Duas passeatas estão sendo realizadas hoje na capital da Venezuela, uma contra e outra a favor do regime chavista e do presidente Nicolás Maduro, noticia o jornal El Universal.
A oposição protesta contra a prisão do prefeito da região metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, em 20 de janeiro de 2015, e a morte do adolescente Kluiverth Roa, assassinado por um policial quando se escondia debaixo de um carro para escapar de um confronto em manifestação de que não participava.
O governo da Venezuela comemora o Caracaço, uma explosão de violência nas ruas da capital em 27 de fevereiro de 1989, depois que o presidente Carlos Andrés Pérez adotou uma série de medidas impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), inclusive reajustes os preços dos combustíveis.
Sob o impacto da revolta popular e da violenta repressão, com cerca de 300 mortes, o então coronel Hugo Chávez começou a conspiração que levaria três anos depois à tentativa de golpe contra Andrés Pérez, em 4 de fevereiro de 1992. Quando o presidente estava fora do país, a Força Aérea chegou a bombardear o Palácio de Miraflores.
O golpe fracassou, mas a popularidade de Chávez começou a subir. Condenado e depois anistiado, ele seria eleito presidente da Venezuela em 1998. Uma tentativa de golpe contra Chávez, em 11 de abril de 2002, polarizou ainda mais o país levando com o tempo ao perigoso clima de confrontação que está hoje nas ruas de Caracas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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