Em mais uma medida para combater a desaceleração da segunda maior economia do mundo, o banco central da China desvalorizou a moeda do país hoje, causando uma queda de 1,9%, a maior perda num dia em mais de duas décadas.
O iuane chegou a cair 1,99% em Xangai e 2,3% em Hong Kong. No fechamento, foi cotado a 6,2298 por dólar. Na segunda-feira, um dólar comprava 6,1162 iuanes.
Para evitar reações negativas de manipulação do câmbio para aumentar as exportações, as autoridades chineses anunciaram que o valor da moeda passará a ser baseado na cotação de fechamento do dia anterior e não apenas pela decisão do Banco Popular da China.
No seu relatório semestral sobre o câmbio no mundo publicado em abril de 2015, o Tesouro dos Estados Unidos considerou o iuane "significativamente subvalorizado", observando que "os fatores fundamentais para a apreciação do iuane permanecem intactos".
Depois de negociações de alto nível com a China em junho, o secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, declarou que a China concordara em intervir nos mercados de câmbio "só quando for necessário pela desordem nas condições de mercado e vai considerar medidas adicionais de transição para um regime de câmbio orientado pelo mercado."
A China está pressionando o Fundo Monetário Internacional para que o iuane seja considerado uma moeda de reserva. A desvalorização controlada pelo banco central não ajuda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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