A Dinamarca revelou que o suspeito de dois ataques terroristas cometidos ontem em Copenhague, morto pela polícia na manhã de hoje, era Omar Abdel Hamid el-Hussein, um jovem muçulmano de 22 anos de origem palestina nascido no país.
Hussein era conhecido das autoridades. Tinha antecedentes criminais por violência, mas nenhuma ligação aparentemente com grupos terroristas. Há duas semanas, saiu da cadeia, onde teria aderido ao jihadismo.
A investigação tenta descobrir se ele agiu sozinho, noticiou o jornal inglês The Guardian. Dois suspeitos de colaborar com o criminoso foram presos.
Por volta das três e meia da tarde de ontem, ele invadiu um café onde havia um debate sobre liberdade de imprensa depois do ataque terrorista contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo, em que 12 pessoas foram mortas, no mês passado, em Paris, e saiu atirando. Seu alvo seria o cartunista sueco Lars Vilks, autor de uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro.
O cineasta Finn Norgaard, de 55 anos, que participava da discussão, foi morto. Três policiais foram feridos. Vilks saiu ileso.
Dez horas depois, já na madrugada deste domingo, o terrorista abriu fogo diante da principal Sinagoga da capital dinamarquesa, matando um civil e ferindo dois policiais.
A Europa enfrenta uma onda de atentados terroristas, vários deles contra alvos israelitas. Em 24 de maio do ano passado, o Museu Judaico foi atacado em Bruxelas. No mês passado, dois dias depois do atentado ao Charlie Hebdo, um terrorista ocupou um supermercado judaico em Paris e matou quatro pessoas. Ontem e hoje, os alvos estavam na capital da Dinamarca. Também hoje, a cidade alemã de Braunschweig suspendeu o desfile de carnaval diante de "uma ameaça terrorista específica".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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