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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Irã ataca área do consulado dos EUA no Curdistão iraquiano

Pela primeira vez, o Irã, que apoia todas as milícias que atacam Israel, os Estados Unidos e a navegação no Mar Vermelho, fez um ataque direto. A Guarda Revolucionária Iraniana bombardeou com drones a área onde fica o Consulado dos EUA em Erbil, a capital do Curdistão, sob a alegação de atacar o serviço de espionagem de Israel, o Mossad. Pelo menos quatro pessoas morreram e seis saíram feridas. Nem pessoal nem instalações norte-americanas foram atingidas.

Os EUA e o Iraque condenaram o ataque. O governo iraquiano convocou uma reunião de emergência para discutir nesta terça-feira "a violação do território iraquiano e o não cumprimento pelo Irã do acordo de segurança entre os dois países."

A Marinha dos EUA interceptou um míssil de cruzeiro antinavio disparado pelos hutis, uma milícia apoiada pelo Irã, contra um navio cargueiro norte-americano. O navio foi atingido, mas seguiu viagem e ninguém saiu ferido.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou o fim das operações de grande intensidade no Norte da Faixa de Gaza e acrescentou que em breve, ainda neste mês, esta fase da guerra termina também no Sul. Ele já fez este anúncio antes, sob pressão dos EUA para reduzir as mortes de civis inocentes. Até agora, de acordo com o Hamas, 24.100 palestinos foram mortos em Gaza.

O Exército disse ter descoberto 100 lançadores de foguetes em Beit Lahia, no Norte de Gaza, e um centro de comando do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em Khan Yunes, a principal cidade do Sul de Gaza, onde estariam os líderes mais procurados por Israel, Mohamed Deïf, comandante das Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, e Yahya Sinwar, o líder do grupo terrorista em Gaza, considerado o principal mentor do ataque de 7 de outubro.

A pena da ativista iraniana Narges Mohammadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz do ano passado, foi aumentada em 1 anos e 3 meses por "fazer propaganda contra o Irã de dentro da prisão". Ela está condenada a 31 anos de cadeia. Já cumpriu 12 anos.

domingo, 13 de outubro de 2019

Curdos fazem acordo e pedem proteção ao ditador da Síria

Diante da traição do presidente Donald Trump, que os deixou à mercê do Exército da Turquia, as Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda aliada dos Estados Unidos na guerra contra o Estado Islâmico, anunciaram hoje terem feito um acordo com o ditador da Síria, Bachar Assad, aliado da Rússia e do Irã, inimigos dos EUA, noticiou o jornal The Washington Post.

Os objetivos da invasão turca no Nordeste da Síria são evitar que os curdos sírios se unam aos do Iraque para proclamar a independência do Curdistão, que poderia reivindicar a soberania sobre o Sudeste da Turquia, criar uma "zona de segurança" de 500 por 32 quilômetros para assentar 3,666 milhões de refugiados sírios que estão na Turquia e acabar com o predomínio curdo na região.

Em Washington, o secretário da Defesa, Mark Esper, negou que os EUA tenham abandonado seus aliados, mas o presidente Donald Trump ordenou ontem à noite a retirada total de mil soldados americanos que patrulhavam a fronteira.

"Temos forças americanas que podem ficar entre dois exércitos que avançam. É uma situação insustentável", justificou o chefe do Pentágono. "Então, falei com o presidente ontem à noite, depois de discutir com o resto da equipe de segurança nacional, e o orientamos a começar uma retirada deliberada das forças do Norte da Síria."

É mais uma covardia de Trump. Ontem, a artilharia turca fez disparos contra uma base de forças de operações especiais dos EUA na cidade de Kobane. A Turquia negou que o alvo fosse o quartel dos americanos, mas oficiais dos EUA consideraram que foram "tiros de advertência" que caíram dos dois lados da base.

As forças do regime sírio e da Rússia estão em Kamichlié, considerada a capital da região curda na Síria, que fica no extreme leste da fronteira norte, a oeste do Rio Eufrates.

Desde a intervenção militar da Rússia na guerra civil da Síria em apoio a Assad, a partir de 30 de setembro de 2015, os EUA estão em contato com os russos para evitar qualquer incidente entre suas forças aéreas, mas o secretário Esper declarou que "não mantivemos contato de nenhuma forma para convidá-los nem para compartilhar com eles nossas visões sobre o Oriente Próximo."

Em Istambul, irritado com as críticas do Ocidente à invasão, o ditador turco, Recep Tayyip Erdogan, atacou a Alemanha: "Ontem, no Parlamento alemão, o ministro do Exterior fez um discurso prometendo parar de vender armas à Turquia. Acabo de falar com a chanceler [primeira-ministra] Angela Merkel. Somos aliados na OTAN ou não? Ou a organização terrorista agora é sócia da OTAN?"

A regra básica da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA, é que um ataque contra um é considerado um ataque contra todos. Erdogan acusa as milícias curdas da Síria, as Unidades de Proteção do Povo (YPG) de aliança com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que há 35 anos trava uma guerra de guerrilhas contra a Turquia.

Apesar dos protestos internacionais, Erdogan indicou que não pretende suspender a ofensiva antes de criar uma "zona de segurança" de 32 quilômetros de profundidade junto à fronteira. "Não vamos deixar um Estado terrorista se estabelecer no Nordeste da Síria."

Ao sair de seu campo de golfe no estado da Virgínia, Trump considerou "muito inteligente não estar envolvido no intenso combate ao longo da fronteira turca" e acusou "aqueles que erradamente nos levaram para guerras no Oriente Médio" de pressionar os EUA a continuarem no que chama de "guerras sem fim" na região.

Durante entrevista à televisão americana neste domingo, o ex-secretário da Defesa James Mattis, que pediu demissão em janeiro em protesto contra a intenção de Trump de abandonar os aliados curdos: "Podemos querer o fim da guerra. Podemos até mesmo declarar o fim da guerra. Podemos retirar nossas tropas, como o presidente Barack Obama aprendeu da maneira mais difícil no Iraque, mas, como dizemos entre os militares, 'o inimigo ganha os votos'. Neste caso, se não mantivermos a pressão, o Estado Islâmico vai ressurgir. É totalmente certo que vai voltar."

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Turquia invade Nordeste da Síria para atacar curdos

Com o aval do presidente Donald Trump, a Turquia invadiu hoje o Nordeste da Síria para atacar os curdos abandonados pelos Estados Unidos e criar uma zona para mandar de volta milhões de refugiados sírios.

Esta é a crônica de uma invasão anunciada. Com ataques aéreos e bombardeios de artilharia pesada, a Turquia iniciou hoje uma invasão ao Nordeste da Síria, à área antes ocupada pelo califado do Estado Islâmico do Iraque e do Levante. 

Os objetivos são atacar as Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda financiada, armada e treinada pelos Estados Unidos, responsável pela operação terrestre na guerra contra o Estado Islâmico e criar uma zona de segurança junto à fronteira. Seria um enclave para assentar 3 milhões 666 mil refugiados da guerra civil da Síria. 

Ao fazer isso, a Turquia pretende mudar a composição étnica da região aumentando a população árabe para reduzir a influência curda.

No domingo à noite, depois de uma conversa telefônica com o ditador turco, Recep Tayyip Erdogan, Trump anunciou a retirada das forças americanas que protegiam a fronteira, avalizando assim a invasão turca, apesar do protesto de generais, assessores e até mesmo de líderes republicanos no Senado. 

Diante da reação negativa, o presidente americano ameaçou destruir totalmente a economia da Turquia, se houver excessos na invasão, sem definir que excessos seriam esses.

Hoje, o presidente americano tentou se eximir de responsabilidade com a seguinte declaração: “Os Estados Unidos não endossam este ataque e deixaram claro à Turquia que esta operação é uma má ideia.” Esqueceu deliberadamente que ditadores só entendem a linguagem da força bruta. Meu comentário:

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Trump trai curdos e autoriza invasão da Turquia ao Nordeste da Síria

Em uma traição aos curdos que fizeram o trabalho pesado na operação terrestre da guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o presidente Donald Trump retira as tropas dos Estados Unidos e autoriza a Turquia a invadir o Nordeste da Síria.

Trump deu mais um passo atrás hoje, no recuo estratégico dos Estados Unidos, a superpotência em declínio diante da ascensão da China. Abandonou as Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda de maioria curda responsável pela operação terrestre na guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Em agosto de 2014, depois da tomada de Mossul, no Iraque, da proclamação de um califado, do genocídio do povo yazidi e da degola de reféns americanos, o presidente Barack Obama declarou guerra ao Estado Islâmico, mas os Estados Unidos e aliados se limitaram a fazer bombardeios aéreos. 

O trabalho sujo e pesado de combater os terroristas suicidas em terra coube às Forças Democráticas Sírias. Em março deste ano, a milícia árabe-curda reconquistou os últimos territórios ainda em poder do Estado Islâmico. 

Apesar do colapso do califado, se estima que a organização terrorista ainda tenha 30 a 40 mil milicianos espalhados pelo mundo. A maioria vive clandestinamente no Iraque e na Síria. 

A retirada americana dá uma nova chance de sobrevivência ao império do terror que o líder Abu Baker al-Baghdadi tentou criar. O Estado Islâmico deve aproveitar o confronto entre o Exército da Turquia e as Forças Democráticas Sírias para se reagrupar e, diante de tamanha traição, ao abandonar a milícia árabe-curda, os Estados Unidos terão dificuldades para fazer alianças. Meu comentário:

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Curdos voltam a patrulhar cidade de Kirkuk

Em um sinal de alívio da tensão, o governo federal do Iraque e a região semiautônoma do Curdistão chegaram a um acordo para que os curdos voltem a patrulhar a cidade de Kirkuk, substituindo as Forças de Mobilização Popular Xiitas, noticiou a companhia jornalística Rudaw, ligada ao Partido Democrático do Curdistão (KDP).

O policiamento ficará a carga de peshmerga, os guerreiros curdos, ligados ao KDP. A notícia foi confirmada pela União Patriótica do Curdistão (PUK), o outro grande partido da região curda iraquiana. Mas não pela milícia xiita nem por Bagdá.

De qualquer maneira, há um entendimento entre o governo central e o governo regional curdo, com capital em Arbil. Isso pode levar a acordos em outros setores, como produção de energia, cooperação na guerra contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante e conflitos territoriais.

Hoje, os moradores curdos de Kirkuk veem a presença da milícia xiita como um sinal da influência indesejada xiita e iraniana sobre sua comunidade. O governo curdo tenta reassumir o controle político da cidade com a substituição das forças federais pelos peshmerga.

A província de Kirkuk, riquíssima em petróleo, foi anexada as províncias de Bagdá e de Bássora pelo então subsecretário de Estado do Reino Unido para o Oriente Médio, Winston Churchill, depois do fim da Primeira Guerra Mundial, enterrando a promessa de independência do Curdistão.

Agora, é um mosaico das comunidades iraquianas (árabes sunitas, árabes xiitas e curtos). Por este motivo, é uma das regiões mais conflituosas do Iraque, com disputas políticas e militares pelo poder e pelo petróleo.

Em outubro de 2017, o governo central de Bagdá enviou tropas à província em resposta ao plebiscito sobre a independência do Curdistão organizado pelo governo regional, especialmente pelo KDP. Desde então, o KDP foi excluído do Conselho Provincial.

Assim, a volta dos peshmerga do KDP ao patrulhamento das ruas de Kirkuk, se confirmado, marcará uma reconciliação entre os curdos e com as autoridades de Bagdá. A cooperação vai aumentar a estabilidade e a prosperidade do Curdistão iraquiano.

sábado, 21 de julho de 2018

Rebeldes matam guardas iranianos na fronteira com o Iraque

Pelo menos 10 soldados da Guarda Revolucionária Iraniana, a tropa de choque da ditadura teocrática do Irã, foram mortos num ataque na fronteira do Iraque, noticiou a agência Reuters citando como fonte uma agência iraniana, que atribuiu a ação a rebeldes do Partido da Vida Livre do Curdistão.

Foi o maior número de tropas iranianas num único ataque na fronteira com o Iraque em anos. Vários grupos armados curdos atuam na região.

Com a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e a queda do ditador Saddam Hussein, em 2003, a maioria xiita tomou o poder político no Iraque, aumentando a influência do Irã, um país de maioria xiita governado por um regime de aiatolás onde a Guarda Revolucionária é cada vez mais a força dominante. Mas há pouca coordenação entre as forças de segurança dos dois países para controlar a fronteira comum.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

STF do Iraque anula plebiscito sobre a independência do Curdistão

O Supremo Tribunal Federal do Iraque considerou inconstitucional hoje o plebiscito sobre a independência do Curdistão realizado em 25 de setembro de 2017 na região autônoma curda no Norte do país, com 93% de votos a favor, noticiou o canal de notícias francês France 24.

O primeiro-secretário do governo regional curdo, Nechirvan Barzani, prometeu acatar a decisão da Justiça. Seu pai, Massoud Barzani, considerado o principal responsável pela realização do plebiscito, deixa o cargo de governador regional.

Além do governo central do Iraque, o Irã e a Turquia também repudiaram a realização o plebiscito. Um Curdistão independente iria reivindicar mais cedo ou mais tarde a soberania sobre as regiões de maioria curda nestes países.

Uma das missões do STF iraquiano é arbitrar os conflitos entre as regiões do país.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Forças do Iraque tomam Kirkuk de guerrilheiros curdos

Com a queda da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, os aliados de ocasião começam a lutar entre si. Por ordem do primeiro-ministro Haider al-Abadi, o Exército do Iraque e milícias xiitas aliadas entraram hoje na cidade de Kirkuk, que estava em poder de guerrilheiros curdos.

A operação militar é uma resposta ao plebiscito de 25 de setembro, que aprovou a independência do Curdistão iraquiano. Desde o fim da ditadura de Saddam Hussein com a invasão americana de 2003, os curdos têm autonomia regional no Iraque. Depois de desempenhar um papel importante na guerra contra o Estado Islâmico, ampliando em 40% o território sob seu controle, resolveram dar mais um passo rumo à independência.

Os peshmerga foram totalmente surpreendidos e não tiveram reação diante dos tanques iraquianos. Ficaram especialmente revoltados com a participação das Unidades de Mobilização Popular, milícias xiitas sustentadas pelo Irã. O governo regional curdo acusou o Irã de estar por trás da ofensiva.

Houve alguma resistência no quartel K1, no aeroporto, na refinaria de Kirkuk e no campo de petróleo de Baba Gurgur. Milhares de curdos fugiram rumo à região autônoma.

Enquanto suas milícias atacavam em Kirkuk, o general Kassem Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, ia ao enterro de Jalal Talabani, líder da União Patriótica do Curdistão, rival do Partido Democrático do Curdistão, chefiado por Massoud Barzani, que controla o governo regional.

Responsável por 6% da produção mundial de petróleo, a província de Kirkuk é uma joia cobiçada tanto pelo governo central do Iraque quando pelo Curdistão independente. Era uma província curda onde Saddam Hussein infiltrou árabes sunitas leais a seu regime numa estratégia de arabização.

Quando a França e o Reino Unido redesenharam o mapa do Oriente Médio depois da derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o então subsecretário de Oriente Médio do Ministério do Exterior e da Comunidade Britânica, Winston Churchill, juntou Kirkuk às províncias de Bagdá e Bássora para formar o Iraque. Queria um país suficientemente grande e rico para se contrapor ao vizinho Irã.

Assim, enterrou o sonho do Curdistão independente, uma promessa não honrada dos vencedores da guerra.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Mais de 92% dos curdos do Iraque aprovam a independência

Mais de 92% dos curdos do Iraque aprovaram a independência do Curdistão no plebiscito realizado em 25 de setembro de 2017, anunciou hoje a comissão eleitoral da região semiautônoma. A consulta popular foi rejeitada pela Turquia, o Iraque e o Irã, que têm populações curdas, e os Estados Unidos.

Com população estimada em 30 e 45 milhões de habitantes, os curdos são a maior nação do mundo sem um Estado nacional. A luta pela independência dura mais de um século. Cerca de 72% dos 4,58 milhões de eleitores aptos a votar compareceram às urnas.

No fim da Primeira Guerra Mundial, os curdos receberam promessas de independência do Curdistão. Mas, quando o Reino Unido e a França dividiram o Oriente Médio com o fim do Império Otomano, o então subsecretário do Exterior britânico para a região, Winston Churchill, decidiu juntar a província de Kirkuk às províncias de Bagdá e Bássora para criar o Iraque. Queria um país forte capaz de se contrapor ao Irã.

O governo do Iraque enviou hoje soldados para ocupar as instalações de petróleo, inclusive de Kirkuk, uma região disputada entre árabes e curdos. A Turquia, onde vive a maioria dos curdos, de 15 a 20 milhões, mandou tropas para a fronteira entre os dois países.

Se o Curdistão iraquiano conquistar a independência, com certeza as regiões de maioria curda na Turquia, na Síria e no Irã vão querer aderir ao novo país. Seria um novo foco de conflito no Oriente Médio.

Na Síria, os curdos são a maioria das Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda financiada, armada e treinada pelos Estados Unidos para combater a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Com a independência do Curdistão iraquiano, os guerrilheiros curdos em ação na guerra civil síria poderiam querer juntar a faixa que dominam no Norte da Síria ao novo país.

Os guerrilheiros curdos sírios pertencem às YPG (Unidades de Proteção Popular), ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta pela independência da região curda na Turquia. Seriam alvo de uma retaliação da ditadura de Recep Tayyip Erdogan, que acabou com as negociações de paz com o PKK para ganhar eleições de 1º de novembro de 2015 depois de perder a maioria absoluta na Assembleia Nacional de 7 de junho do mesmo ano.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Turquia adverte curdos do Iraque a não declarar independência

A Turquia elogiou hoje uma decisão da Assembleia Nacional do Iraque para rejeitar a proposta de realização de um plebiscito sobre a independência do Curdistão iraquiano convocado para 25 de setembro. O governo turco teme a eclosão de um movimento pela independência do Sudeste do país, onde os curdos são maioria, e ameaçou tomar medidas de força em caso de aprovação.

O Parlamento iraquiano autorizou o primeiro-ministro Haider al-Abadi de "tomar todas as medidas necessárias" para manter a unidade do Iraque, inclusive o uso da força. O líder curdo Massoud Barzani prometeu levar à frente a votação, que considera "um direito natural".

"Consideramos a posição de insistência da liderança curda iraquiana em relação ao plebiscito e suas declarações cada vez mais emocionais preocupantes", declarou em nota o Ministério do Exterior da Turquia. "Deve-se nota que esta insistência tem um custo. Pedimos que ajam com bom senso e abandonem este projeto errôneo imediatamente."

Com cerca de 35 milhões de pessoas, os curdos são a maior nação do mundo sem um Estado Nacional, uma antiga aspiração enterrada pelo Império Britânico no fim da Primeira Guerra Mundial. O povo curdo se espalha pela Turquia, o Irã, o Iraque, a Síria e o Azerbaijão. A maioria, estimada em 15 a 20 milhões, vive na Turquia.

Na guerra civil da Síria, os curdos são a principal força terrestre aliada dos Estados Unidos na guerra contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O ditador turco, Recep Tayyip Erdogan, teme que uma faixa do Norte da Síria liberada pelas Forças Democráticas Sírias (FDS) se una ao Curdistão iraquiano.

Hoje, o Curdistão iraquiano é uma região semi-autônoma do Norte do Iraque, onde a vive a terceira maior população curda, estimada em 5,6 a 8,5 milhões de pessoas. Depois do avanço do Estado Islâmico no Iraque em 2014, os curdos passaram a ter ainda mais autonomia na prática em relação ao frágil governo central de Bagdá.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Curdistão iraquiano deve aprovar independência em setembro

Os curdos do Iraque devem votar maciçamente pela independência num plebiscito convocado para 25 de setembro de 2017. A questão é como o presidente do governo regional autônomo do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, vai enfrentar a oposição dos árabes do Iraque e dos outros países do Oriente Médio.

A consulta popular não obriga Barzani a declarar independência. Ele deve usar o resultado para pressionar o governo central do Iraque, com sede em Bagdá, a transferir mais poderes aos curdos. Com uma população estimada entre 30 e 45 milhões de pessoas, os curdos são o maior povo do mundo sem um Estado nacional.

Até agora, Barzani conseguiu equilibrar as aspirações dos curdos pela independência com a geopolítica do Oriente Médio. Como os curdos estão distribuídos entre Turquia, Síria, Irã e Iraque, estes países têm um interesse comum contra a independência do Curdistão. O novo país tenderia a reivindicar soberania sobre as regiões dos países vizinhos onde os curdos são maioria.

O plebiscito complica as relações do governo curdo iraquiano com a Turquia, onde vive a maioria dos curdos. A prioridade turca na Síria é desmantelar as Unidades de Proteção Popular (YPG), braço armado dos separatistas curdos ligado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado terrorista pela Turquia.

Os guerrilheiros curdos do YPG formam o grosso das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança árabe-curda que luta contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na Síria com o apoio da Força Aérea dos Estados Unidos.

terça-feira, 9 de maio de 2017

EUA armam curdos para guerra contra o Estado Islâmico

O presidente Donald Trump aprovou planos para armar os guerrilheiros curdos da principal força terrestre que combate a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na Síria. A decisão irrita a Turquia, que tem uma grande minoria curda e teme a criação de um Curdistão independente.

É a preparação da ofensiva para retomar Rakka, a capital do Estado Islâmico. A guerrilha curda YPG (Unidades de Proteção do Povo) é um grupo marxista-leninista ligado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que durante décadas travou uma luta armada contra o governo turco. Forma o núcleo das Forças Democráticas Sírias, que também têm árabes, a principal força terrestre aliada dos Estados Unidos.

Com a guinada autoritária do presidente Recep Tayyip Erdogan depois do fracassado golpe de Estado de 15 de julho e da negativa dos EUA de extraditar o clérigo Fetullah Gullen, que Erdogan culpa pelo golpe, a Turquia se aproximou da Rússia e do Irã.

Esses três países propõem a criação de zonas de segurança livres de combates, onde seriam assentados os refugiados sírios, mas o regime sírio se nega a ceder o controle e a Rússia se reserva o direito de continuar atacando o que chama de "grupos terroristas".

A guerra civil do PKK começou em 1984. Em 2013, o grupo declarou um cessar-fogo para negociar com o governo turco. Depois de perder a maioria absoluta na Assembleia Nacional nas eleições de 7 de junho de 2015, Erdogan decidiu reiniciar a guerra civil para recuperar o controle do parlamento.

Desde a queda do ditador Saddam Hussein, em 2003, os curdos do Iraque têm autonomia regional. Se os curdos dominarem o Norte da Síria e o unirem ao Curdistão iraquiano, a Turquia teme a reivindicação de soberania sobre a região Sudeste do país, onde 90% da população são curdos.

A população curda é estimada hoje em 35 milhões de habitantes, dos quais 14,5 milhões estão na Turquia, 6 milhões no Iraque, 6 milhões no Irã e pouco menos de 2 milhões na Síria.

sábado, 17 de setembro de 2016

Turquia prende suspeitos do Estado Islâmico em Istambul

A polícia da Turquia prendeu hoje vários suspeitos de pertencer à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, inclusive um sírio que estaria planejando um ataque em Istambul, a maior cidade do país.

Outra operação deteve outros 24 milicianos do Estado Islâmico suspeitos de estar esperando munição e explosivos no distrito de Kucukcekmece, em Istambul. Em outra ação, foram presos 15 acusados de tentar cruzar a fronteira da Turquia em zonas de guerra para aderir ao Estado Islâmico na Síria ou no Iraque.

Desde o ano passado, a Turquia foi alvo de uma série de atentados terroristas atribuídos ao Estado Islâmico depois de ter sido no mínimo conivente durante anos com o trânsito de combatentes, armas e petróleo através de sua fronteira.

Recentemente a Turquia invadiu o Norte da Síria a pretexto de combater o Estado Islâmico, mas talvez sua maior preocupação seja com os curdos, que se aliaram aos Estados Unidos como força terrestre contra a milícia jihadista.

Se os curdos da Síria conseguirem conquistar um território poderia juntá-lo ao governo regional autônomo do Curdistão iraquiano para fundar o Curdistão. Como a maioria dos curdos vive no Sudeste da Turquia, um Curdistão independente certamente reivindicaria uma parte do território turco.

O presidente Recep Tayyip Erdogan gostaria de criar uma zona de proteção ao longo da fronteira do lado sírio para assentar os 2,7 milhões de sírios refugiados na Turquia.

sábado, 26 de março de 2016

Ban Ki Moon pede união entre sunitas e xiitas contra Estado Islâmico

Ao chegar hoje a Bagdá, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon fez, ao lado do primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, um apelo às comunidades sunitas e xiitas para que se unam no combate à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, informou a agência Reuters.

Do lado de fora da Zona Verde, onde estão os prédios governamentais na capital iraquiana, partidários do aiatolá radical xiita Muktada al-Sader protestam sentados para exigir a queda de todos os ministros do atual governo. As manifestações começaram em 18 de março na cidade de Samarra.

O primeiro-ministro anunciou em fevereiro a intenção de mudar nove ministros, mas ainda não revelou quem pretende nomear. Hoje a Aliança Nacional Iraquiana, um bloco parlamentar xiita, ameaçou exigir a mudança de todo o ministério.

Amanhã, Abadi deve se reunir com os líderes de cinco bancadas parlamentares. Os atuais protestos liderados por Muktada devem acabar em 28 de março, mas não devem parar por aí. Ele vai continuar exigindo uma reformulação total no governo iraquiano.

Ban Ki Moon viaja acompanhado dos presidentes do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e do Banco de Desenvolvimento Islâmico, Ahmad Mohamed Ali al-Madani. Hoje mesmo eles seguiram para Erbil, capital do governo semitautônomo do Curdistão iraquiano.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Turquia volta a atacar guerrilheiros curdos no Norte do Iraque

A Força Aérea da Turquia fez novos bombardeios contra guerrilheiros ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no Norte do Iraque, anunciou em nota o comando das Forças Armadas turcas.

O alvo foram posições do grupo na região de Assavin-Bassyan.

Desde o atentado com carro-bomba que matou mais de 30 pessoas na capital turca, Ancara, em 13 de março, o governo turco intensificou os ataques aos curdos. Os Falcões da Liberdade do Curdistão, uma dissidência do PKK, reivindicaram a autoria do atentado.

A maioria dos curdos, a maior nação do mundo sem um Estado Nacional, vive no Sudeste da Turquia. Por isso, o governo turco tenta impedir a união da região semiautônoma dos Curdistão iraquiana com áreas da Síria tomadas por guerrilheiros curdos.

Um Curdistão independente certamente vai reivindicar a soberania sobre parte da Turquia.

domingo, 13 de março de 2016

Atentado deixa 34 mortos e 125 feridos em Ancara

Um carro-bomba explodiu no início da noite de hoje em Ancara, a capital da Turquia, matando pelo menos 34 pessoas e deixando 125 feridas. As principais suspeitas recaem sobre grupos guerrilheiros curdos e a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Pouco depois, o governo turco impôs a censura a qualquer notícia sobre o atentado e responsabilizou o partido União Democrática do Curdistão Sírio (PYD), aliado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), dos curdos da Turquia.

Um ataque semelhante matou 28 pessoas na capital turca em fevereiro de 2016. Os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), uma dissidência do PKK, reivindicaram a autoria daquele atentado. Outro ataque com carro-bomba, que matou dez turistas alemães em Istambul em janeiro, foi atribuído ao Estado Islâmico.

A Turquia está em guerra em várias frentes. Faz fronteira com a Síria, onde curdos e o Estado Islâmico disputavam o controle do Norte da Síria. Depois de perder a maioria no Parlamento nas eleições de junho, o presidente Recep Tayyip Erdogan rompeu as negociações de paz com o PKK e reiniciou a guerra civil com os curdos.

Ao mesmo tempo, bombardeias os curdos sírios e iraquianos que lutam contra o Estado Islâmico para impedir a união do Curdistão iraquiano, que tem um governo semiautônomo com a região curda da Síria. Ainda derrubou um avião de guerra da Rússia, inimiga histórica, que não vai deixar de graça.

Com 2,7 milhões de refugiados sírios, a Turquia fez um acordo com a União Europeia para processar pedidos de asilo político em seu território, numa tentativa desesperada de conter a onda de refugiados que chega à Europa.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Turquia bombardeia milícia curda no Norte da Síria

A Turquia está bombardeando desde ontem posições ocupadas pela milícia curda Unidades de Proteção ao Povo (YPG) no Norte da Síria, noticiou a televisão pública britânica BBC, sob a alegação de que são ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

O presidente Recep Tayyip Erdogan rompeu as negociações de paz com o PKK para ganhar as últimas eleições parlamentares na Turquia e passou a bombardear o grupo.

Seu objetivo é impedir que os curdos ocupam a região do Norte da Síria e a unam ao governo autônomo do Curdistão iraquiano. Como a maioria dos cursos vive na Turquia, um Curdistão independente reivindicaria parte do Sudeste da Turquia.

As milícias curdas se negam a deixar o território conquistado no Norte da Síria, afirmando que neste caso a região será ocupada pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Até agora, os curdos foram a força terrestre mais efetiva no combate ao Estado Islâmico, que não é alvo dos bombardeios da Rússia nem da ofensiva da ditadura de Bachar Assad e seus aliados da Guarda Revolucionária do Irã e da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).

Os ataques turcos aos curdos mostram como as ambições das diferentes potências regionais do Oriente Médio complicam as negociações sobre a paz na Síria. Em 12 de fevereiro, os Estados Unidos e a Rússia anunciaram uma trégua a ser iniciada em uma semana, mas deixaram de fora o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra, braço armado da rede terrorista Al Caeda no conflito sírio.

A Rússia queria iniciar o cessar-fogo em 1º de março, o que daria tempo às forças leais ao regime para retomar Alepo, a cidade mais importante do país, e fortalecer sua posição de negociação. Em entrevista, Assad não manifestou a intenção de fazer quaisquer concessões. Prometeu reassumir o controle de todo o território da Síria e combater "terroristas", palavra que usa para todos os grupos rebeldes, embora o maior terrorista na guerra civil seja o próprio Assad.

No momento, a Rússia e Assad se concentram no ataque aos grupos rebeldes que participam das negociações, poupando o Estado Islâmico, com o claro objetivo de apresentar o conflito como uma luta entre o regime e os jihadistas. Durante anos, a ditadura síria foi aliada à rede terrorista Al Caeda na luta contra invasão americano no vizinho Iraque.

sábado, 28 de novembro de 2015

Advogado curto defensor dos direitos humanos é morto na Turquia

O advogado e ativista dos direitos humanos curdo Tahi Elci foi assassinado hoje na cidade de Diyarbakir, no Sudeste da Turquia. O Partido Popular Democrático (HDP) considerou o crime uma "morte planejada" e convocou uma manifestação de protesto em Istambul, noticiou a agência Reuters.

Elci era um crítico do presidente Recep Tayyip Erdogan e de sua decisão de romper as negociações de paz e de retomar em julho a guerra contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Estava sendo processado pelo governo.

O governo é altamente suspeito. A Turquia tem uma longa história de assassinatos políticos não resolvidos. A oposição acusa Erdogan de reiniciar a guerra para recuperar a maioria parlamentar para seu Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP).

Depois de um atentado terrorista em Suruç em que foram mortos 32 curdos que se preparava para apoiar a resistência curda na guerra civil da Síria, atribuído ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Erdogan declarou guerra ao EI e iniciou uma intervenção direta no conflito sírio. Mas atacou muito mais os curdos, temendo que unissem a região sob seu controle na Síria ao Curdistão iraquiano, que já tem um governo autônomo, para declarar a independência do país.

Um Curdistão independente reivindicaria soberania sobre o Sudeste da Turquia, onde os curdos são maioria.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Estado Islâmico reivindica pela primeira vez degolas na Turquia

A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante divulgou ontem na Internet um vídeo em que alega ter matado e degolado dois defensores dos direitos humanos no Sul da Turquia, supostamente as primeiras decapitações reivindicadas pelo grupo no país, informou hoje a Agência France Presse (AFP).

Os dois ativistas trabalhavam num grupo que denuncia atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico nas regiões síria sob seu controle. A Turquia defende a criação de um cordão sanitário no Norte da Síria para manter distância dos jihadistas e evitar a união da região autônoma curda do Norte do Iraque com as regiões curdas sírias para criar o Curdistão.

Como a maioria dos curdos vive no Sudeste da Turquia, esta região também seria reivindicada por um Curdistão independente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Comandante do PKK promete manter o cessar-fogo

O braço armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) pretende manter a trégua na guerra civil contra o governo da Turquia em homenagem à memória dos mortos no duplo atentado suicida de sábado em Ancara, declarou hoje Murat Karayilan, um alto comandante do grupo, informou a agência Reuters citando a agência de notícias local Firat.

Em transmissão de rádio, Karayilan orientou os milicianos do PKK a só atacar se forem atacados pelas forças de segurança turcas. O governante Partido da Justica e do Desenvolvimento (AKP), no poder desde 2002 alienou o eleitorado curdo antes das eleições parlamentares de 1º de novembro ao romper a trégua, atacar o PKK e tentar associá-lo ao Partido Democrático Popular (HDP), curdo moderado.

Com a acusação de terrorismo contra o HDP, o governo turco tenta deslegitimar o partido de esquerda, que obteve 11% dos votos nas eleições de junho, superando a cláusula de barreira para entrar pela primeira vez na Assembleia Nacional. Isso tirou a maioria do AKP e levou o governo a convocar novas eleições em que tenta recuperar a maioria.

Um ataque terrorista contra curdos que se preparavam para ajudar a construir regiões curdas arrasadas na guerra civil da Síria matou 33 pessoas em Suruç em 20 de julho. O governo culpou a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e Levante e usou o atentado como pretexto para intervir no conflito sírio. Mas, em vez de bombardear o Estado Islâmico, ataca mais os curdos para impedir a união da região autônoma curda do Norte do Iraque com áreas curdas da Síria e qualquer tentativa de fundar o Curdistão independente.

A manifestação Paz Estabilidade e Trabalho, atacada no sábado, quando pelo menos 97 pessoas foram mortas, era organizada por vários grupos de esquerda, inclusiva o HDP.