A doutrina militar de Israel visa impedir que países que ameaçam destruir Israel tenham a arma capaz de fazer isso, a bomba atômica. Mas bombardeios não vão acabar com o programa nuclear do Irã. Isto só é possível através de negociações ou da mudança de regime em Teerã. Como não acredita nessas negociações, o primeiro-ministro Israelense tem dois grandes objetivos nesta guerra: destruir o programa nuclear e mudar o regime fundamentalista iraniano, acabar com a República Islâmica.
O problema é que, ao contrário do que aconteceu na Síria, não há no Irã uma força armada de oposição à ditadura dos aiatolás. Só uma divisão nas Forças Armadas e uma guerra civil derrubariam o regime. E normalmente, bombardeios maciços costumam aumentar a coesão interna dos países alvejados.
Sem poder transportar seus um milhão de soldados para o território israelense, quais as opções de retaliação do Irã? As principais armas são 3 mil mísseis balísticos e drones. O Irã ameaça atacar alvos dos Estados Unidos e de países europeus que participem da defesa de Israel. Poderiam ser bases militares, embaixadas e consulados, o que colocaria esses países na guerra e também os países do Oriente Médio onde estão essas bases.
Outra opção seria fechar o Estreito de Ormuz, a saída do Golfo Pérsico, prejudicando as monarquias petroleiras árabes e grande importadores de petróleo como a China. Também pode atacar instalações de petróleo desses países árabes, o que imediatamente duplicaria os preços do petróleo. Por fim, resta o terrorismo contra alvos dos EUA, da Europa e contra judeus no mundo inteiro.
3 comentários:
Sou favorável ao extremo que o Irã acabe com seu programa nuclear.
Desde que Israel acabe também com o seu.
E por que não ainda os Estados Unidos, a China, a Rússia, a Inglaterra, a França e quem mais chegar.
Sim, armas nucleares nunca mais!!!
Sonhar não custa nada.
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