A República Islâmica do Irã ameaça retirar seu apoio à guerra contra a organização terrorista sunita Estado Islâmico do Iraque e do Levante se o ex-primeiro Nuri al-Maliki for processado pela queda de Mossul, tomada pelos jihadistas em junho de 2014.
Maliki chegou ontem a Teerã para encontros com líderes iranianos. No momento, o ex-chefe de governo iraquiano é alvo de várias no relatório final de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a queda de Mossul, segunda maior cidade do Iraque.
Hoje a Assembleia Nacional decidiu encaminhar as conclusões da CPI ao Ministério Público. O escritório do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, o homem-forte da ditadura teocrática iraniana, fez contato direto com o atual primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, para blindar Maliki, garantindo sua impunidade.
O Irã apoia o governo da maioria xiita no Iraque e tem interesse na preservação da unidade do país vizinho. Milícias xiitas iraquianas treinadas, financiadas e às vezes comandadas pelo Irã lutam ao lado do Exército do Iraque na guerra contra o Estado Islâmico, com a cobertura da Força Aérea dos Estados Unidos e seus aliados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, e professor de pós-graduação nas Faculdades Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Irã ameaça tirar apoio à guerra contra o Estado Islâmico
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