As Forças Armadas da República Democrática do Congo lançaram sua primeira ofensiva contra o grupo rebelde Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda, formado inicialmente pela milícia da etnia hutu responsável pelo genocídio de pelo menos 800 mil pessoas em Ruanda, em 1994, noticiou hoje o sítio World Bulletin.
O combate foi realizado perto da cidade de Uvira, na província de Kivu do Sul, junto à fronteira com o Burúndi. Mais de 5,4 milhões de pessoas foram mortas na guerra civil do Congo, de fome e de doenças causadas pelo conflito desde o genocídio em Ruanda.
A fuga dos hutus provocou um conflito com os baniamulengue do Congo, que têm a mesmo origem étnica dos tútsis, as maiores vítimas do genocídio em Ruanda. Isso levou o conflito para o grande país vizinho.
O líder rebelde Laurent Cabila, refugiado nas Montanhas da Lua desde que sua revolução apoiada pessoalmente por Che Guevara fracassara, nos anos 1960s, marchou rumo à capital, Kinshasa, e derrubar o ditador Joseph Mobutu, em 1997, na chamada Primeira Grande Guerra Mundial Africana.
Nove exércitos nacionais e centenas de grupos irregulares travaram então uma violenta guerra. O país não foi totalmente pacificado até hoje. Com o ataque à milícia hutu, o Exército também estabelecer seu controle sobre todo o Congo, um país riquíssimo em recursos naturais que tem sido um campo de batalha praticamente desde a independência.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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