Apesar do boicote dos ditadores da China e da Rússia, a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte (G-20) realizada no fim de semana em Nova Déli confirma o status da Índia como uma grande potência mundial comprometida com um mundo multipolar e o multilateralismo, que rejeita a ideia de mundo bipolar dominado pelos Estados Unidos e a China.
A Declaração de Nova Déli, Uma Terra, Uma Família, um Futuro, reflete as preocupações econômicas do Sul Global com o desenvolvimento, o combate à fome e à desigualdade social, o financiamento à transição para uma economia verde e a reforma das instituições internacionais para criar um mundo multipolar, em vez das questões geopolíticas e de segurança. Promete triplicar a geração de energia limpa até 2030.
Como os ditadores da China e da Rússia não foram, o Ocidente teve de ceder na linguagem sobre a guerra para garantir o sucesso da reunião, uma vitória da Índia. Com a ausência de seus maiores rivais, o presidente Joe Biden aproveitou para consolidar a parceria estratégica com a Índia, mas os países em desenvolvimento nunca tiveram uma voz tão forte no G-20.
O Brasil assume a presidência do G-20 em novembro e vai sediar a próxima reunião de cúpula de 12 a 14 de julho de 2024 no Rio de Janeiro. Deve manter a orientação adotada em Nova Déli. Em mais uma gafe internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o ditador Vladimir Putin pode vir ao Brasil sem correr o risco de ser preso por ordem do Tribunal Penal Internacional (TPI). Depois, recuou. Meu comentário:
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