Dois carros-bomba explodiram hoje perto de uma mesquita em Bengázi, a segunda maior cidade da Líbia. Pelo menos 22 pessoas morreram e dezenas saíram feridas, noticiou a televisão pública britânica BBC.
A Líbia vive num estado de guerra civil e anarquia desde a queda e morte do ditador Muamar Kadafi, em 2011. O país nunca mais teve um governo central. Três governos disputam o poder, cada um com suas próprias milícias para garantir seu naco de poder.
No meio do conflito, sofre a indústria do petróleo líbio, disputada pelos três grupos rivais por ser a maior fonte de riqueza do país. Com o colapso do Estado, o clima de anarquia permitiu a infiltração da organização terrorista Estado Islâmico, quando começou a perder as guerras no Iraque e na Síria.
O Estado Islâmico degolou cristãos egípcios e dominou Sirte, a cidade natal de Kadafi. Foi derrotado. Mas é nesses países onde o Estado entrou em colapso que proliferam grupos terroristas, Líbano, Afeganistão, Somália, Iraque e Síria.
Em 11 de setembro de 2012, milicianos jihadistas do grupo Ansar al Charia atacaram o Consulado Americano em Bengázi e mataram quatro americanos, inclusive o embaixador John Christopher Stevens. O caso foi explorado pelo Partido Republicano para atacar o presidente Barack Obama e a então secretária de Estado, Hillary Clinton.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo, do Jornal Nacional e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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terça-feira, 23 de janeiro de 2018
domingo, 14 de agosto de 2016
Forças da Líbia avançam na luta contra o Estado Islâmico
Milícias leais ao governo reconhecido internacionalmente da Líbia avançaram neste domingo na luta contra o principal reduto no país da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, na cidade de Sirte, informou a agência Reuters.
As forças governistas são lideradas por milícias da cidade de Missurata. Desde 1º agosto, contam com o apoio de bombardeios da Força Aérea dos Estados Unidos. Assim, conseguiram cercar os milicianos do Estado Islâmico no centro residencial de Sirte.
As brigadas de Missurata anunciaram ter assumido o controle de uma emissora de rádio usada pelo Estado Islâmico, que se instalou em Sirte no ano passado. A ofensiva para reconquistar a cidade, terra natal do falecido ditador Muamar Kadafi, começou em maio, quando o Estado Islâmico avançava rumo a Missurata.
Sob intensa pressão nos campos de batalha do Oriente Médio, perdendo territórios na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico aprovou a anarquia em que vive a Líbia desde a queda de Kadafi, há cinco anos, para se estabelecer no país.
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Milícias aliadas aos EUA tomam quartel do Estado Islâmico na Líbia
Milícias aliadas do Ocidente anunciaram hoje ter assumido o controle do quartel-general da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na cidade de Sirte, na Líbia, noticiou há pouco a televisão pública britânica BBC.
"O centro de convenções Uagadugu está em nossas mãos", declarou um porta-voz das forças leais ao governo líbio reconhecido internacionalmente. O Estado Islâmico dominava Sirte desde fevereiro de 2015.
A Líbia vive em estado de anarquia e guerra civil desde a queda do ditador Muamar Kadafi há cinco anos, com milícias rivais disputando o poder. Sirte é a terra natal de Kadafi.
"O centro de convenções Uagadugu está em nossas mãos", declarou um porta-voz das forças leais ao governo líbio reconhecido internacionalmente. O Estado Islâmico dominava Sirte desde fevereiro de 2015.
A Líbia vive em estado de anarquia e guerra civil desde a queda do ditador Muamar Kadafi há cinco anos, com milícias rivais disputando o poder. Sirte é a terra natal de Kadafi.
domingo, 29 de maio de 2016
Milícias do governo da Líbia cercam Estado Islâmico em Sirte
Forças leais ao governo de união da Líbia apoiado pelas Nações Unidas estão a 15 quilômetros do centro de Sirte e planejam cercar a cidade natal do falecido ditador Muamar Kadafi, hoje a principal base no país da milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
São milícias da cidade de Missurata, no Oeste da Líbia, que abandonaram Sirte no verão passado no Hemisfério Norte permitindo ao Estado Islâmico assumir o controle total da cidade.
No início de maio, os milicianos do Estado Islâmico avançaram em direção a Missurata, a noroeste de Sirte, tomando vilas e postos militares até serem obrigados a recuar diante da contraofensiva inimiga.
Cerca de 75 combatentes das milícias de Missurata foram mortos e outros 350 feridos neste mês de maio. Embora haja comandos de operações especiais da Europa e dos Estados Unidos no terreno na Líbia, o porta-voz das forças governistas declarou não ter recebido nenhuma ajuda internacional direta.
Milícias do Leste do país que enfrentaram as milícias de Missurata no passado e não aderiram ao governo de união nacional reconhecido internacionalmente anunciaram a intenção de tomar Sirte, provocando temor de reinício da guerra civil.
A Líbia viva em estado de anarquia com milícias rivais disputando o poder desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011, numa revolta popular apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
São milícias da cidade de Missurata, no Oeste da Líbia, que abandonaram Sirte no verão passado no Hemisfério Norte permitindo ao Estado Islâmico assumir o controle total da cidade.
No início de maio, os milicianos do Estado Islâmico avançaram em direção a Missurata, a noroeste de Sirte, tomando vilas e postos militares até serem obrigados a recuar diante da contraofensiva inimiga.
Cerca de 75 combatentes das milícias de Missurata foram mortos e outros 350 feridos neste mês de maio. Embora haja comandos de operações especiais da Europa e dos Estados Unidos no terreno na Líbia, o porta-voz das forças governistas declarou não ter recebido nenhuma ajuda internacional direta.
Milícias do Leste do país que enfrentaram as milícias de Missurata no passado e não aderiram ao governo de união nacional reconhecido internacionalmente anunciaram a intenção de tomar Sirte, provocando temor de reinício da guerra civil.
A Líbia viva em estado de anarquia com milícias rivais disputando o poder desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011, numa revolta popular apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
segunda-feira, 7 de março de 2016
Líbia ataca Estado Islâmico em Sirte
Forças da Líbia baseadas na cidade de Missurata bombardearam o Estado Islâmico do Iraque e do Levante em seu principal reduto no país, Sirte, a terra natal do ditador Muamar Kadafi, deposto e assassinado em 2011. Pelo menos 18 pessoas morreram, anunciou o governo líbio com sede em Trípoli.
O Estado Islâmico beneficiou-se do clima de anarquia em vigor desde a queda de Kadafi e do vácuo de poder criado pela existência de dois governos paralelos na Líbia para se instalar na Líbia, causando preocupação nas potências ocidentais, que examinam a possibilidade de uma nova intervenção militar no país.
Um porta-voz do governo paralelo reconhecido internacionalmente, com sede em Tobruk, no Leste do país, anunciou um confronto com supostos militantes do Estado Islâmico a leste de Sirte.
O Estado Islâmico beneficiou-se do clima de anarquia em vigor desde a queda de Kadafi e do vácuo de poder criado pela existência de dois governos paralelos na Líbia para se instalar na Líbia, causando preocupação nas potências ocidentais, que examinam a possibilidade de uma nova intervenção militar no país.
Um porta-voz do governo paralelo reconhecido internacionalmente, com sede em Tobruk, no Leste do país, anunciou um confronto com supostos militantes do Estado Islâmico a leste de Sirte.
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domingo, 16 de agosto de 2015
Estado Islâmico derrota revolta em Sirte matando 70 pessoas
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante esmagou uma rebelião contra seu domínio da cidade de Sirte, na Líbia, terra natal do ditador Muamar Kadafi, deposto e morto na chamada Primavera Árabe. Pelo menos 70 pessoas foram mortas, noticiou a agência Reuters citando como fontes moradores da cidade.
O Estado Islâmico sufocou uma revolta de um grupo salafista, a mesma corrente linha-dura do Islã, apoiada por habitantes de Sirte que não aguentam a ditadura jihadista.
Desde a queda e morte de Kadafi, em 2011, a Líbia vive em estado de anarquia, com diferentes milícias que ajudaram a derrubar o tirano e novos grupos como o Estado Islâmico disputando o poder.
Em declaração divulgada ontem, o governo reconhecido internacionalmente da Líbia pediu aos países árabes que façam ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico no país. A milícia tem uma cabeça de ponte na Líbia na cidade de Kadafi.
O Estado Islâmico sufocou uma revolta de um grupo salafista, a mesma corrente linha-dura do Islã, apoiada por habitantes de Sirte que não aguentam a ditadura jihadista.
Desde a queda e morte de Kadafi, em 2011, a Líbia vive em estado de anarquia, com diferentes milícias que ajudaram a derrubar o tirano e novos grupos como o Estado Islâmico disputando o poder.
Em declaração divulgada ontem, o governo reconhecido internacionalmente da Líbia pediu aos países árabes que façam ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico no país. A milícia tem uma cabeça de ponte na Líbia na cidade de Kadafi.
domingo, 7 de junho de 2015
Controle de Sirte dá base ao Estado Islâmico na Líbia
Além de importantes vitórias nas guerras civis do Iraque e da Síria, ao assumir o controle de Sirte, terra natal do finado ditador Muamar Kadafi, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante estende seus tentáculos e cria uma base de poder na Líbia, de onde já lançou um ataque a bomba contra a cidade de Missurata, observa hoje o jornal The Washington Post.
Desde a queda de Kadafi, em agosto de 2011, a Líbia não tem um governo estável. Vive em estado de anarquia, com as milícias que derrubaram a ditadura com o apoio aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lutando entre si.
É mais um Estado Nacional que entrou em colapso, a exemplo do que aconteceu com o Líbano desde a longa guerra civil (1975-90) entre cristãos e muçulmanos, o Afeganistão depois da invasão soviética de 1979, o Iraque depois da invasão americana de 2003 e a Síria desde o início da guerra civil, em 15 de março de 2011.
Terras sem uma autoridade central, esses Estados em colapso são terreno fértil para o extremismo muçulmano. Com a concorrência entre as duas grandes organizações terroristas muçulmanas, o Estado Islâmica e a rede Al Caeda, pelo mundo inteiro grupos jihadistas estão jurando lealdade a uma ou à outra.
Nos Estados Unidos, dois terroristas que tentaram atacar um local onde havia uma exposição de desenhos do profeta Maomé pretextaram lealdade ao Estado Islâmico. Podem ter ido buscar inspiração na milícia que aterroriza o Iraque e a Síria, mas não tinham relações operacionais com o grupo.
Na Líbia, é o verdadeiro Estado Islâmico que está em ação. Os analistas militares estimam que a milícia tenha 3 mil homens no país, tornando-o na sua principal base fora do Iraque e da Síria. Na Líbia, estão sendo treinados voluntários da Arábia Saudita, da Argélia, da Tunísia e do Egito.
Desde fevereiro, o Estado Islâmico domina as instituições governamentais de Sirte. No mês passado, seus milicianos tomaram o aeroporto e uma base aérea adjunta. Em 31 de maio, um terrorista suicida do EI jogou seu veículo contra um posto de controle militar em Missurata, a 270 quilômetros de distância, matando cinco pessoas.
Desde a queda de Kadafi, em agosto de 2011, a Líbia não tem um governo estável. Vive em estado de anarquia, com as milícias que derrubaram a ditadura com o apoio aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lutando entre si.
É mais um Estado Nacional que entrou em colapso, a exemplo do que aconteceu com o Líbano desde a longa guerra civil (1975-90) entre cristãos e muçulmanos, o Afeganistão depois da invasão soviética de 1979, o Iraque depois da invasão americana de 2003 e a Síria desde o início da guerra civil, em 15 de março de 2011.
Terras sem uma autoridade central, esses Estados em colapso são terreno fértil para o extremismo muçulmano. Com a concorrência entre as duas grandes organizações terroristas muçulmanas, o Estado Islâmica e a rede Al Caeda, pelo mundo inteiro grupos jihadistas estão jurando lealdade a uma ou à outra.
Nos Estados Unidos, dois terroristas que tentaram atacar um local onde havia uma exposição de desenhos do profeta Maomé pretextaram lealdade ao Estado Islâmico. Podem ter ido buscar inspiração na milícia que aterroriza o Iraque e a Síria, mas não tinham relações operacionais com o grupo.
Na Líbia, é o verdadeiro Estado Islâmico que está em ação. Os analistas militares estimam que a milícia tenha 3 mil homens no país, tornando-o na sua principal base fora do Iraque e da Síria. Na Líbia, estão sendo treinados voluntários da Arábia Saudita, da Argélia, da Tunísia e do Egito.
Desde fevereiro, o Estado Islâmico domina as instituições governamentais de Sirte. No mês passado, seus milicianos tomaram o aeroporto e uma base aérea adjunta. Em 31 de maio, um terrorista suicida do EI jogou seu veículo contra um posto de controle militar em Missurata, a 270 quilômetros de distância, matando cinco pessoas.
segunda-feira, 16 de março de 2015
Estado Islâmico enfrenta aliança jihadista na Líbia
Os confrontos entre militantes do Estado Islâmico e do Amanhecer da Líbia se intensificaram hoje na cidade costeira de Sirte, terra natal do ditador Muamar Kadafi, deposto e morto em 2011, na chamada Primavera Árabe, noticiou a agência Reuters.
Depois de violentos combates no fim de semana, o Estado Islâmico tomou prédios públicos, um hospital e a Universidade de Sirte. Os médicos estrangeiros foram sequestrados, provavelmente para exigir pagamento de resgate, uma das formas de financiamento da milícia.
As forças do Amanhecer da Líbia receberam reforços hoje de milicianos de Missurata. O EI tenta explorar a situação de anarquia na Líbia, que não tem um governo estável desde a queda de Kadafi. No momento, o governo reconhecido internacionalmente tem sede em Tobruk, a 900 quilômetros da capital, dominada pelas milícias jihadistas reunidas no Amanhecer da Líbia.
Depois de violentos combates no fim de semana, o Estado Islâmico tomou prédios públicos, um hospital e a Universidade de Sirte. Os médicos estrangeiros foram sequestrados, provavelmente para exigir pagamento de resgate, uma das formas de financiamento da milícia.
As forças do Amanhecer da Líbia receberam reforços hoje de milicianos de Missurata. O EI tenta explorar a situação de anarquia na Líbia, que não tem um governo estável desde a queda de Kadafi. No momento, o governo reconhecido internacionalmente tem sede em Tobruk, a 900 quilômetros da capital, dominada pelas milícias jihadistas reunidas no Amanhecer da Líbia.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Estado Islâmico ocupa rádio na Líbia
Atiradores afiliados ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomaram uma rádio na cidade de Sirte, na Líbia, informou hoje a Agência France Presse (AFP), e divulgaram na Internet fotos de homens armados com fuzis de guerra Kalachnikov diante dos microfones.
Os terroristas estão lendo no ar versos do Corão e discursos do líder do grupo, Abu Baker al-Baghdadi. De acordo com um funcionário municipal, os milicianos instalaram seu quartel-general no centro da cidade.
As milícias Ansar al-Charia, que atacou o Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012, e outras afiliadas ao Amanhecer na Líbia também são atuantes na cidade, terra natal do ex-ditador Muamar Kadafi, deposto na chamada Primavera Árabe, em 2011. Desde então, a Líbia vive em estado de anarquia.
Os terroristas estão lendo no ar versos do Corão e discursos do líder do grupo, Abu Baker al-Baghdadi. De acordo com um funcionário municipal, os milicianos instalaram seu quartel-general no centro da cidade.
As milícias Ansar al-Charia, que atacou o Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012, e outras afiliadas ao Amanhecer na Líbia também são atuantes na cidade, terra natal do ex-ditador Muamar Kadafi, deposto na chamada Primavera Árabe, em 2011. Desde então, a Líbia vive em estado de anarquia.
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