Trump deu
mais um passo atrás hoje, no recuo estratégico dos Estados Unidos, a superpotência
em declínio diante da ascensão da China. Abandonou as Forças Democráticas Sírias,
uma milícia árabe-curda de maioria curda responsável pela operação terrestre na
guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Em agosto
de 2014, depois da tomada de Mossul, no Iraque, da proclamação de um califado,
do genocídio do povo yazidi e da degola de reféns americanos, o presidente
Barack Obama declarou guerra ao Estado Islâmico, mas os Estados Unidos e
aliados se limitaram a fazer bombardeios aéreos.
O trabalho sujo e pesado de
combater os terroristas suicidas em terra coube às Forças Democráticas Sírias. Em
março deste ano, a milícia árabe-curda reconquistou os últimos territórios
ainda em poder do Estado Islâmico.
Apesar do colapso do califado, se estima que
a organização terrorista ainda tenha 30 a 40 mil milicianos espalhados pelo
mundo. A maioria vive clandestinamente no Iraque e na Síria.
A retirada
americana dá uma nova chance de sobrevivência ao império do terror que o líder
Abu Baker al-Baghdadi tentou criar. O Estado Islâmico deve aproveitar o
confronto entre o Exército da Turquia e as Forças Democráticas Sírias para se
reagrupar e, diante de tamanha traição, ao abandonar a milícia árabe-curda, os
Estados Unidos terão dificuldades para fazer alianças. Meu comentário:
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