O projeto de lei sobre o terceiro programa de ajuda internacional, apresentado ontem, começa a ser discutido hoje no Parlamento da Grécia e deve ser votado até amanhã. Hoje sai o resultado do produto interno bruto do segundo trimestre. A expectativa é de forte contração.
Amanhã, os ministros das Finanças do Grupo do Euro voltam a debater o acordo anunciado em 11 de agosto para a Grécia receber 86 bilhões de euros ao longo de três anos. Em troca, o governo grego se comprometeu a realizar reformas que incluem 35 medidas acertadas com os parceiros da Zona do Euro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), a mal afamada troika.
A Grécia teme que a Alemanha decida dar um empréstimo-ponte em vez de liberar logo os fundos do novo programa de ajuda, com o objetivo de impor novas exigências. E o governo da Coligação de Esquerda Radical (Syriza) enfrenta problemas internos.
Uma parte do partido não concorda com o acordo. Gostaria de romper com a Eurozona e até com a União Europeia, ao contrário do que quer a maioria dos gregos. O primeiro-ministro Alexis Tsipras depende de votos dos partidos tradicionais, Nova Democracia, de direita, e o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), para aprovar os acordos internacionais.
A votação do acordo será um bom teste para a coesão do governo em Atenas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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