terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Síria recebe informações sobre bombardeios dos EUA

Não há uma cooperação direta entre a ditadura de Bachar Assad e os Estados Unidos, mas, desde que o presidente Barack Obama autorizou bombardeios aéreos contra a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o governo da Síria recebe informações de outros países, como o Iraque, sobre os ataques americanos, declarou o ditador.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Ernest, negou qualquer contato entre Washington e Damasco, e prometeu que isso não vai mudar.

Em entrevista à televisão pública britânica BBC divulgada nesta terça-feira, Assad mostrou-se mais confiante. Depois de três anos e 11 meses de uma guerra civil que arrasou a Síria, matou mais de 200 mil pessoas e obrigou 9 milhões a fugirem de casa, a guerra dos EUA ao Estado Islâmico ajuda sua sobrevivência política.

Os EUA e a Europa, que consideravam inaceitável sua permanência no poder depois de massacrar seu próprio povo, o consideram um mal menor diante da expansão do jihadismo.

À BBC, Assad negou ter usado barris-bomba contra áreas rebeladas, alegando que esta seria uma "história infantil": "Temos bombas, mísseis e balas. Não há barris-bomba, não temos barris." Essas bombas primitivas são feitas introduzindo explosivos num barril metálico para explodi-lo junto ao inimigo, o que atinge a população civil indiscriminadamente.

Nas redes sociais, 150 mil postagens denunciaram em 24 horas o bombardeio indiscriminado do governo contra Duma, um subúrbio da capital, Damasco, desmentindo o ditador que, nas palavras da revista inglesa The Economist, destruiu o país antes conhecido como Síria.

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