sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

OMS lamenta tragédia da covid-19 no Brasil

O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, reconheceu hoje que o Brasil atravessa uma situação gravíssima por causa da doença do coronavírus de 2019. "Infelizmente, é uma tragédia que o Brasil esteja enfrentando isso de novo. Esta deve ser a quarta onda que o país enfrenta", declarou Ryan.

Ele elogiou o sistema único de saúde, o SUS, e as instituições científicas do Brasil, chamando-as de fantásticas. E acrescentou que "muitos estados tentam aplicar as melhores medidas". Pelo menos dez estados e o Distrito Federal reforçaram as medidas de distanciamento físico, adotando toque de recolher noturno e suspendendo atividades não essenciais. 

Mas, com a irresponsabilidade que o caracteriza no combate à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro anunciou em visita ao Ceará, onde promoveu aglomerações, que o governo federal dará novo auxílio de emergência de 250 reais por mês e atacou os governadores que estão adotando medidas de proteção, acusando-os de destruir empregos. Os governadores terão de pagar pelos próximos auxílio, disparou o presidente.

Seu patético ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, depôs no inquérito sobre a possível negligência e omissão na falta de oxigênio em Manaus, e mudou a versão. Agora, alega que não ficou sabendo da escassez de oxigênio em 8 de janeiro, como admitiu anteriormente em entrevista. A Advocacia-Geral da União afirmou que o governo federal soube em 8 de janeiro, mas o general declarou que o documento não chegou ao Ministério da Saúde.

O caso brasileiro serve de lição, alertou o diretor de emergências da OMS: "A pandemia não acabou para ninguém e qualquer relaxamento é perigoso."

No aniversário de um ano do primeiro caso, nesta sexta-feira, foram notificadas mais 1.327 mortes e 53.729 casos novos de covid-19 no país. Os casos confirmados são 10.457.794 e as mortes 252.988. A cada três segundos, houve um caso novo e confirmado, fora a subnotificação. A média diária de mortes dos último sete dias ficou em 1.148. É a segunda maior desde o início da pandemia, abaixo do recorde de 1.150 registrado ontem. Meu comentário:

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