Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo preliminar que representa uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, com uma pausa nos tarifaços do presidente Donald Trump em troca do aumento de compra de produtos americanos, especialmente do setor agrícola, pelos chineses.
Nas próximas cinco semanas, os negociadores chineses e americanos devem chegar a um texto final, antes de um possível encontro de cúpula de Trump com o ditador Xi Jinping no Chile em novembro. Será um alívio para a economia mundial.
Com a expectativa do acordo, os mercados financeiros estavam em alta, mas caíram um pouco, indicando que os investidores esperavam mais. O acordo, descrito pelo presidente dos EUA como um primeiro passo "substancial", está longe da mudança fundamental nas relações econômicas entre os dois países prometida por Trump desde a campanha eleitoral de 2016.
A China concordou em comprar mais produtos agrícolas dos EUA, especialmente soja e carne de porco, e em algumas medidas de proteção da propriedade intelectual, para evitar a desvalorização da moeda e sobre serviços financeiros, mas rejeitou cortes de subsídios que representariam uma grande mudança em sua política industrial.
Ao comentar o otimismo dos mercados, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, declarou: "O mercado de ações está sempre correto." Ele e o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, negociaram a trégua com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, que se encontrou com Trump antes do anúncio.
No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 1,98% e o dólar caiu 0,69% para R$ 4,094.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
EUA e China anunciam trégua na guerra comercial
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