A Síria não precisa da Jordânia na guerra contra a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, declarou hoje em Damasco o ministro do Exterior sírio, Walid Muallem, citado pelo jornal libanês The Daily Star.
O chanceler sírio acrescentou que o país não vai permitir a entrada de tropas estrangeiras na guerra civil: "Não vamos permitir que ninguém viole nossa soberania nacional e não precisamos da ajuda de nenhuma força terrestre para enfrentar o EIIL."
A Jordânia intensificou os bombardeios aéreos contra o grupo em retaliação pela morte do piloto jordaniano Muaz al-Kasseasbeh, capturado na véspera do Natal e queimado vivo dias depois pelos jihadistas. Muallem acusou o país, aliado dos Estados Unidos, de permitir a instalação de centros de treinamento de rebeldes perto das fronteiras da Síria.
Depois de quase quatro anos de uma guerra civil arrasadora, o governo Assad aposta no restabelecimento da comunicação direta com os EUA, que encontraram um inimigo mais perigoso no Estado Islâmico e estariam dispostos a aceitar a ditadura síria.
O governo Assad entende que a campanha aérea dos EUA vai enfraquecer o EIIL no Norte da Síria, mas não será possível derrotar o grupo sem uma força terrestre. Como os rebeldes não jihadistas não se mostram capazes, restaria a Washington uma recomposição com Damasco para evitar que o Estado Islâmico se reagrupe e rearticule no Norte da Síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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