segunda-feira, 2 de junho de 2025

Ucrânia humilha Rússia com grande ataque a bases aéreas

Foi o maior golpe à Rússia desde o início da guerra. Grandes ondas de drones da Ucrânia atacaram no domingo bases aéreas em cinco regiões russas, inclusive na Sibéria, a uma distância de até 4,6 mil quilômetros da fronteira entre dois países. 

Na versão ucraniana, eles destruíram 41 aviões de combate, 34% dos bombardeiros estratégicos russos capazes de disparar mísseis de cruzeiro, inclusive nucleares, diminuindo o poderio nuclear russo. Foi uma demonstração de força antes de uma nova rodada de negociações de paz realizada hoje em Istambul, na Turquia.

A Operação Teia de Aranha foi planejada durante um ano e meio, e o presidente Volodymyr Zelenski não avisou os Estados Unidos porque entende que o presidente Donald Trump é aliado do ditador Vladimir Putin. A Ucrânia conseguiu infiltrar contêineres e contratou caminhões russos para transportar os drones, que têm sido fundamentais para a resistência ucraniana à invasão russa.

Além do ataque de drones, uma organização clandestina pró-Ucrânia atacou Mariupol, uma cidade ucraniana ocupada pela Rússia desde maio de 2022, e duas pontes ferroviárias foram derrubadas na região russa de Briansk, que fica junto à fronteira com a Ucrânia. Em contrapartida, um míssil russo atingiu um centro de treinamento militar da Ucrânia e matou 12 soldados.

A reação dentro da Rússia foi exigir uma retaliação à altura. Putin sabe que tem de reagir. A Rússia tem se limitado a uma guerra de atrito contra cidades e populações civis com os maiores ataques de drones e mísseis até agora, enquanto faz avanços mínimos nas verdadeiras frentes de combate. Mas esse ataque abala a capacidade nuclear da Rússia. Putin, que desde o início da guerra faz uma chantagem nuclear, vai usar armas nucleares táticas contra a Ucrânia? Provavelmente, não, porque sua maior aliada, a China, é contra, mas o risco aumentou.

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