Pela primeira vez desde 2009, no auge da Grande Recessão, o preço do barril de petróleo caiu abaixo de US$ 40 na Bolsa Mercantil de Nova York. Às 13 horas pelo horário local (14h em Brasília), foi vendido a US$ 39,86. Meia hora depois, estava em US$ 40,18.
Os preços do petróleo devem completar hoje oito semanas consecutivas de queda, a sequência mais longa em 29 anos. Desde março de 2009, o petróleo não era vendido tão barato. Seu preço hoje é 63% menor do que o maior registrado no ano passado.
As principais causas são os problemas econômicos da China, onde a produção industrial está no menor nível em seis anos e cinco meses, e a volta do Irã ao mercado internacional depois do acordo nuclear firmado no mês passado com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas para desarmar o programa nuclear iraniano.
"Parece que há um começo de pânico no mercado", declarou o analista Rob Christian, da corretora Franklin Templeton Investimentos, citado pelo jornal The Wall Street Journal. "A China não ajuda."
O mercado está saturado de petróleo por causa da fraca recuperação mundial depois da crise de 2008, da volta do Irã e do Iraque ao mercado, da extração de óleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos e da resposta da Arábia Saudita de baixar os preços para combater os novos concorrentes, entre eles o petróleo brasileiro da camada pré-sal.
Grandes países exportadores dependentes do petróleo, como Venezuela, Rússia, Argélia e Nigéria já enfrentam sérias dificuldades econômicas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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