quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Juiz rejeita denúncia contra Cristina Kirchner na Argentina

O juiz federal Daniel Rafecas rejeitou hoje a denúncia do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em 18 de janeiro de 2015, contra a presidente Cristina Kirchner, acusando-a de acobertar a participação do Irã no pior atentado terrorista da história da Argentina. Em 18 de julho de 1994, 85 pessoas morreram e 300 saíram feridas de um ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA)

Também ficaram livres de processo o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman; o deputado Andrés Larroque, líder da ala jovem do kirchnerismo; e o líder do movimento social dos piqueteiros, Luis D'Elía.

Todos foram denunciados por conspirar com o Irã para revisar o processo e retirar os mandados internacionais de prisão contra sete iranianos e um libanês da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá, que teria realizado o atentado. Em troca, aumentariam as relações econômicas entre os dois países.

Rafecas alegou que a denúncia de Nisman, reapresentada neste mês pelo promotor Gerardo Pollicita, "não tinhas as mínimas condições para levar a uma investigação judicial" por falta de provas: "Não há nenhum indício, mesmo circunstancial, que implique a atual chefe de Estado."

Para a deputada oposicionista Elisa Carrió, houve uma manobra com a nomeação de Eduardo Enrique ou Wado de Pedro, membro do Conselho de Magistratura, para secretário-geral da Presidência da Argentina. "Tudo fecha. Wado deve ter negociado com Rafecas para não investigar Cristina", disparou Carrió, citada pelo jornal La Nación.

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