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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Hoje na História do Mundo: 15 de Maio

TEMPLO DE MERCÚRIO

    Em 495 antes de Cristo, um templo a Mercúrio, deus do comércio, da medicina, da comunicação, dos viajantes, da fortuna e da trapaça, e mensageiro dos deuses, é consagrado no Monte Aventino, perto do Circo Máximo, em Roma.


É o único templo de grande escala dedicado a Mercúrio que se conhece na Roma Antiga, que na época é uma República. É um ano de grande agitação política, com protesto dos plebeus contra os senadores patrícios. No ano seguinte, começam as Revoltas da Plebe, que vão até 287 AC.

Na mais importante, em 494 AC, sob a alegação de que são explorados economicamente pelos patrícios, os plebeus se recusam a servir o Exército e exigem direitos políticos e sociais. Eles se retiram para o Monte Aventino, uma das sete colinas de Roma, e ameaçam fundar uma nova cidade.

As Revoltas da Plebe levam à criação do cargo de tribunos da plebe, ao acesso gradual a cargos públicos antes exclusivos dos patrícios e aprovação de leis que protegem os plebeus como a Lei das Doze Tábuas, uma compilação das primeiras leis escritas de Roma.

MORTE DE EMILY DICKINSON

    Em 1886, morre de uma inflamação renal aos 55 anos em Amherst, no estado de Massachusetts, Emily Dickinson, uma das poetas mais importantes da literatura dos Estados Unidos.

Emily nasce na mesma cidade em 10 de dezembro de 1830 numa família religiosa e leva uma vida reclusa. Não se casa. A Bíblia é uma de suas fontes de inspiração. Começa a escrever na adolescência. Só 10 de seus cerca de 1,8 mil poemas são publicados durante sua vida. Ela envia centenas de poemas para amigos e correspondentes. Aparentemente, guarda grande quantidade para si mesma.

Seu estilo radicalmente diferente do padrão de sua época: versos curtos, rimas imperfeitas ou falta de rima, travessões, pontuação e uso de maiúsculas incomum. São sua marca registrada e parece vanguardista até hoje.

Dickinson escreve sobre o amor, a morte, a imortalidade, a solidão, o abandono, a natureza e a vida interior. Sua poesia de um brilho enigmático é filosófica, mística e emocional, ao mesmo tempo intimista e universal. 

CAMUNDONGO MICKEY

    Em 1928, com a avant-première de Plane Crazy, Walt Disney lança o primeiro filme do Camundongo Mickey.

Plane Crazy é um desenho animado de curta metragem originalmente mudo que apresenta ao público Mickey e sua namorada Minnie. É um teste para ver a reação da plateia a um filme de animação. Um executivo da Metro-Goldwin-Mayer vê o filme, mas não consegue distribuir.

No mesmo ano, os estúdios Disney lançam o primeiro filme sonoro com Mickey, Steamboat WilliePlane Crazy é relançado em 17 de março de 1929 como o quarto filme do Mickey.

GUERRA DA INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL

    Em 1948, os países árabes vizinhos rejeitam a fundação de Israel e atacam o novo país. Os exércitos do Egito, da Síria, da Jordânia, do Líbano, do Iraque e da Arábia Saudita convergem e invadem em três frentes e pequena faixa de terra que é o Estado de Israel. É o dia da Nakba, o dia da catástrofe para os palestinos.

O conflito começa em 30 de novembro, um dia depois que as Nações Unidas aprovam a Resolução 181, que divide o território histórico da Palestina num país árabe e outro judeu. Até a fundação oficial de Israel se chama a Guerra Civil da Palestina Mandatária.

No fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), os impérios Britânico e Francês recebem mandatos da Liga das Nações para administrar territórios do extinto Império Otomano, inclusive a Palestina, onde o Reino Unido havia prometido criar uma pátria para o povo judeu.

A guerra acontece principalmente no território histórico da Palestina e também no Líbano e na Península do Sinai, no Egito. Termina com a vitória de Israel, que conquista 50% do território que seria destinado ao país árabe, e um armistício, em 10 de março de 1949. Na realidade, não acabou até hoje. A Jordânia ocupa a Cisjordânia e o Egito, a Faixa de Gaza.

Do lado de Israel, morrem 6.373 pessoas. Entre os árabes, as estimativas vão de 6,7 a 20 mil contando militares e civis. Cerca de 700 mil palestinos são expulsos do território israelense, criando a diáspora palestina.

RETIRADA SOVIÉTICA

    Em 1988, na era das reformas do líder Mikhail Gorbachev, começa a saída das forças da União Soviética do Afeganistão, invadido mais de oito anos antes, no Natal de 1979, para Moscou impor seus favoritos no regime comunista afegão.

Antes da invasão, há uma revolta incipiente da população muçulmana, que não aceita o comunismo. Disso se aproveitam os Estados Unidos, a Arábia Saudita, a China e o Paquistão, decididos a fazer do Afeganistão o Vietnã da URSS.

Com armas como os mísseis antiaéreos Stinger, enviados pelos EUA a partir de 1981, os mujahedin conseguem derrotar o invasor, que nunca assume o controle do interior do país. Em dez anos de invasão, cerca de 15 mil soldados soviéticos morrem no Afeganistão, menos do que a Rússia perdeu em 80 dias de invasão da Ucrânia.

Também em 1988, os chamados árabes afegãos, liderados pelo saudita Ossama ben Laden, fundam a rede terrorista Al Caeda (A Base), que ataca os EUA em 11 de setembro de 2001, levando as guerras do Oriente Médio para o território norte-americano.

A rebelião muçulmana derruba em 1992 o ditador Mohamed Najibullah, entronizado pela URSS. O Afeganistão vive um período de anarquia até que a Milícia dos Estudantes (Talebã), criada em 1994 com o apoio do serviço secreto militar do Paquistão, assume o poder em Cabul (nunca controla todo o país) em 1996.

Depois dos atentados de 11 de setembro, os EUA invadem o Afeganistão, derrubam o regime dos talebã e chegam a cercar a liderança da Caeda na Batalha de Tora Bora, em dezembro de 2001, mas Ben Laden consegue fugir para o Paquistão, onde é morto por uma operação de comandos de elite da Marinha dos EUA em 2 de maio de 2011.

Com a retirada das forças internacionais e o fim da guerra, a mais longa da história dos EUA, em 30 de agosto de 2021, os Talebã retomam o poder no Afeganistão e, ao contrário das promessas, voltam a reprimir as mulheres, proibidas de estudar, trabalhar, viajar sem um parente e obrigadas a cobrir o rosto ao sair à rua.

PRIMEIRA-MINISTRA DA FRANÇA

    Em 1991, o presidente socialista François Mitterrand (1981-95) nomeia Édith Cresson como a primeira mulher a chefiar o governo da França, mas a primeira-ministra cai em menos de um ano por causa do desemprego em massa e da queda do apoio dentro do Partido Socialista.

Édith Campion nasce em 27 de janeiro de 1934 em Bologne-Billancourt, perto de Paris. Filha de um funcionário público, ela faz doutorado em demografia na Escola Superior de Estudos Comerciais. Em 1959, casa com Jacques Cresson. 

Ela entra para o Partido Socialista (PS) em 1965 e trabalha na fracassada campanha presidencial de Mitterrand naquele ano. Concorre a uma cadeira na Assembleia Nacional e perde em 1975, mas se torna deputada do Parlamento Europeu em 1979. É eleita prefeita duas vezes, em Thuré (1977) e Châtelleroult (1983).

Depois da eleição de Mitterrand, em 1981, antes de se tornar primeira-ministra, Cresson é ministra várias vezes, da Agricultura, do Turismo e Comércio Exterior, e da Europa. Com a demissão do primeiro-ministro Michel Rocard, o presidente a nomeia para o cargo.

O governo Cresson é um dos mais curtos da 5ª República Francesa. Impopular, ela cai em 2 de abril de 1992. Na luta contra o predomínio no mercado de produtos do Japão, ela dá uma tirada racista ao chamar os japoneses de "formigas amarelas que querem dominar o mundo". Ao comentar a vida sexual dos britânicos, declarou que "a homossexualidade me parece estranha. É diferente e marginal. Existe mais na tradição anglo-saxã do que na latina."

Em 1995, no fim de seu governo, Mitterrand a indica para comissária de Ciência, Pesquisa e Educação da União Europeia. A Comissão Europeia renuncia coletivamente em 1999 num escândalo de fraude e corrupção. Cresson é condenada em 2006 por favoritismo e má administração, mas não é punida. Hoje ela faz parte do Conselho das Mulheres Líderes Mundiais.

A segunda primeira-ministra da França é Élisabeth Borne (2022-24), que cai em janeiro de 2024.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vapor de mercúrio de lâmpadas fluorescentes compactas pode exceder limite tolerável

O vapor de mercúrio liberado por lâmpadas fluorescentes compactas quebradas pode superar o limite de exposição considerado seguro para seres humanos, concluíram pesquisadores da Universidade Estadual de Jackson, no Missouri, nos Estados Unidos.

Quando essas lâmpadas quebram, a quantidade de mercúrio líquido que escapa é menor do que o limite permitido pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Por isso, elas não são consideradas lixo tóxico e perigoso.

Mas, no artigo Impacto Ambiental do Mercúrio Liberado por Lâmpadas Fluorescentes Compactas, publicado na revista científica Environmental Engineering Science, os pesquisadores Yadong Li e Li Jin, advertem podem emitir vapor de mercúrio durante semanas ou meses. Em quartos e peças mal ventiladas, o total pode exceder o limite tolerável para o homem.