NOVA YORK - A Bolsa de Valores de Nova York abriu em alta hoje e no momento registra alta superior a 2%, depois que o banco central da China anunciou um corte de meio ponto percentual na taxa básica de juros e na exigência de reserva dos bancos.
O mercado reagiu no mundo inteiro depois das fortes quedas de ontem, mas a Bolsa de Xangai perdeu mais 7,6% hoje e a Bolsa de Tóquio, 4%. Ao meio-dia pelo horário de Brasília, a Bolsa de São Paulo subia 2,15%.
As bolsas da Europa também fecharam em alta, de 4,5% em Frankfurt, 5,3% em Paris e 3% em Londres. O dólar cai no mundo inteiro, especialmente nos mercados emergentes. No Brasil, a baixa é de 0,59%, com o real cotado a R$ 3,51.
Na opinião dos analistas, houve uma reação exagerada ontem, em parte porque não se sabe a situação real da economia. Para o regime comunista chinês, a instabilidade econômica traz o risco de uma crise política, com contestações ao poder absoluto do partido.
Oficialmente a taxa de crescimento da China está em 7% ao ano, a meta oficial, mas a série de medidas que o governo vem tomando indica temor de uma forte desaceleração do crescimento.
Hoje, o Banco Popular da China anunciou o quinto corte nas taxas básicas de juros desde novembro. A taxa para empréstimos de um ano aos bancos ficou 4,6% ao ano e a taxa que o banco central paga pelos depósitos bancários compulsórios em 1,75%.
Ao cortar os juros e reduzir o percentual que os bancos são obrigados a depositar no Banco Popular da China como reserva, as autoridades chineses mostraram a intenção de fazer tudo o que for possível para evitar a estagnação e uma possível recessão.
Por um momento, sua capacidade foi colocada em dúvida. O mercado financeiro ainda tem um peso relativamente pequeno na economia da China, a segunda maior do mundo, com produto interno bruto de US$ 10 trilhões. Mas, como o governo estimulou os poupadores a aplicar em bolsas de valores, há o risco de uma reação negativa.
Nas últimas semanas, a Bolsa de Xangai caiu cerca de 40%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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