O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou ontem na Internet a autoria de um ataque a bomba contra uma delegacia de polícia de Istambul, a maior cidade da Turquia, mas não se responsabilizou pelo atentado contra o Consulado Americano na cidade, noticiou a agência Reuters.
No primeiro momento, as suspeitas sobre os dois ataques recaíram sobre a Frente-Partido de Libertação Popular Revolucionário (DHKP-C), um dos principais grupos de esquerda radical da Turquia.
O presidente Recep Tayyip Erdogan aproveitou a entrada da Turquia na guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante para atacar outros grupos que acusa de terrorismo, como o PKK e o DHKP-C.
Analistas já se perguntam se a guerra contra o Estado Islâmico é uma cortina de fumaça. Erdogan tenta minar a credibilidade do Partido Democrático Popular (HDP), da minoria curda, que obteve 13% nas últimas eleições.
Ao superar a cláusula de barreira, o HDP entrou na Assembleia Nacional. Isso tirou a maioria do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de Erdogan, que pretende convocar eleições antecipadas para se reerguer.
Com atentados terroristas, o PKK cai na armadilha de Erdogan.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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