A América Latina e o Caribe ultrapassaram no fim de semana a marca de 6 milhões de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019. Com mais de 241 mil óbitos, tem o maior número absoluto de mortos entre os continentes.
O Brasil tem o maior número de casos confirmados (3.340.197) e de mortes (107.879) no subcontinente. Neste domingo, registrou mais 582 mortes e 22.167 casos novos.
O Peru é o segundo país latino-americano em número de casos confirmados (535.946). Tem menos mortos pela covid-19 (28.281) do que o México (56.757). Mas tem uma população muito menor. É o segundo país em número de mortes por habitante, atrás apenas da Bélgica, excluindo São Marinho, um micropaís montanhoso encravado na Itália.
O México é o terceiro país em número de mortes e sétimo em número de casos confirmados (522.162). Sua economia deve recuar 10% neste ano, minando os planos de combate à pobreza do presidente Andrés Manuel López Obrador, um populista de esquerda.
A Colômbia é o quarto país latino-americano em número de casos confirmados (468.332) e de mortes (15.097), seguido pelo Chile, que soma 385.946 casos confirmados e 10.452 mortes. A Argentina está em sexto em casos confirmados (294.569) e a sétima em mortes (5.703), logo atrás do Equador, onde houve 6.070 mortes atribuídas ao novo coronavírus.
A Bolívia superou os 100 mil casos, com 4.058 mortes e uma crise política. Por causa da pandemia, a eleição presidencial foi adiada pela segunda vez. Em protesto, os partidários do Movimento ao Socialismo (MAS), liderado pelo ex-presidente Evo Morales, bloquearam estradas. Eles acusam a presidente interina, Jeanine Áñez, de aproveitar a covid-19 para prorrogar seu governo.
Áñez era segunda-vice-presidente do Senado quando, sob pressão das ruas e das Forças Armadas, Morales, o vice-presidente Álvaro García Linera e os presidentes da Câmara e do Senado renunciaram. Foi uma manobra para gerar uma crise institucional, deixar um vácuo de poder e forçar a volta de Evo. Não deu certo.
No mundo inteiro, o total de casos confirmados chegou a 21,7 milhões, com mais de 775 mil óbitos e 14,5 milhões de pacientes curados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 5% há duas semanas.
Os Estados Unidos lideram em número de casos confirmados (5,4 milhões) e de mortes (170 mil). Em mais uma discordância com os cientistas que o assessoram, o presidente Donald Trump rejeitou a previsão do diretor do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC).
Robert Redfield previu que será o "pior outono" para a saúde pública do país, com o agravamento da emergência de saúde pública. O inverno pode ser ainda pior pelo impacto negativo sobre doenças respiratórias.
Na França, pelo segundo dia consecutivo, mais de 3 mil casos novos foram descobertos. As autoridades responsabilizam a movimentação das férias de verão pelo aumento da circulação do vírus. O país soma 218.536 casos confirmados e 30.410 mortes.
Com um recorde de 25 mortes num dia, todas no estado de Vitória, a Austrália viveu seu pior dia desde o início da pandemia. O país tem mais de 23 mil casos e 396 mortes.
Por causa de um novo surto, com suspeita de origem em comida congelada importada, a Nova Zelândia adiou de setembro para outubro as eleições legislativas. As escolas da Ilha do Norte se preparam para reabrir.
Na Coreia do Sul, depois de um surto na capital, Seul, e numa província próxima, as autoridades estão testando milhares de fiéis de uma igreja presbiteriana, a Igreja Sarang Jeil, crítica feroz do governo do presidente Moon Jae In.
Foram 103 casos novos na sexta-feira, 166 no sábado e 279 neste domingo. Os cultos religiosos são considerados os principais focos de contaminação no país, que já fechou boates gays na noite de Seul.
Na primeira onda de contaminação, houve muitos casos na cidade de Daegu no interior do país, de onde membros de uma igreja protestante haviam viajado a Wuhan, a cidade da China que está na origem da pandemia.
Agora, há 193 casos ligados à Igreja Sarang Jeil. Seu chefe, o reverendo Jun Kwang Hoon, é uma das principais vozes da oposição conservadora. Acusa Moon de querer "comunizar" a Coreia do Sul e prega uma revolta popular para derrubar o presidente.
A Coreia do Sul tem 15.515 casos e 305 mortes.
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