Em mais uma medida para evitar uma aterrissagem forçada da economia que mais cresceu no mundo nos últimos 35 anos, o Banco Popular da China anunciou hoje um corte de 0,25 ponto percentual na taxa cobrada dos bancos para empréstimos de um ano, que ficou em 5,35%, informou o jornal The New York Times.
Foi o segundo corte na taxa básica de juros do banco central chinês num delicado momento de transição.
A China é a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com produto interno bruto de cerca de US$ 9 trilhões. Pelo critério de paridade do poder de compra adotado pelo Banco Mundial, ultrapassou os EUA em 2014 depois de crescer acima de 10% durante muito tempo.
No ano passado, o crescimento chinês recuou para 7,4%, a menor taxa em 24 anos. Sob o impacto da crise internacional, o governo tenta reorientar a economia para o consumo interno. Em janeiro, a inflação caiu para 0,8% ao ano, a menor taxa desde o fim de 2009, acenando com a ameaça de deflação. É um problema que o vizinho Japão enfrenta há duas décadas, o que ajudou a China a superá-lo.
"A atividade econômica se desacelerou ainda mais nos últimos meses na China, principalmente por causa do mercado imobiliário", observou o economista Wang Tao, do banco suíço UBS. "A demanda doméstica fraca foi agravada pelo excesso de capacidade em muitos setores, junto com um forte declínio nos preços do petróleo e de outros produtos primários. Tendo em vista tudo isso, a política de afrouxo monetário [queda de juros] deve ser mais agressiva."
Em novembro de 2014, pela primeira vez em dois anos, o governo reduziu as taxas básicas de juros. Em fevereiro de 2015, reduziu o depósito compulsório que os bancos são obrigados a fazer no banco central para garantia de suas reservas. Essa é outra maneira de aumentar o dinheiro disponível para empréstimos.
Ao cortar novamente as taxas de juros, o governo da China mostra claramente a intenção de reduzir os custos financeiros para empresas endividadas, tomadores de empréstimos em geral e especialmente os compradores de casa própria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Nemtsov ia acusar a Rússia pela guerra, diz presidente da Ucrânia
O ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, um dos princípais líderes da oposição, morto ontem no centro de Moscou, iria denunciar numa grande manifestação neste domingo a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, afirmou hoje o presidente ucraniano, Petro Porochenko.
Porochenko declarou ainda que Nemtsov era um amigo do país e estava interessado em melhorar as relações entre a Rússia e a Ucrânia. Liberal politicamente, o líder da oposição assassinado era um crítico contumaz da volta do autoritarismo imposta pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Com o assassinato, as manifestações convocadas para amanhã em Moscou e outras 14 cidades russas serão transformadas num grande funeral de Boris Nemtsov.
As maiores suspeitas recaem sobre o próprio Putin e seu regime. Desde que o atual homem-forte do Kremlin chegou ao poder, em 1999, depois de chefiar o Serviço Federal de Segurança, herdeiro do KGB (Comitê de Defesa do Estado), a polícia política da União Soviética, houve vários assassinatos e atentados jamais esclarecidos.
Entre os casos mais notórios, a jornalista defensora dos direitos humanos Anna Politkovskaya foi assassinada no elevador do edifício onde morava, em 7 de abril de 2006, e o ex-agente secreto Alexander Litvinenko foi envenenado em Londres, onde estava exilado, com polônio-210, um elemento altamente radioativo, em 1º de novembro de 2006. Durante três semanas, foi se desfigurando diante das câmaras até morrer.
O preço de fazer oposição a Putin pode ser a morte.
Porochenko declarou ainda que Nemtsov era um amigo do país e estava interessado em melhorar as relações entre a Rússia e a Ucrânia. Liberal politicamente, o líder da oposição assassinado era um crítico contumaz da volta do autoritarismo imposta pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Com o assassinato, as manifestações convocadas para amanhã em Moscou e outras 14 cidades russas serão transformadas num grande funeral de Boris Nemtsov.
As maiores suspeitas recaem sobre o próprio Putin e seu regime. Desde que o atual homem-forte do Kremlin chegou ao poder, em 1999, depois de chefiar o Serviço Federal de Segurança, herdeiro do KGB (Comitê de Defesa do Estado), a polícia política da União Soviética, houve vários assassinatos e atentados jamais esclarecidos.
Entre os casos mais notórios, a jornalista defensora dos direitos humanos Anna Politkovskaya foi assassinada no elevador do edifício onde morava, em 7 de abril de 2006, e o ex-agente secreto Alexander Litvinenko foi envenenado em Londres, onde estava exilado, com polônio-210, um elemento altamente radioativo, em 1º de novembro de 2006. Durante três semanas, foi se desfigurando diante das câmaras até morrer.
O preço de fazer oposição a Putin pode ser a morte.
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Caracas faz manifestações contra e a favor do governo
Duas passeatas estão sendo realizadas hoje na capital da Venezuela, uma contra e outra a favor do regime chavista e do presidente Nicolás Maduro, noticia o jornal El Universal.
A oposição protesta contra a prisão do prefeito da região metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, em 20 de janeiro de 2015, e a morte do adolescente Kluiverth Roa, assassinado por um policial quando se escondia debaixo de um carro para escapar de um confronto em manifestação de que não participava.
O governo da Venezuela comemora o Caracaço, uma explosão de violência nas ruas da capital em 27 de fevereiro de 1989, depois que o presidente Carlos Andrés Pérez adotou uma série de medidas impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), inclusive reajustes os preços dos combustíveis.
Sob o impacto da revolta popular e da violenta repressão, com cerca de 300 mortes, o então coronel Hugo Chávez começou a conspiração que levaria três anos depois à tentativa de golpe contra Andrés Pérez, em 4 de fevereiro de 1992. Quando o presidente estava fora do país, a Força Aérea chegou a bombardear o Palácio de Miraflores.
O golpe fracassou, mas a popularidade de Chávez começou a subir. Condenado e depois anistiado, ele seria eleito presidente da Venezuela em 1998. Uma tentativa de golpe contra Chávez, em 11 de abril de 2002, polarizou ainda mais o país levando com o tempo ao perigoso clima de confrontação que está hoje nas ruas de Caracas.
A oposição protesta contra a prisão do prefeito da região metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, em 20 de janeiro de 2015, e a morte do adolescente Kluiverth Roa, assassinado por um policial quando se escondia debaixo de um carro para escapar de um confronto em manifestação de que não participava.
O governo da Venezuela comemora o Caracaço, uma explosão de violência nas ruas da capital em 27 de fevereiro de 1989, depois que o presidente Carlos Andrés Pérez adotou uma série de medidas impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), inclusive reajustes os preços dos combustíveis.
Sob o impacto da revolta popular e da violenta repressão, com cerca de 300 mortes, o então coronel Hugo Chávez começou a conspiração que levaria três anos depois à tentativa de golpe contra Andrés Pérez, em 4 de fevereiro de 1992. Quando o presidente estava fora do país, a Força Aérea chegou a bombardear o Palácio de Miraflores.
O golpe fracassou, mas a popularidade de Chávez começou a subir. Condenado e depois anistiado, ele seria eleito presidente da Venezuela em 1998. Uma tentativa de golpe contra Chávez, em 11 de abril de 2002, polarizou ainda mais o país levando com o tempo ao perigoso clima de confrontação que está hoje nas ruas de Caracas.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Governo da Grécia propõe dar comida e energia grátis aos pobres
Diante da recusa pelo Grupo do Euro de sua proposta de renegociação da dívida da Grécia, dos primeiros protestos de rua contra o novo governo esquerdista e do início de uma revolta nas alas mais à esquerda de seu partido, o primeiro-ministro Alexis Tsipras anunciou hoje uma série de medidas para favorecer os mais atingidos pela crise.
Na próxima semana, o governo deve apresentar seus projetos ao Parlamento oferecendo comida e eletricidade de graça para 300 mil lares. Os prazos de pagamento de impostos atrasados serão prorrogados.
Tsipras vai propor ainda o congelamento dos despejos por falta de pagamento da casa própria, a recontratação de funcionários da televisão estatal demitidos desde 2009 e a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a crise da dívida grega. Promete cortar gastos em outras áreas para financiar os programas sociais.
Com dificuldades para honrar seus compromissos, a Grécia pediu ajuda à União Europeia (UE), ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Central Europeu (BCE). Desde então, recebeu empréstimos de 240 bilhões de euros, mas foi submetida a um rigoroso programa de ajuste das contas públicas que levou a uma depressão econômica, com uma queda de 25% no produto interno bruto nos últimos seis anos.
Com desemprego de 25% da população e de 55% entre os jovens, a Coligação de Esquerda Radical (Syriza), liderada por Tsipras, ganhou as eleições parlamentares de janeiro de 2015 com a promessa de romper com o programa de austeridade.
Os outros países do Grupo do Euro rejeitaram as propostas de redução ou alongamento do prazo de pagamento da dívida grega, mas estenderam o programa de ajuda em quatro meses. Neste período, a Grécia tem de apresentar novo plano de reformas para equilibrar as contas públicas.
Em Berlim, a Câmara Federal da Alemanha aprovou hoje a prorrogação do programa de ajuda à Grécia, mas o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, que jogou duro com o novo governo grego, e vários deputados da União Democrata-Cristã, da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, não acreditam na capacidade da Grécia de fazer as reformas e pagar as dívidas.
Hoje o dinheiro acabou nos caixas automáticos do banco grego Piraeus. Com o risco de que a Grécia seja obrigada a deixar a união monetária europeia, há uma corrida bancária para sacar euros. É mais uma ameaça ao sistema financeiro do país.
Na próxima semana, o governo deve apresentar seus projetos ao Parlamento oferecendo comida e eletricidade de graça para 300 mil lares. Os prazos de pagamento de impostos atrasados serão prorrogados.
Tsipras vai propor ainda o congelamento dos despejos por falta de pagamento da casa própria, a recontratação de funcionários da televisão estatal demitidos desde 2009 e a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a crise da dívida grega. Promete cortar gastos em outras áreas para financiar os programas sociais.
Com dificuldades para honrar seus compromissos, a Grécia pediu ajuda à União Europeia (UE), ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Central Europeu (BCE). Desde então, recebeu empréstimos de 240 bilhões de euros, mas foi submetida a um rigoroso programa de ajuste das contas públicas que levou a uma depressão econômica, com uma queda de 25% no produto interno bruto nos últimos seis anos.
Com desemprego de 25% da população e de 55% entre os jovens, a Coligação de Esquerda Radical (Syriza), liderada por Tsipras, ganhou as eleições parlamentares de janeiro de 2015 com a promessa de romper com o programa de austeridade.
Os outros países do Grupo do Euro rejeitaram as propostas de redução ou alongamento do prazo de pagamento da dívida grega, mas estenderam o programa de ajuda em quatro meses. Neste período, a Grécia tem de apresentar novo plano de reformas para equilibrar as contas públicas.
Em Berlim, a Câmara Federal da Alemanha aprovou hoje a prorrogação do programa de ajuda à Grécia, mas o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, que jogou duro com o novo governo grego, e vários deputados da União Democrata-Cristã, da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, não acreditam na capacidade da Grécia de fazer as reformas e pagar as dívidas.
Hoje o dinheiro acabou nos caixas automáticos do banco grego Piraeus. Com o risco de que a Grécia seja obrigada a deixar a união monetária europeia, há uma corrida bancária para sacar euros. É mais uma ameaça ao sistema financeiro do país.
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Primeiro-ministro Narendra Modi defende liberdade religiosa na Índia
Em discurso hoje na Lok Sabha, a Câmara do Parlamento da Índia, o primeiro-ministro Narendra Modi, do Partido Bharatiya Janata, nacionalista hindu, prometeu garantir a liberdade religiosa no país. No passado, Modi foi acusado de fomentar conflitos de hindus com muçulmanos.
"A única religião do meu governo é primeiro a Índia. O único livro religioso do meu governo é a Constituição da Índia e nossa única oração é pelo bem-estar de todos", discursou o primeiro-ministro, tentando apagar a imagem sectária do passado.
O chefe de governo da maior democracia do mundo advertiu: "Ninguém tem o direito de discriminar ninguém com base na religião. Ninguém tem o direito de fazer a lei com suas próprias mãos."
Ao apresentar a Sondagem Econômica à Lok Sabha, o ministro das Finanças, Arun Jaitley, afirmou que a economia indiana está em recuperação e vai crescer entre 8,1% e 8,5% no ano fiscal que começa em 1º de abril de 2015, superando a China como grande economia emergente que mais cresce. A expectativa é de um crescimento anual de dois dígitos.
"A única religião do meu governo é primeiro a Índia. O único livro religioso do meu governo é a Constituição da Índia e nossa única oração é pelo bem-estar de todos", discursou o primeiro-ministro, tentando apagar a imagem sectária do passado.
O chefe de governo da maior democracia do mundo advertiu: "Ninguém tem o direito de discriminar ninguém com base na religião. Ninguém tem o direito de fazer a lei com suas próprias mãos."
Ao apresentar a Sondagem Econômica à Lok Sabha, o ministro das Finanças, Arun Jaitley, afirmou que a economia indiana está em recuperação e vai crescer entre 8,1% e 8,5% no ano fiscal que começa em 1º de abril de 2015, superando a China como grande economia emergente que mais cresce. A expectativa é de um crescimento anual de dois dígitos.
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Ex-vice-primeiro-ministro adversário de Putin é morto na Rússia
Dois dias antes de uma grande manifestação de protesto contra a guerra na Ucrânia convocada para Moscou, o ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov (1997-98), de 55 anos, um dos maiores adversários do presidente Vladimir Putin, foi assassinado a tiros hoje no centro da capital da Rússia.
Nas últimas semanas, Nemtsov revelou que temia ser morto por se opor à intervenção militar da Rússia na Ucrânia, que garante a popularidade do homem-forte do Kremlin apesar da grave crise econômica causada pelas sanções internacionais e a queda nos preços do petróleo.
Putin declarou que o assassinato foi "uma provocação" e prometeu controlar pessoalmente a investigação, a receita ideal para encobrir o caso. Seu governo e o próprio Putin são os maiores suspeitos.
O ex-vice-primeiro-ministro seria um dos principais oradores da manifestação de domingo contra Putin e a guerra na Ucrânia. Ele foi bastante ativo nas manifestações de 2011-12, durante as campanhas para as últimas eleições parlamentares e presidencial.
Nemtsov levou hoje quatro tiros de atiradores que saíram de um carro numa ponte ao sul da Praça Vermelha. Foi um assassinato profissional. Ninguém mais saiu ferido. Ele caminhava ao lado de uma jovem ucraniana de 24 anos, sem guarda-costas.
Primeiro governador da região de Níjni Novgorod depois do fim da União Soviética, em 1991, Nemtsov ascendeu politicamente nos anos 1990s até chegar a vice-primeiro-ministro. Foi líder de partidos e movimentos liberais democratas como o Partido Republicano da Rússia e o Solidarnost.
Era um dos principais líderes da oposição russa, ao lado do empresário Mikhail Khodorkovsky, preso quando era o homem mais rico do país e hoje exilado; Mikhail Kassianov, da União Democrática Popular; Garry Kasparov, ex-campeão mundial de xadrez, da coligação Outra Rússia; Vladimir Rijkov, do Partido Republicano da Rússia.
Impopular por causa do caos econômico dos governos Boris Yeltsin (1991-99), Nemtsov aderiu ao movimento anticorrupção liderado pelo blogueiro Alexei Navalny, hoje o mais popular dos líderes da oposição.
Navalny e seu movimento articulado nas redes sociais convocaram protestos em Moscou e outras 14 cidades em 1º de março de 2015. Serão as primeiras manifestações de oposição autorizadas pelo Kremlin desde 2012. O objetivo é mobilizar 100 mil pessoas só na capital para protestar contra a guerra na Ucrânia, a crise econômica, a corrupção governamental e a censura e a repressão crescentes.
A morte de Nemtsov visa sobretudo a aterrorizar a população e a esvaziar as manifestações. Pode ter o efeito contrário. Como Navalny, que está em liberdade condicional, foi intimado a se apresentar à Justiça em 1º de março, o ex-vice-primeiro-ministro seria o principal orador em Moscou.
Nas últimas semanas, Nemtsov revelou que temia ser morto por se opor à intervenção militar da Rússia na Ucrânia, que garante a popularidade do homem-forte do Kremlin apesar da grave crise econômica causada pelas sanções internacionais e a queda nos preços do petróleo.
Putin declarou que o assassinato foi "uma provocação" e prometeu controlar pessoalmente a investigação, a receita ideal para encobrir o caso. Seu governo e o próprio Putin são os maiores suspeitos.
O ex-vice-primeiro-ministro seria um dos principais oradores da manifestação de domingo contra Putin e a guerra na Ucrânia. Ele foi bastante ativo nas manifestações de 2011-12, durante as campanhas para as últimas eleições parlamentares e presidencial.
Nemtsov levou hoje quatro tiros de atiradores que saíram de um carro numa ponte ao sul da Praça Vermelha. Foi um assassinato profissional. Ninguém mais saiu ferido. Ele caminhava ao lado de uma jovem ucraniana de 24 anos, sem guarda-costas.
Primeiro governador da região de Níjni Novgorod depois do fim da União Soviética, em 1991, Nemtsov ascendeu politicamente nos anos 1990s até chegar a vice-primeiro-ministro. Foi líder de partidos e movimentos liberais democratas como o Partido Republicano da Rússia e o Solidarnost.
Era um dos principais líderes da oposição russa, ao lado do empresário Mikhail Khodorkovsky, preso quando era o homem mais rico do país e hoje exilado; Mikhail Kassianov, da União Democrática Popular; Garry Kasparov, ex-campeão mundial de xadrez, da coligação Outra Rússia; Vladimir Rijkov, do Partido Republicano da Rússia.
Impopular por causa do caos econômico dos governos Boris Yeltsin (1991-99), Nemtsov aderiu ao movimento anticorrupção liderado pelo blogueiro Alexei Navalny, hoje o mais popular dos líderes da oposição.
Navalny e seu movimento articulado nas redes sociais convocaram protestos em Moscou e outras 14 cidades em 1º de março de 2015. Serão as primeiras manifestações de oposição autorizadas pelo Kremlin desde 2012. O objetivo é mobilizar 100 mil pessoas só na capital para protestar contra a guerra na Ucrânia, a crise econômica, a corrupção governamental e a censura e a repressão crescentes.
A morte de Nemtsov visa sobretudo a aterrorizar a população e a esvaziar as manifestações. Pode ter o efeito contrário. Como Navalny, que está em liberdade condicional, foi intimado a se apresentar à Justiça em 1º de março, o ex-vice-primeiro-ministro seria o principal orador em Moscou.
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ELN aceita negociar a paz na Colômbia
O segundo maior grupo guerrilheiro colombiano está disposto a negociar a paz com o governo, a exemplo do que fazem desde 2012 as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). O comandante político e militar do Exército de Libertação Nacional (ELN), Nicolás Rodríguez Bautista, mais conhecido como Gabino, já escolheu seus representantes para participar do diálogo, noticiou o jornal El Tiempo.
O ELN foi criado no mesmo ano das FARC, em 1964 por Fabio Vásquez Castaño, sob a inspiração da revolução comunista em Cuba. É um grupo castrista. Sua primeira ação foi a Tomada de Simacota, em 7 de janeiro de 1965, quando divulgou um manifesto.
Os Estados Unidos, o Canadá, a Colômbia, o Peru e a União Europeia o consideram o ELN um grupo terrorista. O governo da Venezuela o descreve como uma "força beligerante", o que lhe daria legitimidade política.
A guerra civil colombiana matou pelo menos 400 mil pessoas desde o assassinato do candidato liberal à Presidência da Colômbia, Jorge Eliécer Gaitán, em Bogotá, em 9 de abril de 1948. As negociações com as FARC e o ELN são possibilidades concretas de paz.
O ELN foi criado no mesmo ano das FARC, em 1964 por Fabio Vásquez Castaño, sob a inspiração da revolução comunista em Cuba. É um grupo castrista. Sua primeira ação foi a Tomada de Simacota, em 7 de janeiro de 1965, quando divulgou um manifesto.
Os Estados Unidos, o Canadá, a Colômbia, o Peru e a União Europeia o consideram o ELN um grupo terrorista. O governo da Venezuela o descreve como uma "força beligerante", o que lhe daria legitimidade política.
A guerra civil colombiana matou pelo menos 400 mil pessoas desde o assassinato do candidato liberal à Presidência da Colômbia, Jorge Eliécer Gaitán, em Bogotá, em 9 de abril de 1948. As negociações com as FARC e o ELN são possibilidades concretas de paz.
México prende traficante mais procurado do país
A polícia do México prendeu o inimigo público número um do país. Servando La Tuta Gómez era o chefão do poderoso cartel dos Cavaleiros Templários e o traficante mais caçado pelas autoridades, noticiou hoje a agência Reuters.
Gómez foi preso em casa na cidade de Morélia, no estado de Michoacán, sem que nenhum tiro tenha sido disparado, contou a televisão americana CNN en Español. Ele era o principal alvo do governo mexicano na luta para retomar o controle sobre Michocán, cenário de uma verdadeira guerra entre os templários, as autoridades e várias milícias armadas formadas para defender populações locais dos traficantes.
O presidente Enrique Peña Nieto tentou desescalar a guerra contra as drogas lançada por seu antecessor, Felipe Calderón, que já causou mais de 60 mil mortes, tratando o problema como policial.
Essa política sofreu um duro golpe em 26 de setembro de 2014 com o desaparecimento de 43 estudantes de uma escola para professores. Eles foram sequestrados e mortos pelas gangues do tráfico por ordem de um político aliado, o prefeito de Iguala, no estado de Guerrero, onde fica a famosa praia de Acapulco.
Quatro estados pobres da "periferia sudoeste" - Chiapas, Guerrero, Michoacán e Oaxaca - desafiam historicamente o controle do governo central. A maior ameaça hoje é o tráfico.
Gómez foi preso em casa na cidade de Morélia, no estado de Michoacán, sem que nenhum tiro tenha sido disparado, contou a televisão americana CNN en Español. Ele era o principal alvo do governo mexicano na luta para retomar o controle sobre Michocán, cenário de uma verdadeira guerra entre os templários, as autoridades e várias milícias armadas formadas para defender populações locais dos traficantes.
O presidente Enrique Peña Nieto tentou desescalar a guerra contra as drogas lançada por seu antecessor, Felipe Calderón, que já causou mais de 60 mil mortes, tratando o problema como policial.
Essa política sofreu um duro golpe em 26 de setembro de 2014 com o desaparecimento de 43 estudantes de uma escola para professores. Eles foram sequestrados e mortos pelas gangues do tráfico por ordem de um político aliado, o prefeito de Iguala, no estado de Guerrero, onde fica a famosa praia de Acapulco.
Quatro estados pobres da "periferia sudoeste" - Chiapas, Guerrero, Michoacán e Oaxaca - desafiam historicamente o controle do governo central. A maior ameaça hoje é o tráfico.
Economia do Japão dá sinais contraditórios
A produção industrial do Japão cresceu 4% em janeiro de 2015. Foi o maior avanço em quatro anos. Mas o consumo foi fraco e a inflação anual caiu de 0,5% para 0,2%. Esses problemas atrapalham o plano do primeiro-ministro Shinzo Abe para superar duas décadas de estagnação e da deflação.
Com a desvalorização do iene por causa das políticas de aumento da quantidade de moeda em circulação, as exportações de automóveis e componentes eletrônicos para o resto da Ásia e para os Estados Unidos aumentaram a atividade industrial. Mas o consumo doméstico baixou 5,1% em um ano.
Os consumidores gastaram menos em automóveis, aparelhos eletrodomésticos, eletroeletrônicos e serviços como jantar fora. As vendas no varejo caíram 2% em relação a janeiro de 2014 sob o impacto de um aumento do imposto sobre consumo que entrou em vigor em 1º de abril do ano passado.
O produto interno bruto japonês, que tinha crescido 1,6% no primeiro trimestre, caiu 1,9% no segundo trimestre e 0,6% no terceiro. A economia saiu da recessão no fim do ano, com expansão de 0,6%, fechando o ano com alta do PIB estimada em 0,9%.
A taxa de desemprego subiu de 3,4% para 3,6% em janeiro porque mais gente está procurando emprego n terceira maior economia do mundo.
Com a desvalorização do iene por causa das políticas de aumento da quantidade de moeda em circulação, as exportações de automóveis e componentes eletrônicos para o resto da Ásia e para os Estados Unidos aumentaram a atividade industrial. Mas o consumo doméstico baixou 5,1% em um ano.
Os consumidores gastaram menos em automóveis, aparelhos eletrodomésticos, eletroeletrônicos e serviços como jantar fora. As vendas no varejo caíram 2% em relação a janeiro de 2014 sob o impacto de um aumento do imposto sobre consumo que entrou em vigor em 1º de abril do ano passado.
O produto interno bruto japonês, que tinha crescido 1,6% no primeiro trimestre, caiu 1,9% no segundo trimestre e 0,6% no terceiro. A economia saiu da recessão no fim do ano, com expansão de 0,6%, fechando o ano com alta do PIB estimada em 0,9%.
A taxa de desemprego subiu de 3,4% para 3,6% em janeiro porque mais gente está procurando emprego n terceira maior economia do mundo.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Duas bombas matam 17 pessoas na Nigéria
Os terroristas passaram de carro e jogaram duas bombas na estação rodoviária da cidade de Jos, no Centro da Nigéria, matando pelo menos 17 pessoas.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado, declaram as autoridades nigerianas. As maiores suspeitas recaem sobre a milícia extremista muçulmana Boko Haram, que luta para impor a lei islâmica e tenta sabotar as eleições adiadas de 14 de fevereiro para 28 de março de 2015.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado, declaram as autoridades nigerianas. As maiores suspeitas recaem sobre a milícia extremista muçulmana Boko Haram, que luta para impor a lei islâmica e tenta sabotar as eleições adiadas de 14 de fevereiro para 28 de março de 2015.
Rebeldes atacam palácio presidencial da Somália com morteiros
Com três disparos de morteiro, a milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude ou Os Jovens) atacaram hoje o palácio presidencial da Somália, em Mogadíscio, a capital do país. A polícia admitiu que houve feridos.
A milícia Al Chababe, aliada à rede terrorista Al Caeda, assumiu a responsabilidade pelo ataque. Os rebeldes lutam contra o governo provisório reconhecido internacionalmente. Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, a Somália não tem um governo estável. Vive em estado de anarquia.
Juiz rejeita denúncia contra Cristina Kirchner na Argentina
O juiz federal Daniel Rafecas rejeitou hoje a denúncia do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em 18 de janeiro de 2015, contra a presidente Cristina Kirchner, acusando-a de acobertar a participação do Irã no pior atentado terrorista da história da Argentina. Em 18 de julho de 1994, 85 pessoas morreram e 300 saíram feridas de um ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA)
Também ficaram livres de processo o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman; o deputado Andrés Larroque, líder da ala jovem do kirchnerismo; e o líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elía.
Todos foram denunciados por conspirar com o Irã para revisar o processo e retirar os mandados internacionais de prisão contra sete iranianos e um libanês da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá, que teria realizado o atentado. Em troca, aumentariam as relações econômicas entre os dois países.
Rafecas alegou que a denúncia de Nisman, reapresentada neste mês pelo promotor Gerardo Pollicita, "não tinhas as mínimas condições para levar a uma investigação judicial" por falta de provas: "Não há nenhum indício, mesmo circunstancial, que implique a atual chefe de Estado."
Para a deputada oposicionista Elisa Carrió, houve uma manobra com a nomeação de Eduardo Enrique ou Wado de Pedro, membro do Conselho de Magistratura, para secretário-geral da Presidência da Argentina. "Tudo fecha. Wado deve ter negociado com Rafecas para não investigar Cristina", disparou Carrió, citada pelo jornal La Nación.
Também ficaram livres de processo o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman; o deputado Andrés Larroque, líder da ala jovem do kirchnerismo; e o líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elía.
Todos foram denunciados por conspirar com o Irã para revisar o processo e retirar os mandados internacionais de prisão contra sete iranianos e um libanês da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá, que teria realizado o atentado. Em troca, aumentariam as relações econômicas entre os dois países.
Rafecas alegou que a denúncia de Nisman, reapresentada neste mês pelo promotor Gerardo Pollicita, "não tinhas as mínimas condições para levar a uma investigação judicial" por falta de provas: "Não há nenhum indício, mesmo circunstancial, que implique a atual chefe de Estado."
Para a deputada oposicionista Elisa Carrió, houve uma manobra com a nomeação de Eduardo Enrique ou Wado de Pedro, membro do Conselho de Magistratura, para secretário-geral da Presidência da Argentina. "Tudo fecha. Wado deve ter negociado com Rafecas para não investigar Cristina", disparou Carrió, citada pelo jornal La Nación.
Coreia do Sul acusa a do Norte de fabricar mísseis nucleares
A Coreia do Norte já miniaturizou a bomba atômica e tem capacidade de fazer mísseis nucleares, afirmou hoje em Seul Kim Min Seok, porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, citado pela agência de notícias Yonhap.
Em três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, o regime comunista norte-coreano provou sua capacidade de realizar explosões atômicas. Agora, seria capaz de fazer uma bomba atômica pequena, capaz de ser transportada em mísseis nucleares.
Para ampliar sua influência no Oceano Pacífico, a Rússia, que faz parte das negociações hexapartites (China, Coreia do Norte Coreia do Sul, EUA, Japão e Rússia) quer aumentar a participação na questão coreana. Um enviado especial da Coreia do Sul está visitando Moscou para discutir formas de retomar as negociações.
Em semanas, começam as manobras militares conjuntas anuais da Coreia do Sul com os Estados Unidos, que o regime stalinista de Pionguiangue denuncia como um "treinamento para invadir o país". Serão mais momentos de tensão na última fronteira da Guerra Fria.
Desde o colapso da União Soviética, em 1991, a ditadura comunista da Coreia do Norte perdeu o patrocinador e faz uma chantagem atômica com o resto do mundo, especialmente os países vizinhos considerados inimigos históricos, a Coreia do Sul e o Japão, acusados de serem fantoches do verdadeiro inimigo, os EUA.
Em troca de ajuda em energia e alimentos, a dinastia comunista da família Kim - o ditador Kim Jong Un é filho de Kim Jong Il e neto do fundador do país, Kim Il Sung - prometeu não se tornar uma potência nuclear. O resultado está aí.
Em três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, o regime comunista norte-coreano provou sua capacidade de realizar explosões atômicas. Agora, seria capaz de fazer uma bomba atômica pequena, capaz de ser transportada em mísseis nucleares.
Para ampliar sua influência no Oceano Pacífico, a Rússia, que faz parte das negociações hexapartites (China, Coreia do Norte Coreia do Sul, EUA, Japão e Rússia) quer aumentar a participação na questão coreana. Um enviado especial da Coreia do Sul está visitando Moscou para discutir formas de retomar as negociações.
Em semanas, começam as manobras militares conjuntas anuais da Coreia do Sul com os Estados Unidos, que o regime stalinista de Pionguiangue denuncia como um "treinamento para invadir o país". Serão mais momentos de tensão na última fronteira da Guerra Fria.
Desde o colapso da União Soviética, em 1991, a ditadura comunista da Coreia do Norte perdeu o patrocinador e faz uma chantagem atômica com o resto do mundo, especialmente os países vizinhos considerados inimigos históricos, a Coreia do Sul e o Japão, acusados de serem fantoches do verdadeiro inimigo, os EUA.
Em troca de ajuda em energia e alimentos, a dinastia comunista da família Kim - o ditador Kim Jong Un é filho de Kim Jong Il e neto do fundador do país, Kim Il Sung - prometeu não se tornar uma potência nuclear. O resultado está aí.
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Órgão regulador dos EUA aprova neutralidade da Internet
Por 3 a 2, a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos aprovou hoje novas regras para garantir a neutralidade da Internet e regular e rede mundial de computadores como um serviço público, bloqueando as iniciativas para dar acesso mais rápido a quem pagar mais.
Como a votação se deu com base na orientação partidária, com os republicanos votando contra, há expectativa de que a regulamentação seja desafiada no Congresso e nos tribunais pelas companhias telefônicas e de televisão por assinatura.
Como a votação se deu com base na orientação partidária, com os republicanos votando contra, há expectativa de que a regulamentação seja desafiada no Congresso e nos tribunais pelas companhias telefônicas e de televisão por assinatura.
Legalização da maconha entra em vigor no Alasca e na capital dos EUA
A partir da zero hora de hoje, é legal fumar maconha em Washington, a capital dos Estados Unidos. Há dois dias, o uso recreativo da droga foi liberado também no estado do Alasca. O Colorado e o estado de Washington legalizaram a maconha há mais de um ano. Vinte e oito estados já aceitam o uso medicinal da erva e de substâncias derivadas da planta.
O consumo em público continua proibido no Alasca. A punição é uma multa de US$ 100. No Distrito de Colúmbia, a venda de maconha continua sendo ilegal. Adultos de mais de 21 anos podem consumir a droga, possuir até duas onças e cultivar até seis plantas para uso pessoal.
Como o Distrito de Colúmbia, o distrito federal dos EUA, não tem uma câmara legislativa e está sujeito à supervisão do Senado, alguns senadores conservadores tentam bloquear a legalização.
No Colorado, o primeiro estado a liberar a maconha, não houve o aumento da criminalidade previsto pelos adversários da proposta. Não houve mais mortes, mais crimes violentos nem mais acidentes de trânsito. Portugal descriminalizou todas as drogas em 2001 e também não sofreu consequências negativas.
Enquanto isso, na América Latina, continua a guerra contra as drogas fomentada pelos EUA, que só no México causou mais de 60 mil mortes nos últimos sete anos.
O consumo em público continua proibido no Alasca. A punição é uma multa de US$ 100. No Distrito de Colúmbia, a venda de maconha continua sendo ilegal. Adultos de mais de 21 anos podem consumir a droga, possuir até duas onças e cultivar até seis plantas para uso pessoal.
Como o Distrito de Colúmbia, o distrito federal dos EUA, não tem uma câmara legislativa e está sujeito à supervisão do Senado, alguns senadores conservadores tentam bloquear a legalização.
No Colorado, o primeiro estado a liberar a maconha, não houve o aumento da criminalidade previsto pelos adversários da proposta. Não houve mais mortes, mais crimes violentos nem mais acidentes de trânsito. Portugal descriminalizou todas as drogas em 2001 e também não sofreu consequências negativas.
Enquanto isso, na América Latina, continua a guerra contra as drogas fomentada pelos EUA, que só no México causou mais de 60 mil mortes nos últimos sete anos.
Terrorista conhecido como Jihadi John é identificado
O terrorista que apareceu com uma faca na mão falando com sotaque britânico nos vídeos em que o Estado Islâmico do Iraque e do Levante ameaça ou degola reféns ocidentais, apelidado de Jihadi John (João Jihadista) foi identificado. É Mohammed Emwazi, um britânico de classe média nascido no Kuwait e criado em Londres com curso superior de computação, revelou o jornal americano The Washington Post.
Emwazi teria entrado na Síria em 2012 e depois aderido ao Estado Islâmico.
Nos últimos dias, a milícia terrorista sequestrou pelo menos 262 cristãos, que estão agora ameaçados de morte. Há uma campanha para expulsar ou exterminar os cristãos do Iraque e da Síria.
Há pouco, a televisão americana CNN mostrou imagens da destruição de estátuas históricas no Museu Histórico de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, tomada pelo EI em junho de 2014. Entre as obras destruídas, estaria o Touro Alado de Nínive.
Nínive, a capital da Assíria, foi uma das principais cidades do mundo na Antiguidade.
Emwazi teria entrado na Síria em 2012 e depois aderido ao Estado Islâmico.
Nos últimos dias, a milícia terrorista sequestrou pelo menos 262 cristãos, que estão agora ameaçados de morte. Há uma campanha para expulsar ou exterminar os cristãos do Iraque e da Síria.
Há pouco, a televisão americana CNN mostrou imagens da destruição de estátuas históricas no Museu Histórico de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, tomada pelo EI em junho de 2014. Entre as obras destruídas, estaria o Touro Alado de Nínive.
Nínive, a capital da Assíria, foi uma das principais cidades do mundo na Antiguidade.
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Irã treina para afundar porta-aviões dos EUA
Apesar da reaproximação entre os dois países com as negociações sobre o programa nuclear iraniano, o Irã está treinando no Golfo Pérsico para atacar porta-aviões dos Estados Unidos com várias lanchas de alta velocidade.
Nas manobras militares Grande Profeta 9, a força naval da Guarda Revolucionária Iraniana lancha um ataque em "enxame", com lanchas rápidas convergindo de todos os lados sobre o porta-aviões na expectativa de romper suas defesas.
"Os porta-aviões dos EUA são grandes depósitos de munição, com mísseis, foguetes e torpedos", declarou o almirante Ali Fadavi, comandante das forças navais da Guarda Revolucionária. Em entrevista à televisão estatal, ele declarou que atingir um porta-aviões com um míssil pode deflagar uma "grande explosão secundária".
Nas manobras militares Grande Profeta 9, a força naval da Guarda Revolucionária Iraniana lancha um ataque em "enxame", com lanchas rápidas convergindo de todos os lados sobre o porta-aviões na expectativa de romper suas defesas.
"Os porta-aviões dos EUA são grandes depósitos de munição, com mísseis, foguetes e torpedos", declarou o almirante Ali Fadavi, comandante das forças navais da Guarda Revolucionária. Em entrevista à televisão estatal, ele declarou que atingir um porta-aviões com um míssil pode deflagar uma "grande explosão secundária".
Genocídio de Darfur está em andamento, denuncia George Clooney
Mais de 450 mil pessoas foram mortas e quase 3 milhões fugiram de suas casas desde que o governo fundamentalista do Sudão e milícias aliadas começaram a massacrar populações locais não muçulmanas acusadas de apoiar grupos rebeldes na província de Darfur, no Oeste do país, em 2003. O genocídio de Darfur ainda não parou, adverte o ator e ativista George Clooney em artigo publicado hoje no jornal The New York Times.
"Na semana passada", protesta o superastro de Hollywood, "o regime supostamente convenceu a missão internacional de paz se retirar de áreas que o governo considera estáveis, esperando que ninguém veja de perto. Em consequência, atrocidades em massa continuam acontecendo em Darfur sem testemunhas externas. Este também é o caso nas regiões do [rio] Nilo Azul e das Montanhas da Núbia, duas regiões devastadas pela política de terra arrasada do governo."
Sob pressão da ditadura de Omar Bachir, no poder há 25 anos, a ONU fechou o escritório do Alto Comissariado para Direitos Humanos em Cartum, a capital sudanesa. A ditadura islamita também impede o acesso de jornalistas a Darfur, restringe a entrada de agências e organizações não governamentais de ajuda humanitária e pressiona a ONU e a União Africana a retirar a missão de paz.
O governo sudanês criou assentamentos para abrir os desajolados pela guerra civil em Darfur, mas eles não se livram do medo e do terror. A ONG Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos) denunciou um estupro em massa na vila de Tabit.
"Depois de colher os depoimentos de mais de 130 sobreviventes e testemunhas, seus pesquisadores concluíram que pelo menos 221 mulheres foram violentadas por soldados do Exército do Sudão durante 36 horas num período de 36 horas em outubro do ano passado", acrescenta Clooney.
"Na semana passada", protesta o superastro de Hollywood, "o regime supostamente convenceu a missão internacional de paz se retirar de áreas que o governo considera estáveis, esperando que ninguém veja de perto. Em consequência, atrocidades em massa continuam acontecendo em Darfur sem testemunhas externas. Este também é o caso nas regiões do [rio] Nilo Azul e das Montanhas da Núbia, duas regiões devastadas pela política de terra arrasada do governo."
Sob pressão da ditadura de Omar Bachir, no poder há 25 anos, a ONU fechou o escritório do Alto Comissariado para Direitos Humanos em Cartum, a capital sudanesa. A ditadura islamita também impede o acesso de jornalistas a Darfur, restringe a entrada de agências e organizações não governamentais de ajuda humanitária e pressiona a ONU e a União Africana a retirar a missão de paz.
O governo sudanês criou assentamentos para abrir os desajolados pela guerra civil em Darfur, mas eles não se livram do medo e do terror. A ONG Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos) denunciou um estupro em massa na vila de Tabit.
"Depois de colher os depoimentos de mais de 130 sobreviventes e testemunhas, seus pesquisadores concluíram que pelo menos 221 mulheres foram violentadas por soldados do Exército do Sudão durante 36 horas num período de 36 horas em outubro do ano passado", acrescenta Clooney.
China afasta vice-ministro da Segurança do Estado por corrupção
Mais um tigre cai na campanha anticorrupção do secretário-geral do Partido Comunista e presidente da China, Xi Jinping, para consolidar o poder. O vice-ministro da Segurança do Estado, Ma Jian, foi afastado de um painel de assessores de alto nível depois que o Partido Comunista anunciou que ele está sendo investigado por corrupção.
Ma Jian é o mais alto funcionário enquadrado por corrupção desde a condenação do ex-ministro da Segurança Pública Zhou Yangkang, que foi membro do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista, os na época nove imperadores, hoje sete, que mandam realmente na China.
O inquérito sobre suas atividades indica que deve haver uma ampla reforma do Ministério da Segurança do Estado, que reúne a polícia política e o serviço secreto. Ma seria o chefe das operações de contraespionagem.
Em Governing China (Governando a China), o professor americano Kenneth Lieberthal observa que a sociedade chinesa conseguiu criar há mais de 2 mil anos uma burocracia para governar o país, mas não conseguiu até hoje criar um sistema político capaz de administrar a transferência de poder em sua elite.
As últimas transições, de Jiang Zemin (1992-2002) para Hu Jintao (2002-12), e de Hu Jintao para Xi Jinping, foram pacíficas, mas há uma luta interna que vem à tona com os expurgos e processos de corrupção, sempre seletivos, já que o enriquecimento da cúpula chinesa além do razoável está amplamente documentado.
Xi Jinping prometeu ir atrás de todos os corruptos, "das moscas aos tigres". Pegou mais um.
Ma Jian é o mais alto funcionário enquadrado por corrupção desde a condenação do ex-ministro da Segurança Pública Zhou Yangkang, que foi membro do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista, os na época nove imperadores, hoje sete, que mandam realmente na China.
O inquérito sobre suas atividades indica que deve haver uma ampla reforma do Ministério da Segurança do Estado, que reúne a polícia política e o serviço secreto. Ma seria o chefe das operações de contraespionagem.
Em Governing China (Governando a China), o professor americano Kenneth Lieberthal observa que a sociedade chinesa conseguiu criar há mais de 2 mil anos uma burocracia para governar o país, mas não conseguiu até hoje criar um sistema político capaz de administrar a transferência de poder em sua elite.
As últimas transições, de Jiang Zemin (1992-2002) para Hu Jintao (2002-12), e de Hu Jintao para Xi Jinping, foram pacíficas, mas há uma luta interna que vem à tona com os expurgos e processos de corrupção, sempre seletivos, já que o enriquecimento da cúpula chinesa além do razoável está amplamente documentado.
Xi Jinping prometeu ir atrás de todos os corruptos, "das moscas aos tigres". Pegou mais um.
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Brasil deve aproveitar reatamento EUA-Cuba para crise na Venezuela
Com a morte de um adolescente que não participava de protestos ontem pela Guarda Nacional Bolivarista, a Venezuela dá mais um passo rumo à guerra civil sem que o presidente Nicolás Maduro e a cúpula do regime chavista façam qualquer sinal de ceder às demandas políticas e econômicas da oposição. Mas há uma oportunidade: os Estados Unidos entraram hoje nas negociações entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), realizadas em Cuba.
Se o ex-secretário de Estado adjunto para a América Latina no governo George H. W. Bush (1989-93), Bernard Aronson, pode contribuir para a paz entre a Colômbia e as FARC negociada em Havana, por que não colaborar com o diálogo entre o regime chavista e a oposição venezuelana?
O grupo de amigos da Venezuela formado dentro da União das Nações da América do Sul (Unasul) por Brasil, Colômbia e Equador para mediar a crise deve convidar Cuba, pela sua proximidade com o regime chavista, e os EUA, sempre apontado como fonte de todos os males por Maduro, para participarem de uma mediação efetiva em Caracas.
Desde que chegou ao poder, Maduro já denunciou 16 tentativas de golpe de Estado contra ele. A mais recente levou à prisão do prefeito da região metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, acusado de conspiração por assinar um documento defendendo a organização de um governo de transição de união nacional.
Em troca do fim da repressão, da libertação dos presos políticos e de uma ampla reforma econômica que adote políticas compatíveis com uma economia capitalista, a oposição daria um fôlego para Maduro até a próxima eleição presidencial ou ao menos até o prazo legal para convocar um referendo revogatório do mandato presidencial, introduzido pelo presidente Hugo Chávez (1999-2013).
É uma chance. Para avisar aos chavistas que a revolução acabou, é preciso antes que Brasília se convença disso. Uma análise feita pelo então ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, no primeiro governo Dilma Rousseff, citada hoje na coluna de Eliane Cantanhece nO Estado de S. Paulo, mostra que o Itamaraty já se deu conta disso: recessão, inflação galopante, grave desabastecimento e crise até mesmo nos programas sociais, as missões de Chávez.
Falta convencer a presidente e seu assessor especial para política internacional, Marco Aurélio Garcia. A alternativa é aceitar o risco de uma guerra civil junto à fronteira norte num país-sócio do Mercosul.
Se o ex-secretário de Estado adjunto para a América Latina no governo George H. W. Bush (1989-93), Bernard Aronson, pode contribuir para a paz entre a Colômbia e as FARC negociada em Havana, por que não colaborar com o diálogo entre o regime chavista e a oposição venezuelana?
O grupo de amigos da Venezuela formado dentro da União das Nações da América do Sul (Unasul) por Brasil, Colômbia e Equador para mediar a crise deve convidar Cuba, pela sua proximidade com o regime chavista, e os EUA, sempre apontado como fonte de todos os males por Maduro, para participarem de uma mediação efetiva em Caracas.
Desde que chegou ao poder, Maduro já denunciou 16 tentativas de golpe de Estado contra ele. A mais recente levou à prisão do prefeito da região metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, acusado de conspiração por assinar um documento defendendo a organização de um governo de transição de união nacional.
Em troca do fim da repressão, da libertação dos presos políticos e de uma ampla reforma econômica que adote políticas compatíveis com uma economia capitalista, a oposição daria um fôlego para Maduro até a próxima eleição presidencial ou ao menos até o prazo legal para convocar um referendo revogatório do mandato presidencial, introduzido pelo presidente Hugo Chávez (1999-2013).
É uma chance. Para avisar aos chavistas que a revolução acabou, é preciso antes que Brasília se convença disso. Uma análise feita pelo então ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, no primeiro governo Dilma Rousseff, citada hoje na coluna de Eliane Cantanhece nO Estado de S. Paulo, mostra que o Itamaraty já se deu conta disso: recessão, inflação galopante, grave desabastecimento e crise até mesmo nos programas sociais, as missões de Chávez.
Falta convencer a presidente e seu assessor especial para política internacional, Marco Aurélio Garcia. A alternativa é aceitar o risco de uma guerra civil junto à fronteira norte num país-sócio do Mercosul.
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
EUA acusam Irã de colaborar com queda do governo no Iêmen
O secretário de Estado americano, John Kerry, acusou hoje o regime fundamentalista do Irã de colaborar com o colapso do governo do Iêmen ao apoiar os rebeldes hutis, representantes da minoria xiita zaidita. Os hutis ocuparam progressivamente a capital, Saná, desde setembro e em 6 de fevereiro de 2015 dissolveram todas as instituições do governo.
Depois de semanas em prisão domiciliar na capital, o presidente Abed Rabbo Mansur Hadi foi solto e fugiu para Áden, a capital do antigo Iêmen do Sul antes da reunificação do país, em 1990, que fica numa região não controlada pelos hutis. Lá, declarou ser o presidente legítimo do Iêmen e convocou uma reunião do Parlamento em Áden para resistir aos rebeldes.
As monarquias petroleiras da Península Arábica denunciaram um golpe de Estado. O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu a retirada das forças rebeldes das instituições governamentais.
Além da guerra civil entre os hutis e o governo deposto, dominado pelos sunitas, ficam no Iêmen as bases da rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, que fugiu da repressão na Arábia Saudita. Os Estados Unidos bombardeiam o grupo regularmente com aviões não tripulados, os drones. Esta operação foi prejudicada pela tomada de poder pelos hutis, já que os EUA fecharam sua embaixada em Saná.
Depois de semanas em prisão domiciliar na capital, o presidente Abed Rabbo Mansur Hadi foi solto e fugiu para Áden, a capital do antigo Iêmen do Sul antes da reunificação do país, em 1990, que fica numa região não controlada pelos hutis. Lá, declarou ser o presidente legítimo do Iêmen e convocou uma reunião do Parlamento em Áden para resistir aos rebeldes.
As monarquias petroleiras da Península Arábica denunciaram um golpe de Estado. O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu a retirada das forças rebeldes das instituições governamentais.
Além da guerra civil entre os hutis e o governo deposto, dominado pelos sunitas, ficam no Iêmen as bases da rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, que fugiu da repressão na Arábia Saudita. Os Estados Unidos bombardeiam o grupo regularmente com aviões não tripulados, os drones. Esta operação foi prejudicada pela tomada de poder pelos hutis, já que os EUA fecharam sua embaixada em Saná.
República Democrática do Congo ataca milícia genocida de Ruanda
As Forças Armadas da República Democrática do Congo lançaram sua primeira ofensiva contra o grupo rebelde Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda, formado inicialmente pela milícia da etnia hutu responsável pelo genocídio de pelo menos 800 mil pessoas em Ruanda, em 1994, noticiou hoje o sítio World Bulletin.
O combate foi realizado perto da cidade de Uvira, na província de Kivu do Sul, junto à fronteira com o Burúndi. Mais de 5,4 milhões de pessoas foram mortas na guerra civil do Congo, de fome e de doenças causadas pelo conflito desde o genocídio em Ruanda.
A fuga dos hutus provocou um conflito com os baniamulengue do Congo, que têm a mesmo origem étnica dos tútsis, as maiores vítimas do genocídio em Ruanda. Isso levou o conflito para o grande país vizinho.
O líder rebelde Laurent Cabila, refugiado nas Montanhas da Lua desde que sua revolução apoiada pessoalmente por Che Guevara fracassara, nos anos 1960s, marchou rumo à capital, Kinshasa, e derrubar o ditador Joseph Mobutu, em 1997, na chamada Primeira Grande Guerra Mundial Africana.
Nove exércitos nacionais e centenas de grupos irregulares travaram então uma violenta guerra. O país não foi totalmente pacificado até hoje. Com o ataque à milícia hutu, o Exército também estabelecer seu controle sobre todo o Congo, um país riquíssimo em recursos naturais que tem sido um campo de batalha praticamente desde a independência.
O combate foi realizado perto da cidade de Uvira, na província de Kivu do Sul, junto à fronteira com o Burúndi. Mais de 5,4 milhões de pessoas foram mortas na guerra civil do Congo, de fome e de doenças causadas pelo conflito desde o genocídio em Ruanda.
A fuga dos hutus provocou um conflito com os baniamulengue do Congo, que têm a mesmo origem étnica dos tútsis, as maiores vítimas do genocídio em Ruanda. Isso levou o conflito para o grande país vizinho.
O líder rebelde Laurent Cabila, refugiado nas Montanhas da Lua desde que sua revolução apoiada pessoalmente por Che Guevara fracassara, nos anos 1960s, marchou rumo à capital, Kinshasa, e derrubar o ditador Joseph Mobutu, em 1997, na chamada Primeira Grande Guerra Mundial Africana.
Nove exércitos nacionais e centenas de grupos irregulares travaram então uma violenta guerra. O país não foi totalmente pacificado até hoje. Com o ataque à milícia hutu, o Exército também estabelecer seu controle sobre todo o Congo, um país riquíssimo em recursos naturais que tem sido um campo de batalha praticamente desde a independência.
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Bolsa de Valores de Londres atinge nível recorde após 15 anos
O principal índice da Bolsa de Valores de hoje fechou hoje no nível recorde de 6.949,63 pontos, 15 anos depois do recorde anterior, de 6.930,2 pontos, registrado no fim de 1999, durante a alta das empresas de Internet. A bolha especulativa das empresas ponto.com estouraria em maio de 2000.
A alta atual, de 0,5%, deve ser examinada com cautela, advertem os analistas de mercado. É atribuída ao grande programa de estímulo anunciado no mês passado pelo Banco Central Europeu para aumentar a quantidade de moeda em circulação na Zona do Euro, o que foi feito nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Sem grandes oportunidades de investimentos por causa da economia quase estagnada, o dinheiro vai para o mercado financeiro.
Outra observação importante é que o desempenho da Bolsa de Londres não reflete a situação da economia britânica. Mais de 75% do faturamento das empresas que compõe o índice FTSE 100 vêm do exterior. A forte queda nos preços do petróleo ajuda a estimular a economia, mas reduz a cotação das companhias de petróleo. E as eleições parlamentares de maio são as mais imprevisíveis da história do Reino Unido em décadas.
A alta atual, de 0,5%, deve ser examinada com cautela, advertem os analistas de mercado. É atribuída ao grande programa de estímulo anunciado no mês passado pelo Banco Central Europeu para aumentar a quantidade de moeda em circulação na Zona do Euro, o que foi feito nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Sem grandes oportunidades de investimentos por causa da economia quase estagnada, o dinheiro vai para o mercado financeiro.
Outra observação importante é que o desempenho da Bolsa de Londres não reflete a situação da economia britânica. Mais de 75% do faturamento das empresas que compõe o índice FTSE 100 vêm do exterior. A forte queda nos preços do petróleo ajuda a estimular a economia, mas reduz a cotação das companhias de petróleo. E as eleições parlamentares de maio são as mais imprevisíveis da história do Reino Unido em décadas.
Ministros da Zona do Euro prorrogam socorro à Grécia
Os ministros das Finanças dos outros 18 países da Zona do Euro concordaram hoje com uma extensão de quatro meses no programa de ajuda à Grécia, de 240 bilhões de euros (R$ 775 bilhões), depois de aprovar uma série de reformas proposta pelo governo grego, noticiou o jornal The Wall St. Journal.
Vários parlamentos nacionais devem ratificar o acordo. A expectativa é que seja aprovado.
A Grécia ganhou um fôlego, mas a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, observou que as medidas proposta pelo governo radical de Atenas não são específicas. As promessas terão de ser traduzidas em resultados antes que o país receba dinheiro novo.
"Convocamos as autoridades da Grécia a desenvolver a ampliar a lista de reformas, baseado no acordo atual, em coordenação próxima com as instituições para permitir uma conclusão rápida e bem-sucedida da revisão", declararam em nota os ministros da Eurozona.
O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras, da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), prometeu aumentar a disciplina nos gastos, orçamento e arrecadação de impostos, mantendo o direito de tomar medidas para combater a "crise humanitária" provocada por uma queda de 25% no produto interno bruto grego nos últimos seis anos.
Tsipras pretende manter o aumento do salário mínimo e se comprometeu a manter o programa de privatizações, mas ficou de revisar a venda de empresas estatais tendo em vista "aos benefícios de longo prazo ao Estado".
Vários parlamentos nacionais devem ratificar o acordo. A expectativa é que seja aprovado.
A Grécia ganhou um fôlego, mas a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, observou que as medidas proposta pelo governo radical de Atenas não são específicas. As promessas terão de ser traduzidas em resultados antes que o país receba dinheiro novo.
"Convocamos as autoridades da Grécia a desenvolver a ampliar a lista de reformas, baseado no acordo atual, em coordenação próxima com as instituições para permitir uma conclusão rápida e bem-sucedida da revisão", declararam em nota os ministros da Eurozona.
O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras, da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), prometeu aumentar a disciplina nos gastos, orçamento e arrecadação de impostos, mantendo o direito de tomar medidas para combater a "crise humanitária" provocada por uma queda de 25% no produto interno bruto grego nos últimos seis anos.
Tsipras pretende manter o aumento do salário mínimo e se comprometeu a manter o programa de privatizações, mas ficou de revisar a venda de empresas estatais tendo em vista "aos benefícios de longo prazo ao Estado".
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Partido do governo afasta grupo da ex-vice-presidente do Zimbábue
Depois de remover Joice Mujuru da liderança do partido e da vice-presidência do Zimbábue, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF) enfrenta o desafio de aumentar a popularidade do novo sucessor designado para suceder o ditador Robert Mugabe, de 91 anos, que está no poder desde a independência da antiga Rodésia do Sul, em 1980.
Joice Mujuru é muito mais popular do que seu sucessor na vice-presidência, Emmerson Mnangagwa, que está participando de uma série de comícios para se tornar mais conhecido. Há dois dias, lançou sua mulher, Auxilia, para uma eleição complementar. A cadeira de Joice também estará em jogo no mesmo dia, 27 de março de 2015.
Nos últimos meses, a mulher do presidente, Grace Mugabe, também deu sinais de interesse em entrar para a política partidária.
Joice Mujuru é muito mais popular do que seu sucessor na vice-presidência, Emmerson Mnangagwa, que está participando de uma série de comícios para se tornar mais conhecido. Há dois dias, lançou sua mulher, Auxilia, para uma eleição complementar. A cadeira de Joice também estará em jogo no mesmo dia, 27 de março de 2015.
Nos últimos meses, a mulher do presidente, Grace Mugabe, também deu sinais de interesse em entrar para a política partidária.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Serviço secreto da Venezuela invade sede de partido democrata-cristão
Trinta homens armados do Serviço Bolivarista de Inteligência (Sebin) ocupou hoje em Caracas a sede central do partido democrata-cristão Copei, um dos mais antigos da Venezuela, noticiou o jornal El Nacional.
De acordo com o presidente do Copei, Roberto Enríquez, 12 sedes do partido foram invadidas e ocupadas por homens armados.
A Venezuela vive um momento de grande tensão política agravado pela prisão do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, na sexta-feira passada, em outra operação do Sebin. O Copei aderiu à proposta de transição para a democracia defendida por Ledezma.
O presidente Nicolás Maduro acusou Ledezma de articular um golpe de Estado em conspiração com os Estados Unidos. Ficou de apresentar provas à nação nesta terça-feira.
De acordo com o presidente do Copei, Roberto Enríquez, 12 sedes do partido foram invadidas e ocupadas por homens armados.
A Venezuela vive um momento de grande tensão política agravado pela prisão do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, na sexta-feira passada, em outra operação do Sebin. O Copei aderiu à proposta de transição para a democracia defendida por Ledezma.
O presidente Nicolás Maduro acusou Ledezma de articular um golpe de Estado em conspiração com os Estados Unidos. Ficou de apresentar provas à nação nesta terça-feira.
Cuba prende pelo menos 150 dissidentes
Pelo menos 150 ativistas da oposição foram presos em Cuba, noticiou a agência Associated Press (AP), citando como fontes dissidentes do regime comunista. A presidente do movimento das Mulheres de Branco declarou que 53 ativistas do grupo e outros 36 dissidentes foram presos.
Entre 150 e 200 dissidentes foram presos, estimou o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional de Cuba, Elizardo Sánchez. É a primeira grande onda de prisões desde o anúncio do restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos, em 17 de dezembro de 2014.
Entre 150 e 200 dissidentes foram presos, estimou o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional de Cuba, Elizardo Sánchez. É a primeira grande onda de prisões desde o anúncio do restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos, em 17 de dezembro de 2014.
Alemanha e Irã restabelecem conexão aérea
Depois de dez anos, a rota aérea entre Teerã e Berlim voltou a funcionar ontem, noticiou hoje a Agência de Notícias República Islâmica, citando como fonte a Organização de Aviação Civil do Irã.
A Alemanha é um dos seis países que negociam com o Irã o desarmamento do programa nuclear iraniano para evitar que o país faça armas nucleares. Um acordo preliminar deve ser acertado até o fim de março. O prazo final é 30 de junho de 2015, mas o restabelecimento da conexão aérea já é um avanço.
A Alemanha é um dos seis países que negociam com o Irã o desarmamento do programa nuclear iraniano para evitar que o país faça armas nucleares. Um acordo preliminar deve ser acertado até o fim de março. O prazo final é 30 de junho de 2015, mas o restabelecimento da conexão aérea já é um avanço.
Família de Alan Turing exige perdão para 49 mil gays
Nesta segunda-feira, a família de Alan Turing vai encaminhar uma petição ao primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, exigindo que o governo britânico perdoem 49 mil homens condenados por homossexualismo, informa o jornal inglês The Guardian.
Um dos grandes heróis da Segunda Guerra Mundial, Turing criou um dos primeiros computadores e foi decisivo para decifrar os códigos secretos dos nazistas e derrotar a Alemanha. Em 1952, foi condenado por "indecência grave" com um jovem de 19 anos e castrado quimicamente.
Turing morreu dois anos depois, envenenado por cianureto, num provável suicídio. Em 2013, recebeu o perdão real póstumo. Seu filho Thomas, o sobrinho-neto Nevil Hunt e a sobrinha-neta Rachel Barnes reuniram 500 mil assinaturas. Eles entregam a petição na residência oficial de 10 Downing St.
A história de Turing é contada no filme O Jogo da Imitação, que concorreu a melhor filme, melhor direção (Morten Tylden), melhor ator (Benedict Cumbarbacht), melhor atriz coadjuvante (Keira Knightley) nos Oscars 2015, mas não levou nenhum prêmio.
Um dos grandes heróis da Segunda Guerra Mundial, Turing criou um dos primeiros computadores e foi decisivo para decifrar os códigos secretos dos nazistas e derrotar a Alemanha. Em 1952, foi condenado por "indecência grave" com um jovem de 19 anos e castrado quimicamente.
Turing morreu dois anos depois, envenenado por cianureto, num provável suicídio. Em 2013, recebeu o perdão real póstumo. Seu filho Thomas, o sobrinho-neto Nevil Hunt e a sobrinha-neta Rachel Barnes reuniram 500 mil assinaturas. Eles entregam a petição na residência oficial de 10 Downing St.
A história de Turing é contada no filme O Jogo da Imitação, que concorreu a melhor filme, melhor direção (Morten Tylden), melhor ator (Benedict Cumbarbacht), melhor atriz coadjuvante (Keira Knightley) nos Oscars 2015, mas não levou nenhum prêmio.
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Filme sobre espionagem dos EUA leva Oscar de documentário
Citizen Four (Cidadão Quatro) era o nome de guerra de Edward Snowden, o funcionário subcontratado da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) que revelou um megaprograma de espionagem eletrônica via telefonia e Internet de pessoas do mundo inteiro. É o nome do documentário ganhador do Oscar de 2015 na categoria.
Acusado de traição nos EUA por revelar segredos de Estado, Snowden se refugiou em Hong Kong e depois pediu asilo à Rússia. O prêmio foi recebido pela diretora Laura Poitras e pelo jornalista Glenn Greenwald, parceiros na divulgação do trabalho de Snowden.
"As revelações de Snowden desvendam não apenas uma ameaça à privacidade, mas à democracia em si", declarou Laura Poitras. "Muito obrigado, Edward Snowden, e todos os sopradores de apito!"
Snowden mostrou que os EUA estavam espionando seus próprios cidadãos e gente do mundo inteiro, usando para isso as grandes empresas de tecnologia da informação americanas: Apple, Facebook, Google, Microsoft, Twitter.
Acusado de traição nos EUA por revelar segredos de Estado, Snowden se refugiou em Hong Kong e depois pediu asilo à Rússia. O prêmio foi recebido pela diretora Laura Poitras e pelo jornalista Glenn Greenwald, parceiros na divulgação do trabalho de Snowden.
"As revelações de Snowden desvendam não apenas uma ameaça à privacidade, mas à democracia em si", declarou Laura Poitras. "Muito obrigado, Edward Snowden, e todos os sopradores de apito!"
Snowden mostrou que os EUA estavam espionando seus próprios cidadãos e gente do mundo inteiro, usando para isso as grandes empresas de tecnologia da informação americanas: Apple, Facebook, Google, Microsoft, Twitter.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Presidente deposto do Iêmen nega legimitidade aos rebeldes hutis
Ao chegar ontem ao porto de Áden, no Sul do Iêmen, o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, declarou ilegal e inconstitucionais todas as medidas tomadas pelos rebeldes hutis, que dissolveram o governo e o Parlamento em 6 de fevereiro de 2015.
Hadi foi para o Sul do país depois de ser libertado da prisão domiciliar imposta pelos hutis, que representam a minoria xiita zaidita. Em Áden, ele afirmou que ainda é o presidente constitucional do Iêmen e convocou o Parlamento a se reunir na cidade.
Como os rebeldes tomaram a capital mas não controlam as províncias do antigo Iêmen do Sul, os líderes de várias províncias pressionam o ex-presidente a declarar que a capital, Saná, é uma região ocupada.
Hadi foi para o Sul do país depois de ser libertado da prisão domiciliar imposta pelos hutis, que representam a minoria xiita zaidita. Em Áden, ele afirmou que ainda é o presidente constitucional do Iêmen e convocou o Parlamento a se reunir na cidade.
Como os rebeldes tomaram a capital mas não controlam as províncias do antigo Iêmen do Sul, os líderes de várias províncias pressionam o ex-presidente a declarar que a capital, Saná, é uma região ocupada.
Militar torturado dedurou Ledezma na Venezuela
O prefeito da região metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso pelo serviço secreto da Venezuela com base numa acusação de conspirar para derrubar o governo feita pelo coronel da reserva José Gustavo Arocha Pérez, preso em maio de 2014, afirma o jornal venezuelano Diario La Verdad.
As organizações de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional e Human Rights Watch consideraram a prisão ilegal, sem provas nem mandado judicial. Ledezma pode ser condenado a até 25 anos de prisão.
Seu advogado, Omar Estacio, pretende recorrer à Justiça para pedir a libertação de Ledezma alegando que a única prova contra ele é uma confissão obtida mediante tortura pelo Serviço Bolivarista de Inteligência.
Depois de seis meses na prisão, Arocha Pérez teria feito um acordo com a procuradoria para delatar vários dirigentes políticos. As outras provas de que o prefeito de Caracas estaria por trás um golpe apoiado pelos EUA são uma declaração do líder estudantil Loreth Saleh reconhecendo a importância política de Ledezma e um documento preparado pela oposição propondo um governo de união nacional numa transição depois da saída do presidente Nicolás Maduro, que se revelou totalmente incapaz de governar o país.
Com uma das maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela vive uma crise econômica gerada pela incompetência da revolução chavista em administrar uma economia capitalista. A inflação foi de 68% no ano passado. Faltam produtos básicos como papel higiene, carne, leite, açúcar e farinha de trigo.
O colapso do regime é uma questão de tempo. Em vez de se omitir, o Brasil deveria mediar um acordo com a oposição que necessariamente inclua uma mudança na política econômica. Na Argentina, há uma crise política agravada pela morte suspeita do promotor Alberto Nisman. Uma eleição resolve. Na Venezuela, o risco de derramamento de sangue é cada vez maior.
As organizações de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional e Human Rights Watch consideraram a prisão ilegal, sem provas nem mandado judicial. Ledezma pode ser condenado a até 25 anos de prisão.
Seu advogado, Omar Estacio, pretende recorrer à Justiça para pedir a libertação de Ledezma alegando que a única prova contra ele é uma confissão obtida mediante tortura pelo Serviço Bolivarista de Inteligência.
Depois de seis meses na prisão, Arocha Pérez teria feito um acordo com a procuradoria para delatar vários dirigentes políticos. As outras provas de que o prefeito de Caracas estaria por trás um golpe apoiado pelos EUA são uma declaração do líder estudantil Loreth Saleh reconhecendo a importância política de Ledezma e um documento preparado pela oposição propondo um governo de união nacional numa transição depois da saída do presidente Nicolás Maduro, que se revelou totalmente incapaz de governar o país.
Com uma das maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela vive uma crise econômica gerada pela incompetência da revolução chavista em administrar uma economia capitalista. A inflação foi de 68% no ano passado. Faltam produtos básicos como papel higiene, carne, leite, açúcar e farinha de trigo.
O colapso do regime é uma questão de tempo. Em vez de se omitir, o Brasil deveria mediar um acordo com a oposição que necessariamente inclua uma mudança na política econômica. Na Argentina, há uma crise política agravada pela morte suspeita do promotor Alberto Nisman. Uma eleição resolve. Na Venezuela, o risco de derramamento de sangue é cada vez maior.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Rebeldes hutis libertam ex-presidente do Iêmen da prisão domiciliar
O ex-presidente Abed Rabbo Mansur Hadi deixou hoje a capital do Iêmen. Ele estava em prisão domiciliar desde 6 de fevereiro de 2015, quando os rebeldes hutis, da minoria xiita zaidita, que tomaram a cidade em janeiro, dissolveram o governo.
A libertação do ex-presidente acontece depois da visita ao Iêmen de um enviado especial das Nações Unidas. Ele afirmou que os partidos políticos e facções rivais concordaram ontem em criar um conselho de transição.
Os hutis representam os povos dominantes no antigo Iêmen do Norte, unificado em 1990 com o Iêmen do Sul, de maioria sunita, para formar o Iêmen atual, país mais pobre do mundo árabe.
Além de sua guerra civil, a rede terrorista Al Caeda na Península Arábica instalou suas bases no Iêmen para escapar da repressão na Arábia Saudita. É alvo frequente de bombardeios de drones dos Estados Unidos.
Com a queda do governo, os EUA, a França, o Reino Unido, a Alemanha e a Espanha fecharam suas embaixadas em Saná.
A libertação do ex-presidente acontece depois da visita ao Iêmen de um enviado especial das Nações Unidas. Ele afirmou que os partidos políticos e facções rivais concordaram ontem em criar um conselho de transição.
Os hutis representam os povos dominantes no antigo Iêmen do Norte, unificado em 1990 com o Iêmen do Sul, de maioria sunita, para formar o Iêmen atual, país mais pobre do mundo árabe.
Além de sua guerra civil, a rede terrorista Al Caeda na Península Arábica instalou suas bases no Iêmen para escapar da repressão na Arábia Saudita. É alvo frequente de bombardeios de drones dos Estados Unidos.
Com a queda do governo, os EUA, a França, o Reino Unido, a Alemanha e a Espanha fecharam suas embaixadas em Saná.
Governo da Síria massacra muito mais do que Estado Islâmico
Ao apresentar ontem o relatório oficial das Nações Unidas sobre as violações aos direitos humanos cometidas na guerra civil da Síria, o sociólogo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro declarou que a milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante não é o maior responsável pelas atrocidades observadas no conflito, que completa quatro anos em 15 de março de 2015. Como relator especial, não acusou nenhuma parte.
Mais de 200 mil pessoas foram mortas na guerra civil da Síria. Cerca de 10 milhões foram obrigadas a fugir de suas casas e sobrevivem precariamente dentro ou fora do país em acampamentos improvisados. Durante uma nevada dias atrás, os homens adultos passaram a noite removendo a neve para evitar que as barracas desabassem.
Com sua propaganda sanguinária e ultrajante para se apresentar como o mais poderoso grupo jihadista e atrair voluntários, o Estado Islâmico encena massacres e execuções espetaculares, mas os bombardeios da ditadura de Bachar Assad matam muito mais.
Militantes contra a ditadura e defensores dos direitos humanos produziram um vídeo para denunciar o governo Assad, revelou o jornal The New York Times. Numa área totalmente arrasada por bombardeios, há uma jaula cheia de crianças. Em primeiro plano, uma tocha entra em cena.
A mensagem: enquanto o mundo fica indignado com os massacres inaceitáveis do Estado Islâmico, o governo sírio ganha carta branca para continuar massacrando seu próprio povo.
"Desculpem ter chegado até este ponto, de usar crianças", lamentou Bara Abdulrahman, que usa nome de guerra. "Mas é a realidade. Nossas crianças estão sendo mortas a cada momento, a cada dia, debaixo de montes de escombros."
Depois de quase quatro anos de guerra, Assad sobrevive. A Rússia sempre o apoiou e agora Israel, os EUA e a Europa o consideram uma ameaça menor do que o Estado Islâmico.
Mais autoconfiante, o ditador deu entrevistas à mídia ocidental, reafirmando seu discurso antiterrorista como se a guerra civil síria fosse apenas mais um capítulo da guerra contra o terrorismo de grupos extremistas muçulmanos.
Mais de 200 mil pessoas foram mortas na guerra civil da Síria. Cerca de 10 milhões foram obrigadas a fugir de suas casas e sobrevivem precariamente dentro ou fora do país em acampamentos improvisados. Durante uma nevada dias atrás, os homens adultos passaram a noite removendo a neve para evitar que as barracas desabassem.
Com sua propaganda sanguinária e ultrajante para se apresentar como o mais poderoso grupo jihadista e atrair voluntários, o Estado Islâmico encena massacres e execuções espetaculares, mas os bombardeios da ditadura de Bachar Assad matam muito mais.
Militantes contra a ditadura e defensores dos direitos humanos produziram um vídeo para denunciar o governo Assad, revelou o jornal The New York Times. Numa área totalmente arrasada por bombardeios, há uma jaula cheia de crianças. Em primeiro plano, uma tocha entra em cena.
A mensagem: enquanto o mundo fica indignado com os massacres inaceitáveis do Estado Islâmico, o governo sírio ganha carta branca para continuar massacrando seu próprio povo.
"Desculpem ter chegado até este ponto, de usar crianças", lamentou Bara Abdulrahman, que usa nome de guerra. "Mas é a realidade. Nossas crianças estão sendo mortas a cada momento, a cada dia, debaixo de montes de escombros."
Depois de quase quatro anos de guerra, Assad sobrevive. A Rússia sempre o apoiou e agora Israel, os EUA e a Europa o consideram uma ameaça menor do que o Estado Islâmico.
Mais autoconfiante, o ditador deu entrevistas à mídia ocidental, reafirmando seu discurso antiterrorista como se a guerra civil síria fosse apenas mais um capítulo da guerra contra o terrorismo de grupos extremistas muçulmanos.
Altos funcionários entram na negociação nuclear EUA-Irã
Hoje, pela primeira vez, o diretor da Agência Iraniana de Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, e o secretário (ministro) da Energia dos Estados Unidos, Ernest Moniz, entraram nas negociações entre o Irã, as cinco potências com poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e a Alemanha. O objetivo é desarmar o programa nuclear iraniano para evitar que o país faça armas atômicas.
Isso indica que as negociações entraram numa fase de acertar detalhes técnicos dos limites impostos ao programa nuclear que sejam aceitáveis pelo Irã. A república islâmica insiste no direito de usar energia nuclear para fins pacíficos. O prazo final é 30 de junho de 2015, mas a expectativa é que as linhas gerais do acordo estejam definidas até 31 de março.
A princípio, os EUA exigiam que o Irã parasse de enriquecer urânio e abrisse todas as suas instalações nucleares para inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Como Teerã insiste no direito de enriquecer urânio a baixos teores, usados em usinas nucleares para produção de energia, um dos pontos centrais da discussão é quantas centrífugas o Irã poderá ter.
Israel considera inaceitável, por exemplo, que o Irã mantenha 6,5 mil centrífugas. Na visão israelense, isso permitiria ao regime dos aiatolás fabricar a bomba atômica em menos de um ano.
As negociações com o Irã, iniciadas em 2012, provocaram a maior crise entre Israel e os EUA desde que o presidente George Bush sr. negou garantias de crédito de US$ 10 bilhões para forçar o governo Yitzhak Shamir a participar do processo de paz no Oriente Médio, em 1991, ou melhor, entre os governos Barack Obama e Benjamin Netanyahu, como observou o colunista David Ignatz no jornal The Washington Post.
A convite do presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o deputado oposicionista John Boehner, o primeiro-ministro linha-dura de Israel discursa em 3 de março de 2015 no Congresso para defende sua posição contra as concessões oferecidas ao Irã, que considera perigosas para a segurança nacional israelense. É uma manobra arriscada que coloca Israel no fogo cruzado da política interna americana com impacto sobre as eleições parlamentares israelenses de 17 de março.
Além de Israel, os principais aliados árabes dos EUA, a Arábia Saudita e o Egito, e também os Emirados Árabes Unidos e o Catar, manifestaram sua preocupação com o risco de que o acordo não impeça o Irã de fazer a bomba atômica, revelou hoje o jornal The Wall St. Journal.
Isso indica que as negociações entraram numa fase de acertar detalhes técnicos dos limites impostos ao programa nuclear que sejam aceitáveis pelo Irã. A república islâmica insiste no direito de usar energia nuclear para fins pacíficos. O prazo final é 30 de junho de 2015, mas a expectativa é que as linhas gerais do acordo estejam definidas até 31 de março.
A princípio, os EUA exigiam que o Irã parasse de enriquecer urânio e abrisse todas as suas instalações nucleares para inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Como Teerã insiste no direito de enriquecer urânio a baixos teores, usados em usinas nucleares para produção de energia, um dos pontos centrais da discussão é quantas centrífugas o Irã poderá ter.
Israel considera inaceitável, por exemplo, que o Irã mantenha 6,5 mil centrífugas. Na visão israelense, isso permitiria ao regime dos aiatolás fabricar a bomba atômica em menos de um ano.
As negociações com o Irã, iniciadas em 2012, provocaram a maior crise entre Israel e os EUA desde que o presidente George Bush sr. negou garantias de crédito de US$ 10 bilhões para forçar o governo Yitzhak Shamir a participar do processo de paz no Oriente Médio, em 1991, ou melhor, entre os governos Barack Obama e Benjamin Netanyahu, como observou o colunista David Ignatz no jornal The Washington Post.
A convite do presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o deputado oposicionista John Boehner, o primeiro-ministro linha-dura de Israel discursa em 3 de março de 2015 no Congresso para defende sua posição contra as concessões oferecidas ao Irã, que considera perigosas para a segurança nacional israelense. É uma manobra arriscada que coloca Israel no fogo cruzado da política interna americana com impacto sobre as eleições parlamentares israelenses de 17 de março.
Além de Israel, os principais aliados árabes dos EUA, a Arábia Saudita e o Egito, e também os Emirados Árabes Unidos e o Catar, manifestaram sua preocupação com o risco de que o acordo não impeça o Irã de fazer a bomba atômica, revelou hoje o jornal The Wall St. Journal.
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Anistia Internacional considera ilegal prisão do prefeito de Caracas
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional considerou inaceitável a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, ontem pelo serviço secreto da Venezuela sem ordem judicial, noticia o jornal El Nacional. Em nota, a Anistia qualificou como "inaceitável" prender pessoas sem prova de que tenham cometido algum delito.
Sem provas concretas, o presidente Nicolás Maduro o acusou de conspirar com os Estados Unidos para derrubar seu governo.
"No atual contexto venezuelano, nada mais resta se não presumir uma vez mais que às autoridades não interessa dar prioridade à proteção dos direitos, mas, sim, calar vozes críticas", acrescenta a nota.
"Num Estado de Direito, em que se devem defender os direitos de todas as pessoas", prossegue o texto, "é inaceitável que se detenham indivíduos sem prova admissível de que tenham cometido algum delito. No último ano, foram presas arbitrariamente pessoas pelo simples fato de serem opositores ou terem uma visão crítica do governo. A prisão do prefeito de Caracas soma mais uma pessoa à lista de prisões com motivação política.
"Além do mais, na semana passada, a Anistia Internacional teve conhecimento de que foi detido o juiz Alí Fabricio Paredes, supostamente em consequência da sentença que proferiu em um caso de alta repercussão e que não haveria satisfeito os desejos do Executivo. Também foi detido o advogado Tadeu Arriechi como represália pelo desempenho de funções ao trabalhar como advogado de uma empresa acusada de desestabilizar a economia.
"Enquanto as autoridades venezuelanas não tomarem a sério a prioridade aos direitos humanos e entenderam que no Estado de Direito se deve dar espaço à dissidência, o país continuará numa espiral de deterioração que afetará sobretudo as pessoas mais vulneráveis."
Sem provas concretas, o presidente Nicolás Maduro o acusou de conspirar com os Estados Unidos para derrubar seu governo.
"No atual contexto venezuelano, nada mais resta se não presumir uma vez mais que às autoridades não interessa dar prioridade à proteção dos direitos, mas, sim, calar vozes críticas", acrescenta a nota.
"Num Estado de Direito, em que se devem defender os direitos de todas as pessoas", prossegue o texto, "é inaceitável que se detenham indivíduos sem prova admissível de que tenham cometido algum delito. No último ano, foram presas arbitrariamente pessoas pelo simples fato de serem opositores ou terem uma visão crítica do governo. A prisão do prefeito de Caracas soma mais uma pessoa à lista de prisões com motivação política.
"Além do mais, na semana passada, a Anistia Internacional teve conhecimento de que foi detido o juiz Alí Fabricio Paredes, supostamente em consequência da sentença que proferiu em um caso de alta repercussão e que não haveria satisfeito os desejos do Executivo. Também foi detido o advogado Tadeu Arriechi como represália pelo desempenho de funções ao trabalhar como advogado de uma empresa acusada de desestabilizar a economia.
"Enquanto as autoridades venezuelanas não tomarem a sério a prioridade aos direitos humanos e entenderam que no Estado de Direito se deve dar espaço à dissidência, o país continuará numa espiral de deterioração que afetará sobretudo as pessoas mais vulneráveis."
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UE prorroga programa de apoio à Grécia por quatro meses
A Grupo do Euro da União Europeia está anunciando neste momento em Bruxelas, na Bélgica, uma extensão de quatro meses no programa de ajuda financeira o governo esquerdista da Grécia, que terá de apresentar na segunda-feira um novo plano de recuperação econômica do país.
Os detalhes ainda estão sendo negociados, acrescentou o porta-voz europeu.
"Fomos racionais", declarou o comissário europeu para economia, Pierre Moscovici, ex-ministro da Economia da França. "Estou certo de que chegaremos a um resultado positivo."
Em 2009, na onda da Grande Recessão (2008-9), a Grécia começou a ter dificuldades para honrar sua dívida pública. Para dar dois empréstimos de emergência no valor total de 240 bilhões de euros, a UE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) impuseram um programa rígido de cortes de gastos públicos e aumentos de impostos.
Seis anos depois, a economia grega encolheu 25%. O desemprego chegou a 26% e a 55% entre os jovens, provocando uma revolta popular contra a chamada troika que culminou com a eleição, no mês passado, de um governo liderado pela Coligação de Esquerda Radical (Syriza).
O novo ministro das Finanças gregos, Yanis Varoufakis, se negou a manter o programa acertado por governos anteriores sob a alegação de que o país não cresce e a relação entre a dívida e o produto interno bruto se agravou, passando de 120% para 175% do PIB.
A Alemanha rejeitou a proposta inicial de renegociação da Grécia. Com o apoio da Holanda, Finlândia, Áustria e até mesmo dos governos da Espanha e de Portugal, que impuseram o remédio amargo a seus povos, o governo alemão conseguiu isolar a Grécia.
No último momento, a UE concordou em revisar o programa, na expectativa de que o novo governo grego apresente um plano capaz de sanear as finanças do país. Só assim voltará a receber ajuda. O próximo prazo fatal é na segunda-feira.
Os detalhes ainda estão sendo negociados, acrescentou o porta-voz europeu.
"Fomos racionais", declarou o comissário europeu para economia, Pierre Moscovici, ex-ministro da Economia da França. "Estou certo de que chegaremos a um resultado positivo."
Em 2009, na onda da Grande Recessão (2008-9), a Grécia começou a ter dificuldades para honrar sua dívida pública. Para dar dois empréstimos de emergência no valor total de 240 bilhões de euros, a UE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) impuseram um programa rígido de cortes de gastos públicos e aumentos de impostos.
Seis anos depois, a economia grega encolheu 25%. O desemprego chegou a 26% e a 55% entre os jovens, provocando uma revolta popular contra a chamada troika que culminou com a eleição, no mês passado, de um governo liderado pela Coligação de Esquerda Radical (Syriza).
O novo ministro das Finanças gregos, Yanis Varoufakis, se negou a manter o programa acertado por governos anteriores sob a alegação de que o país não cresce e a relação entre a dívida e o produto interno bruto se agravou, passando de 120% para 175% do PIB.
A Alemanha rejeitou a proposta inicial de renegociação da Grécia. Com o apoio da Holanda, Finlândia, Áustria e até mesmo dos governos da Espanha e de Portugal, que impuseram o remédio amargo a seus povos, o governo alemão conseguiu isolar a Grécia.
No último momento, a UE concordou em revisar o programa, na expectativa de que o novo governo grego apresente um plano capaz de sanear as finanças do país. Só assim voltará a receber ajuda. O próximo prazo fatal é na segunda-feira.
EUA tentam cassar liminar contra reforma da imigração
O Departamento da Justiça dos Estados Unidos vai entrar com recurso na segunda-feira no Tribunal Federal de Recursos de Nova Orleans numa tentativa de cassar a liminar que suspendeu a aplicação de um decreto do presidente Barack Obama beneficiando imigrantes ilegais até o julgamento final do caso, que deve levar meses.
Diante da paralisia da reforma da imigração no Congresso, depois de perder a maioria nas duas casas nas eleições de novembro, Obama baixou um decreto suspendendo deportações e autorizando cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais a procurar emprego legalmente.
A oposição republicana acusou o presidente de violar a Constituição e um juiz do Texas decidiu suspender liminarmente sua aplicação, atendendo a um recurso que considera o decreto inconstitucional, além de um ônus financeiro indevido para os 26 estados patrocinadores da ação contra o presidente.
Diante da paralisia da reforma da imigração no Congresso, depois de perder a maioria nas duas casas nas eleições de novembro, Obama baixou um decreto suspendendo deportações e autorizando cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais a procurar emprego legalmente.
A oposição republicana acusou o presidente de violar a Constituição e um juiz do Texas decidiu suspender liminarmente sua aplicação, atendendo a um recurso que considera o decreto inconstitucional, além de um ônus financeiro indevido para os 26 estados patrocinadores da ação contra o presidente.
Estado Islâmico reage com carros-bomba na Líbia
Três carros-bomba explodiram hoje em Cubah, no Leste da Líbia, numa resposta da milícia extremista muçulmana Estado Islâmico aos bombardeios aéreos do Egito contra posições do grupo na cidade de Darná. Mais de 30 pessoas foram mortas.
O porta-voz do governo líbio reconhecido internacionalmente, Ukaylah Salih Kuwaydir, declarou luto nacional por uma semana.
A Força Aérea do Egito atacou o EI depois que a milícia divulgou na Internet vídeo com a degola de 21 cristãos coptas egípcios.
O porta-voz do governo líbio reconhecido internacionalmente, Ukaylah Salih Kuwaydir, declarou luto nacional por uma semana.
A Força Aérea do Egito atacou o EI depois que a milícia divulgou na Internet vídeo com a degola de 21 cristãos coptas egípcios.
Atentado terrorista mata 20 pessoas na capital da Somália
Pelo menos 20 pessoas, inclusive deputados, foram mortas hoje num ataque da milícia extremista muçulmana Al Chababe (Os Jovens ou A Juventude) contra um hotel de Mogadíscio, a capital da Somália, noticiou hoje a televisão pública britânica BBC.
Duas explosões seguidas de tiroteio no Hotel Central foram ouvidos por testemunhas. Depois do atentado, a área foi isolada.
A Somália, situada na região do Chifre da África, no Nordeste do continente, vive em estado de anarquia desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991. A milícia aliada à rede terrorista Al Caeda, luta contra o governo provisório somaliano reconhecido internacionalmente.
Duas explosões seguidas de tiroteio no Hotel Central foram ouvidos por testemunhas. Depois do atentado, a área foi isolada.
A Somália, situada na região do Chifre da África, no Nordeste do continente, vive em estado de anarquia desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991. A milícia aliada à rede terrorista Al Caeda, luta contra o governo provisório somaliano reconhecido internacionalmente.
Rebeldes pró-Rússia atacam Mariupol após tomar Debaltsevo
Sem respeitar o cessar-fogo negociado entre Rússia e Ucrânia na semana passada, os rebeldes teleguiados pelo Kremlin tomaram a cidade estratégica de Debaltsevo, no Leste da Ucrânia, e agora avançam em direção do porto de Mariupol, bombardeado hoje. Um dos objetivos pode ser estabelecer uma ligação por terra entre a Rússia e a península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em março de 2014.
Quando foi questionado sobre a violação da trégua, em visita à Hungria, o protoditador russo Vladimir Putin declarou que os combates em Debaltsevo eram esperado e pressionou as forças ucranianas a se render e abandonar a cidade, o que de fato aconteceu.
O presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, acusou a Rússia de enviar mais tanques a seu país e fez um apelo à sociedade internacional para que envie uma missão de paz ao país. A Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, rejeitou a proposta alegando que viola os termos do cessar-fogo.
Quando foi questionado sobre a violação da trégua, em visita à Hungria, o protoditador russo Vladimir Putin declarou que os combates em Debaltsevo eram esperado e pressionou as forças ucranianas a se render e abandonar a cidade, o que de fato aconteceu.
O presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, acusou a Rússia de enviar mais tanques a seu país e fez um apelo à sociedade internacional para que envie uma missão de paz ao país. A Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, rejeitou a proposta alegando que viola os termos do cessar-fogo.
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EUA e Turquia vão treinar rebeldes da Síria
A partir de março de 2015, os Estados Unidos e a Turquia vão treinar e equipar rebeldes moderados da Síria na guerra civil contra o ditador Bachar Assad, informou o ministro turco Mevlut Casuvoglu citando pela agência Reuters.
Há meses, os EUA tentam atrair a Turquia para a guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O governo turco reluta em participar. Quer derrubar Assad, que considera a raiz do mal. Também teme o fortalecimento dos guerrilheiros curdos, que reivindicam parte do território da Turquia para formar o Curdistão.
Há meses, os EUA tentam atrair a Turquia para a guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O governo turco reluta em participar. Quer derrubar Assad, que considera a raiz do mal. Também teme o fortalecimento dos guerrilheiros curdos, que reivindicam parte do território da Turquia para formar o Curdistão.
Governo chavista prende prefeito oposicionista de Caracas
Sem mandado judicial, agentes do Serviço Bolivarista de Inteligência (Sebin) prenderam hoje o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, revelou o jornal El Universal. De acordo com sua mulher, ele foi levado para a sede central do Sebin, na Praça Venezuela, na capital do país.
Em pronunciamento na televisão, o presidente Nicolás Maduro acusou Ledezma de tentar "há anos promover um golpe de Estado". A prova da conspiração apresentada por Maduro foi um documento propondo a criação de um governo de união nacional para superar a crise, já que o presidente se mostra totalmente incapaz.
Lilian Tintori, mulher do líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López, preso há um ano por articular manifestações de protesto contra o governo, disse no Twitter que a Guarda Nacional está tentando transferi-lo da prisão de Ramo Verde. Ele foi espancado na prisão. Teme-se que seja morto.
Em pronunciamento na televisão, o presidente Nicolás Maduro acusou Ledezma de tentar "há anos promover um golpe de Estado". A prova da conspiração apresentada por Maduro foi um documento propondo a criação de um governo de união nacional para superar a crise, já que o presidente se mostra totalmente incapaz.
Lilian Tintori, mulher do líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López, preso há um ano por articular manifestações de protesto contra o governo, disse no Twitter que a Guarda Nacional está tentando transferi-lo da prisão de Ramo Verde. Ele foi espancado na prisão. Teme-se que seja morto.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Curdos avançam rumo à capital do Estado Islâmico
Com cobertura aérea dos Estados Unidos e seus aliados, as Unidades de Proteção Popular dos curdos da Síria avançam em direção à província de Rakka, capital do Califado proclamado em junho de 2014 pela milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Os guerrilheiros curdos, os peshmerga, saíram da cidade de Kobane, que no mês passado derrotou uma ofensiva do Estado Islâmico iniciada em setembro, tomaram o Norte da província de Alepo e seguem em direção leste rumo a Rakka.
Os guerrilheiros curdos, os peshmerga, saíram da cidade de Kobane, que no mês passado derrotou uma ofensiva do Estado Islâmico iniciada em setembro, tomaram o Norte da província de Alepo e seguem em direção leste rumo a Rakka.
Governo da França sobrevive a moção de desconfiança
O governo do primeiro-ministro socialista Manuel Valls sobreviveu hoje a um voto de desconfiança da Assembleia Nacional da França por ter aprovado uma reforma trabalhista por decreto..
A moção precisava de 289 votos. Teve 234. Foi proposta porque o governo aprovou por decreto a chamada Lei Macron, que autoriza a abertura do comércio aos domingos em certas áreas e traz benefícios a empresa na expectativa de reduzir o desemprego.
Com a derrota da moção de desconfiança, a Lei do Crescimento, da Atividade e da Igualdade de Oportunidades está aprovada em primeira votação. É mais conhecida como Lei Macron, por ter sido apresentada pelo atual ministro da Economia, Emmanuel Macron, considerado liberal demais pela esquerda do Partido Socialista.
O projeto semeou a discórdia no PS entre centristas como o presidente François Hollande e o primeiro-ministro Valls e a esquerda. É uma amostra de como é difícil reformar o pesado Estado francês, especialmente as relações trabalhistas.
Durante o debate na Assembleia Nacional, Macron acusou a ala mais esquerdista de ser a favor da situação atual, em que o índice de desemprego está em 10% e, entre os jovens, em 25%. O projeto segue agora para o Senado.
A moção precisava de 289 votos. Teve 234. Foi proposta porque o governo aprovou por decreto a chamada Lei Macron, que autoriza a abertura do comércio aos domingos em certas áreas e traz benefícios a empresa na expectativa de reduzir o desemprego.
Com a derrota da moção de desconfiança, a Lei do Crescimento, da Atividade e da Igualdade de Oportunidades está aprovada em primeira votação. É mais conhecida como Lei Macron, por ter sido apresentada pelo atual ministro da Economia, Emmanuel Macron, considerado liberal demais pela esquerda do Partido Socialista.
O projeto semeou a discórdia no PS entre centristas como o presidente François Hollande e o primeiro-ministro Valls e a esquerda. É uma amostra de como é difícil reformar o pesado Estado francês, especialmente as relações trabalhistas.
Durante o debate na Assembleia Nacional, Macron acusou a ala mais esquerdista de ser a favor da situação atual, em que o índice de desemprego está em 10% e, entre os jovens, em 25%. O projeto segue agora para o Senado.
Nigéria bombardeia acampamentos do grupo Boko Haram
A Força Aérea da Nigéria bombardeou hoje acampamentos e centros de treinamento da milícia extremista muçulmana Boko Haram na Floresta de Sambisa, anunciou o general Chris Olukolade, porta-voz do Exército. O número de mortos e feridos não foi divulgado.
Nos últimos dias, o governo nigeriano afirmou ter morto mais de 300 militantes do grupo terrorista, que luta para impor a lei islâmica em vários países da África Ocidental. Desde 2009, a revolta iniciada pela milícia causou a morte de cerca de 15 mil pessoas.
As ações governamentais fazem parte de um plano para não deixar o Boko Haram impedir a realização das eleições parlamentares e presidencial, adiadas de 14 de fevereiro para 28 de março de 2015 para dar tempo à distribuição de urnas e cédulas em todo o país. A oposição denuncia uma manobra para favorecer o presidente Goodluck Jonathan, candidato à reeleição.
Nos últimos dias, o governo nigeriano afirmou ter morto mais de 300 militantes do grupo terrorista, que luta para impor a lei islâmica em vários países da África Ocidental. Desde 2009, a revolta iniciada pela milícia causou a morte de cerca de 15 mil pessoas.
As ações governamentais fazem parte de um plano para não deixar o Boko Haram impedir a realização das eleições parlamentares e presidencial, adiadas de 14 de fevereiro para 28 de março de 2015 para dar tempo à distribuição de urnas e cédulas em todo o país. A oposição denuncia uma manobra para favorecer o presidente Goodluck Jonathan, candidato à reeleição.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Bombardeio a funeral mata 20 pessoas no Níger
Um avião não identificado bombardeou hoje uma concentração de pessoas perto da fronteira do Níger com a Nigéria. Matou 20 pessoas e feriu outras 20, noticiou a televisão árabe Al Jazira.
A Força Aérea da Nigéria negou responsabilidade pelo ataque. É possível que o piloto tenha confundindo um funeral com uma reunião de milicianos do grupo terroristas Boko Haram, que tem atacado países vizinhos da África Ocidental como Camarões, o Chade e o Níger.
A Força Aérea da Nigéria negou responsabilidade pelo ataque. É possível que o piloto tenha confundindo um funeral com uma reunião de milicianos do grupo terroristas Boko Haram, que tem atacado países vizinhos da África Ocidental como Camarões, o Chade e o Níger.
Milhares marcham com promotores pela justiça na Argentina
Um mês depois da morte do promotor Alberto Nisman, que denunciou a presidente Cristina Kirchner por acobertar terroristas, sua ex-mulher, as duas filhas do casal e milhares de pessoas participam neste momento de uma passeata para exigir justiça. Sob forte chuva, a multidão estimada pela polícia em 400 mil pessoas saiu do Congresso rumo à Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, sede do governo da Argentina. Houve manifestações em outras cidades, como Córdoba e Rosário.
Sua ex-mulher, Sandra Arroyo Salgado, as filhas do casal e os promotores Ricardo Sáenz, Raúl Pleé, Guillermo Marijuan, Carlos Stornelli, Geraldo Modes, José María Campagnoli e Julio Piumato lideraram a Marcha do Silêncio, noticia o jornal conservador La Nación.
Nisman foi encontrado morto em seu apartamento no domingo, 18 de janeiro de 2015, horas antes de depor na Comissão de Legislação Penal da Câmara dos Deputados, onde apresentaria as conclusões e provas do inquérito em que denunciou a presidente; o ministro do Exterior, Héctor Timerman; o líder da ala jovem do kirchnerismo, La Cámpora, Andrés Larroque; o líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elía; e o líder do grupo ultraesquerdista Quebracho, Fernando Estreche.
Eles são acusados de negociar um acordo com o Irã para inocentar os iranianos denunciados pelo atentado terrorista que matou 85 pessoas e feriu outras 300 na Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em18 de julho de 1994, o pior da história da América Latina.
Desde o início, o governo, apesar de suspeito, intervém diretamente nas investigações. A promotora encarregada do caso, Viviana Fein, vai intimar o ministro da Segurança Pública, Sergio Berni. Quer saber o que ele foi fazer no apartamento do promotor logo após a descoberta de sua morte.
No primeiro momento, Cristina Kirchner sugeriu tratar-se de um suicídio. Quatro dias depois, mudou sua versão para assassinato, que teria sido cometido por agentes renegados do serviço secreto argentino. Sem esperar a conclusão do inquérito, a presidente dissolveu a Secretaria de Inteligência do Estado (Side).
O senador governista Salvador Cabral provocou revolta ao afirmar no Congresso que foi um crime passional, "produto de um amor homossexual em que o marido é o magrinho - Diego Lagomarsino -, que levou a pistola, encontrou o morto numa situação amorosa e lhe deu um tiro na cabeça amorosamente", informou o jornal argentino Clarín.
Para o senador, Nisman "é um cadáver da máfia dos serviços de informações que trabalham contra o governo e atirou contra o governo para provocar um desgaste abrupto, acreditando que com isso iria produzir uma crise política profunda, o que não aconteceu", pelo menos na sua visão. O promotor que substituiu Nisman, Gerardo Pollicita, reiterou a denúncia contra a presidente e seus assessores.
Sua ex-mulher, Sandra Arroyo Salgado, as filhas do casal e os promotores Ricardo Sáenz, Raúl Pleé, Guillermo Marijuan, Carlos Stornelli, Geraldo Modes, José María Campagnoli e Julio Piumato lideraram a Marcha do Silêncio, noticia o jornal conservador La Nación.
Nisman foi encontrado morto em seu apartamento no domingo, 18 de janeiro de 2015, horas antes de depor na Comissão de Legislação Penal da Câmara dos Deputados, onde apresentaria as conclusões e provas do inquérito em que denunciou a presidente; o ministro do Exterior, Héctor Timerman; o líder da ala jovem do kirchnerismo, La Cámpora, Andrés Larroque; o líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elía; e o líder do grupo ultraesquerdista Quebracho, Fernando Estreche.
Eles são acusados de negociar um acordo com o Irã para inocentar os iranianos denunciados pelo atentado terrorista que matou 85 pessoas e feriu outras 300 na Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em18 de julho de 1994, o pior da história da América Latina.
Desde o início, o governo, apesar de suspeito, intervém diretamente nas investigações. A promotora encarregada do caso, Viviana Fein, vai intimar o ministro da Segurança Pública, Sergio Berni. Quer saber o que ele foi fazer no apartamento do promotor logo após a descoberta de sua morte.
No primeiro momento, Cristina Kirchner sugeriu tratar-se de um suicídio. Quatro dias depois, mudou sua versão para assassinato, que teria sido cometido por agentes renegados do serviço secreto argentino. Sem esperar a conclusão do inquérito, a presidente dissolveu a Secretaria de Inteligência do Estado (Side).
O senador governista Salvador Cabral provocou revolta ao afirmar no Congresso que foi um crime passional, "produto de um amor homossexual em que o marido é o magrinho - Diego Lagomarsino -, que levou a pistola, encontrou o morto numa situação amorosa e lhe deu um tiro na cabeça amorosamente", informou o jornal argentino Clarín.
Para o senador, Nisman "é um cadáver da máfia dos serviços de informações que trabalham contra o governo e atirou contra o governo para provocar um desgaste abrupto, acreditando que com isso iria produzir uma crise política profunda, o que não aconteceu", pelo menos na sua visão. O promotor que substituiu Nisman, Gerardo Pollicita, reiterou a denúncia contra a presidente e seus assessores.
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Testemunha involuntária sofre ameaça no caso Nisman na Argentina
Uma testemunha importante na investigação sobre a morte do promotor Alberto Nisman, que denunciou a presidente Cristina Kirchner e assessores por acobertar o pior atentado terrorista da história da Argentina, está sob proteção policial.
Natalia Fernández é garçonete de um restaurante em Porto Madero, o bairro elegante onde morava o promotor Nisman. Quando saíam do trabalho, por volta da 1h na madrugada de segunda-feira, 19 de janeiro, ela e uma colega foram abordadas para que servissem de testemunhas da primeira operação pericial no apartamento, a cena do crime. Seriam apenas 15 minutos.
No 13º andar, ela ficou esperando na entrada do apartamento, onde disse haver visto o corpo do promotor envolto num saco plástico ser removido numa maca. Também contou ter ouvido um ruído forte como se fosse de um aspirador em pó e assistido à retirada de um volume "grande".
Lá dentro, Natalia viu que classificavam os documentos do procurador, mas eles estavam espalhados por uma mesa, cadeiras e pufes, com um aparente descaso pelas provas. Sem luvas, uma perita pegou o telefone celular do promotor e viu a lista de ligações não atendida.
Mais importante: a testemunha disse ainda que a promotora encarregada de investigar o assassinato, Viviana Fein teria encontrado cinco cápsulas de balas disparadas, contrariando a versão oficial de que Nisman foi morto com um único tiro.
Os 15 minutos se estenderam até quase nove da manhã, quando "tomaram mate e pediram medialunas". Nesse período, a deixaram ir ao banheiro e lhe ofereceram café feita na cafeteira de Nisman, sem maior cuidado em isolar a cena do crime. No fim, a fizeram assinar documentos que não leu.
Dias depois, dois homens de cerca de 40 anos estiveram no restaurante onde Natalia Fernández trabalha, na Av. Alicia Moreau de Justo, perguntando se ela era testemunha no Caso Nisman.
Outra pessoa lhe prometeu proteção em nome da organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, que negou ter feito isso. Também lhe ofereceram os serviços do advogado Fernando Burlando, que defende Fernando Esteche, do grupo de ultraesquerda Quebracho.
Esteche é um dos denunciados pelo promotor Nisman e agora por seu sucessor, Gerardo Pollicita, ao lado da presidente Cristina Kirchner; do ministro do Exterior, Héctor Timerman; do deputado Andrés Larroque, líder da ala jovem do kirchnerismo, La Cámpora; e do líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elia.
Eles são acusados de negociar um acordo com o Irã mediado pela Venezuela de Hugo Chávez para inocentar os iranianos denunciadas pelo atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), que matou 85 pessoas e feriu outras 300 em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires. Em troca, a Argentina receberia ajuda do Irã para enfrentar a crise econômica.
Nesta Quarta-Feira de Cinzas, haverá uma passeata de promotores e procuradores de Justiça na capital argentina para cobrar do governo proteção e o esclarecimento da morte de Alberto Nisman, a 86ª vítima do atentado contra a AMIA. O governo é acusado de, no mínimo, tumultuar a investigação. As filhas e a ex-mulher do promotor participam da manifestação.
Natalia Fernández é garçonete de um restaurante em Porto Madero, o bairro elegante onde morava o promotor Nisman. Quando saíam do trabalho, por volta da 1h na madrugada de segunda-feira, 19 de janeiro, ela e uma colega foram abordadas para que servissem de testemunhas da primeira operação pericial no apartamento, a cena do crime. Seriam apenas 15 minutos.
No 13º andar, ela ficou esperando na entrada do apartamento, onde disse haver visto o corpo do promotor envolto num saco plástico ser removido numa maca. Também contou ter ouvido um ruído forte como se fosse de um aspirador em pó e assistido à retirada de um volume "grande".
Lá dentro, Natalia viu que classificavam os documentos do procurador, mas eles estavam espalhados por uma mesa, cadeiras e pufes, com um aparente descaso pelas provas. Sem luvas, uma perita pegou o telefone celular do promotor e viu a lista de ligações não atendida.
Mais importante: a testemunha disse ainda que a promotora encarregada de investigar o assassinato, Viviana Fein teria encontrado cinco cápsulas de balas disparadas, contrariando a versão oficial de que Nisman foi morto com um único tiro.
Os 15 minutos se estenderam até quase nove da manhã, quando "tomaram mate e pediram medialunas". Nesse período, a deixaram ir ao banheiro e lhe ofereceram café feita na cafeteira de Nisman, sem maior cuidado em isolar a cena do crime. No fim, a fizeram assinar documentos que não leu.
Dias depois, dois homens de cerca de 40 anos estiveram no restaurante onde Natalia Fernández trabalha, na Av. Alicia Moreau de Justo, perguntando se ela era testemunha no Caso Nisman.
Outra pessoa lhe prometeu proteção em nome da organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, que negou ter feito isso. Também lhe ofereceram os serviços do advogado Fernando Burlando, que defende Fernando Esteche, do grupo de ultraesquerda Quebracho.
Esteche é um dos denunciados pelo promotor Nisman e agora por seu sucessor, Gerardo Pollicita, ao lado da presidente Cristina Kirchner; do ministro do Exterior, Héctor Timerman; do deputado Andrés Larroque, líder da ala jovem do kirchnerismo, La Cámpora; e do líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elia.
Eles são acusados de negociar um acordo com o Irã mediado pela Venezuela de Hugo Chávez para inocentar os iranianos denunciadas pelo atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), que matou 85 pessoas e feriu outras 300 em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires. Em troca, a Argentina receberia ajuda do Irã para enfrentar a crise econômica.
Nesta Quarta-Feira de Cinzas, haverá uma passeata de promotores e procuradores de Justiça na capital argentina para cobrar do governo proteção e o esclarecimento da morte de Alberto Nisman, a 86ª vítima do atentado contra a AMIA. O governo é acusado de, no mínimo, tumultuar a investigação. As filhas e a ex-mulher do promotor participam da manifestação.
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Bélgica pede proteção a jornalista na Argentina
A embaixada da Bélgica em Buenos Aires pediu ao governo da Argentina que garanta a segurança da jornalista belgo-espanhola Teresita Dussart, correspondente do jornal La Libre Belgique. Ela foi hostilizada nos meios de comunicação governistas por causa da cobertura da morte do promotor especial Alberto Nisman, encarregado de investigar o pior atentado terrorista da história do país, noticiou o jornal Clarín.
Em seu blog, Dussart revelou que um dos seguranças de Nisman, Rubén Benítez, esteve no apartamento do promotor em 17 de janeiro de 2015, véspera da morte. Nisman teria pedido que Benítez lhe comprasse uma pistola de 22 mm na segunda-feira. Apareceu morto no domingo por um único tiro de uma pistola de 22 mm.
Depois da publicação, a correspondente passou a ser chamada de "espiã" e "mercenária" a serviço dos serviços secretos dos Estados Unidos (CIA) e de Israel (Mossad), as mesmas ofensas usadas contra os críticos do governo Cristina Kirchner.
Esses serviços secretos são acusados pelo kirchnerismo de forjar o inquérito presidido por Nisman que concluiu pela responsabilidade da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) e do Irã no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina que matou 85 pessoas e feriu outras 300 em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires.
No dia seguinte à sua morte, Nisman iria apresentar suas conclusões e provas à Comissão de Legislação Penal da Câmara dos Deputados da Argentina.
Sob o título "outro personagem insólito entra em cena", o jornal kirchnerista Página 12 vinculou Dussart à Krool & Geos, "uma empresa de segurança internacional com atividades em 50 países", a "CIA de Wall St." Juan José Salinas a chamou de "uma dessas agentes de algum (ou vários) dos serviços secretos estrangeiros que colonizaram a Secretaria de Inteligência, estão furiosos e dispostos a tudo" porque a presidente extinguiu o órgão, responsabilizando "agentes renegados" pela morte de Nisman antes da conclusão do inquérito.
Sentindo-se ameaçada, Dussart recorreu às embaixadas da Bélgica e da Espanha, e foi acolhida na belga.
Em seu blog, Dussart revelou que um dos seguranças de Nisman, Rubén Benítez, esteve no apartamento do promotor em 17 de janeiro de 2015, véspera da morte. Nisman teria pedido que Benítez lhe comprasse uma pistola de 22 mm na segunda-feira. Apareceu morto no domingo por um único tiro de uma pistola de 22 mm.
Depois da publicação, a correspondente passou a ser chamada de "espiã" e "mercenária" a serviço dos serviços secretos dos Estados Unidos (CIA) e de Israel (Mossad), as mesmas ofensas usadas contra os críticos do governo Cristina Kirchner.
Esses serviços secretos são acusados pelo kirchnerismo de forjar o inquérito presidido por Nisman que concluiu pela responsabilidade da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) e do Irã no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina que matou 85 pessoas e feriu outras 300 em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires.
No dia seguinte à sua morte, Nisman iria apresentar suas conclusões e provas à Comissão de Legislação Penal da Câmara dos Deputados da Argentina.
Sob o título "outro personagem insólito entra em cena", o jornal kirchnerista Página 12 vinculou Dussart à Krool & Geos, "uma empresa de segurança internacional com atividades em 50 países", a "CIA de Wall St." Juan José Salinas a chamou de "uma dessas agentes de algum (ou vários) dos serviços secretos estrangeiros que colonizaram a Secretaria de Inteligência, estão furiosos e dispostos a tudo" porque a presidente extinguiu o órgão, responsabilizando "agentes renegados" pela morte de Nisman antes da conclusão do inquérito.
Sentindo-se ameaçada, Dussart recorreu às embaixadas da Bélgica e da Espanha, e foi acolhida na belga.
Juiz federal suspende decreto de Obama sobre imigração
Um juiz federal do Texas suspendeu temporariamente a aplicação de decretos do presidente Barack Obama sobre imigração, questionados por 26 estados, até uma decisão final sobre o caso.
Em uma ordem judicial, o juiz Andrew Hanen, do Tribunal Distrital Federal para o Distrito Sul do Texas, sediado em Brownsville, proibiu o governo dos Estados Unidos de levar adiante as iniciativas anunciadas pelo presidente em 20 de novembro de 2014.
As medidas incluíam proteção contra deportação e direito de trabalhar legalmente para cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais.
Obama baixou o decreto em novembro alegando que a oposição republicana obstrui há anos uma reforma do sistema de imigração deixando milhões de pessoas num limbo jurídico. Foi também uma manobra para jogar o eleitorado de origem latino-americana contra o Partido Republicano, que hoje controla as duas casas do Congresso.
Os republicanos reagiram acusando o presidente de violar a Constituição e ignorar o Congresso.
Em uma ordem judicial, o juiz Andrew Hanen, do Tribunal Distrital Federal para o Distrito Sul do Texas, sediado em Brownsville, proibiu o governo dos Estados Unidos de levar adiante as iniciativas anunciadas pelo presidente em 20 de novembro de 2014.
As medidas incluíam proteção contra deportação e direito de trabalhar legalmente para cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais.
Obama baixou o decreto em novembro alegando que a oposição republicana obstrui há anos uma reforma do sistema de imigração deixando milhões de pessoas num limbo jurídico. Foi também uma manobra para jogar o eleitorado de origem latino-americana contra o Partido Republicano, que hoje controla as duas casas do Congresso.
Os republicanos reagiram acusando o presidente de violar a Constituição e ignorar o Congresso.
Americanos são contra convite para Netanyahu discusar no Congresso
A maioria dos americanos entende que o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o deputado oposicionista John Boehner, não deveria ter convidado o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para discursar no Congresso sem consultar a Casa Branca, indica uma pesquisa da rede de televisão CNN.
Cerca de 63% dos entrevistados são contra a manobra da liderança republicana. Só 33% aprovaram o convite.
Em 3 de março de 2015, duas semanas antes das eleições parlamentares israelenses, Netanyahu terá um palanque extraordinário para criticar as negociações entre as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o Irã, apresentando-se como o único chefe de governo capaz de enfrentar os desafios crescentes à segurança de Israel.
O cronograma das negociações prevê que se chegue a um acordo preliminar até 31 de março para desarmar o programa nuclear iraniano, impedindo-o de fabricar armas atômicas. Os EUA exigem que o regime dos aiatolás pare de enriquecer urânio e aceita inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Enquanto as negociações estiveram em andamento, o presidente Barack Obama promete vetar qualquer tentativa da oposição de impor novas sanções ao Irã.
A república islâmica insiste no direito de enriquecer urânio para fins pacíficos - e Israel duvida que sejam realmente pacíficos.
Cerca de 63% dos entrevistados são contra a manobra da liderança republicana. Só 33% aprovaram o convite.
Em 3 de março de 2015, duas semanas antes das eleições parlamentares israelenses, Netanyahu terá um palanque extraordinário para criticar as negociações entre as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o Irã, apresentando-se como o único chefe de governo capaz de enfrentar os desafios crescentes à segurança de Israel.
O cronograma das negociações prevê que se chegue a um acordo preliminar até 31 de março para desarmar o programa nuclear iraniano, impedindo-o de fabricar armas atômicas. Os EUA exigem que o regime dos aiatolás pare de enriquecer urânio e aceita inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Enquanto as negociações estiveram em andamento, o presidente Barack Obama promete vetar qualquer tentativa da oposição de impor novas sanções ao Irã.
A república islâmica insiste no direito de enriquecer urânio para fins pacíficos - e Israel duvida que sejam realmente pacíficos.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Chefes militares discutem guerra ao Estado Islâmico na Arábia Saudita
Os comandantes militares dos países aliados na guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante vão se reunir em Riade, capital da Arábia Saudita, em 17 de fevereiro de 2015, para revisar seus planos de ação, noticiou a Agência France Presse (AFP) citando fontes diplomáticas não identificadas.
Os objetivos do encontro são avaliar os resultados da luta até agora, trocar informações e planejar futuras ações. Uma das razões da reunião foi a expansão das atividades do Estado Islâmico, que atacou o principal hotel da capital da Líbia e degolou 21 cristãos coptas egípcios.
Os objetivos do encontro são avaliar os resultados da luta até agora, trocar informações e planejar futuras ações. Uma das razões da reunião foi a expansão das atividades do Estado Islâmico, que atacou o principal hotel da capital da Líbia e degolou 21 cristãos coptas egípcios.
Hutis rejeitam pressão da ONU para ceder poder no Iêmen
Os rebeldes hutis, da minoria xiita zaidita, que no mês passado tomaram o poder no Iêmen, rejeitaram hoje as pressões das Nações Unidas para dividir o poder, noticiou a Agência France Presse.
As monarquias petroleiras do Golfo Pérsico, lideradas pela Arábia Saudita, querem que a ONU imponha sanções para forçar os rebeldes a ceder.
Nos últimos dias, os sutis tomaram três aviões de caça russos Shukoi e os levaram para uma de suas bases.
Mais pobre entre os países árabes, o Iêmen está à beira de uma nova guerra civil. Várias potências ocidentais (EUA, Alemanha, França, Itália e Reino Unido) fecharam suas embaixadas em Saná
Os hutis representam os grupos que dominavam o antigo Iêmen do Norte. Os sunitas são maioria no Sul. A divisão, que vem do período colonial, se mantém apesar da unificação do país, em 1990.
Para agravar a situação, a rede terrorista Al Caeda na Península Arábica se instalou no Iêmen para fugir da repressão na Arábia Saudita. É alvo frequente dos ataques de drones dos Estados Unidos.
As monarquias petroleiras do Golfo Pérsico, lideradas pela Arábia Saudita, querem que a ONU imponha sanções para forçar os rebeldes a ceder.
Nos últimos dias, os sutis tomaram três aviões de caça russos Shukoi e os levaram para uma de suas bases.
Mais pobre entre os países árabes, o Iêmen está à beira de uma nova guerra civil. Várias potências ocidentais (EUA, Alemanha, França, Itália e Reino Unido) fecharam suas embaixadas em Saná
Os hutis representam os grupos que dominavam o antigo Iêmen do Norte. Os sunitas são maioria no Sul. A divisão, que vem do período colonial, se mantém apesar da unificação do país, em 1990.
Para agravar a situação, a rede terrorista Al Caeda na Península Arábica se instalou no Iêmen para fugir da repressão na Arábia Saudita. É alvo frequente dos ataques de drones dos Estados Unidos.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Terroristas sequestram mais 35 egípcios na Líbia
Pelo menos 35 egípcios foram sequestrados em regiões da Líbia dominadas pelas milícias extremistas muçulmanas Ansar al-Charia e Estado Islâmico, noticiou hoje o jornal Libya Herald. Seria uma retaliação aos ataques da Força Aérea do Egito contra bases jihadistas depois do massacre de 21 coptas, os cristãos egípcios, pelo Estado Islâmico, revelado no fim de semana.
Depois da divulgação do vídeo documentando mais uma atrocidade dos terroristas, o primeiro-ministro do governo líbio reconhecido internacionalmente, Abdala al-Thani, pediu às potências ocidentais que bombardeiem as milícias jihadistas que tomaram a capital, Trípoli, em agosto de 2014.
Desde então, o governo reconhecido fugiu para Tobruk, no Leste do país, a mais de mil quilômetros da verdadeira capital.
A aliança Amanhecer da Líbia, que reúne as milícias extremistas, deu 48 horas para todos os egípcios saírem do país.
Depois da divulgação do vídeo documentando mais uma atrocidade dos terroristas, o primeiro-ministro do governo líbio reconhecido internacionalmente, Abdala al-Thani, pediu às potências ocidentais que bombardeiem as milícias jihadistas que tomaram a capital, Trípoli, em agosto de 2014.
Desde então, o governo reconhecido fugiu para Tobruk, no Leste do país, a mais de mil quilômetros da verdadeira capital.
A aliança Amanhecer da Líbia, que reúne as milícias extremistas, deu 48 horas para todos os egípcios saírem do país.
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Primeiro-ministro pede intervenção internacional na Líbia
O primeiro-ministro do governo da Líbia reconhecido internacionalmente, Abdala al-Thani, pediu hoje uma intervenção internacional das potências ocidentais com bombardeios aéreos contra as milícias extremistas muçulmanas que dominam Trípoli, a capital do país.
Horas depois de um ataque aéreo do Egito contra posições do Estado Islâmico em Darná, o primeiro-ministro declarou que a rede terrorista Al Caeda e o Estado Islâmico estão presentes na capital líbia e na localidade próxima de Ben Jawad.
Al-Thani e o governo reconhecido internacionalmente fugiram da capital desde que as milícias jihadistas da aliança Amanhecer da Líbia tomaram Trípoli, em agosto de 2014. Essas milícias negam qualquer relação formal com Al Caeda, mas professam a mesma ideologia.
As grandes potências ocidentais da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Estados Unidos, França e Reino Unido, intervieram militarmente na Líbia em março de 2011 com bombardeios aéreos para impedir as forças leais do ditador Muamar Kadafi de massacrar a revolta popular em Bengázi, a segunda maior cidade líbia. Kadafi caiu em agosto daquele ano e foi assassinado.
Desde então, a Líbia vive em estado de anarquia, com as milícias que derrubaram o ditador disputando o poder. Não houve intervenção de uma missão internacional de paz das Nações Unidas para ajudar a reconstruir as instituições destroçadas pelo personalismo da ditadura de Kadafi, que desconfiava de tudo e de todos.
No ano passado, as forças aéreas do Egito e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) bombardearam posições das milícias jihadistas, sem assumir a responsabilidade. Agora, depois do massacre de 21 cristãos coptas egípcios degolados pelo Estado Islâmico, o governo egípcio anunciou hoje ter feito dois ataques em território líbio.
Horas depois de um ataque aéreo do Egito contra posições do Estado Islâmico em Darná, o primeiro-ministro declarou que a rede terrorista Al Caeda e o Estado Islâmico estão presentes na capital líbia e na localidade próxima de Ben Jawad.
Al-Thani e o governo reconhecido internacionalmente fugiram da capital desde que as milícias jihadistas da aliança Amanhecer da Líbia tomaram Trípoli, em agosto de 2014. Essas milícias negam qualquer relação formal com Al Caeda, mas professam a mesma ideologia.
As grandes potências ocidentais da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Estados Unidos, França e Reino Unido, intervieram militarmente na Líbia em março de 2011 com bombardeios aéreos para impedir as forças leais do ditador Muamar Kadafi de massacrar a revolta popular em Bengázi, a segunda maior cidade líbia. Kadafi caiu em agosto daquele ano e foi assassinado.
Desde então, a Líbia vive em estado de anarquia, com as milícias que derrubaram o ditador disputando o poder. Não houve intervenção de uma missão internacional de paz das Nações Unidas para ajudar a reconstruir as instituições destroçadas pelo personalismo da ditadura de Kadafi, que desconfiava de tudo e de todos.
No ano passado, as forças aéreas do Egito e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) bombardearam posições das milícias jihadistas, sem assumir a responsabilidade. Agora, depois do massacre de 21 cristãos coptas egípcios degolados pelo Estado Islâmico, o governo egípcio anunciou hoje ter feito dois ataques em território líbio.
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Cartunista sueco visado por terroristas vai para a clandestinidade
O cartunista sueco Lars Vilks, alvo do ataque terrorista contra um debate sobre liberdade de expressão no sábado passado em Copenhague, a capital da Dinamarca, declarou hoje à televisão americana CNN que vai para a clandestinidade.
"É inaceitável que pessoas que cometem esse tipo de ataque contra a liberdade de expressão fiquem soltas", desabafou Vilks. Ele está na lista negra da rede terrorista Al Caeda desde 2006, quando fez uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro.
O debate em Copenhague discutia o impacto sobre a liberdade de expressão do atentado terrorista que matou 12 pessoas no jornal satírico francês Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015. Dez horas depois de atacar o café onde se realizava a discussão, matando o cineasta dinamarquês Finn Norgaard, o suspeito, identificado como Omar el-Hussein, matou um segurança judeu e feriu dois policiais diante da sinagoga central de Copenhague.
Diante de mais um atentado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convidou mais uma vez os judeus europeus a emigrar para Israel: "Os judeus estão sendo mortos na Europa pelo simples fato de serem judeus."
Vários rabinos da Dinamarca protestaram: os judeus devem emigrar para Israel porque querem viver lá e não fugindo de ameaças terroristas. A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, prometeu garantir a segurança dos judeus no país.
"É inaceitável que pessoas que cometem esse tipo de ataque contra a liberdade de expressão fiquem soltas", desabafou Vilks. Ele está na lista negra da rede terrorista Al Caeda desde 2006, quando fez uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro.
O debate em Copenhague discutia o impacto sobre a liberdade de expressão do atentado terrorista que matou 12 pessoas no jornal satírico francês Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015. Dez horas depois de atacar o café onde se realizava a discussão, matando o cineasta dinamarquês Finn Norgaard, o suspeito, identificado como Omar el-Hussein, matou um segurança judeu e feriu dois policiais diante da sinagoga central de Copenhague.
Diante de mais um atentado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convidou mais uma vez os judeus europeus a emigrar para Israel: "Os judeus estão sendo mortos na Europa pelo simples fato de serem judeus."
Vários rabinos da Dinamarca protestaram: os judeus devem emigrar para Israel porque querem viver lá e não fugindo de ameaças terroristas. A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, prometeu garantir a segurança dos judeus no país.
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China pressiona Irã a fazer acordo nuclear
O Irã tem uma oportunidade histórica para concluir um acordo nuclear que lhe permitirá concentrar seus esforços no desenvolvimento, declarou ontem o ministro do Exterior da China, Wang Yi, durante visita a Teerã.
A China aumentou em 30% suas importações de petróleo iraniano no ano passado e quer estreitar ainda mais os laços econômicos com a república islâmica. Wang Yi acredita que os dois países têm "enormes possibilidades" de cooperação energética e industrial.
O chanceler prometeu: "A China vai encorajar as empresas chinesas a investir no Irã, a construir fábricas para o desenvolvimento conjunto de parques industriais."
Sob suspeita de estar desenvolvimento armas nucleares, o Irã é alvo de sanções internacionais de forte impacto sobre a economia do país. Isso levou à eleição para presidente de um aiatolá considerado moderado, Hassan Rouhani, que prometeu na campanha uma reaproximação com o Ocidente.
O presidente Barack Obama aposta na conclusão de um acordo negociado pelas cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e a Alemanha para que o Irã pare de enriquecer urânio e aceite inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A república dos aiatolás insiste no direito de enriquecer urânio para fins pacíficos, mas persistem fortes suspeitas, especialmente em Israel, o arqui-inimigo que o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ameaçava "varrer do mapa", o que só a bomba atômica é capaz de fazer.
Para afrontar Obama, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado John Boehner, convidou o primeiro-ministro linha-dura israelense Benjamin Netanyahu a fazer um pronunciamento no Congresso em 3 de março de 2015, duas semanas antes das eleições parlamentares em Israel.
Sob pressão dos outros partidos políticos, o presidente da Comissão Eleitoral de Israel, Salim Joubran, decidiu que o discurso será transmitido pela televisão israelense com um atraso de cinco minutos para dar tempo aos editores de cortar o que considerarem mera propaganda política, noticiou hoje a agência Reuters.
A China aumentou em 30% suas importações de petróleo iraniano no ano passado e quer estreitar ainda mais os laços econômicos com a república islâmica. Wang Yi acredita que os dois países têm "enormes possibilidades" de cooperação energética e industrial.
O chanceler prometeu: "A China vai encorajar as empresas chinesas a investir no Irã, a construir fábricas para o desenvolvimento conjunto de parques industriais."
Sob suspeita de estar desenvolvimento armas nucleares, o Irã é alvo de sanções internacionais de forte impacto sobre a economia do país. Isso levou à eleição para presidente de um aiatolá considerado moderado, Hassan Rouhani, que prometeu na campanha uma reaproximação com o Ocidente.
O presidente Barack Obama aposta na conclusão de um acordo negociado pelas cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e a Alemanha para que o Irã pare de enriquecer urânio e aceite inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A república dos aiatolás insiste no direito de enriquecer urânio para fins pacíficos, mas persistem fortes suspeitas, especialmente em Israel, o arqui-inimigo que o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ameaçava "varrer do mapa", o que só a bomba atômica é capaz de fazer.
Para afrontar Obama, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado John Boehner, convidou o primeiro-ministro linha-dura israelense Benjamin Netanyahu a fazer um pronunciamento no Congresso em 3 de março de 2015, duas semanas antes das eleições parlamentares em Israel.
Sob pressão dos outros partidos políticos, o presidente da Comissão Eleitoral de Israel, Salim Joubran, decidiu que o discurso será transmitido pela televisão israelense com um atraso de cinco minutos para dar tempo aos editores de cortar o que considerarem mera propaganda política, noticiou hoje a agência Reuters.
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Força Aérea do Egito bombardeia Estado Islâmico na Líbia
Em retaliação pelo massacre de 21 cristãos egípcios do povo copta degolados numa praia da Líbia, divulgado ontem na Internet, a Força Aérea do Egito bombardeou hoje posições da milícia extremista Estado Islâmico na cidade de Darná, naquele país, noticiou o jornal francês Le Monde.
A operação visou acampamentos, centros de treinamento e arsenais do grupo perto da fronteira do Egito para "vingar o banho de sangue e punir os assassinos. Os egípcios precisam saber que têm um escudo para defendê-los", disseram porta-vozes militares.
Diante da notícia, o ditador Abdel Fattah al-Sissi decretou luto nacional por sete dias e convocou o Conselho de Segurança Nacional para dar uma resposta. É a primeira vez que o Egito reconhece publicamente um ataque na Líbia. No ano passado, o país e os Emirados Árabes Unidos foram acusados de atacar milícias jihadistas líbias, mas negaram tudo.
Depois de proclamar a fundação de um califado, em junho de 2014, nos territórios que ocupa na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante passou a se autodenominar apenas Estado Islâmico. Isso implica uma reivindicação sobre o mundo inteiro.
Desde então, agiu fora de sua base territorial, no Afeganistão, na Líbia, na Jordânia e no Líbano, num sinal claro de expansão dos horizontes. Sua presença na Líbia aumentou sensivelmente nos últimos seis meses.
Em novembro, o Estado Islâmico tomou a cidade de Darná, perto da fronteira com o Egito. A partir daí, tentou ampliar sua área de atuação para Bengázi, a segunda maior cidade líbia; Sirte, a terra natal do finado ditador Muamar Kadafi; e a capital, Trípoli. Em 27 de janeiro de 2015, atacou o Hotel Corinthia, o mais importante da capital líbia.
Na análise da empresa de estudos estratégicos Stratfor, a presença do Estado Islâmico é menor na Líbia do que na Síria e no Iraque, onde está enfrentando uma aliança internacional liderada pelos Estados Unidos.
Seu fortalecimento se deu às custas de outros grupos jihadistas como Ansar al-Charia, responsável pelo ataque contra o Consulado dos EUA em Bengázi em 11 de setembro de 2012, quando quatro americanos foram mortos, inclusive o embaixador na Líbia. Até a degola dos 21 cristãos egípcios, não havia atraído muita atenção internacional.
Assim, apesar do apelo do primeiro-ministro Abdala al-Thani por uma intervenção militar no país, é provável que países vizinhos como o Egito e os Emirados Árabes Unidos combatam o Estado Islâmico na Líbia. Os EUA podem fazer bombardeios aéreos e de mísseis.
O Egito tem as maiores e mais poderosas Forças Armadas do mundo árabe, mas a crise política e econômica permanente desde a chamada Primavera Árabe, de 2011, limita sua capacidade de intervenção. Uma longa campanha no exterior exigiria financiamento externo. Talvez as monarquias petroleiras do Golfo Pérsico se disponham a colaborar.
Além disso, a ditadura do marechal Al-Sissi enfrenta uma rebelião na Península do Sinai que exige um reforço militar na região, que fica entre o Canal de Suez e Israel e a Faixa de Gaza. É mais provável que limite sua intervenção na Líbia a bombardeios aéreos, dependendo, é claro, da ferocidade dos jihadistas, que sequestraram mais 35 egípcios.
A operação visou acampamentos, centros de treinamento e arsenais do grupo perto da fronteira do Egito para "vingar o banho de sangue e punir os assassinos. Os egípcios precisam saber que têm um escudo para defendê-los", disseram porta-vozes militares.
Diante da notícia, o ditador Abdel Fattah al-Sissi decretou luto nacional por sete dias e convocou o Conselho de Segurança Nacional para dar uma resposta. É a primeira vez que o Egito reconhece publicamente um ataque na Líbia. No ano passado, o país e os Emirados Árabes Unidos foram acusados de atacar milícias jihadistas líbias, mas negaram tudo.
Depois de proclamar a fundação de um califado, em junho de 2014, nos territórios que ocupa na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante passou a se autodenominar apenas Estado Islâmico. Isso implica uma reivindicação sobre o mundo inteiro.
Desde então, agiu fora de sua base territorial, no Afeganistão, na Líbia, na Jordânia e no Líbano, num sinal claro de expansão dos horizontes. Sua presença na Líbia aumentou sensivelmente nos últimos seis meses.
Em novembro, o Estado Islâmico tomou a cidade de Darná, perto da fronteira com o Egito. A partir daí, tentou ampliar sua área de atuação para Bengázi, a segunda maior cidade líbia; Sirte, a terra natal do finado ditador Muamar Kadafi; e a capital, Trípoli. Em 27 de janeiro de 2015, atacou o Hotel Corinthia, o mais importante da capital líbia.
Na análise da empresa de estudos estratégicos Stratfor, a presença do Estado Islâmico é menor na Líbia do que na Síria e no Iraque, onde está enfrentando uma aliança internacional liderada pelos Estados Unidos.
Seu fortalecimento se deu às custas de outros grupos jihadistas como Ansar al-Charia, responsável pelo ataque contra o Consulado dos EUA em Bengázi em 11 de setembro de 2012, quando quatro americanos foram mortos, inclusive o embaixador na Líbia. Até a degola dos 21 cristãos egípcios, não havia atraído muita atenção internacional.
Assim, apesar do apelo do primeiro-ministro Abdala al-Thani por uma intervenção militar no país, é provável que países vizinhos como o Egito e os Emirados Árabes Unidos combatam o Estado Islâmico na Líbia. Os EUA podem fazer bombardeios aéreos e de mísseis.
O Egito tem as maiores e mais poderosas Forças Armadas do mundo árabe, mas a crise política e econômica permanente desde a chamada Primavera Árabe, de 2011, limita sua capacidade de intervenção. Uma longa campanha no exterior exigiria financiamento externo. Talvez as monarquias petroleiras do Golfo Pérsico se disponham a colaborar.
Além disso, a ditadura do marechal Al-Sissi enfrenta uma rebelião na Península do Sinai que exige um reforço militar na região, que fica entre o Canal de Suez e Israel e a Faixa de Gaza. É mais provável que limite sua intervenção na Líbia a bombardeios aéreos, dependendo, é claro, da ferocidade dos jihadistas, que sequestraram mais 35 egípcios.
Japão sai da recessão com crescimento fraco
O Japão, terceira maior economia do mundo, conseguiu escapar da recessão, mas teve um crescimento fraco, de 0,6% em relação ao trimestre anterior no último trimestre de 2014, o que projeta uma taxa anual de 2,2%, abaixo da expectativa dos analistas, que era de 0,9% ou 3,6% ao ano.
Esse resultado coloca em questão mais uma vez a abeconomia, a política econômica do primeiro-ministro Shinzo Abe, que prometeu ao tomar posse, no fim de 2012, livrar o Japão da estagnação e da deflação que travam o desenvolvimento do país há duas décadas.
Depois de um sucesso inicial, a economia japonesa enfrentou dois trimestres consecutivos de contração a partir de 1º de abril de 2014, quando entrou um vigor um aumento do imposto sobre o consumo de 5% para 8%. Abe suspendeu a segunda etapa do aumento da alíquota, para 10%, mas o estrago estava feito. A queda no consumo passou de 5%.
"A primeira estimativa do desempenho do produto interno bruto no quarto trimestre confirma que a economia passou do seu pior momento", declarou Yasunari Ueno, economista da corretora Mizuno Securities em Tóquio. "Mas não é fácil ser otimista quanto ao crescimento futuro."
A exemplo do que fizeram os bancos centrais dos Estados Unidos e do Reino Unido para enfrentar a crise, o Banco do Japão está comprando títulos no mercado financeiro para aumentar a quantidade de moeda em circulação e assim reinflar a economia.
Mas o consumo pessoal (+0,3%) e os investimentos das empresas (+0,1%) decepcionaram. Com a demanda fraca, o país não vai superar a hiperinflação. Foi a desvalorização do iene, a moeda nacional, que deu impulso à economia japonesa ao baratear as exportações, que avançaram 2,7%, na maior alta em um ano.
A massa salarial cresceu apenas 0,1% no fim de 2014, abaixo dos 0,6% do trimestre anterior. O governo está pressionando as empresas a dar aumentos salariais. Com a queda de 50% nos preços internacionais do petróleo nos últimos sete meses, os consumidores e as empresas terão contas de energia mais barata em 2015.
Esse resultado coloca em questão mais uma vez a abeconomia, a política econômica do primeiro-ministro Shinzo Abe, que prometeu ao tomar posse, no fim de 2012, livrar o Japão da estagnação e da deflação que travam o desenvolvimento do país há duas décadas.
Depois de um sucesso inicial, a economia japonesa enfrentou dois trimestres consecutivos de contração a partir de 1º de abril de 2014, quando entrou um vigor um aumento do imposto sobre o consumo de 5% para 8%. Abe suspendeu a segunda etapa do aumento da alíquota, para 10%, mas o estrago estava feito. A queda no consumo passou de 5%.
"A primeira estimativa do desempenho do produto interno bruto no quarto trimestre confirma que a economia passou do seu pior momento", declarou Yasunari Ueno, economista da corretora Mizuno Securities em Tóquio. "Mas não é fácil ser otimista quanto ao crescimento futuro."
A exemplo do que fizeram os bancos centrais dos Estados Unidos e do Reino Unido para enfrentar a crise, o Banco do Japão está comprando títulos no mercado financeiro para aumentar a quantidade de moeda em circulação e assim reinflar a economia.
Mas o consumo pessoal (+0,3%) e os investimentos das empresas (+0,1%) decepcionaram. Com a demanda fraca, o país não vai superar a hiperinflação. Foi a desvalorização do iene, a moeda nacional, que deu impulso à economia japonesa ao baratear as exportações, que avançaram 2,7%, na maior alta em um ano.
A massa salarial cresceu apenas 0,1% no fim de 2014, abaixo dos 0,6% do trimestre anterior. O governo está pressionando as empresas a dar aumentos salariais. Com a queda de 50% nos preços internacionais do petróleo nos últimos sete meses, os consumidores e as empresas terão contas de energia mais barata em 2015.
Ex-vice-presidente do Irã pega cinco anos por corrupção
O ex-vice-presidente iraniano Mohamed Reza Rahimi começou a cumprir ontem uma sentença de cinco anos e três meses de prisão por ter "enriquecido por métodos ilícitos", informa a agência Associated Press (AP).
Rahimi havia sido condenado a 15 anos de prisão em janeiro, mas o Supremo Tribunal de Justiça do Irã reduziu a pena. Ele era chefe do escritório de combate à corrupção do regime fundamentalista iraniano.
É público e notório o enriquecimento ilícito de altas autoridades da república islâmica. O ex-presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani teria perdido a reeleição por ter caído na boca do povo.
Rafsanjani é um dos denunciados na Argentina pelo atentado terrorista de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em que 85 pessoas morreram. Foi presidente do Assembleia dos Sábios, um órgão de assessoramento encarregada de eleger e fiscalizar o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, o líder da ditadura militar, e agora chefia o Conselho de Discernimento, que resolve conflitos entre o Majlis (Parlamento) e o Conselho dos Anciães.
O presidente reformista Hassan Rouhani iniciou uma campanha anticorrupção e deve privatizar várias empresas estatais depois de saneá-las. Também está negociando com os Estados Unidos e as grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas o desarmamento do programa nuclear iraniano e o fim das sanções internacionais contra a república dos aiatolás.
Rahimi havia sido condenado a 15 anos de prisão em janeiro, mas o Supremo Tribunal de Justiça do Irã reduziu a pena. Ele era chefe do escritório de combate à corrupção do regime fundamentalista iraniano.
É público e notório o enriquecimento ilícito de altas autoridades da república islâmica. O ex-presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani teria perdido a reeleição por ter caído na boca do povo.
Rafsanjani é um dos denunciados na Argentina pelo atentado terrorista de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em que 85 pessoas morreram. Foi presidente do Assembleia dos Sábios, um órgão de assessoramento encarregada de eleger e fiscalizar o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, o líder da ditadura militar, e agora chefia o Conselho de Discernimento, que resolve conflitos entre o Majlis (Parlamento) e o Conselho dos Anciães.
O presidente reformista Hassan Rouhani iniciou uma campanha anticorrupção e deve privatizar várias empresas estatais depois de saneá-las. Também está negociando com os Estados Unidos e as grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas o desarmamento do programa nuclear iraniano e o fim das sanções internacionais contra a república dos aiatolás.
Estado Islâmico degola 21 cristãos egípcios na Líbia
Um vídeo divulgado ontem no Twitter de uma conta ligada à milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante mostra 21 cristãos coptas do Egito sendo degolados numa praia da Líbia, noticiou a agência Reuters. No vídeo, um dos terroristas adverte que "os cruzados nunca estarão seguros".
Maior e mais poderoso grupo jihadista surgido até hoje, o Estado Islâmico usa execuções violentas e brutais como instrumento de propaganda para atrair recrutas e chamar a atenção para sua ideologia assassina.
O ministro da Defesa já advertiu que chegou a hora de países da União Europeia se unirem para combater as milícias islamitas que se aproveitam do caos reinante na Líbia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011.
Maior e mais poderoso grupo jihadista surgido até hoje, o Estado Islâmico usa execuções violentas e brutais como instrumento de propaganda para atrair recrutas e chamar a atenção para sua ideologia assassina.
O ministro da Defesa já advertiu que chegou a hora de países da União Europeia se unirem para combater as milícias islamitas que se aproveitam do caos reinante na Líbia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Terrorista morto em Copenhague era dinamarquês
A Dinamarca revelou que o suspeito de dois ataques terroristas cometidos ontem em Copenhague, morto pela polícia na manhã de hoje, era Omar Abdel Hamid el-Hussein, um jovem muçulmano de 22 anos de origem palestina nascido no país.
Hussein era conhecido das autoridades. Tinha antecedentes criminais por violência, mas nenhuma ligação aparentemente com grupos terroristas. Há duas semanas, saiu da cadeia, onde teria aderido ao jihadismo.
A investigação tenta descobrir se ele agiu sozinho, noticiou o jornal inglês The Guardian. Dois suspeitos de colaborar com o criminoso foram presos.
Por volta das três e meia da tarde de ontem, ele invadiu um café onde havia um debate sobre liberdade de imprensa depois do ataque terrorista contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo, em que 12 pessoas foram mortas, no mês passado, em Paris, e saiu atirando. Seu alvo seria o cartunista sueco Lars Vilks, autor de uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro.
O cineasta Finn Norgaard, de 55 anos, que participava da discussão, foi morto. Três policiais foram feridos. Vilks saiu ileso.
Dez horas depois, já na madrugada deste domingo, o terrorista abriu fogo diante da principal Sinagoga da capital dinamarquesa, matando um civil e ferindo dois policiais.
A Europa enfrenta uma onda de atentados terroristas, vários deles contra alvos israelitas. Em 24 de maio do ano passado, o Museu Judaico foi atacado em Bruxelas. No mês passado, dois dias depois do atentado ao Charlie Hebdo, um terrorista ocupou um supermercado judaico em Paris e matou quatro pessoas. Ontem e hoje, os alvos estavam na capital da Dinamarca. Também hoje, a cidade alemã de Braunschweig suspendeu o desfile de carnaval diante de "uma ameaça terrorista específica".
Hussein era conhecido das autoridades. Tinha antecedentes criminais por violência, mas nenhuma ligação aparentemente com grupos terroristas. Há duas semanas, saiu da cadeia, onde teria aderido ao jihadismo.
A investigação tenta descobrir se ele agiu sozinho, noticiou o jornal inglês The Guardian. Dois suspeitos de colaborar com o criminoso foram presos.
Por volta das três e meia da tarde de ontem, ele invadiu um café onde havia um debate sobre liberdade de imprensa depois do ataque terrorista contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo, em que 12 pessoas foram mortas, no mês passado, em Paris, e saiu atirando. Seu alvo seria o cartunista sueco Lars Vilks, autor de uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro.
O cineasta Finn Norgaard, de 55 anos, que participava da discussão, foi morto. Três policiais foram feridos. Vilks saiu ileso.
Dez horas depois, já na madrugada deste domingo, o terrorista abriu fogo diante da principal Sinagoga da capital dinamarquesa, matando um civil e ferindo dois policiais.
A Europa enfrenta uma onda de atentados terroristas, vários deles contra alvos israelitas. Em 24 de maio do ano passado, o Museu Judaico foi atacado em Bruxelas. No mês passado, dois dias depois do atentado ao Charlie Hebdo, um terrorista ocupou um supermercado judaico em Paris e matou quatro pessoas. Ontem e hoje, os alvos estavam na capital da Dinamarca. Também hoje, a cidade alemã de Braunschweig suspendeu o desfile de carnaval diante de "uma ameaça terrorista específica".
Cidade alemã cancela desfile de carnaval por ameaça terrorista
A Prefeitura de Braunschweig, na Alemanha, suspendeu hoje o desfile de carnaval na cidade uma hora e meia antes do início por causa de "uma ameaça específica de um ataque islamita", informou hoje a televisão pública britânica BBC.
Cerca de 250 mil pessoas costumam participar do desfile todos os anos. A decisão foi tomada horas depois de dois ataques terroristas em Copenhague, a capital da vizinha Dinamarca.
Cerca de 250 mil pessoas costumam participar do desfile todos os anos. A decisão foi tomada horas depois de dois ataques terroristas em Copenhague, a capital da vizinha Dinamarca.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Terroristas matam duas pessoas em ataques na capital da Dinamarca
Uma debate sobre a liberdade de imprensa tendo em vista o atentado terrorista contra o jornal Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015, em Paris, terminou com tiroteio e uma morte hoje em Copenhague, a capital da Dinamarca. Três policiais saíram feridos e o cineasta Finn Norgaard, de 55 anos, foi morto.
Um homem, no primeiro momento falou-se em dois, invadiu o local do evento atrás do cartunista sueco Lars Vilks. Ele está na lista negra da rede terrorista Al Caeda desde 2006, quando fez uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro. O terrorista fugiu a pé.
Dez horas depois, já na madrugada de domingo pela hora local, houve um tiroteio diante da principal sinagoga de Copenhague. Um civil morreu e dois policiais saíram feridos. Houve uma caçada humana em marcha na capital dinamarquesa, mas não foi decretado toque de recolher.
Mais tarde, a polícia dinamarquesa matou um homem que considera o principal suspeito pelos dois ataques. Ele já era conhecido pelas autoridades.
Foi na Dinamarca, em 2005, que o jornal Jyllands-Posten publicou as primeira caricaturas consideradas ofensivas ao profeta Maomé.
Um homem, no primeiro momento falou-se em dois, invadiu o local do evento atrás do cartunista sueco Lars Vilks. Ele está na lista negra da rede terrorista Al Caeda desde 2006, quando fez uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro. O terrorista fugiu a pé.
Dez horas depois, já na madrugada de domingo pela hora local, houve um tiroteio diante da principal sinagoga de Copenhague. Um civil morreu e dois policiais saíram feridos. Houve uma caçada humana em marcha na capital dinamarquesa, mas não foi decretado toque de recolher.
Mais tarde, a polícia dinamarquesa matou um homem que considera o principal suspeito pelos dois ataques. Ele já era conhecido pelas autoridades.
Foi na Dinamarca, em 2005, que o jornal Jyllands-Posten publicou as primeira caricaturas consideradas ofensivas ao profeta Maomé.
Boko Haram ataca cidade do Nordeste da Nigéria
A milícia extremista muçulmana Boko Haram atacou hoje a cidade de Gombe, no Nordeste da Nigéria. Os rebeldes tomaram um posto de controle militar e incendiaram a delegacia de polícia antes de serem repelidos pelas forças governamentais.
O Boko Haram também invadiu a cidade de Dadikowa, no estado de Gombe, noticiou a televisão pública britânica BBC. Testemunhas contaram que os milicianos distribuíram panfletos incitando a população a não votar nas eleições parlamentares e presidencial adiadas para 28 de março de 2015 pela Comissão Nacional Eleitoral pela dificuldade de distribuir as urnas e cédulas para as zonas eleitorais em regiões de conflito.
O Boko Haram também invadiu a cidade de Dadikowa, no estado de Gombe, noticiou a televisão pública britânica BBC. Testemunhas contaram que os milicianos distribuíram panfletos incitando a população a não votar nas eleições parlamentares e presidencial adiadas para 28 de março de 2015 pela Comissão Nacional Eleitoral pela dificuldade de distribuir as urnas e cédulas para as zonas eleitorais em regiões de conflito.
Porochenko ameaça decretar lei marcial na Ucrânia
Diante da violência dos combates em Debaltseve a poucos horas do início da trégua acertada em Minsk, à zero hora de domingo, o presidente Petro Porochenko ameaçou hoje decretar lei marcial na Ucrânia, se os rebeldes apoiados pela Rússia não respeitarem o cessar-fogo.
Mais de 5,4 mil pessoas morreram em 10 meses de guerra no Leste da Ucrânia. Depois de um acordo paz firmado em setembro do ano passado, em Minsk, a capital da Bielorrússia, a situação parecia ter se acalmado. Com a crise econômica russa, causada pelas sanções internacionais contra a guerra e a queda nos preços do petróleo, o presidente Vladimir Putin apelou para a guerra para manter sua popularidade.
Mais de 5,4 mil pessoas morreram em 10 meses de guerra no Leste da Ucrânia. Depois de um acordo paz firmado em setembro do ano passado, em Minsk, a capital da Bielorrússia, a situação parecia ter se acalmado. Com a crise econômica russa, causada pelas sanções internacionais contra a guerra e a queda nos preços do petróleo, o presidente Vladimir Putin apelou para a guerra para manter sua popularidade.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Zona do Euro cresceu 0,3% em 2014
Uma forte aceleração da economia da Alemanha, a maior da Europa e quarta do mundo, garantiu à Zona do Euro um crescimento de 0,3% em 2014, mas vários países da região estão estagnados ou em recessão.
A França, por exemplo, segunda maior economia da Eurozona, avançou apenas 0,1% no último trimestre e 0,4% em 2014, sem romper com as ameaças de deflação e estagnação que levaram o Banco Central Europeu (BCE) a adotar a política de "alívio quantitativo" para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação. O grande motor da economia francesa foi o consumo pessoal, que registrou alta de 0,6%, informa o Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos).
Na Alemanha, o crescimento no ano passado foi de 1,6%, acima da expectativa oficial, que era de 1,5%, estimulado também para consumo interno e pelo investimento, revelou hoje o escritório oficial de estatísticas Destatis.
A França, por exemplo, segunda maior economia da Eurozona, avançou apenas 0,1% no último trimestre e 0,4% em 2014, sem romper com as ameaças de deflação e estagnação que levaram o Banco Central Europeu (BCE) a adotar a política de "alívio quantitativo" para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação. O grande motor da economia francesa foi o consumo pessoal, que registrou alta de 0,6%, informa o Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos).
Na Alemanha, o crescimento no ano passado foi de 1,6%, acima da expectativa oficial, que era de 1,5%, estimulado também para consumo interno e pelo investimento, revelou hoje o escritório oficial de estatísticas Destatis.
Venezuela prende cinco oficiais militares acusados de golpe
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou ontem à noite em pronunciamento na televisão estatal TeleSur ter desarticulado um golpe de Estado. Pelo menos cinco oficiais das Forças Armadas foram presos.
Maduro acusou os presos de receberem pagamento em dólares e afirmou que um deles tinha visto para fugir para os Estados Unidos se a conspiração fracassasse.
O golpe seria deflagrado ontem, no primeiro aniversário de um ano do início da uma onda de manifestações de protesto contra o regime chavista em que 43 pessoas foram mortas. A conspiração incluiria bombardeios ao palácio presidencial de Miraflores e à sede da emissora TeleSur em Caracas, além do assassinato de líderes da oposição.
Diante dos rumores de golpe em meio à pior crise econômica em décadas, com inflação de quase 70% ao ano e desabastecimento de produtos básicos, o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, declarou no Twitter que os militares permanecem leais ao governo Maduro. Até quando?
Maduro acusou os presos de receberem pagamento em dólares e afirmou que um deles tinha visto para fugir para os Estados Unidos se a conspiração fracassasse.
O golpe seria deflagrado ontem, no primeiro aniversário de um ano do início da uma onda de manifestações de protesto contra o regime chavista em que 43 pessoas foram mortas. A conspiração incluiria bombardeios ao palácio presidencial de Miraflores e à sede da emissora TeleSur em Caracas, além do assassinato de líderes da oposição.
Diante dos rumores de golpe em meio à pior crise econômica em décadas, com inflação de quase 70% ao ano e desabastecimento de produtos básicos, o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, declarou no Twitter que os militares permanecem leais ao governo Maduro. Até quando?
Novo promotor reapresenta denúncia contra Cristina Kircher
O promotor federal Gerardo Pollicita denunciou a presidente Cristina Kirchner por tentar acobertar a participação do Irã no atentado terrorista que matou 85 pessoas e feriu outras 300 em 18 de julho de 1994 na Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), no pior atentado terrorista da história do país, noticia o jornal Clarín.
Também foram denunciados por articular o acordo entre Argentina e Irã para revisar todo o caso e livrar os iranianos o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman; o deputado Andrés Larroque, líder do movimento La Cámpora, da juventude kirchnerista; e o líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elía.
Pollicita está no lugar do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento no bairro de Porto Madero, em Buenos Aires, em 18 de janeiro de 2015, menos de 24 horas antes de apresentar à Comissão de Legislação Penal da Câmara dos Deputados suas conclusões sobre a investigação de acobertamento.
Também foram denunciados por articular o acordo entre Argentina e Irã para revisar todo o caso e livrar os iranianos o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman; o deputado Andrés Larroque, líder do movimento La Cámpora, da juventude kirchnerista; e o líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elía.
Pollicita está no lugar do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento no bairro de Porto Madero, em Buenos Aires, em 18 de janeiro de 2015, menos de 24 horas antes de apresentar à Comissão de Legislação Penal da Câmara dos Deputados suas conclusões sobre a investigação de acobertamento.
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Estado Islâmico ocupa rádio na Líbia
Atiradores afiliados ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomaram uma rádio na cidade de Sirte, na Líbia, informou hoje a Agência France Presse (AFP), e divulgaram na Internet fotos de homens armados com fuzis de guerra Kalachnikov diante dos microfones.
Os terroristas estão lendo no ar versos do Corão e discursos do líder do grupo, Abu Baker al-Baghdadi. De acordo com um funcionário municipal, os milicianos instalaram seu quartel-general no centro da cidade.
As milícias Ansar al-Charia, que atacou o Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012, e outras afiliadas ao Amanhecer na Líbia também são atuantes na cidade, terra natal do ex-ditador Muamar Kadafi, deposto na chamada Primavera Árabe, em 2011. Desde então, a Líbia vive em estado de anarquia.
Os terroristas estão lendo no ar versos do Corão e discursos do líder do grupo, Abu Baker al-Baghdadi. De acordo com um funcionário municipal, os milicianos instalaram seu quartel-general no centro da cidade.
As milícias Ansar al-Charia, que atacou o Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012, e outras afiliadas ao Amanhecer na Líbia também são atuantes na cidade, terra natal do ex-ditador Muamar Kadafi, deposto na chamada Primavera Árabe, em 2011. Desde então, a Líbia vive em estado de anarquia.
Ataque suicida mata 20 em mesquita xiita no Paquistão
Três terroristas suicidas se detonaram hoje numa mesquita xiita de Peshawar, no Paquistão, e foram seguidos por três atiradores que invadiram o local logo em seguida, disparando em todas as direções. Pelo menos 20 pessoas morreram e outras 50 saíram feridas, noticia o jornal paquistanês Dawn (Amanhecer).
A milícia terrorista Jundullah, uma dissidência dos Talebã do Paquistão, reivindicou a autoria do atentado, que declarou ser uma vingança pela morte, em dezembro, de um militante conhecido como Doutor Usman.
A milícia terrorista Jundullah, uma dissidência dos Talebã do Paquistão, reivindicou a autoria do atentado, que declarou ser uma vingança pela morte, em dezembro, de um militante conhecido como Doutor Usman.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Jordânia oferece Forças Armadas para luta contra o Estado Islâmico
A Jordânia está colocando suas Forças Armadas à disposição para a guerra contra a milícia extremista muçulmana Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que queimou vivo um piloto jordaniano, anunciou hoje o ministro da Defesa, Khaled al-Obeidi, depois de uma reunião do Estado-Maior.
O comandante-em-chefe do Estado-Maior, general Machal Mohamed Zabin, observou que as fronteiras do país são seguras, não havendo necessidade de mobilizar unidades militares extras para defendê-las, noticiou o jornal The Jordan Times.
Depois de cessar suas operações por quase um mês, os Emirados Árabes Unidos voltaram a participar da campanha aérea liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico.
O comandante-em-chefe do Estado-Maior, general Machal Mohamed Zabin, observou que as fronteiras do país são seguras, não havendo necessidade de mobilizar unidades militares extras para defendê-las, noticiou o jornal The Jordan Times.
Depois de cessar suas operações por quase um mês, os Emirados Árabes Unidos voltaram a participar da campanha aérea liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico.
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França vende 24 aviões Rafale ao Egito
Num contrato de mais de 5 milhões de euros, a França vai vender ao Egito 24 aviões de guerra Rafale, os mesmos oferecidos ao Brasil, que optou pelo Gripen, da Suécia, uma fragata e mísseis de curto e médio alcances, informa o jornal francês Le Monde.
Uma das razões da compra é a preocupação do governo egípcio com a guerra civil na vizinha Líbia, onde o Cairo apoia o governo reconhecido internacionalmente, que enfrenta o desafio de milícias islamitas. O país vive em estado de anarquia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011.
Uma das razões da compra é a preocupação do governo egípcio com a guerra civil na vizinha Líbia, onde o Cairo apoia o governo reconhecido internacionalmente, que enfrenta o desafio de milícias islamitas. O país vive em estado de anarquia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011.
Frente al-Nusra se desliga da rede terrorista Al Caeda
Aumenta a competição entre grupos jihadistas. A Frente al-Nusra estaria se desligando da rede terrorista Al Caeda para seguir seu próprio rumo, inspirada pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, noticiou hoje o sítio International Business Times.
A Frente al-Nusra conseguiu vitórias importantes recentemente na guerra civil da Síria, especialmente nas regiões de Alepo e Idlibe. O Estado Islâmico rompeu com Al Caeda há um ano.
A Frente al-Nusra conseguiu vitórias importantes recentemente na guerra civil da Síria, especialmente nas regiões de Alepo e Idlibe. O Estado Islâmico rompeu com Al Caeda há um ano.
Rússia e Ucrânia acertam cessar-fogo a partir de domingo
Depois de 17 horas de negociações mediadas pela Alemanha e a França em Minsk, na Bielorrússia, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Porochenko, acertaram uma trégua a partir da meia-noite de domingo, 15 de fevereiro de 2015, no conflito entre o governo ucraniano e os rebeldes apoiados pelo Kremlin.
Com a ajuda do presidente francês, François Hollande, e da chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, além do cessar-fogo, Putin e Porochenko aceitaram que uma linha demarcatória divida as duas partes em conflito. Uma zona desmilitarizada será criada dos dois lados da linha e as armas pesadas serão retiradas do Leste da Ucrânia.
Este é o acordo, que substitui outro negociado em Minsk em setembro de 2014. Resta ver se desta vez a Rússia vai cumpri-lo.
Há um ano, quando caiu o presidente Viktor Yankovich, aliado de Moscou, não havia nenhum movimento nacionalista russo na Ucrânia. Foi fomentado por Putin para desestabilizar o governo revolucionário da Ucrânia e tentar impedir sua aproximação ao Ocidente.
Em março do ano passado, a Rússia anexou ilegalmente a região da Crimeia, violando as normas e princípios da Carta das Nações Unidas e da paz na Europa desde 1945. Em abril, começou uma revolta no Leste da Ucrânia, onde rebeldes declararam a independência das repúblicas populares de Donetsk e Luhansk, que na verdade querem ser anexadas à Federação Russa
O Fundo Monetário Internacional anunciou uma ajuda de US$ 17,5 bilhões à Ucrânia, além de US$ 4,5 bilhões já negociados antes, e prometeu uma ajuda total de US$ 40 bilhões nos próximos anos.
Com a ajuda do presidente francês, François Hollande, e da chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, além do cessar-fogo, Putin e Porochenko aceitaram que uma linha demarcatória divida as duas partes em conflito. Uma zona desmilitarizada será criada dos dois lados da linha e as armas pesadas serão retiradas do Leste da Ucrânia.
Este é o acordo, que substitui outro negociado em Minsk em setembro de 2014. Resta ver se desta vez a Rússia vai cumpri-lo.
Há um ano, quando caiu o presidente Viktor Yankovich, aliado de Moscou, não havia nenhum movimento nacionalista russo na Ucrânia. Foi fomentado por Putin para desestabilizar o governo revolucionário da Ucrânia e tentar impedir sua aproximação ao Ocidente.
Em março do ano passado, a Rússia anexou ilegalmente a região da Crimeia, violando as normas e princípios da Carta das Nações Unidas e da paz na Europa desde 1945. Em abril, começou uma revolta no Leste da Ucrânia, onde rebeldes declararam a independência das repúblicas populares de Donetsk e Luhansk, que na verdade querem ser anexadas à Federação Russa
O Fundo Monetário Internacional anunciou uma ajuda de US$ 17,5 bilhões à Ucrânia, além de US$ 4,5 bilhões já negociados antes, e prometeu uma ajuda total de US$ 40 bilhões nos próximos anos.
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