sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 29 de Setembro

CONQUISTA DO EGITO

    Em 642, o general Amir ibn al-As invade Alexandria e consolida a conquista do Egito pelos árabes, iniciada três anos antes.

General de sucesso, Amir é também um administrador capaz e um político astuto. No Egito, organiza um sistema de arrecadação de impostos, a administração da cidade e cria uma guarnição militar.

Vinte anos depois da morte do profeta Maomé e 30 depois da fundação do Islamismo, os muçulmanos iniciam a conquista do Norte da África e à invasão da Península Ibérica em 711.

MANDATO BRITÂNICO PARA A PALESTINA

    Em 1923, entra em vigor o mandato aprovado pelo Conselho da Liga das Nações para que o Império Britânico estabeleça uma pátria para o povo judeu no território histórico da Palestina.

Depois de séculos de perseguição na Europa, os judeus são vítimas no fim do século 19 de pogroms (massacres) na Europa Oriental e a discriminação fica evidente no Caso Dreyfus, quando um capitão judeu do Exército da França é condenado por traição para a Alemanha e enviado para cumprir pena na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. A Justiça leva anos para reconhecer o erro.

Em 1895, o austríaco Theodor Herzl publica o livro O Estado Judaico, marco do movimento sionista, para criar uma pátria para o povo judeu. Vários lugares são cogitados, o Sul da Argentina, Uganda, no coração da África, ou a Palestina.

No fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), quando é evidente a derrota do Império Otomano, em 2 de novembro de 1917, o ministro do Exterior britânico, Lorde Arthur James Balfour, envia uma carta ao Barão de Rothschild, líder da comunidade judaica no Reino Unido, 

A Declaração de Balfour promete fundar um lar nacional para o povo judeu na Palestina se o Império Otomano for derrotado. Mas determina que "nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não judaicas existentes na Palestina".

O Estado de Israel é criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947 e fundado em 1948, depois da tentativa de exterminio do povo judeu pela Alemanha Nazista no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Os vizinhos árabes não aceitam e invadem Israel. A Guerra da Independência de Israel vai até o início de 1949, mas o estado de guerra persiste até hoje com vários países árabes.

Até hoje não se chegou a uma harmonia entre os dois povos habitantes da Palestina.

DIVISÃO DA POLÔNIA

    Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha e a União Soviética dividem a Polônia ao longo o Rio Bug, dando prosseguimento ao Pacto Germano-Soviético, firmado em 23 de agosto.

A Polônia é dividida no século 18 entre o Reino da Prússia, o Império Russo e o Império Austro-Húngaro. Só recupera a independência em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Depois da divisão entre Adolf Hitler e Joseph Stalin, volta a ser um país independente em 1945. Antes, em abril e maio de 1940, a polícia política soviética NKVD executa 22 mil militares, policiais, altos funcionários e líderes civis poloneses no Massacre da Floresta de Katyn.

Quando as covas rasas são descobertas, em 1943, a URSS acusa os nazistas. Só em 1990, na Era Mikhail Gorbachev (1985-91), a URSS reconhece a responsabilidade pelo massacre.

MASSACRE DE BABI YAR

    Em 1941, começa nos arredores de Kiev, a capital da Ucrânia, o Massacre de Babi Yar, em que os nazistas matam 33.771 homens, mulheres e crianças judias durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

O Exército da Alemanha ocupa Kiev em 19 de setembro. Logo, a SS (Schuzstaffel), tropa de choque do regime nazista, começa a cumprir a ordem de exterminar todos os judeus e os oficiais do regime comunista soviético.

Nesta data, 30 mil pessoas são levadas para a ravina de Babi Yar, obrigadas a tirar a roupa e metralhadas. O massacre é concluído no dia seguinte.

Cerca de 6 milhões de judeus e 1,5 milhão de ciganos, além de comunistas, socialistas, oposicionistas, negros, gays e deficientes morrem no Holocausto, num total estimado em 11 milhões de mortes..

SOLTA REPÓRTER DO PLAMEGATE

    Em 2005, a repórter Judih Miller, do jornal The New York Times, sai da prisão federal de Alexandria, na Virgínia, depois de 2 meses e 23 dias, por concordar em testemunhar no inquérito sobre a revelação de identidade da agente da CIA (Agência Central de Inteligência) Valerie Plame.

Miller decide falar depois que a fonte que estava protegendo, Lewis Scooter Libby, chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney, a autoriza.

O Caso Plame começa em 6 de julho de 2003, quando o marido dela, o diplomata Joseph Wilson, publica artigo no New York Times contestando o principal argumento do governo George W. Bush (2001-9) para justificar a invasão do Iraque em março de 2003, que o ditador Saddam Hussein tem armadas de destruição em massa.

Oito dias depois, em 14 de julho, a identidade de Plame é revelada, o que é crime nos Estados Unidos por se tratar de uma agente secreta. Wilson vê no ato um retaliação da Casa Branca. Miller fala com Libby dias antes, mas se nega a revelar a fonte aos investigadores com base numa regra de ouro do jornalismo: não revelar a fonte que não quer publicidade..

Libby é condenado em 6 de março de 2007 e sentenciado em junho do mesmo ano a dois anos e meio de prisão e US$ 250 mil de multa. Mas o presidente Bush comuta a pena e ele não chega a ser preso. Miller deixa o NY Times depois de 28 anos.

QUEDA RECORDE EM WALL STREET

    Em 2008, durante a Grande Recessão (2007-9), o Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, sofre a maior queda em pontos da história (777,68) quando o Congresso não aprova o Programa de Alívio de Ativos Tóxicos (TARP), o plano de resgate do sistema financeiro, abalado desde 15 de setembro pela falência do banco de investimentos Lehman Brothers, no valor de US$ 750 bilhões.

O resgate do sistema financeiro é aprovado e a maior parte é devolvida ao governo pelas empresas financeiras com a recuperação do setor.

Depois da posse de Barack Obama, o Congresso aprova um plano de recuperação da economia de US$ 787 bilhões. A maior economia do mundo volta a crescer no segundo semestre de 2009 e segue em alta até ser abalada pela pandemia do coronavírus. O índice de desemprego chega a um pico de 10,6% em janeiro de 2010 e cai até a pandemia. 

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