O secretário de Estado americano, John Kerry, acusou hoje o regime fundamentalista do Irã de colaborar com o colapso do governo do Iêmen ao apoiar os rebeldes hutis, representantes da minoria xiita zaidita. Os hutis ocuparam progressivamente a capital, Saná, desde setembro e em 6 de fevereiro de 2015 dissolveram todas as instituições do governo.
Depois de semanas em prisão domiciliar na capital, o presidente Abed Rabbo Mansur Hadi foi solto e fugiu para Áden, a capital do antigo Iêmen do Sul antes da reunificação do país, em 1990, que fica numa região não controlada pelos hutis. Lá, declarou ser o presidente legítimo do Iêmen e convocou uma reunião do Parlamento em Áden para resistir aos rebeldes.
As monarquias petroleiras da Península Arábica denunciaram um golpe de Estado. O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu a retirada das forças rebeldes das instituições governamentais.
Além da guerra civil entre os hutis e o governo deposto, dominado pelos sunitas, ficam no Iêmen as bases da rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, que fugiu da repressão na Arábia Saudita. Os Estados Unidos bombardeiam o grupo regularmente com aviões não tripulados, os drones. Esta operação foi prejudicada pela tomada de poder pelos hutis, já que os EUA fecharam sua embaixada em Saná.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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