Um grande avanço da ciência que permite erradicar uma doença mortal
Três cientistas, os médicos americanos Harvey Alter e Charles Rice e o britânico Michael Houghton, foram agraciados hoje com o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2020 por identificar o vírus da hepatite C. É uma doença silenciosa transmitida pelo sangue que afeta cerca de 71 milhões de pessoas no mundo inteiro e causa cirrose e câncer no fígado, matando cerca de 400 mil pessoas por ano. Eles vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 6,168 milhões.
"Antes do trabalho deles, as descobertas dos vírus das hepatites A e B foram decisivos", declarou em Estocolmo o Comitê do Nobel do Instituto Karolinska, da Academia Real de Ciências da Suécia. "A descoberta do vírus da hepatite C revelou a causa dos outros casos de hepatite crônica e tornou possível o desenvolvimento de exames de sangue e de novos medicamentos que salvaram milhões de vidas. Pela primeira vez, a doença pôde ser curada, criando a esperança de erradicar o vírus da hepatite C."
O tratamento atual, com dois comprimidos por dia tomados durante 12 semanas, cura 95% dos casos. No Brasil, estima-se que haja 600 a 700 mil casos e de 15 a 20 mil mortes por ano pela doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece os medicamentos de graça. Todas as pessoas que fizeram grandes cirurgias há mais de 20 anos, receberam transfusões de sangue antes de 1995 ou usaram drogas injetáveis devem fazer o exame.
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