domingo, 9 de agosto de 2015

Estado Islâmico executa 300 funcionários públicos no Iraque

Um pelotão de fuzilamento da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante executou ontem num acampamento militar da cidade de Mossul cerca de 300 funcionários públicos da Comissão Eleitoral do Iraque. Pelo menos 50 eram mulheres.

A comissão fez um apelo à sociedade internacional, às Nações Unidas e a organizações de defesa dos direitos humanos para que "intervenham imediatamente e parem os massacres e crimes contra o povo iraquiano", noticiou o jornal Latin American Herald Tribune.

O comandante terrorista Mahmoud Salam, que fez a lista dos mortos, declarou que as vítimas "foram mortas porque eram apóstatas e infiéis" sentenciados para "uma punição justa com base na lei islâmica".

Salam prometeu divulgar nos próximos dias uma lista de 500 pessoas executadas recentemente pelo Estado Islâmico em Mossul. As famílias foram informadas sobre as mortes, mas não receberam os corpos.

Há dois dias, o governador da província iraquiana de Nínive, Athil al-Nujaifi, denunciou a execução de 2.070 pessoas pelo Estado Islâmico em duas semanas. Esse número foi confirmado pelo presidente da Assembleia Nacional do Iraque, Salim Jaburi.

Um funcionário da União Patriótica do Curdistão, Giyas Surja, declarou à agência de notícias espanhola Efe que nos últimos 20 dias o Estado Islâmico fez uma campanha terrorista em Mossul. Só na sexta-feira, 50 policiais teriam sido presos.

O EI tomou Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, em 10 de junho de 2014. Em 29 de junho do mesmo ano, seu líder, Abu Bakar al-Baghdadi, proclamou a fundação de um Califado com a ambição de transformá-lo num império universal.

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