PRESIDENTE DA COLÔNIA DE JAMESTOWN
Em 1608, depois de sobreviver a captura pelos indígenas, provavelmente por influência da princesa Pocahontas, filha do cacique, John Smith se torna o primeiro presidente da colônia da Jamestown, o primeiro assentamento permanente da Inglaterra na América.
John Smith nasce em Willoughby em 6 de janeiro de 1580 na fazenda da famílila. Aos 16 ou 17 anos, vai lutar contra a Espanha na Guerra da Independência da Holanda (1568-1648). De volta à Inglaterra, passa dois anos estudando livros clássicos militares.
Em 1601, vai para a Hungria, onde se alista como mercenário da Áustria na guerra contra o Império Otomano. Capturado pelo inimigo, é levado para a Turquia, de onde foge para a Rússia em 1604 ou 1605.
Ao voltar para a Inglaterra, ele se junta a um grupo que se prepara para fundar a primeira colônia inglesa na América. Quando a Virginia Company consegue uma carta real, Smith e outros 100 colonos liderados por Christopher Newport zarpam em 20 de dezembro de 1606. Eles chegam à Baía de Chesapeake em 27 de abril de 1607. Em 14 de maio, desembarcam onde fundam Jamestown.
Smith é indicado pela Virginia Company para o grupo de sete pessoas que governa a colônia e vira seu primeiro presidente. É também escritor e cartógrafo. Faz uma série de viagens e produz um mapa detalhado da costa da Virgínia. Seus textos descrevendo e exaltando as belezas da América ajudam a atrair colonos.
Numa dessas viagens, sofre uma emboscada e é capturado pelos índios Powhatan, entregue ao cacique. De acordo com o relato do próprio Smith, é salvo por interferência da princesa Pocahontas.
Quando se torna presidente, Smith mantém um comércio com os índígenas para garantir o suprimento de milho aos colonos e adota uma política linha-dura: "Quem não trabalha não come", à exceção das pessoas com deficiência. Sempre evita o confronto com os nativos.
Depois de se ferir num incêndio em setembro de 1609, Smith tem de voltar à Inglaterra. Em 1614, vai para a região da Nova Inglaterra, no que é hoje o Nordeste dos EUA, e mapeia a região da Baía de Penobscot e o Cabo Cod. Os Peregrinos do Mayflower, que chegam onde hoje é Massachusetts em 11 de novembro de 1620, usam mapas de John Smith.
FIM DA GUERRA DO NORTE
Em 1721, o Tratado de Nystad põe fim à Grande Guerra do Norte (1700-21), em que a Rússia, a Dinamarca-Noruega e a Polônia-Saxônia desafiam a supremacia da Suécia na região do Mar Báltico. O conflito termina com o declínio da Suécia e a ascensão da Rússia de Pedro I, o Grande, a maior potência da região.
A morte do rei Carlos XI, da Suécia, leva ao trono seu filho Carlos XII, de apenas 14 anos. A Dinamarca-Noruega vê uma boa oportunidade para formar uma aliança contra a Suécia.
No início da guerra, Augusto II, rei da Polônia e eleitor da Saxônia, ataca Livônia em fevereiro de 1700. Em março, Frederico IV, da Dinamarca e da Noruega, entra em Schleswig-Holstein, hoje parte da Alemanha. Pedro I, da Rússia, cerca Narva em outubro.
Carlos XII contra-ataca. O primeiro alvo é a Dinamarca. Chega perto de Copenhague e obriga o país a deixar a aliança anti-sueca no Tratado de Traventhal, de agosto de 1700. Ao ocupar a Curlândia, força Augusto II a recuar para a Polônia. E vence a Rússia, rompendo o cerco de Narva em 30 de novembro de 1700.
Com a determinação de derrubar Augusto II, Carlos XII fica seis anos em guerra contra ele. Quando os suecos invadem a Saxônia, Augusto entrega a coroa da Polônia e rompe a aliança com a Rússia no Tratado de Altranstädt, em setembro de 1706. O próximo alvo é a Rússia.
Pedro, o Grande, um pioneiro do Império Russo sonhava em europeizar o país e em ter acesso a portos de águas mornas. Para consolidar a presença no Báltico, o czar funda São Petersburgo em 1703 e obriga a nobreza russa a contratar arquitetos da Europa Ocidental para construir mansões e palácios, o que torna a cidade uma joia arquitetônica, capital da Rússia e berço das revoluções de 1917.
Quando Carlos II, da Suécia, ataca a Rússia, no fim de 1707, Pedro o Grande obtém uma vitória decisiva na Batalha de Poltava, em 8 de julho de 1709. Carlos foge para a Turquia, onde pede ao Império Otomano que se junte à aliança. Os otomanos entram rapidamente. Depois da vitória na Batalha do Rio Pruth (1711), ficam satisfeitos com o acesso ao Mar de Azov e saem da guerra,
Em maio de 1713, a coalizão vence a Suécia em Holstein. Em 1714, a Rússia vence a Batalha Naval de Hanko, toma as Ilhas Aland e ameaça Estocolmo. Em novembro daquele ano, Carlos XII recua para o território sueco.
A esta altura da guerra, a Suécia perde a maioria de suas possessões na orla do Mar Báltico. Frederico Guilherme I, da Prússia, e George I, da Inglaterra, e eleitor de Hanôver se juntam à coalizão. Primeiro, exigem concessões territoriais em troca de neutralidade. Carlos XII rejeita. as exigências.
O rei da Suécia abre negociações de paz em 1717-18, enquanto aumenta seu exército para 60 mil homens. Em setembro de 1718, invade a Noruega, onde morre na Batalha de Frederikshald, em novembro de 1718.
Como Carlos XII não deixa descendentes, a coroa passa para sua irmã, Ulrika Eleonora, casa com Frederico da Hesse-Kassel, que se torna Frederico I, da Suécia, e negocia uma série de tratado de paz de 1719-21.
Pelos Tratados de Estocolmo (1719-20), a Suécia, a Saxônia e a Polônia voltam às fronteiras anterioes à guerra. A Dinamarca devolveu suas conquistas à Suécia em troca de uma grande soma em dinheiro. A Suécia cede Bremen a Hanôver, e a região de Szczecin e parte da Pomerânia Sueca à Prússia.
No Tratado de Nystad, que encerra as hostilidades entre Rússia e Suécia, os suecos cedem a Íngria, a Estônia, a Livônia uma parte da Karélia finlandesa.
PRIMEIRO MOTORISTA BÊBADO PRESO
Em 1897, um motorista de táxi de Londres de 25 anos chamado George Smith é a primeira pessoa presa por dirigir embriagada, depois de bater com seu carro num prédio na New Bond Street 165.
Ao chegar ao local do acidente, o policial Russell prende o motorista. Smith reconhece a culpa e paga multa de 1,25 libra.
ÚLTIMO GUILHOTINADO
Em 1977, Hamida Djandoubi, um imigrante tunisiano de 28 anos condenado por assassinato, violação sexual e tortura, é a última pessoa a guilhotinada na França, na prisão de Baumetes, em Marselha, às 4h47.
Durante a Revolução Francesa (1789-99), o médico e revolucionário Joseph-Ignace Guilhotin consegue aprovar uma lei para exigir que todas as execuções sejam feitas cientificamente por uma máquina.
O primeiro teste da máquina de matar, com uma grande lâmina que despenca sobre o pescoço da vítima, é em cadáveres. Em 25 de abril de 1792, a primeira vítima é executada.
Mais de 10 mil pessoas perdem a cabeça na guilhotina durante a revolução, inclusive Guilhotin, o rei Luís XVI, a rainha Maria Antonieta e os líderes revolucionários Georges-Jacques Danton e Maximiliano Robespierre.
Hamida Dajandoubi nasce na Tunísia em 1949 e chega a Marselha em 1968 na primeira vez que sai do país. Ele trabalha na indústria como operário de manutenção de máquinas. Três anos mais tarde, perde uma perna num acidental industrial.
Nesta época, quando está no hospital, conhece Élizabeth Bousquet , de 18 anos, que se torna sua companheira. Amputado, fica mais cruel e agressivo.
Numa noite em 1973, Hamida obriga a mulher a manter relações sexuais com oito homens em troca de dinheiro. Élizabeth o denuncia à política por proxenetismo. Condenado a meses de prisão, promete vingança.
Apesar de viver com outras duas mulheres que explora como prostitutas, Hamida volta a atacar Élizabeth. Na noite de 3 para 4 de julho de 1974, ele a submete a uma longa sessão de tortura com bastão. Além da violação sexual, queima as pontas dos seios da ex-mulher com cigarros acesos.
Nua e inconsciente, Hamida leva a mulher para uma cabana de pedras a 40 quilômetros de Marselha, onda a estrangula diante de Annie e Amaria. O juiz Robert Badinter o considera "desequilibrado". A promotoria vê como "uma alma demoníaca", "uma inteligência superior à normal, mas um risco social colossal".
Quatro anos depois, em 9 de outubro de 1981, a pena de morte é abolida na França.
MURAL GUERNICA VAI PARA A ESPANHA
Em 1981, o mural Guernica, do pintor espanhol Pablo Picasso vai para a Espanha, o que o artista só havia autorizado quando a democracia fosse restaurada.
Quando o governo republicano espanhol convida Picasso para criar um mural para a Exposição Internacional de 1937 em Paris, ele resolve pintar os horrores da guerra.
Em 1939, quando o ditador Francisco Franco vence a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e começa a Segunda Guerra Mundial, Picasso doa o mural ao Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) com a recomendação expressa de que a obra só vá para a Espanha depois da redemocratização do país.
Picasso morre na França em 1973. A morte de Franco, dois anos depois, é o marco do fim da ditadura na Espanha, Em 1981, um advogado de Picasso autoriza o envio da obra.
A ida do mural, instalado inicialmente num pavilhão construído especialmente no Museu do Prado, em Madri, é um sinal de confiança na democracia restaurada. Hoje, está no Museu Rainha Sofia.
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