quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 21 de Setembro

 TRAIÇÃO AOS EUA

    Em 1780, durante a Guerra da Independência (1775-83), o general norte-americano Benedict Arnold encontra o major britânico John Andre para discutir a entrega do forte de West Point, no estado de Nova York, ao inimigo em troca de um alto posto no Exército Real e uma grande soma em dinheiro.

 
A conspiração é descoberta. Andre é preso e executado. Arnold foge para o Reino Unido, onde nunca recebe o que fora prometido, e morre em 14 de junho de 1801.

REVOLUÇÃO ABOLE A MONARQUIA

    Em 1792, durante a segunda fase da Revolução Francesa (1789-99), a Convenção Nacional (1792-95) acaba com a monarquia e funda a Primeira República.

O rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta, presos em agosto de 1792, são executados na guilhotina em 1793. Luís XVI ascende ao trono em 1774. A França está exaurida e humilhada pela derrota para o Império Britânica na Guerra dos Sete Anos (1756-63), quando perde a maioria das possessões na América do Norte e na Índia.

A quebra de safras em invernos rigorosos causam fome, agravam a crise econômica e criam o ambiente para a revolução, que estoura em 14 de julho de 1789, com a tomada da prisão da Bastilha, em Paris, símbolo da opressão do antigo regime.

O Período da Convenção Nacional (1792-95) é o segunda da Revolução Francesa.

FOTOGRAFIA EM PAPEL

    Em 1840, durante experiências com ácido gálico, William Henry Fox Talbot descobre que o ácido pode ser usado para revelar uma imagem latente em papel sensível à luz, numa revolução na fotografia.

O princípio da câmara escura, que uma sala fechada com um pequeno orifício para entrada de luz consegue projetar uma imagem na parede oposta, é testado e comprovado pelo cientista italiano Giambattista de la Porta no século 16.

Em 1727, o professor de anatomia alemão Johan Heinrich Schulze descobre que sais de prata escurecem sob efeito da luz, mas não consegue preservar as imagens por um longo tempo.

Nicéphore Niépce, um inventor francês, se interessa pela litografia, um processo no qual uma gravura ou imagem é entalhada ou copiada numa pedra para depois ser impressa com tinta. Ele desenvolve um método para usar a luz para fazer desenhos.

Niépce põe uma gravura numa chapa coberta por uma solução de betume da Judeia. Após algumas horas, a solução sob as águas claras endureceu, enquanto a parte embaixo da áreas escuras amoleceu e pôde ser removida com água, deixando uma cópia permanente. Em 1822, chama o processo de heliografia, desenhar com o Sol.

Em 1826 ou 1827, Niépce consegue fazer a primeira foto da natureza com uma exposição de oito horas em que o Sol se moveu iluminando o objeto da foto por diferentes ângulos.

Louis-Jacques-Mandé Daguerre, um pintor de cenários para teatro, tenta reduzir o tempo de exposição. Em 1835, ele descobre que imagens latentes gravadas numa chapa com prata iodada podem ser reveladas com exposição a vapor de mercúrio. Em 1837, Daguerre consegue fixar a imagem usando sal de cozinha para remover os sais de prata não exposto. Inventa a daguerreotipia.

Talbot, cientista formado na Universidade de Cambridge, torna o papel sensível à luz banhando-o alternadamente com soluções de sal e de nitrato de prata. Consegue assim uma imagem em negativo, clara onde é escuro e escura onde seria claro, a partir da qual pode imprimir vários positivos.

Em fevereiro de 1839, o astrônomo John Herschel sugere que as imagens sejam fixadas com uma solução de hipossulfito de sódio.

Quando as notícias da daguerreotipia chegam ao Reino Unido, Talbot apresenta sua técnica de "desenho fotogênico". 

PADRÃO-OURO

    Em 1931, no início da Grande Depressão (1929-39), o Banco da Inglaterra abandona o padrão-ouro e a libra esterlina cai 28%, abalando a solvência de países da América Latina e da Europa Oriental.

O padrão-ouro faz com que um país mantenha a cotação de sua moeda fixa em relação ao ouro, servindo assim como âncora do sistema financeiro internacional. Exige que um país tenha grandes reservas am ouro.

No período entre guerras, a economia britânica, que perde a primeira posição para os EUA no fim do século 19 e é ultrapassada pela Alemanha, não tem mais a força do passado.

A Grande Depressão é a principal guerra econômica da Segunda Guerra Mundial. Em 1932, com o índice de desemprego na Alemanha em 12,5%, o Partido Nazista vence as eleições. Em 30 de janeiro de 1933, Adolf Hitler é eleito chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha.

FIM DA NEUTRALIDADE

    Em 1939, o presidente Franklin Delano Roosevelt vai ao Capitólio e pede ao Congresso que altere as Leis da Neutralidade, aprovadas naquela década, para que os Estados Unidos enviem ajuda militar aos países da Europa ameaçados pela Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

No discurso, Roosevelt adverte que países como a Alemanha constroem "grandes exércitos, marinhas e arsenais com grande rapidez e intensidade", enquanto os EUA tentavam ficar neutros e usar "todo seu poder para encorajar soluções negociadas".

Com o início da guerra, o presidente americano vê necessidade de apoiar a luta das nações democráticas contra o Nazifascismo e afirma que a passividade "ajuda o agressor". O Congresso aprova as mudanças em 4 de novembro.

Depois a ocupação da França pelos nazistas em maio e junho de 1940, Roosevelt e o primeiro-ministro o Reino Unido, Winston Churchill, assinam a Carta do Atlântico em 14 de agosto de 1941, uma declaração de princípios sobre como deveria ser o mundo no pós-guerra.

Os EUA entram na guerra em 7 de dezembro de 1941, quando o Japão bombardeia a 7ª Frota Norte-Americana, estacionada em Pearl Harbor, no Havaí.

SUPERBOMBARDEIRO DECOLA

    Em 1942, superfortaleza voadora B-29, fabricada pela Boeing, faz seu primeiro voo, em Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos.

O superbombardeiro é projetado em 1939 pelo general Arnold Hap. Ele teme que a conquista da Europa pela Alemanha Nazista deixe os EUA sem bases do outro lado do Oceano Atlântico. Precisariam de um avião capaz de voar mais alto, mais rápido e em distância mais longa.

A companhia aeronáutica Boeing desenvolve então um bombardeiro pesado com quatro motores com o primeiro sistema de ataque a radares de um avião de guerra americano.

Seu primeiro ataque acontece em 5 de junho de 1944, em Bangkok, na Tailândia, preparando a libertação da Birmânia, hoje Mianmar, ocupada pelo Império do Japão.

Os B-29 participam dos ataques a Tóquio com bombas incendiárias que matam 100 mil japoneses em março de 1945. Sua principal missão é transportar as bombas atômicas que explodem em Hiroxima, em 6 de agosto, e em Nagasaki, em 9 de agosto de 1945, matando 140 mil pessoas na hora e pondo fim à Segunda Guerra Mundial (1939-45).

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