terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

EUA acusam Irã de colaborar com queda do governo no Iêmen

O secretário de Estado americano, John Kerry, acusou hoje o regime fundamentalista do Irã de colaborar com o colapso do governo do Iêmen ao apoiar os rebeldes hutis, representantes da minoria xiita zaidita. Os hutis ocuparam progressivamente a capital, Saná, desde setembro e em 6 de fevereiro de 2015 dissolveram todas as instituições do governo.

Depois de semanas em prisão domiciliar na capital, o presidente Abed Rabbo Mansur Hadi foi solto e fugiu para Áden, a capital do antigo Iêmen do Sul antes da reunificação do país, em 1990, que fica numa região não controlada pelos hutis. Lá, declarou ser o presidente legítimo do Iêmen e convocou uma reunião do Parlamento em Áden para resistir aos rebeldes.

As monarquias petroleiras da Península Arábica denunciaram um golpe de Estado. O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu a retirada das forças rebeldes das instituições governamentais.

Além da guerra civil entre os hutis e o governo deposto, dominado pelos sunitas, ficam no Iêmen as bases da rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, que fugiu da repressão na Arábia Saudita. Os Estados Unidos bombardeiam o grupo regularmente com aviões não tripulados, os drones. Esta operação foi prejudicada pela tomada de poder pelos hutis, já que os EUA fecharam sua embaixada em Saná.

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