sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 22 de Setembro

ABOLIÇÃO NOS EUA

    Em 1862, o presidente Abraham Lincoln anuncia que fez um projeto de Declaração de Emancipação para acabar com a escravatura nos Estados Unidos e reorienta a Guerra da Secessão (1861-65) para uma luta contra a escravidão.

O objetivo inicial do presidente era defender a União, a unidade nacional contra o separatismo dos Estados Confederados da América, que queriam dividir o país para manter a escravidão

Lincoln faz a Declaração de Emancipação em 1º de janeiro de 1863, libertando os escravos dos estados do Sul na expectativa de que se juntem às forças da União. Mas o Congresso só aprova a Emenda nº 13 à Constituição dos EUA, que acaba com a escravatura, em janeiro de 1865. 

O comandante militar do Sul, general Robert Lee, se rende ao comandante militar do Norte, general Ulysses Grant, em 9 de abril de 1865, mas a notícia só chega a Galveston, no Texas, em 19 de junho, dia em que os norte-americanos comemoram o fim da escravidão. 

Para entrar em vigor, uma emenda constitucional nos EUA  precisa ser ratificados por pelo menos três quartos dos estados. A Emenda nº 13 entra em vigor em 6 de dezembro de 1865. 

Seu texto diz que "nem a escravidão nem a servidão involuntária, exceto como punição por crime pelo qual a parte tenha sido devidamente condenada, deve existir dentro dos EUA ou em qualquer lugar sob sua jurisdição."

FORD ESCAPA DE ATENTADO

    Em 1975, Sara Jane Moore aponta uma arma para o presidente Gerald Ford quando ele sai do Hotel Saint Francis, em São Francisco, mas a arma é desviada por um popular, 17 dias depois que ele escapou de outra tentativa de assassinato, também de uma mulher, Lynette Fromme.

Ambas são perturbadas mentalmente. Logo, o serviço secreto prende Sara Moore, que é condenada e cumpre pena até receber liberdade condicional em 31 de dezembro de 2007.

GUERRA IRÃ-IRAQUE

    Em 1980, por ordem do ditador Saddam Hussein, o Iraque invade a província iraniana do Cuzistão, rica em petróleo, dando início à Guerra Irã-Iraque, dura oito anos e mata um milhão de muçulmanos.

Por causa da Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini no Irã, os Estados Unidos, a União Soviética e os países árabes apoiam o Iraque de Saddam Hussein, mas os iranianos resistem e o conflito termina num impasse.

Dentro da Guerra Irã-Iraque, há uma guerra dos petroleiros, quando os dois lados atacavam os navios-tanques do outro, e uma guerra das cidades, com intenso bombardeio de zonas urbanas. Em 20 de agosto de 1988, o aiatolá Khomeini aceita a proposta de cessar-fogo do Iraque. Os últimos prisioneiros de guerra são trocados em 2003.

Com a economia iraquiana arrasada pela guerra, Saddam pressiona os vizinhos Kuwait e Arábia Saudita, acusando-os de roubar petróleo de campos compartilhados, e invade o Kuwait em 2 de agosto de 1990. Os EUA reagem e, à frente de uma aliança militar de mais de 30 países, expulsam os iraquianos do Kuwait na Guerra do Golfo (1991).

SINDICATO SOLIDARIEDADE

    Em 1980, os delegados de 36 sindicatos de trabalhadores fundam, sob a liderança de Lech Walesa, o Solidariedade, o sindicato que virou partido e está no centro da luta pela democracia na Polônia.

O Solidariedade tem origem no Comitê de Defesa dos Trabalhadores (KOR), criado em 1976 depois de milhares de prisões de grevistas, para dar assistência às famílias dos presos, ajuda em saúde e educação e distribuir notícias clandestinamente. Em 1979, o KOR divulgou a Carta dos Direitos dos Trabalhadores.

Em 1980, uma onda de greves tem o Estaleiro Lenin, em Gdansk, como centro. Um acordo com o governo, em 31 de agosto, dá o direito de criar sindicatos livres e independentes.

Com o golpe do general Wojciech Jaruzelski, em 13 de dezembro de 1981, o Solidariedade é proscrito até abril de 1989, quando sai da clandestinidade para conquistar a vitória sobre o regime comunista nas primeiras eleições democráticas no Bloco Soviético desde os anos 1940. 

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