos Estados Unidos.

Neste domingo, foram registradas mais 492 mortes e 29.407 casos novos no Brasil. O total passou para 231.561 mortes e 9.522.132 casos confirmados. A média diária de mortes nos últimos sete dias caiu para 1.004. Há 18 dias, está acima de mil.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Brasil passa de 231 mil mortes por covid-19

 Com mais 942 mortes e 43.637 casos novos notificados hoje, o Brasil chegou a 231.069 óbitos e 9.492.725 casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.014. Está acima de mil há 17 dias.

No mundo inteiro, já são 105.724.227 casos confirmados e 2.307.219 mortes. Mais de 77,6 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 25,7 milhões apresentam sintomas leves e 104.408 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram hoje mais 3.570 mortes, elevando o total para 461.910 óbitos em 26.908.962 casos confirmados.

Mais de 136 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo inteiro, sendo 38 milhões nos EUA, 32 milhões na China, 12 milhões no Reino Unido, 5,5 milhões na Índia, 5,4 milhões em Israel e 3,5 milhões no Brasil.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Brasil ultrapassa 230 mil mortes por covid-19

 Com mais 1.244 mortes e 51.319 casos novos, o Brasil chegou a 230.127 mortes e se aproxima de 9,45 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes nos últimos sete dias ficou em 1.050. Está acima de mil há 16 dias. Em oito estados e no Distrito Federal, a morte está em alta. 

O Ministério da Saúde revelou a intenção de comprar 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik-V quando a vacina for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Instituto Gamaleya, fabricante da Sputnik-V, promete mandar 400 mil doses uma semana depois de fechar o negócio.

Já o Instituto Butantã negocia a aquisição de mais 20 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac. Já comprou 100 milhões doses. O Butantã ficou de entregar 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde e pode enviar um total de 56 milhões. Meu comentário:

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Bolsonaro será investigado pelo fracasso na pandemia

 Depois de quase 230 mil mortes, a pedido do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar se o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, colocaram a vida dos brasileiros em risco ao fracassar no combate à pandemia do coronavírus de 2019.

A PGR abriu inquérito sobre a responsabilidade do ministro no colapso do sistema de saúde de Manaus, quando vários pacientes morreram por falta de oxigênio nos hospitais, mas o procurador-geral Augusto Aras não havia incluído o presidente. A maioria dos políticos não acredita que Aras, um aliado do presidente que sonha com uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), denuncie Bolsonaro.

No Congresso, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, conseguiu 30 assinaturas para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado sobre a covid-19. A proposta era a abertura de uma CPI mista, com deputados e senadores, mas a vitória do bolsonarista Arthur Lira para a Presidência da Câmara enterrou a ideia.

Ao lado do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), almirante Antônio Barra Torres, que anunciou publicamente vai tomar vacina contra o novo coronavírus, Bolsonaro declarou mais uma vez que não vai tomar. Mais uma vez, sabotou medidas do seu próprio governo para combater a pandemia e voltou a fazer propaganda da inútil cloroquina. Bolsonaro é incorrigível e o melhor que o Brasil faria seria se livrar do pior presidente da história.

Nesta quinta-feira, 15º dia seguido com média diária de mortes acima de mil, foram notificadas mais 1.291 mortes e 57.848 casos novos, elevando os totais no Brasil para 228.883 óbitos e 9.397.769 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.030. É estável em nível alto.

No mundo inteiro, são 104 milhões 830 mil casos confirmados e 2.281.608 mortes. Mais de 77 milhões de pacientes se recuperam, cerca de 25,5 milhões apresentam sintomas leves e quase 106 mil estão em estado grave.

Com mais 3.843 mortes e 119 mil casos novos em 24 horas, os Estados Unidos somam 455.657 mortes e 26.716.500 casos confirmados. O número de casos novos caiu 30% em duas semanas e os de hospitalizações, 23%, mas a média de mortes continua estável. Cerca de 152 mil mortes, 30% do total, ocorreram em asilos e casas geriátricas. Os índios estão morrendo numa porcentagem duas vezes maior do que o resto da população americana. Um em cada 475 índios morreu de covid-19.

Uma pesquisa feita em Nova Déli estima que mais da metade dos cerca de 20 milhões de moradores da capital Índia pegaram o novo coronavírus. A Índia é o segundo país em número de casos confirmados, 10,8 milhões, e o quarto em mortes, 155 mil, atrás dos EUA, do Brasil e do México. Meu comentário:

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

EUA chegam a 450 mil mortes por covid-19

 Com mais 3.408 mortes num dia, os Estados Unidos ultrapassaram hoje outra marca trágica: a perda de 450 mil vidas na pandemia do coronavírus de 2019, em 26,5 milhões de casos confirmados. O número de casos novos caiu 30% em duas semanas e o de hospitalizações 22%, mas o número de mortes ainda é muito alto e estável.

No mundo, são 104,391 milhões de casos confirmados e 2,266 milhões de mortes. Mais de 76 milhões de pacientes se recuperaram, 25,7 milhões apresentam sintomas leves e 107 mil estão em estado grave. Mais de 114 milhões de doses de vacinas foram aplicadas, superando o total de casos confirmados.

O Brasil completou duas semanas com média diária de mortes acima de mil. Nesta quarta-feira, foram notificadas mais 1.209 mortes e 53.566 casos novos. Até agora, houve 9 milhões 340 mil casos confirmados da covid-19 e 227.592 mortes. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.051. 

Depois de sair atrás das outras, a vacina da Novavax deverá inocular 55 milhões de americanos até o fim do verão no Hemisfério Norte, em setembro. A vacina ainda está na fase de testes. Deve ser aprovada em abril. Com mais 400 milhões de doses das vacinas de Moderna e da Pfizer-BioNTech, serão imunizados outros 200 milhões.

De acordo com nova pesquisa, a vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca reduz a transmissão do vírus, além de prevenir os casos mais graves da covid-19. Meu comentário:

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Infecção por covid-19 não imuniza contra mutações

Quem já teve a doença do coronavírus de 2019 desenvolveu anticorpos que protegem durante pelo menos seis meses, mas não garantem a imunidade contra novas mutações do vírus, indicou um estudo publicado hoje no Reino Unido.

"Esta não é uma grande notícias sobre a eficácia das vacinas", comentou Joseph Fauver, pesquisador associado de epidemiologia na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

"Ninguém vai voltar ao normal sozinho", observou o Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA. Depende de imunizar 70% a 80% da população. Se começarem a surgir novas variantes, podem aparecer linhagens resistentes às vacinas. O vírus muda quando se reproduz. Enquanto continuar circulando intensamente, estará sujeito a mais mutações e algumas podem ser mais perigosas.

Este é o desafio: vacinar e manter a vigilância sanitária até haver uma forte queda no contágio. A vida pode não voltar totalmente ao normal, notou o Dr. Fauci em entrevista a Dan Lemon na CNN americana, mas irá se aproximando da normalidade. O vírus ainda vai incomodar. Muito.

A Rússia foi muito criticada por autorizar o uso emergencial da vacina Sputnik-V em agosto, antes de completar a fase final de testes clínicos, mas o relatório publicado hoje na revista médica britânica The Lancet aponta uma eficácia de 91,6%, comparável ao das melhores vacinas desenvolvidas até agora.

Pouco menos de 22 mil pessoas participaram da terceira fase de testes em seres humanos, realizada em 25 hospitais e clínicas de Moscou. A vacina russa já está em uso na própria Rússia, na Argentina, nos Emirados Árabes Unidos e no Irã. O México acaba de aprová-la.

No Brasil, os governos da Bahia e do Paraná fizeram acordos para receber a vacina russa, que aqui ainda depende da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas há limites para a capacidade de produção.

Na semana passada, a Rússia avisou que vai haver um atraso de duas ou três semanas na exportação de vacinas. Isso pode atrasar a vacinação na Argentina, na Bolívia, no Brasil, no México, no Paraguai, na Turquia e na Venezuela.

Só a Argentina comprou 24,3 milhões de doses. Já aplicou 375 mil doses e recebeu mais 220 mil de um total de 600 mil. A empresa de consultoria e análise estratégica Stratfor teme revoltas sociais na América Latina com o atraso na vacinação e a sobrecarga nos sistemas de saúde.

Cada dose da vacina russa custa US$ 10 (R$ 53,54), menos do que a chinesa CoronaVac, com preço de US$ 30 (R$ 160,62), e a do laboratório americano Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, vendida a US$ 20 (R$ 107,08). A mais barata é a vacina da Universidade de Oxford e do laboratório sueco-britânico AstraZeneca, de apenas US$ 4 (R$ 21,42).

Na França, o presidente Emmanuel Macron declarou que todos os que quiserem serão vacinados até 22 de setembro, fim do verão no Hemisfério Norte. A Alemanha fez a mesma promessa. Meu comentário:

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Janeiro foi terceiro mês em número de mortes por covid-19 no Brasil

 O Brasil registrou 29.558 mortes pela doença do coronavírus de 2019 em janeiro, 35,5% a mais do que dezembro. Foi o terceiro pior mês da pandemia no país, depois de julho (32.912) e junho (30.315). Cinco estados tiveram recordes de mortes. O Amazonas notificou 10% das mortes.

Nesta segunda-feira, foram registradas mais 609 mortes e e 27.225 casos novos de covid-19. O país soma agora 9.230.016 casos confirmados e 225.143 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.061, com alta de 10% em duas semanas. É o décimo-segundo dia consecutivo com média acima de mil.

No mundo, já são 103,5 milhões casos confirmados e 2.238.033 mortes. Mais de 75 milhões de pacientes foram curados,  pouco menos de 26 milhões apresentam sintomas leves e 107.629 estão em estado grave.

Os Estados Unidos tiveram até agora 26.307.963 casos confirmados e 443.186 mortes. A situação é mais grave em Los Angeles, a segunda maior cidade do país, onde uma pessoa é infectada a cada seis segundos e há uma morte a cada oito minutos. Os hospitais estão tão sobrecarregados que socorristas receberam a orientação de não transportar pacientes com poucas chances de sobrevivência.

A França proibiu a entrada e saída de pessoas com origem ou destino fora da União Europeia. Só viaja quem comprovar um motivo urgente.

Mais de 107,5 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora em cerca de 70 países, sendo 31 milhões nos EUA, 9,4% da população, 24 milhões na China, 9,8 milhões no Reino Unido, 14,4% da população, e 2,25 milhões no Brasil. 

Israel é proporcionalmente o país que mais vacinou. Já deu a primeira dose a 56% da população. Em seguida, vem os Emirados Árabes Unidos, com 35%.

Os negros são 13,2% da população americana. Até agora, só receberam 5,4% das vacinas.

A África do Sul se tornou nesta segunda-feira o primeiro país da África a receber vacinas em grande quantidade, um milhão de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca fabricadas no Instituto Serum, da Índia. A África do Sul tem o maior número de casos confirmados, mais de 1,456 milhão, e o maior número de mortes, 44,4 mil, no continente africano.

O Escritório de Orçamento do Congresso prevê que os EUA recuperem em 2021 o nível de produto interno bruto anterior à pandemia. A oposição republicana quer reduzir para um terço o orçamento de emergência proposto pelo governo Joe Biden. Meu comentário:

Militares dão golpe e prendem líder civil de Mianmar

Os militares, que mandam em Mianmar, a antiga Birmânia, desde 1962, deram mais um golpe de Estado no país do Sudeste Asiático. A líder civil Aung San Suu Kyu, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1991, e outros políticos foram presos. Horas antes, os militares decretaram estado de emergência por um ano. Legalmente, só o presidente Win Myint, aliado de Suu Kyi, poderia fazer isso. Ele também foi preso.

A desculpa para o golpe foi uma suposta fraude nas eleições parlamentares de novembro, vencidas por ampla margem pela Liga Nacional pela Democracia (LND), liderada por Suu Kyi, que conquistou supermaiorias nas duas câmaras da Assembleia da União. Na quinta-feira, a comissão eleitoral rejeitou as alegações de fraude dos militares.

Com soldados ocupando as ruas da capital, Naupidai, e da principal cidade, Yangum, a antiga Rangum, o poder será transferido hoje para o comandante das Forças Armadas, general Min Aung Hlaing. O telefone e a Internet foram cortados, os voos domésticos foram cancelados e o aeroporto internacional de Yangum fechado. O novo Parlamento tomaria posse nesta semana.

Filha de Aung San, o herói da independência do país do Império Britânico, em 1948, Suu Kyi passou 15 anos em prisão domiciliar. Depois da ampla vitória da LND nas eleições de 8 de novembro de 2015, impedida de assumir a Presidência, foi nomeada Conselheira do Estado, um cargo comparado ao de primeira-ministra.

Em 2017, centenas de milhares de muçulmanos do povo rohingya fugiram de Mianmar para escapar de um genocídio cometido pelo Exército. A maioria era refugiada ou descendente de refugiados da guerra da independência de Bangladesh, a República de Bengala, que se tornou independente do Paquistão em 1971.

Suu Kyi ignorou os apelos da sociedade internacional para proteger os rohingyas. O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1984, chegou a pedir que o prêmio dela fosse cassado. Ela perdeu a aura de defensora dos direitos humanos.

Os Estados Unidos, a União Europeia e a Austrália exigiram a restauração da democracia e liberdade para os presos políticos.