sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Ministros das Finanças da Eurozona aprovam ajuda à Grécia

Os ministros das Finanças dos países da União Europeia que adotam o euro como moeda comum aprovaram hoje em Bruxelas o terceiro programa de ajuda à Grécia, no valor de 86 bilhões de euros (US$ 95,8 bilhões ou R$ 333 bilhões), com um desembolso inicial de 26 bilhões de euros (R$ 100,6 bilhões). 

Com o acordo, a Grécia fica na Zona do Euro, mas ainda enfrenta enormes obstáculos para voltar a crescer e reduzir o desemprego que atinge um quarto da população em idade de trabalhar.

Em troca, terá de fazer uma profunda reforma do Estado, com mais cortes de gastos e aumentos impostos. O acordo divide o governo da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), um partido de esquerda eleito em 25 de janeiro de 2015, no auge da crise.

Na madrugada de hoje, quando o Parlamento aprovou o acordo, 40 deputados da Syriza votaram contra, inclusive o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis. O primeiro-ministro Alexis Tsipras precisou de votos da oposição. É grande a chance de realização de novas eleições ainda neste ano.

A Grécia cresceu 0,8% no segundo trimestre, escapando de uma recessão, depois de perder cerca de 25% do produto interno bruto desde o início da crise da dívida pública, em 2009. Apesar da redução de parte da dívida, o total está hoje em 320 bilhões de euros e deve chegar a 200% do PIB.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está exigindo nova redução do montante total da dívida grega para participar deste terceiro programa. Os governos da Eurozona, que detêm hoje mais de 80% da dívida grega, relutam em aceitar um novo corte da dívida, especialmente Alemanha, Finlândia, Holanda e países da Europa Oriental.

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